A decisãoluva melhor do mundo f12betbiógrafo da Chapecoense, que escrevia último capítulo quando escapou da tragédia:luva melhor do mundo f12bet

Ivan Carlos no estádio da Chapecoense

Crédito, BBC Brasil

Legenda da foto, Narrador acompanha Chapecoense há 40 anos e escreve livro sobre o clube

Mas Ivan Carlos cedera seu lugar no voo ao colega Gelson Galiotto, "um irmão" com quem trabalhava há maisluva melhor do mundo f12bet15 anos e sonhavaluva melhor do mundo f12betcobrir a primeira final internacional do time na Copa Sul-Americana.

Tudo isso contra a vontadeluva melhor do mundo f12betsua família, que fez até campanhasluva melhor do mundo f12betgruposluva melhor do mundo f12betWhatsApp para que o narrador fosse para a Colômbia.

Ivan e Igor

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Ivan e seu filho Igor (à esq.), que chegou a fazer campanha para o pai viajar para a Colômbia

"Na sexta passada, o Galiotto me visitou e falou que ele gostaria muitoluva melhor do mundo f12betfazer a final, que ele nunca tinha feito uma decisão internacional", conta o radialista.

A princípio, ele manteve a escala, mas depois se sensibilizou com o pedido do colega e ligou para ele com a boa notícia: "Você vai fazer a final. Você vai para Medellín."

Últimas mensagens

Ivan Carlos ainda tem no celular as últimas mensagensluva melhor do mundo f12betvoz recebidasluva melhor do mundo f12betGaliotto no WhatsApp, que mostrou à BBC Brasil.

Em áudio enviadoluva melhor do mundo f12betGuarulhos às 10h56, ele reclamavaluva melhor do mundo f12betmudançasluva melhor do mundo f12betúltima hora no voo antesluva melhor do mundo f12betdeixar o Brasil para a Colômbia. A mensagem diz:

"Começouluva melhor do mundo f12betnovo a incomodar esse negócioluva melhor do mundo f12betAnac (Agência Nacionalluva melhor do mundo f12betAviação Civil). Agora vamos ter que sairluva melhor do mundo f12betvoo comercial até Santa Cruzluva melhor do mundo f12betla Sierra na Bolívia e depois lá pegar essa talluva melhor do mundo f12betLamia. Olha, agora acho que vou pegar e vou voltar para Chapecó. Não gostoluva melhor do mundo f12betsofrer muito", diz na mensagemluva melhor do mundo f12betvoz ao amigo.

O radialista diz que muitos têm perguntado se ele não sentiu um alívio por não estar no voo. "Não tem alívio. É só pesadelo", lamenta.

Bombeiros e equipesluva melhor do mundo f12betsocorro

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Equipe iria disputar o jogo mais importanteluva melhor do mundo f12betsua trajetória

O pesadelo vai agora adiar lançamento do livro que ele vinha escrevendo há seis anos. "Agora há um capítulo bem triste a ser escrito", diz.

Mas o radialista, que acompanha o time há 40 anos, já escolhera um título sofrido para o livro: "Chapecoense, uma histórialuva melhor do mundo f12betsacrifício, uma paixão".

"A Chapecoense é tão apaixonante porque é uma histórialuva melhor do mundo f12betsacrifício. Taí mais um, uma tragédia."

Ele agora quer esperar o time "dar a volta por cima" para lançar o livro.

"Quero terminar com a Chapecoenseluva melhor do mundo f12betalta, a Chapecoense alegre. Vou esperar um pouco mais."

'A história verdadeira'

O jornalista conta que a ideialuva melhor do mundo f12betescrever um livro sobre a Chapecoense surgiu quando começou a ouvir histórias incorretas sobre como o time foi fundado.

"Como conheço a histórialuva melhor do mundo f12betdetalhes, resolvi fazer um trabalho completo. Toda a história verdadeira. Desde a fundação até o momentoluva melhor do mundo f12betque fechar o livro", afirma ele.

Ivan Carlos começou a trabalhar no clube como puxadorluva melhor do mundo f12betfios,luva melhor do mundo f12bet1973. Quatro anos depois, virou repórter e,luva melhor do mundo f12bet1980, começou a narrar as partidas da Chape, como os torcedores chamam o time.

No voo que matou 71 pessoas, incluindo a maioria dos jogadores da Chapecoense e maisluva melhor do mundo f12bet20 jornalistas, estava também o repórter Edson Ebeliny - o Edson Picolé - que também trabalhava com ele há cercaluva melhor do mundo f12bet15 anos na Super Condá.

Torcedores fazem vigília no estádio da Chapecoense

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Tragédia entristeceu e mobilizou toda a cidade

"Ele era como um filho meu", diz Ivan Carlos, apontando para a cabine no alto das arquibancadas na Arena Condá onde eles faziam as transmissões juntos, eluva melhor do mundo f12betonde faz as narrações dos jogos da Chapecoense há 36 anos.

Após a tragédia, ele transmitiu na rádio Super Condá uma mensagem para seus ouvintes sobre a forte identificação que os torcedores sentem com o time.

"Por mais que a gente torça para Flamengo, Corinthians, Vasco, Palmeiras, Santos e outros grandes times, na vida a gente é mesmo uma Chapecoense", diz a mensagem.

"A gente sonha, luta, batalha, joga fechadinho na defesa, aguenta pressão no trabalho, salva bolaluva melhor do mundo f12betcima da linha no último minuto e quer ser campeãoluva melhor do mundo f12betalguma coisa. Vibrar com a felicidade, alçar voos altos", continua, para ao fim concluir: "A gente adotou a Chapecoense porque ela é a gente da gente."

Em um momento com tantas perguntas sobre o futuro do clube no ar, Ivan Carlos tem uma convicção.

"A Chapecoense vai se reconstruir. Podem ter certeza", diz ele. "O aço começa derretido. A Chapecoense vai voltar forte."