Volkswagen nomeia historiador para apurar denúncias1bx bettortura na ditadura brasileira:1bx bet

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Legenda da foto, Volkswagen vai mandar especialista para apurar se houve tortura durante ditadura no Brasil

"É importante checar novamente as críticas da comissão à Volkswagen, pois não se trata somente dos casos1bx betrepressão política que se tornaram públicos, mas também se a empresa,1bx betforma geral, lucrou com a ditadura. Irei além do que os historiadores já pesquisaram sobre o tema", destacou.

O relatório revelou torturas cometidas1bx betuma das fábricas da Volkswagen no Brasil e também indicou que várias empresas repassavam informações e denunciavam funcionários ao Departamento1bx betOrdem Política e Social (Dops).

Após as revelações da comissão, um grupo1bx betex-funcionários entrou com uma ação judicial contra a montadora no ano passado, sob a acusação1bx betterem sido presos e torturados1bx betuma fábrica no Brasil.

Essa não é a primeira vez que a Volkswagen precisa reviver seu passado - a empresa já investigou seu próprio papel no uso do trabalho escravo na Alemanha nazista durante a 2ª Guerra Mundial.

A montadora foi criada1bx bet1937 pela Deutsche Arbeitsfront - a organização sindical nazista. Durante a guerra, fez veículos para o exército alemão usando mais1bx bet15 mil trabalhadores escravos, que estavam presos1bx betcampos1bx betconcentração próximos.

Em 1998, os sobreviventes processaram a Volkswagen, que criou um fundo1bx betrestituição.

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Legenda da foto, Empresa havia afastado historiador anterior

'Anos sombrios'

Em um comunicado, a VW disse que o Kopper começará seu trabalho o mais cedo possível.

"Vamos esclarecer o papel da empresa durante a ditadura militar no Brasil com a consistência e perseverança necessárias da mesma maneira que nós nos engajamos para esclarecer os assuntos relacionados com o passado Nacional-Socialismo e o emprego1bx bettrabalho forçado", afirmou Christine Hohmann-Dennhardt, membro do conselho da Volkswagen responsável pela integridade e assuntos legais.

Hohmann-Dennhardt acrescentou: "Queremos esclarecer os anos sombrios da ditadura militar e explicar o comportamento dos responsáveis naquela época no Brasil e, se for o caso, na Alemanha".

Entre as denúncias, o relatório da Comissão da Verdade destacou o relato1bx betLucio Bellentani, um ex-funcionário da montadora.

"Eu estava no trabalho quando duas pessoas com metralhadoras vieram até mim", contou ele. "Eles seguraram meus braços atrás das costas e imediatamente me algemaram. Assim que chegamos ao centro1bx betsegurança da Volkswagen, a tortura começou. Fui espancado, golpeado e esbofeteado."

Segundo a advogada Rosa Cardoso, que integrou a comissão, 12 funcionários da fábrica1bx betSão Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, foram torturados, enquanto outros acabaram demitidos e colocados1bx betlistas negras.

O documento da Comissão da Verdade citou ainda a prisão do alemão Franz Paul Stangl, comandante na Segunda Guerra dos campos1bx betextermínio Sobibor e Treblinka, na Polônia,1bx betunidade da montadora1bx betSão Bernardo do Campo,1bx bet1967.

Ele foi contratado pela empresa1bx bet1951 como responsável pela segurança da fábrica.

Busca nos arquivos

O primeiro passo da pesquisa1bx betKopper será nos arquivos da Volkswagen1bx betWolfsburg, na Alemanha.

O historiador pretende descobrir se a sede alemã tinha conhecimento do que ocorria na filial brasileira. Depois desta etapa, ele pretende viajar ao Brasil no ano que vem para analisar os documentos da fábrica1bx betSão Paulo e entrevistar ex-funcionários.

Essa é a primeira vez que o especialista1bx bethistória empresarial pesquisa sobre o Brasil. Ele contou que pretende aprender um pouco1bx betportuguês para o trabalho e já está se inteirando sobre história do país e1bx betsua indústria automobilística.

"Receberei todo o apoio da Volkswagen para traduzir os documentos."

A pesquisa sobre o passado da companhia no Brasil deve durar cerca1bx betum ano - os resultados serão apresentados1bx betum relatório que será distribuído pela Volkswagen.

"Como não sou funcionário da montadora, tenho toda a independência para pesquisar e sobre o conteúdo final deste trabalho", ressaltou Kopper.