Indústria do turismo teme impactobet aposta presidenteretórica anti-imigraçãobet aposta presidenteTrump nos EUA:bet aposta presidente
"Em média, as buscas estão 10% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado" disse à BBC Brasil o cientistabet aposta presidentedados Patrick Surry, especialistabet aposta presidenteviagens do Hopper.
"A maioria das pessoas pesquisando voos para os Estados Unidos não são afetadas diretamente pelas restrições, mas o fatobet aposta presidentehaver uma queda tão grande no interesse pelo país parece indicar uma percepçãobet aposta presidenteque talvez você não seja bem-vindo", observa Surry.
"Resta saber se será um efeitobet aposta presidentecurto prazo, que logo vai se dissipar, ou uma mudança duradoura", salienta.
Incerteza
O decreto suspenso nesta quarta-feira é a segunda tentativa do governo americanobet aposta presidentebarrar a entradabet aposta presidentecidadãos desses países. Uma ordem anterior,bet aposta presidente27bet aposta presidentejaneiro, vetava também viajantes do Iraque, e foi suspensa por um tribunal no iníciobet aposta presidentefevereiro.
A nova medida, alémbet aposta presidenteretirar o Iraque da lista, determina que portadoresbet aposta presidentevisto ou green card (documento que permite residência nos Estados Unidos) não serão afetados. Também suspende a admissãobet aposta presidenterefugiadosbet aposta presidentequalquer país.
Críticos dizem que o decreto fere a Constituição, causa dano irreparável aos afetados e é, na prática, um veto a muçulmanos. A Casa Branca rejeita as críticas e afirma que a medida é necessária para garantir a segurança do país.
Durantebet aposta presidentecampanha, Trump chegou a anunciar que pretendia proibir muçulmanosbet aposta presidenteentrar nos Estados Unidos, mas depois voltou atrás. O presidente também prometeu construir um muro na fronteira para impedir a entradabet aposta presidentemexicanos.
Até agora, a Casa Branca não se pronunciou sobre o possível impacto da política migratória sobre o turismo. Mas, segundo profissionais do setor, a incerteza gerada por essas medidas pode colocarbet aposta presidenterisco uma indústria que somentebet aposta presidentefevereiro deste ano conseguiu se recuperar completamente da chamada "década perdida", iniciada com os atentadosbet aposta presidente11bet aposta presidentesetembrobet aposta presidente2001 e as exigências mais rigorosas para entrada no país que se seguiram.
"O novo decreto é boa notícia se você está pensandobet aposta presidentevir do Iraque para os Estados Unidos. A questão que permanece é se faz o suficiente para apaziguar o possível viajante do Canadá, da Europa e do resto do mundo que talvez tenha sido dissuadido pelo decreto inicial", dissebet aposta presidentenota Roger Dow, presidente da US Travel Association, que representa a indústriabet aposta presidenteviagens no país.
Nova York
Em Nova York, destino americano preferido entre os turistas internacionais, a previsão da NYC & Company, agência responsável pela promoção do turismo na cidade, ébet aposta presidentereceber neste ano 300 mil visitantes estrangeiros a menos do quebet aposta presidente2016.
Será a primeira vezbet aposta presidentesete anos que númerobet aposta presidenteturistas estrangeiros na cidade deve cair. Antes do decreto, a expectativa erabet aposta presidenteaumentobet aposta presidente400 mil.
"Não é tanto sobre os países incluídos no decreto, mas sobre a percepção dos Estados Unidos como um lugar acolhedor", disse à BBC Brasil o presidente e CEO da NYC & Company, Fred Dixon.
"Quando você impõe barreiras, obstáculos, vetos, isso vai afetar a maneira como as pessoas percebem um lugar. É o impacto negativo dessa mudançabet aposta presidentepercepção que pode deteriorar a visitação ao país. Vai muito além dos seis países do decreto."
Segundo Dixon, como cada turista internacional gastabet aposta presidentemédia US$ 2 mil na cidade, a previsão ébet aposta presidenteperdabet aposta presidenteUS$ 600 milhõesbet aposta presidentegastos diretos.
Em 2016, Nova York recebeu 60,7 milhõesbet aposta presidentevisitantes, sendo 12,7 milhões estrangeiros, entre eles 817 mil brasileiros.
Dixon ressalta que o Brasil se manteve como quarto país que mais envia visitantes à cidade, apesarbet aposta presidentequedabet aposta presidenterelação a 2015, quando 877 mil brasileiros (entre 12,3 milhõesbet aposta presidenteturistas estrangeiros) viajaram a Nova York.
"O Brasil é um mercado maravilhoso para nós", salienta.
Brasil
A queda no númerobet aposta presidentevisitantes brasileiros foi resultado da crise econômica no Brasil, que reduziu as viagens ao Exteriorbet aposta presidentemaneira geral. Para este ano, segundo a Associação Brasileirabet aposta presidenteAgênciasbet aposta presidenteViagens (ABAV), a previsão ébet aposta presidenterecuperação.
Segundo a análise do Hopper, as pesquisas no Brasil por voos para os Estados Unidos estão 28% abaixo do esperado no período. Mas ainda é cedo para saber se as medidas amerianas terão impacto sobre o turista brasileiro.
"(O veto) Não tem mexido com o turista. Acho que o turismo para os Estados Unidos vai até melhorar, porque antes estavamos com uma recessão interna", disse à BBC Brasil o presidente da ABAV, Edmar Bull.
De acordo com Bull, a crise levou o viajante brasileiro a mudar o perfil, comprando menos, ficandobet aposta presidentehotéis mais baratos e durante menos dias. "Mas ele não deixabet aposta presidenteviajar", ressalta.
Os Estados Unidos são o segundo principal destino dos brasileiros (atrás da Argentina), com fatiabet aposta presidente25% do totalbet aposta presidenteviagens ao exterior.
Em 2015, último ano com dados oficiais disponíveis, 2,5 milhõesbet aposta presidentebrasileiros viajaram ao país. Alémbet aposta presidenteNova York, os outros destinos preferidos são Miami, Orlando e a Califórnia.
O responsável pela promoção do turismobet aposta presidenteNova York quer mostrar aos turistas brasileiros ebet aposta presidenteoutros países que a experiência na cidade não vai sofrer por causa do decreto.
Uma campanha recém-lançada busca "tranquilizar o viajante internacional que possa se sentir desencorajado".
"Nós, como destino, não mudamos. Mas agora temosbet aposta presidentelidar com essa imagem do país como um todo, que é muito maior do que nós. Queremos lembrar aos visitantes que,bet aposta presidenteNova York, pessoas do mundo todo são bem-vindas", diz Dixon.