'Cangurus', 'chororô' e segurança 'terrível’: as declarações polêmicas do prefeito do Rio sobre a Olimpíada:aposta ganha jogo

aposta ganha jogo "É natural que tenha algum ajuste a ser feito, mas vamos fazer os australianos se sentiremaposta ganha jogocasa aqui. Estou quase botando um canguru para pular na frente deles."

Foi desta forma que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, respondeu às críticas feitas pela delegação da Austrália sobre os problemasaposta ganha jogoencanamento e eletricidade no prédio a ser ocupado por seus atletas na Vila Olímpica.

A frase, que repercutiu na imprensa internacional, foi dita durante a cerimôniaaposta ganha jogoinauguração do local, no último domingo, e logo foi rebatida por dirigentes australianos, que disseram não "precisaraposta ganha jogocangurus, masaposta ganha jogoencanadores".

Mas esse não foi o primeiro mal-estar gerado por declaraçõesaposta ganha jogoPaes na etapa final da preparação para a Rio 2016 - ele também já foi criticado por tentar se distanciar dos problemas relacionados aos Jogos, algumas vezes atribuindo a culpa ao governo estadual, como ao classificar a segurança na cidade como "terrível".

Relembre a seguir as controvérsiasaposta ganha jogoque o prefeito carioca se envolveu nos últimos meses:

"Precisamos mostrar que o país não é só roubalheira"

Em entrevista ao jornal Folhaaposta ganha jogoS. Pauloaposta ganha jogojaneiro, Paes defendeu que os Jogos são importantes não só para o Rio, mas também para todo o país.

"Quando eu digo que a Olimpíada é do Brasil, é porque precisamos mostrar que o país não é só Lava Jato, só roubalheira, não é só faltaaposta ganha jogoplanejamento, com obra não terminando no prazo."

"Poluição e zika não são temas olímpicos"

Diante das críticas à falha dos planosaposta ganha jogorecuperação ambiental da Baíaaposta ganha jogoGuanabara e da epidemia do vírus Zika, o prefeito carioca minimizou a relevânciaaposta ganha jogoambos os assuntos para o evento.

"Para mim, a Baíaaposta ganha jogoGuanabara não é um tema olímpico, mas sim da região metropolitana. É um desafio, e não tivemos o problema resolvido ali", afirmouaposta ganha jogojaneiro, pouco depois do ex-dirigente da Federação Internacionalaposta ganha jogoVela Peter Sowrey dizer à agência AP que foi demitido por ser contra a realizaçãoaposta ganha jogoprovas do esporte no local.

Em fevereiro,aposta ganha jogomeio ao surtoaposta ganha jogoZika, alguns atletas cogitaram desistiraposta ganha jogocompetir no Rio. Questionado sobre os impactos da epidemia sobre a Olimpíada, Paes disse não querer "minimizar" o vírus, mas afirmou se trataraposta ganha jogoum "problema do Brasil, nãoaposta ganha jogoum tema olímpico".

"Temos um fato que é um desconhecimento sobre a zika. Temos mais casosaposta ganha jogodengue do queaposta ganha jogoZika", disse o prefeitoaposta ganha jogovisita ao Parque Aquático Maria Lenk, onde serão realizadas as provasaposta ganha jogopolo aquático e saltos ornamentais.

"Esse chororô está atrapalhando demais o Rio (...) Falta o mínimoaposta ganha jogocomando"

No inícioaposta ganha jogojulho, o rouboaposta ganha jogoequipamentosaposta ganha jogoduas emissoras da Alemanha repercutiuaposta ganha jogotodo o mundo.

Ao mesmo tempo, o governador fluminense Francisco Dornelles (PP-RJ) declarou estadoaposta ganha jogocalamidade pública no Estado por contaaposta ganha jogosua crise financeira. O secretário estadualaposta ganha jogoSaúde chegou a afirmar que hospitais podiam não ter condiçõesaposta ganha jogofuncionar durante o evento.

Paes engrossou, então, as críticas ao governo estadual, comandado por seu partido, o PMDB, até o governador Pezão ser afastado do cargoaposta ganha jogomarço por problemasaposta ganha jogosaúde.

"Já está atrapalhando demais o Rio esse chororô. Agora, está na horaaposta ganha jogotrabalhar. Confio no governador Dornelles e espero que ele coloque o secretariado para arregaçar as mangas e pareaposta ganha jogotanto blá-blá-blá. É muita reclamação o dia inteiro. (...) Se tiver vergonha na cara, capacidade gerencial e administração, vai resolver os problemas", disse Paes.

Na mesma ocasião, ele também não mediu palavras sobre a segurança do Estado.

"Está no limite, falta o mínimoaposta ganha jogocomando, não pode virar esse desmando no Rio. Não pode falar que é problema social porque problema social também temaposta ganha jogoSão Paulo e a gente não vê isso. Temaposta ganha jogoRecife,aposta ganha jogoBelo Horizonte e a gente não vê isso. O que a gente espera das forças policiais do Estado é que elas cumpram suas obrigações."

"O Estado está fazendo um trabalho terrível (em segurança)"

O prefeito carioca também criticou o governo estadual por seu trabalho à frente da segurança públicaaposta ganha jogouma entrevista à rede americana CNN.

A emissora destacou no inícioaposta ganha jogojulho como o roubo sofrido por uma atleta paraolímpica, a invasãoaposta ganha jogoum hospital municipal para libertar um traficante e a morteaposta ganha jogouma médica na Linha Vermelha haviam aumentado a preocupação com a criminalidade na cidade.

"Essa é a questão mais importante no Rio, e o Estado está fazendo um trabalho terrível, horrível", disse Paes à CNN. "Está falhando completamente no seu trabalhoaposta ganha jogopoliciamento eaposta ganha jogocuidar da população."

"A Olimpíada é uma oportunidade perdida"

Alguns dias depois,aposta ganha jogoentrevista desta vez para o jornal britânico The Guardian, Paes mudou o tomaposta ganha jogoseu discurso sobre o impacto dos Jogos.

Ao longoaposta ganha jogotoda a preparação da cidade para o evento, o prefeito destacou como a competição seria uma oportunidadeaposta ganha jogopassar uma imagem positiva do país para o mundo. Mas, nesta entrevista, mostrou-se pessimista.

"(A Olimpíada) é uma oportunidade perdida. Não estamos nos apresentando bem. Com as crises econômica e política, este não é o melhor momento para estar sob o olhar do mundo."

Paes também afirmou então acreditar que a imprensa mundial estava exagerando ao noticiar os problemas do Rio e fazendo um retrato injusto da cidade.

"Isso me deixa bravo. Se você lê a mídia internacional, parece que tudo aqui se resume a Zika e a pessoas atirando umas nas outras."

Essas declarações teriam levado à devoluçãoaposta ganha jogomais 20 mil,aposta ganha jogoacordo com a revista Veja. Já o jornal O Estadoaposta ganha jogoS. Paulo noticiou que seriam 40 mil ingressos.

À BBC Brasil, o comitê organizador da Rio 2016 disse não reconhecer esses números e afirmou que seu sistemaaposta ganha jogovendas não aponta esses picosaposta ganha jogodevoluções.

"Dos 6,1 milhõesaposta ganha jogoingressos disponíveis, já foram vendidos 4,4 milhões. E a taxaaposta ganha jogodevolução ou revenda éaposta ganha jogo4,4% das entradas já compradas desde outubroaposta ganha jogo2015 até agora", disse o comitê, via assessoriaaposta ganha jogoimprensa.