Haddad diz que polarização impede pedidobet aposta de 1 realdesculpas do PT por escândalos:bet aposta de 1 real
Haddad também fez críticas ao atual prefeitobet aposta de 1 realSão Paulo, João Doria. "A estratégia do Doria é só comunicacional. Ela não tem nenhuma outra finalidade. É uma estratégiabet aposta de 1 realmarketing. Pura e simplesmente."
O ex-ministro da Educação também estábet aposta de 1 realvolta ao magistério. Há cercabet aposta de 1 realtrês meses pediu licença da Universidadebet aposta de 1 realSão Paulo para dar aulas no Insper, instituição privada cujas mensalidades beiram os R$ 4 mil na graduação.
O ex-prefeito se mostra cético quanto à propostabet aposta de 1 realreforma política relatada na Câmara pelo petista Vicente Cândido e defende uma solução que chamabet aposta de 1 realheterodoxa: que o STF tome a frente da reforma.
Confira os principais trechos da entrevista à BBC Brasil:
bet aposta de 1 real BBC Brasil - O senhor viajou para diversos Estados nos últimos seis meses. Está iniciando uma pré-campanha, como Lula e Doria?
bet aposta de 1 real Fernando Haddad - Não. Na verdade, eu estou atendendo a um pedido do Lula. Ele me pediu para rodar as universidades. Eu me coloquei à disposição para integrar a equipe que vai formatar o planobet aposta de 1 realgoverno dele.
No começo do ano, quando ele me perguntou o que eu queria, falei que gostariabet aposta de 1 realajudar a formular uma plataforma para abet aposta de 1 realcandidatura. Aí, ele falou: "Une o útil ao agradável. Você está sendo convidado para dar palestras no Brasil. Nesse périplo, você pode se conectar a pessoas, estabelecer relações com pessoas no Brasil inteiro. Você tem um nome forte na educaçãobet aposta de 1 realfunção do seu trabalho no MEC (Ministério da Educação) e seria uma oportunidade ótima para nós".
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Movimentos sociais e políticos acabambet aposta de 1 reallançar um projeto chamado Vamos!. Como o senhor vê essa nova movimentação da esquerda?
bet aposta de 1 real Haddad - É natural que, diantebet aposta de 1 realuma crise tão profunda, existam várias iniciativas. Eu entendo que é bom para o processo que haja maisbet aposta de 1 realuma iniciativa. Considero importante a candidatura do Ciro (Gomes). Considero importante esse movimento Vamos!, considero mais importante ainda a candidaturabet aposta de 1 realLula.
Mas eu penso que esses movimentos fazem parte do mesmo diagnóstico:bet aposta de 1 realapresentar uma plataformabet aposta de 1 realsuperação da crise alternativa ao governo Temer. Porque o governo Temer é o que está posto hoje. E precisabet aposta de 1 realuma alternativa a isso. E o governo Temer certamente terá alguém do PMDB ou do PSDB para defender.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Mas é possível criar uma plataforma comum para essas esquerdas?
bet aposta de 1 real Haddad - Não saberia te dizer hoje e consideraria até prematuro.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Se Lula for condenadobet aposta de 1 realsegunda instância, ele pode terbet aposta de 1 realcandidatura impedida pela Lei Ficha Limpa. O que o PT deveria fazer nesse caso?
bet aposta de 1 real Haddad - Não estamos trabalhando com essa hipótese. Para nós é muito caro o processobet aposta de 1 realrevisão da sentença.
Lula está sendo acusadobet aposta de 1 realuma suposiçãobet aposta de 1 realque ele trocaria um apartamento por uma cobertura sem pagar a diferença. Não existe absolutamente nada no processo que indique que isso seria feito. E nem por que seria feito, que é um pressuposto do crimebet aposta de 1 realcorrupção.
É você indicar o ato que beneficiou aquele que está te favorecendo. Então juridicamente é frágil.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - O fatobet aposta de 1 realo PT estar focando no Lula é um sinalbet aposta de 1 realque o partido não conseguiu criar um quadro novo para substituí-lo?
bet aposta de 1 real Haddad - Um Lula é a cada 50, 100 anos que surge. Então, num certo sentido, Lula não tem substituto, porque ninguém tem o carisma e a trajetória que ele tem. A trajetória dele é única.
Então, nesse sentido, o PT faz bembet aposta de 1 realdizer que não há plano B (à candidatura Lula). Agora, o próprio Lula hoje (sexta-feira) deu uma entrevista citando os governadores do PT. Citou Wellington Dias (governador do Piauí), citou Jaques Wagner (ex-governador da Bahia), citou Rui Costa (atual governador da Bahia).
