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Batalhabwin instalarTemer contra 2ª denúncia chega perto do fim: entenda por que ele deve vencer:bwin instalar
São necessários 342 votos dos 513 deputados para que o Supremo fique autorizado a avaliar a aberturabwin instalarum processo. Em agosto, a primeira denúncia foi barrada ao receber avalbwin instalar263 deputados e o vetobwin instalar227.
O deputado Julio Delgado, líder do PSB, acredita que o placar final dessa segunda denúncia pode ser um pouco mais desfavorável a Temer, com menos votos contra o andamento da denúncia, mas reconhece que a tarefa da oposiçãobwin instalarreunir 342 apoios para autorizar o julgamento é difícil.
"Acredito que temos 15%bwin instalarchancebwin instalaraprovar (a denúncia). É baixa, mas não é zero", afirmou à BBC Brasil.
Parlamentares da base manifestam confiança na vitória do presidente. Os principais argumentos usados pelos aliadosbwin instalarTemer nos debates da CCJ foram desqualificar a denúncia, citando a controvérsiabwin instalartorno da legalidade da delação da JBS, e defender que a manutenção do governo é importante para a retomada da economia.
"Não se troca presidente da República como se troca técnicobwin instalartimebwin instalarfutebol", argumentou o vice-líder do governo, deputado Beto Mansur (PRB-SP).
'Vitimização'
Na nova denúncia, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot acusa o presidentebwin instalarter tentado parar a Lava Jato. Ele teria feito isso ao dar o aval para que o empresário Joesley Batista, do frigorífico JBS, "comprasse" o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do suposto operador do PMDB, o empresário Lúcio Funaro.
Além disso, Janot acusa Temerbwin instalarser o chefebwin instalarum grupo criminoso, que seria formado por políticos do PMDB na Câmara dos Deputados. Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), Temer era o braço político da suposta quadrilha. Teria sido responsável por viabilizar os interessesbwin instalarempreiteiras e outras empresas dentro do Congressobwin instalartrocabwin instalarsubornos. Além da delação da JBS, o acordobwin instalardelaçãobwin instalarLúcio Funaro também forneceu elementos para a nova denúncia.
Embwin instalardefesa, Temer se diz vítimabwin instalaruma "conspiração" e cita os indíciosbwin instalarpossíveis ilegalidades na condução da delação da JBS pela PGR.
Para o cientista político Rafael Cortez, da consultoria Tendências, a natureza da segunda denúncia, com acusações mais amplas contra a classe política, é um dos fatores que explicam a tendênciabwin instalarnova vitóriabwin instalarTemer.
"Se o crime ébwin instalarformaçãobwin instalarorganização criminosa, isso significa que tem outros membros dessa organização. Essa amplitude da acusação facilita o discursobwin instalarvitimização da classe política, assim como a controvérsiabwin instalarrelação à delação da JBS. Isso traz um respiro", ressaltou.
Outro fator favorável ao presidente, acredita Cortez, são os sinaisbwin instalarretomada da economia. Embora a recuperação do crescimento ainda seja tímida, o Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou as projeções para o Brasil. A previsãobwin instalarcrescimento do Produto Interno Brutobwin instalar2017 passoubwin instalar0,3% para 0,7%, enquanto abwin instalar2018 subiubwin instalar1,3% para 1,5%.
Além disso, o ajuda a faltabwin instalar"um plano B (um nome) minimamente construído" para sucedê-lo. Embora na última semana, a tensão entre Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tenha voltado a se elevar depois que a Casa divulgou vídeos da delaçãobwin instalarFunaro, o cientista político da Tendências não acredita que isso indique um movimento consistentebwin instalararticulaçãobwin instalartornobwin instalarMaia.
Na hipótese, hoje improvável,bwin instalarTemer ser afastado, a Constituição prevê que o presidente da Câmara assuma o comando do país interinamente, convocando eleições indiretas.
"Me parece que a rusga entre os dois é mais um movimentobwin instalarMaiabwin instalarse afastarbwin instalarTemer, muito impopular, preocupado com as eleiçõesbwin instalar2018", resume Cortez.
Já o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), um dos tucanos que votará com Temer, disse à BBC Brasil que "são turbulências naturaisbwin instalarum momento tenso".
"Maia tem se comportadobwin instalarprofundo respeito à Constituição e ao regimento da Câmara. Não tem feito nenhuma conspiração objetivando conseguir o poder", afirmou.
Ele acredita que a divisão do PSDB na primeira denúncia deve se repetir na votação da próxima semana. "Do pontobwin instalarvista da responsabilidade do país, estamos a onze meses da eleição presidencial. Não tem cabimento afastar", argumentou.
'Custo alto'
O cientista político Carlos Melo, professor do Insper, também acredita na vitóriabwin instalarTemer. Ele ressalta, porém, que a ampla expectativa favorável a ele não significa que é um processo fácil. Pelo contrário: "O custo vai ser alto, mais alto que na primeira denúncia", destacou.
Com "custo alto", o professor se refere a todas as demandasbwin instalardeputados da base para garantir os votos a favorbwin instalarTemer, como liberaçãobwin instalaremendas parlamentares (recursos para projetos e obrasbwin instalarsuas bases eleitorais), cargos na administração federal e decisões burocráticas que atendam seus interesses.
Na segunda-feira, o governo atendeu, por exemplo, um pleito antigo do setor ruralista ao baixar uma portaria mudando as regrasbwin instalarcombate ao trabalho escravo. Diversas instituições, como o Ministério Público do Trabalho e a Organização Internacional do Trabalho, disseram que as alterações vão dificultar as operações contra a escravidão e cobraram a revogação da portaria. A Secretária Nacionalbwin instalarCidadania, Flávia Piovesan disse à BBC Brasil que as mudanças são um "retrocesso inaceitável".
Após barrar a denúncia, Melo e Cortez preveem um futuro difícil para Temer no Congresso. O mais provável, acreditam, é que o governo consiga aprovar apenas mudanças modestas no Regimebwin instalarPrevidência - algo bem aquém da ampla reforma anunciada antes das acusações levantadas pela delação da JBS.
"O presidente deve vencer a denúncia, mas não sairá mais forte", resume o professor do Insper.
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