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O jogo está sendo jogado: como o PSDB decidirá seu futuro nos próximos meses:casa de apostas jogadores
Na última quinta-feira, o PSDB usou o tempocasa de apostas jogadorespropaganda partidária para desferir um ataque contundente contra o presidente da República. O governo Temer, do qual o partido faz parte com quatro ministros, foi chamadocasa de apostas jogadores"presidencialismocasa de apostas jogadorescooptação", formado por "políticos e partidos que só querem vantagens pessoais e não pensam no país".
Quem são os 'cabeças-pretas'
Parece contraditório, e é: o discurso veiculado na TV representa o que pensam os "cabeças-pretas", um grupo cujo núcleo é formado por cercacasa de apostas jogadores15 deputados federais (a maioriacasa de apostas jogadoresjovens, daí o nome) e que defende o rompimento com o governo Temer.
Neste momento, os "cabeças-pretas" estão unidoscasa de apostas jogadorestorno da tarefacasa de apostas jogadoreseleger o senador Tasso Jereissati (CE) como presidente nacional do PSDB pelos próximos 2 anos. A linha política do programacasa de apostas jogadoresTV foi definida,casa de apostas jogadoresgrande parte, por Tasso, que, interinamente, preside a legenda.
"Eu acho que o programa dialoga com a vida real. Enfrenta a realidade. Não busca atalhos. Não fica dourando a pílula. A crítica não é direcionada a esse ou aquele governo, mas é uma constataçãocasa de apostas jogadoresque o modelo está esgotado", defende o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), um dos integrantes do grupocasa de apostas jogadores"cabeças-pretas".
Tasso Jereissati chegou ao comando do partidocasa de apostas jogadoresmaio, quando Aécio Neves (PSDB-MG) foi atingido pela delação dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos do frigorífico JBS. Nos últimos dias, Tasso têm feito uma maratonacasa de apostas jogadoresreuniões com deputados e outros dirigentes do PSDB, tentando consolidar a própria posição.
No grupo ligado a Aécio Neves, o programacasa de apostas jogadoresTV da quinta-feira aumentou a sensaçãocasa de apostas jogadoresque é necessário acabar com a interinidadecasa de apostas jogadoresTasso e retornar o comando do partido para as mãos do senador mineiro o quanto antes. O discurso deste grupo écasa de apostas jogadoresque não há mais divisão no PSDB quanto a permanecer ou não no governo: a divergência teria sido superada quando a Câmara engavetou a denúncia contra Temer.
"Acabeicasa de apostas jogadoresfalar sobre isso [a divisão no PSDB] no almoço da FPA", disse à reportagem o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT). Ele se refere ao encontro semanal da Frente Parlamentar da Agropecuária, nome oficial da bancada ruralista, presidida por ele.
"Se a gente focar nas reformas, teremos unidade no PSDB. Você precisa entender quando sai vencedor ou sai derrotado. E é preciso entender que isso [a divisão do partido] se encerrou no dia da votação da denúncia [contra Temer]", diz Leitão.
Para a ala tucana que deseja permanecer no governo, há dois bons motivos para não romper com Michel Temer agora.
O primeiro é o acesso à "máquina": cargos, emendas e apoio do governo federal serão mais importantes do que nuncacasa de apostas jogadores2018, uma eleição a ser disputada sem dinheirocasa de apostas jogadoresempresas privadas. Estar "de bem" com a União pode se revertercasa de apostas jogadoresbenefícios (um postocasa de apostas jogadoressaúde, um trechocasa de apostas jogadoresrodovia asfaltado) para a localidade onde o deputado se elege . E este tipocasa de apostas jogadoresresultado costuma ser determinante para o sucesso nas urnas.
O segundo é a perspectivacasa de apostas jogadoresque, mais dia ou menos dia, a população começará a sentir os efeitos da melhoria do ambiente econômico. Afinal, o desemprego paroucasa de apostas jogadoresaumentar, a inflação está baixa e os juros estão caindo. Para eles, quando o bem-estar aparecer, o PSDB poderá recolher os dividendos eleitoraiscasa de apostas jogadorester sido o fiador do atual programa econômico.
Além disso, Aécio Neves, golpeado pela Lava Jato, precisa da proteção que o governo Temer e o baixo-clero do Congresso podem lhe oferecer neste momento, lembram adversários do tucano.
O plano da ala "temerista" do PSDB só tem um problema: falta combinar com os "cabeças-pretas".
Para o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB-PB), a ideiacasa de apostas jogadoresque a divisão no PSDB acabou com a votação do começocasa de apostas jogadoresagosto "não é real nem politicamente e nem matematicamente", diz. Ele cita o placar no PSDB: foram 22 favoráveis a Temer e 21 contrários.
"O partido está dividido. Eu continuo achando que o melhor é sair do governo Temer", diz Pedro, filho do senador tucano Cássio Cunha Lima.