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Deveria ter citado Fernando Haddad?
bet aposta de 1 real Haddad - Certamente alguém vai ligar para ele e dizer que ele esqueceu alguém e ele vai citar numa terceira entrevista.
Eu estava dando uma entrevista e citei Tarso Genro, Olívio Dutra. Por que não?
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Lula teve que escolher Dilma como pessoabet aposta de 1 realconfiança quando não podia concorrer novamente à Presidência. Caso ele fique sinucado judicialmente, o senhor seria uma opção?
bet aposta de 1 real Haddad - Eu acho que ninguém deveria encarar essa possibilidade dessa forma. Os esforços não podem ser outros a não ser obet aposta de 1 realfortalecer a candidatura do Lula,bet aposta de 1 realpedir Justiça, o que significa a revisão da sentença. Qualquer outro movimento é um movimento que não deveria ser feito.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - O Fernando Haddadbet aposta de 1 real2018 pretende se candidatar a senador, a deputado, governobet aposta de 1 realSão Paulo?
bet aposta de 1 real Haddad - Eu vou querer ouvir Lula sobre isso.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - O senhor aceitaria ser vicebet aposta de 1 realLula?
bet aposta de 1 real Haddad - Eu vou querer ouvir ele. Fui ministro a convite dele. Fui candidato a prefeito a convite dele. O mínimo que eu devo é a lealdadebet aposta de 1 realperguntar para ele o que seria melhor para o projeto que ele e todos nós representamos.
Tem mais experiência política do que eu. Eu vou querer ouvi-lo antesbet aposta de 1 realtomar qualquer decisão. Não que necessariamente eu vou acatar, mas eu quero ouvi-lo.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - É possível trazer Ciro ou o PSB para uma candidaturabet aposta de 1 realvoltabet aposta de 1 realLula?
bet aposta de 1 real Haddad - Está havendo muita conversa. Os dirigentes do PT conversam com os dirigentesbet aposta de 1 realoutros partidos. Ciro é uma pessoa próxima nossa. Foi ministro nosso e um bom ministro. Um bom governador. É uma pessoa muito qualificada.
O PSB também tem quadros importantes. Tem governadores muito próximos. Ricardo Coutinho (governador da Paraíba), um grande quadro. Tive com Paulo Câmara (governadorbet aposta de 1 realPernambuco) esses dias no Recife.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Vocês estão estudando uma convergência com o PSB?
bet aposta de 1 real Haddad - Isso, por incrível que pareça, não é possível antecipar. Porque é muito grave a situação. Imagine se passa o distritão. Com quem você vai dialogar? É o fim dos partidos.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Mas o relator da reforma política que propõe o distritão é um petista (Vicente Cândido)…
bet aposta de 1 real Haddad - Não é ideia dele. É relator. Ele tem que aprovar um texto para ir a plenário. Não vamos também colocar a culpabet aposta de 1 realquem não tem. Tem que apanhar a opinião da maioria. Mas é o fim dos partidos. Se juntar parlamentarismo com o distritão… São duas propostas que no meu conceitobet aposta de 1 realdemocracia… Não tenho aderência nenhuma a essas ideias.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - O que o PT deveria proporbet aposta de 1 realtermosbet aposta de 1 realreforma?
bet aposta de 1 real Haddad - Um fundo público modesto, para fazer campanhas que tenham sustentabilidade econômica com a sobriedade que a crise exige, e o fim da coligação proporcional.
Essas duas medidas representam mais da metade das tarefas que precisam ser cumpridas.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - E a cláusulabet aposta de 1 realbarreira (dispositivo que restringe ou impede a atuação parlamentarbet aposta de 1 realpartido que não alcança um determinado percentualbet aposta de 1 realvotos)?
bet aposta de 1 real Haddad - A cláusulabet aposta de 1 realbarreira não é necessária se você acabar com a coligação proporcional. Eu manteria os partidos pequenos ideológicos. É importante para o Brasil ter um PSOL, PSTU, PCO. Os da direita também. É importante isso.
