A tragédia nos transformougreenbets fora do ar hojeuma torcida só, diz repórter colombiana sobre ‘experiência mais difícil da carreira’:greenbets fora do ar hoje
Maisgreenbets fora do ar hoje40 mil pessoas vestiram branco e, com uma vela na mão, passaram 90 minutos cantando "Vamos, Vamos Chape" ou ainda "Que escutemgreenbets fora do ar hojetodo o continente, para sempre lembraremos da campeã Chapecoense" - a música que eles próprios fizeramgreenbets fora do ar hojehomenagem ao time brasileiro
Quem esteve tanto do ladogreenbets fora do ar hojefora - onde outras dezenasgreenbets fora do ar hojemilharesgreenbets fora do ar hojepessoas se reuniam - como do ladogreenbets fora do ar hojedentro relata que nunca viveu uma experiência igual.
"A tragédia nos converteugreenbets fora do ar hojeuma só torcida,greenbets fora do ar hojeuma só voz", disse a repórter esportiva da TV colombiana RCN e apresentadora do Notícias RCN, Melissa Martinez.
A BBC Brasil conversou com ela sobre como a tragédia com o voo da Chapecoense impactou a vida dos colombianos do outro lado da fronteira.
greenbets fora do ar hoje Confira o depoimento:
"Recebi a notícia da tragédiagreenbets fora do ar hojeuma forma muito impactante, porque quando desapareceu o avião eu já estava dormindo. Eu costumo dormir muito cedo, meu turno no trabalho começa às 4h da manhã. Quando levantei às 3h, li a notíciagreenbets fora do ar hojeque só tinham resgatado 6 pessoas com vida. A única coisa que fiz foi pegar duas camisas pretas e correr para o trabalho. Às 5h já estava no aeroporto.
Eu já havia feito uma outra cobertura forte, da explosãogreenbets fora do ar hojeuma mina na Colômbia,greenbets fora do ar hojeuma região que se chama Sardinata. Mas naquele lugar não foi permitido às famílias se aproximarem, então foigreenbets fora do ar hojealguma forma menos dramático. Agora foi muito duro. Foi a experiência mais difícil que já tive na minha carreira.
No caso da mina, foi algo muito diferente, porque era uma minagreenbets fora do ar hojeextraçãogreenbets fora do ar hojecarvão e eles entendem que podem estar expostos a esse tipogreenbets fora do ar hojeacidente.
Mas quando alguém vem por um sonho e isso se torna algo tão traumático como foi essa tragédia, a gente começa a pensar... se o (goleiro) Danilo não tivesse tirado aquela bola (na semifinal, contra o San Lorenzo) no último minuto, a história poderia ser diferente.
Cheguei ao estádio na quarta muito cedo. Desde às 6h da manhã, e as homenagens já estavam começando. O sentimento era muito estranho, porque eu só havia ido lá para transmitir os jogos do estádio no fimgreenbets fora do ar hojesemana, como repórtergreenbets fora do ar hojecampo. Nunca havia sentido antes algo parecido.
O povo colombiano está familiarizado com desastres naturais, também sofremos muito com a violência que deixou milhares e milharesgreenbets fora do ar hojevítimas, acidentes aéreos por contagreenbets fora do ar hojeerros humanos e também por contagreenbets fora do ar hojeterrorismo. Mas a Colômbia mostrou que não perdeu a sensibilidade para esse tipogreenbets fora do ar hojeacontecimento.
Eu fiz a coberturagreenbets fora do ar hojecentenasgreenbets fora do ar hojejogos e viajava com a equipe. Mas nunca antes tinha estadogreenbets fora do ar hojeum estádio cobrindo um time que cantava músicas para o seu rival.
Fiquei extasiada. Assim como todos os que estavam lá vendo tudo aquilo. Porque a Colômbia sempre teve uma fama ruim por causa do narcotráfico, mas o que mostramos é que somos pessoas sensíveis. Pessoas boas, solidárias. E diantegreenbets fora do ar hojetudo, diante da nossa história dramática egreenbets fora do ar hojesuperação, jamais perdemos a sensibilidade.
A percepção dos colombianos da tragédia é que ela afetou todo mundo. Você encontra taxistas na rua que dizem que não conseguem dormir à noite. As pessoas falam que 'se o goleiro não tivesse salvado aquela bola no último minuto, talvez nada disso teria acontecido'.
No meu caso, até fico pensando que, se no último minuto aquela bola tivesse entrado, nós poderíamos ter voado para a Argentina no voo com o Nacional. Com a mesma empresa, com o mesmo avião, com o mesmo piloto. E talvez nós mesmos, jornalistas, que sempre acompanhamos o Atlético Nacional, teríamos sido as vítimas. Talvez teria sido com alguns dos meus companheiros.
Mas mais uma vez o esporte mais popular do mundo faz com que a gente se dê contagreenbets fora do ar hojeque devemos permanecer unidos. Que devemos vivergreenbets fora do ar hojealegria e que devemos deixargreenbets fora do ar hojelado a mesquinharia ou esse ódio a torcidas rivais. (A tragédia) nos converteugreenbets fora do ar hojeuma só torcida,greenbets fora do ar hojeuma só voz. E à Colômbia, deixou um exemplo claríssimogreenbets fora do ar hojeunião,greenbets fora do ar hojeafeto. Para o mundo, foi uma perda terrível."