Os produtos básicos que se tornaram mercadoriasjogos de apostas on line vencedoresluxo com a crise na Venezuela:jogos de apostas on line vencedores
E este ano a escassez é agravada por uma inflação desenfreada e a recessão histórica se aprofundou.
Por isso, os momentosjogos de apostas on line vencedoresque mesmo a população mais pobre comia carne, queijo e chocolates - quando a Venezuela liderou as taxasjogos de apostas on line vencedoresconsumo na região - se tornaram apenas lembranças.
No mercado
Poucas pessoas na Venezuela lembram dos temposjogos de apostas on line vencedoresabundância tão bem quanto os vendedores do mercado popularjogos de apostas on line vencedoresQuinta Crespo, no centrojogos de apostas on line vencedoresCaracas.
A maior parte dos comérciosjogos de apostas on line vencedoreslá é gerida há décadas pela mesma pessoa ou família. Muitas delas são formadas por imigrantes espanhóis e portugueses que encontraram refúgio por ali e, acimajogos de apostas on line vencedorestudo, oportunidades.
Astrid *, uma portuguesa, diz que nos 50 anos que vive vendendo vegetais na Quinta Crespo "nunca tinha visto pessoas sem fazer compras por quilo".
"Antes, as pessoas compravamjogos de apostas on line vencedores2kg a 3kg por produto, mas agora só querem uma cebola aqui, dois tomates ali, três cenouras e só", diz ela.
A história se repete nas bananas, que agora são compradas por unidade; e nas frutas secas, que não são vendidas mais misturadas; e os ovos, que são vendidos por unidade com preço destacadojogos de apostas on line vencedoresuma placa.
Açougueiros descrevem um fato ainda mais revelador da crise: eles já não estão vendendo frangos inteiros.
Por duas razões: as pessoas consideram mais vantajoso comprar partes separadas porque o preço do frango inteiro é definido pelo Estado - um dos controles que, segundo economistas, gera escassez.
Vendê-lojogos de apostas on line vencedorespartes, portanto, permite pular regulamentos que afetam a rentabilidade.
Mas há uma outra nova prática nesses comércios: as pernas e a carcaçajogos de apostas on line vencedoresfrango, que antes eram jogadas fora, para a alegriajogos de apostas on line vencedorescães e gatos, agora são mais vendidas que a coxa e o peito.
"Como está muito caro comprar frango, pelo menos com os pés eu posso fazer uma sopa, que serve como substituto", diz Johana Romel, cliente assídua da Quinta Crespo.
Com o peixe é a mesma coisa: garoupa, anchova e salmão vendem muito pouco ou nada e agora foram substituídos por sardinha e corvina, consideradosjogos de apostas on line vencedoresqualidade inferior.
Até o senhor que vende garrafasjogos de apostas on line vencedoresvidro usadas diz que tem sido um sacrifício encontrá-las "porque as pessoas já não têm dinheiro para fazer o molhojogos de apostas on line vencedorespimentão doce ou gemadajogos de apostas on line vencedorescreme", produtos que anteriormente eram essenciais na mesa do venezuelano.
Nas casas
O autorracionamento não ocorre apenas na compra, mas também no consumo.
Eu nunca vou me esquecer do dia,jogos de apostas on line vencedoresfevereiro, quando uma jovem donajogos de apostas on line vencedorescasajogos de apostas on line vencedoresum subúrbio do sul da cidadejogos de apostas on line vencedoresValência chorou na minha frente quando umajogos de apostas on line vencedoressuas madrinhas nos deu café, porque era uma ocasião especial: o diajogos de apostas on line vencedoresque um jornalista a visitou.
"Entenda-me, é que nós passamos sufoco para obter leite e quando bebemos depoisjogos de apostas on line vencedoresmeses é como se fosse um milagre", disse ela, enquanto os outros concordaram com a cabeça.
De acordo com outra pesquisajogos de apostas on line vencedores2015, 12% dos venezuelanos estão comendo duas ou menos vezes por dia.
Nas casas, vi que a panelajogos de apostas on line vencedoresfeijão preto tradicional, que anteriormente acabava na hora do almoço, agora dura até o jantar e café da manhã no dia seguinte.
Sabão para lavar os pratos rende porque é mergulhado na água e o xampu deixoujogos de apostas on line vencedoresser usado todos os dias.
As atividades que antes eram consideradas básicas para qualquer um, como ir viajar nas férias ou ir às compras no shopping, estão agora ao alcancejogos de apostas on line vencedorespoucos. Hoje, muitos dos restaurantes são apenas para os ricos.
Mercado negro
Em um comérciojogos de apostas on line vencedoresesquina café está à venda a preço tabelado. Dezenasjogos de apostas on line vencedoreshomens e mulheres se aglomeram e sussurram os preços da versão "tradicional" e "industrial" do produto. Para ter acesso a esse tipojogos de apostas on line vencedoresproduto, milhõesjogos de apostas on line vencedorespessoas pegamjogos de apostas on line vencedoresmédia 35 horas por mêsjogos de apostas on line vencedoresfilas, segundo a empresa Datanalisis.
Eles são os famosos "sacoleiros" que revendem mercadorias com preçojogos de apostas on line vencedores15 a 20 vezes maior que o regulamentado.
Há algumas semanas, cercajogos de apostas on line vencedores200 mil pessoas cruzaram a fronteira da Venezuela para a Colômbia para comprar o equivalente a um ou dois salários mínimos semanais desses produtos que não são encontrados do ladojogos de apostas on line vencedorescá. Chegou ao pontojogos de apostas on line vencedoresque tudo o que é comprado na Colômbia pode ser encontrado com os sacoleiros.
É por isso que Aristides *, o dono da barracajogos de apostas on line vencedorescaféjogos de apostas on line vencedoresporções, conta como ainda mantém o seu negócio, "as pessoas já não encontram para comprar dos sacoleiros e o regulamentado não é mais encontrado."
"Então, o que eu faço é comprar dos sacoleiros, dividirjogos de apostas on line vencedorespequenas porções e,jogos de apostas on line vencedoresseguida, vendo."
Isso é a revenda da revenda. Uma solução temporária, um luxo para o domingo, uma crise agravada a cada dia.
--
*Os nomes das pessoas entrevistas foram trocados a pedido delas.