O fim da coligação proporcional vai fazer com que os partidos se organizembet aposta de 1 realtornobet aposta de 1 realideários mais robustos e, portanto, não tenha 30 partidos. Tenha quatro, cinco. O que vai possibilitar o presidente da República compor uma maioria com basebet aposta de 1 realprincípios e valores e plataforma política, que é o que tem que ser.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Então um fundo público ficaria mais barato do que voltar às doaçõesbet aposta de 1 realempresas?
bet aposta de 1 real Haddad - Muito mais barato. Olha o que deu no Brasil deixar empresa financiar campanha política. Acabou com o país.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Os jovens são a principal força da direita no Brasil? Temos o MBL, o Vem Pra Rua, mas não vemos nenhuma grande militânciabet aposta de 1 realesquerda.
bet aposta de 1 real Haddad - O Vamos! tem muito jovem.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Mas não tem esse poderbet aposta de 1 realmobilização do Vem Pra Rua e MBL...
bet aposta de 1 real Haddad - A direita tem dinheiro, não tem mobilização. A atuação nas redes sociais da direita é com dinheiro. E muito dinheiro, inclusive dinheirobet aposta de 1 realfora do Brasil. Tem financiamento externo nessa atuaçãobet aposta de 1 realrede desses movimentos sociais. Isso declaradamente. Nem eles negam isso. Tem petrolíferas americanas, tem tudo.
Saiu uma boa reportagem no The Intercept sobre isso. Mostrando como o dinheiro dos magnatas americanos está circulando na América Latina patrocinando ONGs, institutos, movimentos espontâneos.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Tem fundos patrocinando movimentosbet aposta de 1 realesquerda também, fundaçõesbet aposta de 1 realpartidosbet aposta de 1 realesquerda alemães…
bet aposta de 1 real Haddad - Tem? Ótimo.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Em artigo na (revista) bet aposta de 1 real Piauí bet aposta de 1 real , o senhor disse que os protestosbet aposta de 1 real2013 tinham como panobet aposta de 1 realfundo uma movimentação patrocinadabet aposta de 1 realredes sociais e que o Putin e o Erdogan teriam avisado o Lula e a Dilma sobre isso. O senhor acha que os protestosbet aposta de 1 real2013 foram manipulados?
bet aposta de 1 real Haddad - É um pouco mais complexo que isso. O que eu disse e repito é que o MPL (Movimento Passe Livre) tem uma formabet aposta de 1 realorganizar protestos ebet aposta de 1 realdialogar com a institucionalidadebet aposta de 1 realpartidos e governos que foi, na minha opinião, raptada por grupos que tinham outros objetivos. E que usaram aquela forma para fazer valer os seus pontosbet aposta de 1 realvista.
O MPL estava defendendo uma tese dele. Só que a forma que ele escolheu para defender a tese dele favoreceu grupos que queriam minar as bases institucionais da democracia. Que, ao meu ver, levaram ao impeachment.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - O senhor não acredita que esse discursobet aposta de 1 realneoliberalismo, privatizações, portebet aposta de 1 realarmas é mais atrativo para os jovens hoje que distribuiçãobet aposta de 1 realrenda e programas sociais?
bet aposta de 1 real Haddad - Pode acontecer porque quando existe uma crise sistêmica,bet aposta de 1 realgeral as pessoas ficam muito mais conservadoras. Isso tem vários precedentes históricos. Quando tem uma crise sistêmica, a tendência das pessoas não é a superação positiva. É uma reação conservadora. Um instintobet aposta de 1 realproteção meio atávico. As pessoas vão buscando proteção pelo supremacismo branco americano, volta da Ku Klux Klan, essas coisas.
As pessoas vão buscar refúgio nesse tipobet aposta de 1 realatitude. Vão buscando o que eles entendem que sejam os iguais. Buscando proteçãobet aposta de 1 realgrupos cada vez menores. E isso aumenta a intolerância.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - O senhor perdeubet aposta de 1 realprimeiro turno, perdeu muito voto na periferia. Aquela população que tinha virado a base do lulismo aparentemente abandonou o partido e a candidatura do senhor. A gente pode avaliar que é mais provável uma vitória da direita no próximo ano?
bet aposta de 1 real Haddad - A tendência mundial ébet aposta de 1 realuma disputa entre a direita e a extrema-direita, conforme eu afirmei e dei exemplos. Holanda, França, Estados Unidos, Inglaterra com o Brexit.
A tendência é essa, mas no Brasil há duas variáveis que podem mudar a história.
Uma delas é o Lula e a outra é o governo Temer, que pode aglutinar contra si forças que impeçam a continuidade do projeto que ele representa.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - O senhor acha que se não tivesse no PT teria tido mais chancesbet aposta de 1 realSão Paulo?
bet aposta de 1 real Haddad - Não. Não porque a população não entende esses gestosbet aposta de 1 realtraiçãobet aposta de 1 realúltima hora. Não entende isso. E outra, (o PT) tem um milhão e meiobet aposta de 1 realfiliados. De pessoas que a vida inteira se dispuseram a lutar por mais igualdade, por mais oportunidade.