Volta e meia, "cabeças-pretas" mencionam a possibilidadecasa de apostas jogadoresdeixar o partido caso prevaleça a tesecasa de apostas jogadoresficar junto a Temer até o final. "Eu não quero sair, não estou buscando sair. Com o Tasso [Jereissati], acho que o partido conseguirá se reposicionar e voltar a representar a sociedade. Evidente que se o partido se perdesse, aí tinha chancecasa de apostas jogadoressair gente do PSDB. A crise existe, e o partido está desgastado. Isso é fato. Se o partido negasse isso, era o casocasa de apostas jogadoressair", diz o deputado Daniel Coelho (PE), um dos parlamentares jovens.
O núcleo bandeirante
Há outro peso-pesado no PSDB que não deseja alienar aTemer suas chances eleitorais: o governadorcasa de apostas jogadoresSão Paulo, Geraldo Alckmin. Pessoas próximas ao governador dizem que Temer "tira votos", e é uma companhia tóxicacasa de apostas jogadoresuma campanha majoritária.
Aliadoscasa de apostas jogadoresAlckmin inclusive desdenham da aproximaçãocasa de apostas jogadoresTemer com o prefeitocasa de apostas jogadoresSão Paulo, João Doria. O presidente da República fez afagos públicos ao prefeito num evento do setor automotivocasa de apostas jogadoresSão Paulo, no começocasa de apostas jogadoresagosto. Para os interlocutorescasa de apostas jogadoresAlckmin, Doria não entende nadacasa de apostas jogadorespolítica se acha que pode se beneficiarcasa de apostas jogadores2018 da proximidade com Temer.
Há ainda a possibilidadecasa de apostas jogadoresque Temer (amigocasa de apostas jogadoresDoria há anos) estivesse simplesmente fazendo um agrado a um nome importante do PSDB que defende a continuidade do partido no governo. Seria um movimentocasa de apostas jogadoresautopreservação, já que o sucesso do peemedebista no Congresso depende do apoio dos tucanos.
Os aliadoscasa de apostas jogadoresAlckmin minimizam o fatocasa de apostas jogadoresDoria pontuar melhor nas pesquisas que o governador, atualmente. "Ano passado, nessa época, o João Doria tinha 1%. Ninguém acreditou nele, e Geraldo acreditou. É muito cedo para fazer pesquisa. As pesquisas não têm nenhum valor hoje", diz o deputado estadual Pedro Tobias (PSDB-SP), presidente estadual do PSDB.
Alckmin possui ainda outra fragilidade que não atinge Doria: o governador foi citado na delação da Odebrecht, acusadocasa de apostas jogadoresreceber dinheirocasa de apostas jogadorescaixa dois. Ele nega irregularidades.
Publicamente, Doria diz que jamais iria contra o governador, a quem devecasa de apostas jogadoresindicação para disputar a prefeituracasa de apostas jogadoresSão Paulo no ano passado. Mas quem conversa com o prefeito diz que ele não tira da cabeça a ideiacasa de apostas jogadoresconcorrer à Presidência, mesmo que tenhacasa de apostas jogadoresmudarcasa de apostas jogadoreslegenda. Nos últimos dias, Doria tem visitado vários Estados do Nordeste, região onde o PSDB é historicamente fraco.
Se Alckmin for mesmo candidato à Presidência, terá que se afastar do governo do Estado seis meses antes da eleição. O palácio dos Bandeirantes ficará temporariamente com o vice-governador Márcio França (PSB), que tem manifestas pretensõescasa de apostas jogadoresser o candidato a governador pelo polo da centro-direita. O próprio Alckmin atuou como fiador dos planoscasa de apostas jogadoresFrança, mas seus aliados paulistas não estão convencidoscasa de apostas jogadoresdeixar para outra legenda o controle do Estado.
"Estamos aqui há quase 30 anos. Não vamos abrir mão agora", diz Tobias. Ele cita uma filacasa de apostas jogadorespossíveis candidatos tucanos: David Uip (secretáriocasa de apostas jogadoresSaúde do Estado), Luiz Felipe d'Avila (cientista político liberal), Floriano Pesaro (secretáriocasa de apostas jogadoresDesenvolvimento Social do Estado), Bruno Covas (secretáriocasa de apostas jogadoresMeio Ambiente), entre outros.
Como será a disputa
Alckmin conta com pelo menos mais um trunfo na disputa contra Aécio Neves: o secretário-geral do partido, Silvio Torres. Deputado federal por São Paulo, Torres é aliadocasa de apostas jogadoresAlckmin e preside o grupo que definiu as regras para a convenção nacional tucana, prevista para começarcasa de apostas jogadoresoutubro.
Pelo calendário apresentado por Torres à reportagem da BBC Brasil, o processo começa com os municípios: do dia 1º ao dia 8casa de apostas jogadoresoutubro, todos as pessoas filiadas ao PSDB há maiscasa de apostas jogadores30 dias poderão votar para eleger os delegados municipais, que escolherão o comando da sigla nas cidades.
