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Por que parte da esquerda rejeita e parte da direita passou a apoiar saídadouze premier rouletteTemer?:douze premier roulette
Segundo o embaixador, "a queda imediatadouze premier rouletteTemer atende aos interesses das classes hegemônicas, assim como ocorreu com o afastamentodouze premier rouletteEduardo Cunha da Presidência da Câmara".
Guimarães defende retardar a saídadouze premier rouletteTemer para fragilizá-lo e dificultar a votação das reformas.
Na terça-feira, num sinal do enfraquecimentodouze premier rouletteTemer após a delação da JBS, a oposição e alguns membrosdouze premier roulettepartidos da base governista rejeitaram a proposta da reforma trabalhista na Comissãodouze premier rouletteAssuntos Sociais do Senado. O resultado, porém, não freia a tramitação da proposta.
Levandodouze premier rouletteconta as posições oficiais das siglasdouze premier rouletteesquerda, o discursodouze premier rouletteGuimarães só encontra eco no pequeno Partido da Causa Operária, que emdouze premier roulettehistória só conseguiu eleger um único filiado: um vereadordouze premier rouletteBenjamin Constant (AM),douze premier roulette2004.
Desde 2016, o partido critica a palavradouze premier rouletteordem "Fora, Temer" e prega que a esquerda se mobilize não só contra o presidente, mas "contra todos os golpistas".
"A euforia pelo 'Fora, Temer!' tomou conta da esquerda pequeno-burguesa", diz o partidodouze premier roulettenota divulgada neste ano. Segundo a sigla, se não houver eleições diretas após uma eventual queda do presidente,douze premier roulettesaída abriria o caminho para "um governo ainda mais direitista".
Fica, Temer?
Para Aldo Fornazieri, professor da Fundação Escoladouze premier rouletteSociologia e Políticadouze premier rouletteSão Paulo (FESPSP), embora quase todos os partidos e movimentos na esquerda defendam publicamente a saídadouze premier rouletteTemer, apenas parte do grupo deseja realmente que isso ocorra.
Ele afirma que só tem se empenhado pela queda do presidente a esquerda mais ligada a movimentos sociais e sindicatos.
Fornazieri, que estuda a esquerda brasileira e militou no extinto Partido Revolucionário Comunista nos anos 1980, diz que a maioria dos defensores do "Fora, Temer" estão hoje agrupados nas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Já o PT, segundo o professor, não tem se esforçado pela saída do peemedebista - ainda que a senadora e nova presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PR), diga que a quedadouze premier rouletteTemer é prioridade.
Fornazieri avalia que esse é um "discurso para o público externo", mas que o PT adota uma postura dúbia.
Durante o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE, o PT e vários movimentosdouze premier rouletteesquerda não pediram que o presidente fosse removido do cargo. A dupla foi absolvida por quatro votos a três.
Segundo Fornazieri, no fundo, o PT prefere "deixar que Temer sangre até o fim" do mandato.
Há ainda, segundo o professor, o temordouze premier rouletteque a saída do presidente permita a reorganização do governo e produza uma candidatura competitiva para 2018. Já a permanênciadouze premier rouletteTemer, diz Fornazieri, deixaria o caminho mais livre para a oposição na próxima eleição.
O professor cita ainda outro possível motivo pelo qual, segundo ele, o PT titubeia quanto ao "Fora, Temer". Na terça-feira, o líder do partido na Câmara, Carlos Zarattini (SP), afirmou ao jornal Estadodouze premier rouletteS.Paulo que seria "um equívoco" o PT "torcer" pela prisão do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).
"Não podemos torcer por um ataque sem nenhum princípio às pessoas", disse ele.
Segundo Fornazieri, a fala é um sinaldouze premier rouletteque "talvez por baixo do pano se busque costurar um acordo para salvar as figurasdouze premier roulettetodos os partidos envolvidos na Lava Jato" - arranjo que incluiria a permanênciadouze premier rouletteTemer no poder.
Delação da JBS
Já na direita, a delação da JBS e o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fizeram com que alguns movimentos e figuras que evitavam pedir a saídadouze premier rouletteTemer passassem a demandá-la abertamente.
Autores do pedidodouze premier rouletteimpeachmentdouze premier rouletteDilma Rousseff, os juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal pertencem ao grupo.
"Entendo que o presidente deveria deixar o cargo,douze premier roulettepreferência por meiodouze premier rouletterenúncia, para não prejudicar ainda mais o país", diz Paschoal à BBC Brasil.
Professoradouze premier roulettedireito da USP, ela afirma que a divulgação do diálogo entre Temer e o empresário Joesley Batista, da JBS, e a revelaçãodouze premier rouletteque Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor do presidente, recebeu uma maladouze premier roulettedinheiro da companhia tornaram insustentável a permanência do peemedebista.
Um dos principais organizadores das passeatas pelo impeachmentdouze premier rouletteDilma, o movimento Vem Pra Rua também passou a pedir a renúncia do presidente.
Em dezembro, o líder do movimento, Rogério Chequer, disse à BBC Brasil que o grupo não tinha "nenhum interessedouze premier roulettetirar Temer do poder".
Mas a porta-voz do movimento Adelaide Oliveira diz que o grupo mudoudouze premier rouletteideia a partir do julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE, por avaliar que havia provas para a cassação da dupla.
Já o Movimento Brasil Livre (MBL), outro grupo que pressionou pelo impeachmentdouze premier rouletteDilma, chegou a engrossar o coro pela saída do presidente após a divulgação do encontro entre Temer e Joesley, mas recuou alegando que as gravações eram "inconclusivas".
O MBL não respondeu a um pedidodouze premier rouletteentrevista sobre o tema. Nas redes sociais, o movimento tem defendido o avanço das reformas propostas pelo presidente.
Para Oliveira, do Vem Pra Rua, "as reformas não são desculpas para a permanênciadouze premier rouletteTemer no poder".
"As pessoas confundem pessoas com instituições ou cargos. (Se Temer sair), o governo vai continuar existindo e deve continuar cumprindo seu papel", afirma.
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