Você não pode rifar uma experiência históricabet aposta de 1 realfunçãobet aposta de 1 realuma dificuldade.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - O PT deveria tentar montar uma frentebet aposta de 1 realesquerda, com um nome diferente?
bet aposta de 1 real Haddad - É o que estava previsto, né? Antes da crise, o Lula sempre disse quebet aposta de 1 real2018 o ideal seria apoiar um candidatobet aposta de 1 realoutro partido, numa frente mais ampla que o próprio PT poderia ajudar a constituir.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Isso está descartado agora?
bet aposta de 1 real Haddad - Estábet aposta de 1 realfunção da candidatura Lula, que se impôs pela marcha mais acontecimentos. Mas não era o roteiro original, vamos dizer assim.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Como petista, o senhor se preocupa mais com Doria, Alckmin ou Bolsonaro no ano que vem?
bet aposta de 1 real Haddad - Óbvio que é o Bolsonaro. Mas eu acredito que ele seja o que tem menos chancebet aposta de 1 realchegar à Presidência. Mas eu não considero nenhum dos três apto a governar o país. De maneira nenhuma. E não falo isso como crítica pessoal.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Mas com basebet aposta de 1 realquê? Passado político?
bet aposta de 1 real Haddad - As circunstâncias são muito difíceis. Exige muita experiência, muito traquejo político. Exige um tipobet aposta de 1 realousadia que não é a do espalhafato, não é a do marketing. É um tipobet aposta de 1 realousadia da sobriedade, do estadista. Essa combinação não é uma combinação simples. Eu até gostaria que tivesse alguém dessa direita que tivesse estatura. Um John McCain (senador do partido Republicano nos EUA) aqui.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - No Brasil, o senhor identifica alguém que já foi assim?
bet aposta de 1 real Haddad - Fernando Henrique foi. Um carabet aposta de 1 realdireita que tinha envergadura para presidir.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Doria, como o anti-Lula, tem capacidadebet aposta de 1 realrepetir o que aconteceu com o senhor no ano passado?
bet aposta de 1 real Haddad - Como candidato eu não saberia responder. Como presidente, a minha opinião é que não está à altura do que foi colocado.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - O senhor não descarta uma viabilidade eleitoral do Doria?
bet aposta de 1 real Haddad - Não. Tudo é possível no Brasilbet aposta de 1 realhoje. Absolutamente tudo.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - No artigo da bet aposta de 1 real Piauí bet aposta de 1 real o senhor falou que a corrupção no Brasil é mais do que sistêmica, que é um 'corolário do nosso patrimonialismo'. O senhor tentou isentar o PTbet aposta de 1 realresponsabilidade dos problemas da corrupção?
bet aposta de 1 real Haddad - O que eu quis dizer é que não é fácil você fazer reforma política. E por que não é fácil? Porque o Congresso se protege da reforma política. A única reforma política que o Congresso aceita é aquela que o beneficia. Distritão, fundão, parlamentarismo. Eles só fazem a reforma política que os beneficia. O chefe do Executivo sempre ficabet aposta de 1 realmãos atadas.
Por isso eu vejo com bons olhos o Supremo declarar inconstitucional a contribuição empresarial a campanhas. Ou essa sinalização que o Supremo está dandobet aposta de 1 realque vai declarar inconstitucional a coligação proporcional. Porque a reforma parece impossível por dentro do sistema. Por dentro do Congresso ela parece impossível, a não ser para pior.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Como fazer a reforma então? Constituinte exclusiva?
bet aposta de 1 real Haddad - Não. Por que quem você vai eleger como os constituintes?
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Então não tem muito jeito?
bet aposta de 1 real Haddad - O Supremo tem feito a reforma. O que eu estou dizendo é que se resolver o problema do financiamento e da coligação proporcional, nós vamos melhorar a representaçãobet aposta de 1 real2018. Já é um caminho.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - O senhor estava criticando essa crise institucional e está defendendo que o Supremo atue como legislador.
bet aposta de 1 real Haddad - Na reforma política, eu não vejo saída. Porque o sistema não se autorreforma. Então, é heterodoxa a saída.
Até do pontobet aposta de 1 realvista jurídico, o Supremo poderia declarar inconstitucional a contribuição empresarial? Tem gente que diz que diz que foi uma exorbitância. Masbet aposta de 1 realque outro jeito ia se colocar ordem no financiamentobet aposta de 1 realcampanha?
