Casal roda pelo Brasil para 'caçar bons exemplos' que solucionem problemas do país:jogue aviator
Do bem
Eles já percorreram todos os Estados do Brasil e visitaram maisjogue aviator1,1 mil projetos - entre ONGs, pessoas comuns que fazem ações comunitárias, associações e outros tiposjogue aviatorajuda social. A cada cidade que chegam a tática é a mesma: param as pessoas nas ruas perguntando "quem é um bom exemplo para você?", "quem faz a diferença na cidade?".
Com essas informações, eles organizam visitas a esses locais - sem avisar antes -, para conhecer os projetos e registrar tudojogue aviatorum grande bancojogue aviatordados: o site do Caçadoresjogue aviatorBons Exemplos.
Entre os maisjogue aviatormil locais pelos quais passaram e conheceram, eles destaca alguns exemplos que o impressionaram, como o Saúde Criança, iniciadojogue aviator1991 no Riojogue aviatorJaneiro, que almeja tratar as causasjogue aviatorfundojogue aviatorproblemasjogue aviatorsaúde infantis - como a miséria e o risco social - para reduzir as internações hospitalaresjogue aviatorcrianças.
Outros projetos considerados pioneiros pelo casal é o Centro Popularjogue aviatorDesenvolvimento, responsável por ações educacionaisjogue aviatorquatro Estados brasileiros, o Banco Palmas, o primeiro banco comunitário brasileiro, o Programa União faz a Vida, que desenvolve empreendedorismo e solidariedade, e a Fundação Goljogue aviatorLetra, dos ex-jogadores Raí e Leonardo.
Mais recentemente, os "Caçadores" lançaram um aplicativo que detalha os locais visitados e é aberto a pessoas que queiram indicar outros projetos que considerem transformadores.
"A ideia é criar uma rede social do bem. A pessoa pode ir a um projeto, tirar uma foto, incluir informações e publicar direto no aplicativo. Isso serve para falar sobre problemas, sim, mas também para que a gente possa apontar soluções e as pessoas que estão indojogue aviatorbusca das soluções. O aplicativo é uma plataforma para as pessoas falarem sobre projetos, para quem queira ajudar, para ser mais fácil encontrar esses projetos sociais no mapa", afirma Iara.
Os dois também já lançaram um livro contando um pouco dos quatro primeiros anos da viagem ejogue aviatoralguns dos projetos visitados.
Buscajogue aviatorsoluções
O dinheiro da venda da casa e da rescisão dos contratosjogue aviatortrabalho já foi gasto. Hoje eles dão palestras e vivem no espírito proposto por seu projeto: contam com a solidariedade das pessoas.
"Não temos patrocínio, vínculo religioso ou político. A gente pergunta: o que você pode me dar? E vivemos com o quejogue aviatormelhor as pessoas têm a nos dar. Tem gente que pode nos dar um banho quente, uma refeição, almoçar aqui, jantar ali, encher o tanque do carro, comprar as camisetas e os livros do nosso projeto para doação, e a gente vai vivendo assim. No caminho, encontramos pessoas vivendo dessa economia colaborativa, solidária".
Uma barraca montadajogue aviatorcima do carro garante o repouso noturno, normalmentejogue aviatoralgum estacionamentojogue aviatorpostojogue aviatorgasolina.
Eles têm palestras agendadas até marçojogue aviator2017, mas não cobram honorários. "Em contrapartida, as empresas compram nosso livro e distribuem para os participantes. Eles pagam ainda custosjogue aviatorlogística e alimentação para chegarmos às cidades", contou Iara.
Para eles, o que mudou nesses anos todos foi perceber que "apesarjogue aviatoro Brasil estar cheiojogue aviatorproblemas, também cheiojogue aviatorpessoas buscando soluções".
"Nós encontramos pessoas assimjogue aviatortodos os Estados brasileiros -jogue aviatorcada ponto, no interior, no sertão, na capital, no litoral. Tem muita gente que está construindo um país melhor. A gente costuma dizer que o maior tesouro do Brasil é o povo brasileiro, solidário e criativo para ir atrás das soluções", conta.
"Visitamos projetosjogue aviatortodas as linhas - cultural, ambiental, com animais, crianças, idosos -, mas a gente não faz categorização disso porque acreditamos que é tudo interdependente. Para nós, é tudo educação. Dos projetos que a gente conheceu, uma coisa bem interessantejogue aviatorcomum entre eles é uma fé incondicional no ser humano", conta Iara.
Protagonismo
Neste anojogue aviatoreleições municipais, o casal espera que os bons exemplos sirvamjogue aviatorinspiração tanto para candidatos como para eleitores.
"O mais importantejogue aviatormostrar esses bons exemplos é tentar fazer com que os políticos que têm a caneta na mão possam usá-la para transformar essas ideiasjogue aviatorpolíticas públicas e escrever não somente a história da vida deles, mas reescrever uma históriajogue aviatorconstruçãojogue aviatorum país melhor".
Na outra ponta, Iara também acredita que esses exemplos podem afetar diretamente quem vive reclamando do país.
"As pessoas têm maniajogue aviatorinstitucionalizar a culpa. 'A culpa é do governo, da Igreja, da escola'... mas essas instituições são feitas por pessoas, então a culpa é das pessoas, e não das instituiçõesjogue aviatorsi. Quando temos a consciênciajogue aviatortrazer para as pessoas, para nós, essa responsabilidade ou corresponsabilidadejogue aviatortransformação, tudo muda. Fazer intercâmbiojogue aviatorideias positivas pelo Brasil todo também é uma formajogue aviatorfazer política".