Situaçãovip blackjackpresídio era crítica, diz secretáriovip blackjackSegurança Pública:vip blackjack
vip blackjack O secretáriovip blackjackSegurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte, Caio Bezerra, disse à BBC Brasil que a situação dentro da Penitenciária Estadualvip blackjackAlcaçuz depois da rebeliãovip blackjacksábado era "crítica".
"O cenário é crítico, era crítico, com corpos mutilados. Mas estas pessoas já estão sendo identificadas e estamos concluindo estas investigações para dar respostas (às famílias) o mais rápido possível", disse o secretário.
Devido ao estadovip blackjackmutilação dos corpos, o governo do Rio Grande do Norte teve que mudar o número oficialvip blackjackmortos na rebelião.
"No total foram 26 mortos. Haviamos falado anteriormentevip blackjack27, mas uma vítima foi computada duas vezesvip blackjackvirtude do estadovip blackjackque alguns corposvip blackjackalgumas vítimas foram encontrados", explicou Bezerra durante uma entrevista coletivavip blackjackNatal na noite deste domingo.
Bezerra disse ainda que o estadovip blackjackque os corpos foram encontrados dificulta a identificação. Apesar disso, ele disse que tentarão concluir essa etapa do processovip blackjackuma semana.
O diretor do ITEP, Marcos Brandão, também falou sobre as dificuldades para identificar os detentos mortos.
"Vamos trabalhar para agilizar a identificação das vítimas através da necropsia, arcada dentária ou DNA. Pelo estado dos corpos, alguns com muitas perfurações e decapitados, precisamosvip blackjacktempo para identificar as vítimas. Nossa expectativa é concluir os laudosvip blackjackaté 30 dias", explicou.
Bezerra ainda disse à BBC Brasil que o conflitovip blackjackAlcaçuz, o maior do Rio Grande do Norte, começou na tardevip blackjacksábado quando presos conseguiram sair do pavilhão 5, que é o presídio Rogério Coutinho Madruga, ao ladovip blackjackAlcaçuz, invadiram o pavilhão quatro, onde havia detentosvip blackjackum "grupo rival".
Quando questionado quais seriam as facções envolvidas neste confronto, Bezerra disse que o PCC (Primeiro Comando da Capital) e do Sindicato do Crime (facção que age no Rio Grande do Norte) estão presentes no estado e nas cadeias, mas que ainda não é possível afirmar que as mortes são resultadovip blackjackuma disputa entre os grupos.
Bezerra informou que estas investigações têm um prazo legalvip blackjack30 dias, "mas vamos fazer todos os esforços necessários para concluir o mais rápido possível".
Contenção
O motim só foi controlado depoisvip blackjack14 horas. A rebelião ─ a quarta desde o início do ano ─ começou no fim da tardevip blackjacksábado na Penitenciária Estadualvip blackjackAlcaçuz, no fim do horáriovip blackjackvisitas.
Bezerra afirmou que a polícia fez um trabalho para evitar que o motim se espalhasse para outros pavilhões.
"Fizemos um trabalhovip blackjackcontenção desta crise nos dois pavilhões conflitados, o 4 e o 5. (...) Este trabalhovip blackjackcontenção foi feito para evitar que a crise evoluísse para outros pavilhões e elevasse ainda mais o númerovip blackjackvítimas."
"Uma entrada dos grupos táticos da PM foi feita sem resistência dos presos e sem registrosvip blackjackoutras vítimas", acrescentou.
Há relatosvip blackjackque, apesarvip blackjacka rebelião ter sido contida na manhã deste domingo, o clima na Penitenciáriavip blackjackAlcaçuz ainda évip blackjacktensão.
"O sistema prisional realmente passa por dificuldades, sempre existe tensão, principalmentevip blackjackAlcaçuz, mas as forçasvip blackjacksegurança estão trabalhando com o máximovip blackjackempenho para garantir a tranquilidade", afirmou o secretário.
A Penitenciáriavip blackjackAlcaçuz tem capacidade para abrigar 620 detentos, no entanto estava com 1.083. Já o Rogério Coutinho Madruga tem capacidade para abrigar 300 presos e não estava com superlotação.
Outras rebeliões
Esta é a quarta rebelião com mortes que ocorre neste ano dentrovip blackjackpresídios. A primeira aconteceu no Complexo Penitenciário Anísio Jobim ( Compaj)vip blackjackManaus, onde 60 pessoas foram mortas no dia 1ºvip blackjackjaneiro.
Quatro dias depois, outra chacina deixou 33 mortos na Penitenciária Agrícolavip blackjackMonte Cristo,vip blackjackRoraima. Outras quatro pessoas foram mortas na cadeia pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa,vip blackjackManaus.
O local foi fechadovip blackjack2016 por problemas estruturais, mas reaberto neste ano para abrigar sobreviventes do Compaj.
Pesquisadores ouvidos pela BBC Brasil atribuem as mortes a uma guerra entre facções criminosas. A mais significativa delas é entre a Família do Norte (FDN) e o Comando Vermelho (CV), terceira e segunda com maior presença nos presídios, contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), que domina a maior parte dos presídios.
Autoridadesvip blackjacksegurança públicavip blackjacktodo o país estãovip blackjackestadovip blackjackalerta para a possibilidadevip blackjackocorrerem novas rebeliões com mortes. O maior risco está nos Estados do Norte e Nordeste do país, além do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Isso ocorre porque presídios paulistas e cariocas são majoritariamente dominados pelo PCC e CV, respectivamente.
Já o presídio Centralvip blackjackPorto Alegre, no Rio Grande do Sul, com maisvip blackjack4 mil detentosvip blackjackcinco facções diferentes. A unidade é tratada como uma "bomba-relógio".
Segundo especialistasvip blackjackorganizações criminosas algumas facções, como a FDN e PGC (Primeiro Grupo Catarinense), surgiram para impedir que o PCC monopolizasse o mercado brasileirovip blackjackdrogas - a maior fontevip blackjackdinheiro desses grupos.
Segundo pesquisadores, a FDN foi criadavip blackjack2006 para conter a tentativa do PCCvip blackjackmonopolizar o comérciovip blackjackdrogas no Norte do país, principalmentevip blackjackManaus, importante rotavip blackjackescoamentovip blackjackcocaína para a Europa.
"Em 2016, no cenáriovip blackjackruptura entre o CV e o PCC, o que a gente viu foi uma tensão crescente e uma declaraçãovip blackjackguerra. Nesse tabuleiro, o Comando Vermelho se aliou com a Família do Norte e formou uma nova configuração do crime organizado na região", diz a pesquisadora e professora da UFABC Camila Nunes Dias, que estuda facções criminosas.