Eles também escolherão os delegados das convenções estaduais, marcadas para 11casa de apostas jogadoresnovembro. Em 9 dezembro ocorre a convenção nacional do PSDB, que definirá o comando da sigla pelos próximos dois anos, renováveis por mais dois.
O controle do partido é importante por dois motivos: quem tiver a máquina partidária levará enorme vantagem na disputa da vaga presidencial. E numa eleição sem dinheirocasa de apostas jogadoresempresas, como será 2018, caberá aos dirigentes partidários direcionar o dinheiro das campanhas.
A regra do jogo nas prévias
Além da convenção partidária, quase todos os tucanos concordam com a necessidadecasa de apostas jogadoresrealizar prévias para definir o candidato presidencial.
Não há (ainda) uma datacasa de apostas jogadoresconsenso para a consulta no PSDB. Pode sercasa de apostas jogadoresdezembro, como quer Geraldo Alckmin, oucasa de apostas jogadoresfevereiro ou março, como desejam os mais simpáticos à candidaturacasa de apostas jogadoresDoria.
Há uma propostacasa de apostas jogadoresdiscussão para o formato das prévias. Foi formulada pelo deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG), próximo a Aécio Neves e um dos tucanos que mais entendecasa de apostas jogadorestemas como reforma política e sistemas eleitorais.
Pestana propõe limitar a cercacasa de apostas jogadoresseis mil pessoas o grupo que terá direito a votar nas prévias. No plano, apenas os membros do Diretório Nacional, deputados estaduais e federais, senadores, governadores, prefeitos, vereadores, membroscasa de apostas jogadoresdiretórios estaduais e os presidentes dos diretórios municipais participariam do pleito.
Nas atuais condições, o grupocasa de apostas jogadoresAécio Neves levaria vantagem neste desenho. Se todos os filiados ao PSDB puderem votar, Alckmin tenderia a largar na frente, já que 21% dos filiados do PSDB estãocasa de apostas jogadoresSão Paulo. São 306 mil tucanos no Estado governado por Alckmin. Em Minas Gerais, são 155 mil.
Ainda não está claro quem o grupocasa de apostas jogadoresAécio defenderá como candidatocasa de apostas jogadores2018.
A justificativacasa de apostas jogadoresPestana é criar um colegiado "sem questionamentos acercacasa de apostas jogadoressua consistência e legitimidade". O deputado pretende ainda que haja ao menos um "grande debate na TV aberta oucasa de apostas jogadoresum grande site da internet" antes da votação,casa de apostas jogadoresum formato semelhante ao adotado pelos partidos americanos durante as prévias.
Outro aecista revela a preocupaçãocasa de apostas jogadoresque as prévias pudessem ser influenciadas por filiaçõescasa de apostas jogadoresmassa,casa de apostas jogadorespessoas sem ligação com o partido. O tucano lembra que isto chegou a ocorrercasa de apostas jogadoresalguma medida no PT, no períodocasa de apostas jogadoresque o partido adotou o chamado PED (Processocasa de apostas jogadoresEleição Direta).
Consensocasa de apostas jogadoresgestação?
Alémcasa de apostas jogadoresTasso Jereissati, outro candidatocasa de apostas jogadorespotencial à presidência do PSDB é o governadorcasa de apostas jogadoresGoiás, Marconi Perillo. Ele é ligado a Aécio Neves. Mas Perillo ventila nas internas que não toparia se candidatar se tivercasa de apostas jogadoresenfrentar uma disputa. Só aceitaria a missão se fosse aclamado, por unanimidade. Cenário pouco provável.
Dessa forma, alguns dirigentes tucanos defendem que se chegue a um consensocasa de apostas jogadorestornocasa de apostas jogadoresquem dirigirá o partido ecasa de apostas jogadoresquem será o candidatocasa de apostas jogadores2018.
"O futuro nos unifica, e o presente nos divide. O PSDB é um partido essencial para a reconstrução do centrocasa de apostas jogadoresgravidade política do Brasil. E nós temos deixado um vácuo. O crescimentocasa de apostas jogadoresLula e Bolsonaro é prova disso", diz Marcus Pestana.
"Essa fasecasa de apostas jogadores'controvérsias' está, a meu sentir, sendo superada. Somos pessoas do bem e nos respeitamos uns aos outros. Existe um respeito muito grande entre nós. Acho que caminhamos para essa unidade a partircasa de apostas jogadoresagora", diz o vice-presidente nacional do partido, o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP).
Apesar dos discursos apaziguadores, as movimentações sugerem que as palavras são vazias e que haverá disputa no fim do ano. "Você está vendo algum 'Lula' aqui para indicar um 'poste' e passar por cimacasa de apostas jogadorestodo mundo? Isso aqui é o PSDB. É claro que haverá disputa, o que não é necessariamente ruim", resume uma assessora do partido.
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