Há quem diga que não dá para resolver pelo Supremo. Tem que resolver pela Constituição, pelo Congresso. Mas o Congresso não quer pôr ordem nas coisas. Interessa aos integrantes manter essa desordem.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Voltando à responsabilidade do PT. O PT não deveria pedir desculpas, reconhecer os erros e expulsar os envolvidosbet aposta de 1 realcorrupção?
bet aposta de 1 real Haddad - O problema todo ébet aposta de 1 realnatureza política, num sentido muito preciso. Se não houvesse seletividade dos vazamentos, seletividade do tratamento…
Não vi nenhum tucano ser conduzido coercitivamente a lugar nenhum. Tucano preso parece que o Ibama proíbe. Não tem nenhum. Nem julgado. Tem processo se arrastando há 20 anos, que não se julga. Então nesse contexto é mais difícil você conseguir que as partes façam as autocríticas cabíveis e promovam uma viradabet aposta de 1 realpágina porque tudo virou brigabet aposta de 1 realfacção no Brasil. Se estivéssemos numa normalidade institucional esses gestos seriam mais frequentes.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - O eleitor não merece?
bet aposta de 1 real Haddad - Eu acho é que o anobet aposta de 1 real2017 é muito mais favorável a esse tipobet aposta de 1 realgesto do que 2016, porquebet aposta de 1 real2016 nós vivemos uma situaçãobet aposta de 1 realfraude no pontobet aposta de 1 realvista da informação. Represaram as informações contra o PSDB e contra o PMDB. Todo mundo sabia que elas existiam e não vinham a público.
Isso causou um desequilíbrio, e é muito difícil você cobrarbet aposta de 1 realquem quer que seja.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Então por causa dessa polarização, o senhor acha que o PT erraria se pedisse desculpas?
bet aposta de 1 real Haddad - Não é questãobet aposta de 1 realerrar ou acertar. É saber o efeito que aquilo vai ter. Porque tem que produzir um efeitobet aposta de 1 realsuperação. Todo mundo tem que entender aquele gesto. Qualquer gesto político você tem que pensar no efeito que ele vai ter.
Então o contexto tem que estar preparado para aquele gesto, para que você promova a superação da situação.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - E não tem esse contexto agora?
bet aposta de 1 real Haddad - Está sendo construído e tem gente contra essa construção. Tem gente querendo impedir que ela aconteça. Então, vamos pegar alguns casos. O mesmo Senado tratou Delcídiobet aposta de 1 realum jeito e Aéciobet aposta de 1 realoutro. Não estou dizendo qual é o certo. Estou dizendo que são duas coisas completamente diferentes. O mesmo Senado.
A mesma Câmara tratou Dilmabet aposta de 1 realum jeito e Temerbet aposta de 1 realoutro. Completamente diferente.
É um desequilíbrio muito grandebet aposta de 1 realtudo. Isso vai impedindo avanços quando você nota esse desequilíbrio.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Como o senhor vê as pesadas críticasbet aposta de 1 realJoão Doria ao PT ebet aposta de 1 realgestão?
bet aposta de 1 real Haddad - A estratégia do Doria é só comunicacional. Ela não tem nenhuma outra finalidade. É uma estratégiabet aposta de 1 realmarketing. Pura e simplesmente. Os termos com os quais ele se dirige a Dilma, por exemplo, e ao Temer, não têm a ver com uma métrica ética que vale para todo mundo. Tem a ver com uma lógicabet aposta de 1 realdisposição e uma lógicabet aposta de 1 realangariar apoio. É assim que funciona.
Chamar uma mulherbet aposta de 1 realanta. Qual é o sentido disso? A não ser obet aposta de 1 realse apresentarbet aposta de 1 realuma determinada maneira. E se aliar ao Temer? O que está por trás disso? Do meu pontobet aposta de 1 realvista, é só uma lógica comunicacional.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Que erros o senhor cometeu na prefeitura?
bet aposta de 1 real Haddad - Eu acredito que obet aposta de 1 realcomunicação foi o maior. Mas tem coisas que é difícil explicar. É difícil explicar para taxistas que eu tinha que regulamentar o Uber.
bet aposta de 1 real BBC Brasil - Foi comunicação o seu pior erro?
bet aposta de 1 real Haddad - Foi com certeza. Mas tem decisões que eu tomei que são difíceisbet aposta de 1 realcomunicar. A regulamentação do Uber traz para a cidadebet aposta de 1 realSão Paulo entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhõesbet aposta de 1 realarrecadação. E o Uber ia operar na cidade eu querendo ou não porque eles tinham ganhado na Justiça.
Então, a regulamentação significou botar ordem no sistema e aumentar a arrecadação da cidade num momento difícil. Como é que você comunica isso para 35 mil taxistas? Então eu tinha 35 mil cabos eleitorais contra durante a eleição. Como é que você resolve isso?