'Eu não estava patrocinando interesse privado', afirma Temer sobre caso Geddel:bet365 s
"Eu não estava patrocinando nenhum interesse privado, data venia, né? Não há razão para isso. Se você me disser, 'não foi útil, não foi conveniente', eu digo,bet365 sfato", reconheceu Temer.
"Eu disse até ao ministro, 'olha, foi uma inadequação, uma coisa muito inadequada, não pode ser feita'", disse também o presidente.
Temer deu a declaração ao ser questionado pela BBC Brasil sobre qual "conflito institucional" ele estava arbitrando ao sugerir que o caso fosse remetido a AGU, ou se estava interferindobet365 suma questão particular.
O presidente disse que o conflito institucional era entre o Iphan da Bahia, que havia autorizado a obra, e o Iphan federal, que havia barrado o empreendimento.
"Estava arbitrando um conflitobet365 snatureza administrativa, entre órgãos da administração pública, o Iphan da Bahia tinha uma posição e o Iphan nacional tinha outra posição", argumentou Temer.
"Quando ele (Calero) disse que não queria, não iria despachar (tomar decisão no caso), eu disse 'então faça o seguinte, mande para a AGU, e ela arbitra essa questão'", continuou o presidente.
Juristas ouvidos pela BBC Brasil, porém, dizem que não há conflito entre diferentes órgãos nesse caso, já que o Iphan da Bahia está hierarquicamente subordinado ao Iphan federal.
A própria AGU manifestou-se na quinta-feira, por meiobet365 snota, informando que "a presidência do Iphan é competente para a anulaçãobet365 sato da Superintendência estadual e que poderia decidir o caso concreto".
Segundo a assessoria da AGU, essa decisão já havia sido dada pela procuradoria do Iphan, órgão ligado à AGU, antes do Iphan federal barrar a obra.
Foi a primeira vez que Temer comentou o caso publicamente. O presidente disse também que seu perfil "não é autoritário" e que sempre atua para resolver conflitos.
"Sempre que houver conflitos entre quem quer que seja, mesmo ministros, eu vou arbitrá-los, foi o que eu fiz, ao longo da vida", afirmou.
Geddel tem um apartamento no prédio que aguardava autorização para ser construído. Ao apresentarbet365 scartabet365 sdemissão na sexta-feira, ele deixou clarabet365 srelaçãobet365 samizade com Temer, ao se referir ao presidente como "meu fraterno amigo" e "meu querido amigo".
Ao deixar a coletiva, Temer foi questionado se sabia que Geddel era dono do imóvel no empreendimento que tentava liberar. O presidente desconversou e disse que "soube nesse episódio".
Diante da insistência sobre quando teve conhecimento, ele afirmou que foi "na quinta-feira", aparentemente se referindo a conversa com Calero antes da demissão do ministro, no último dia 18.
Neste, domingo, Temer criticou Calero, dizendo ser "indigno" e "gravíssimo" que um ministro gravasse uma conversa com o presidente.
"Espero que essas gravações venham a público", disse Temer, que disse ainda cogitar fazer gravações oficiais das audiências na Presidência da República.
A líder da minoria (oposição) na Câmara, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), disse após a coletivabet365 sTemer que o presidente "tenta montar uma versão amena para um fato absolutamente grave e contundente".
Segundo ela, há um "conluiobet365 sinteresses privados comandando a República".
Feghali sustenta que Temer cometeu "crimebet365 sresponsabilidade" e disse que a oposição tomará "medidas concretas a partir da segunda-feira contra o governo".
O líder da minoria no Senado, Lindberg Farias (PT-RJ), e o PSOL já disseram que pretendem apresentar um pedidobet365 simpeachment contra o presidente.
O andamento dessa denúncia, porém, dependeriabet365 suma decisão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que é aliadobet365 sTemer.
"Com os fatos que nós temos e conhecendo o presidente Michel Temer, apesarbet365 snão ter ouvido ainda a tal gravação que o ex-ministro Calero fez com o presidente da República, um fato grave, não vejo nenhum motivo para a gente pensarbet365 simpedimento do presidente Temerbet365 sforma algumas", afirmou Maia na sexta-feira,bet365 sentrevista ao canal Globonews.
Na entrevista, que contou com a presençabet365 sMaia e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Temer anunciou o que chamoubet365 s"ajustamento institucional" para impedir a tramitaçãobet365 squalquer propostabet365 sanistia a políticos que tenham praticado o caixa 2 - movimentação irregularbet365 srecursosbet365 scampanha eleitoral.
Na quinta-feira , a votaçãobet365 sum projeto com medidas anticorrupção acabou adiada depoisbet365 svir à tona uma articulaçãobet365 sprolbet365 suma emenda para anistiar quem tivesse feito usobet365 scaixa 2bet365 seleições passadas - nos bastidores da Câmara, chegou a circular um textobet365 suma emenda que previa livrar,bet365 stodas as esferas (cível, criminal e eleitoral).
"Estamos aqui para revelar que, há uma unanimidade daqueles dos poderes Legislativo e Executivo", afirmou o presidente.
"Não há a menor condiçãobet365 sse patrocinar,bet365 sse levar adiante essa proposta", declarou Temer, que disse ser preciso "ouvir a voz das ruas"bet365 srelação à anistia.
Maia voltou a dizer que nunca tinha sido a intenção do Legislativobet365 sanistiar crimes e culpou uma "confusãobet365 scomunicação" pela polêmica. "Estamos discutindo algo que não existe", afirmou. Calheiros disse que uma eventual propostabet365 sanistia não terá chances no Congresso.
A entrevista foi convocada no sábado por Temer e representou um rara apariçãobet365 smídia conjunta dos principais líderes dos Poderes Executivo e Legislativo, o que pareceu indicar a preocupação do Planalto com a repercussão da crise política detonada tanto pela renúnciabet365 sGeddel - a sextabet365 sum ministro nos seis mesesbet365 sgoverno do pemedebista - e a polêmica causada pela possibilidadebet365 sanistia do caixa 2.