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Olimpíada aumenta pressão sobre segurança no Rio: veja os principais desafios:vaidebet bônus
Apesar do "coquetel explosivo", os organizadores se dizem confiantesvaidebet bônusque a Olimpíada ocorrerá sem problemas e sob forte esquemavaidebet bônuspoliciamento e vigilância. À BBC Brasil, o Comitê Rio 2016 disse que o Brasil tem "forte experiência na segurançavaidebet bônusmegaeventos".
Em coletiva nesta quarta-feira, Andrei Rodrigues, chefe da Secretaria Extraordináriavaidebet bônusSegurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça (Sesge), disse que as autoridades têm feito "background checks" (checagemvaidebet bônusantecedentes ou riscos) e até agora,vaidebet bônusquase 394 mil consultas, 7.262 pessoas tiveram credenciais negadas (1,88% do total).
As checagens estão sendo feitas com todas as pessoas que receberão credenciais (atletas, técnicos e profissionais terceirizados das mais diversas áreas).
Com a proximidade do megaevento, a BBC Brasil ouviu especialistas e autoridades para listar quatro desafiosvaidebet bônussegurança que persistem, tanto para cariocas quanto para visitantes:
1 - Extremismo: o temorvaidebet bônus'lobos solitários'
Os esforçosvaidebet bônusinteligência e açõesvaidebet bônuscontraterrorismo são tidos como pontos-chave para a segurança dos Jogos, que devem atrair 500 mil pessoas - incluindo maisvaidebet bônus200 delegações internacionais, 15 mil atletas e cercavaidebet bônus80 chefesvaidebet bônusEstado na cerimôniavaidebet bônusabertura.
Para o consultor Hugo Tisaka, da empresa NSA Brasil, que atuouvaidebet bônussegurança privada na Copa do Mundo, o riscovaidebet bônusações extremistas durante a Olimpíada é "real e iminente". Ele acredita que ainda há problemas nas fronteiras e no fácil acesso a armas. "Ações recentes mostram que o riscovaidebet bônusataques se elevou, tanto para grupos quanto para 'lobos solitários', que atuam sozinhos", diz.
Ele cita o canalvaidebet bônusportuguês criado pelo EI no aplicativo Telegram e a investigação da Polícia Federal que desde o iníciovaidebet bônusjunho monitora o donovaidebet bônusum restaurantevaidebet bônusChapecó (SC). Ele é suspeitovaidebet bônuster passado quase três meses na Síriavaidebet bônus2013 num campovaidebet bônustreinamento do EI.
Sérgio Cruz Aguilar, que tem pós-doutoradovaidebet bônussegurança internacional na Universidadevaidebet bônusOxford e coordena um grupovaidebet bônuspesquisavaidebet bônusconflitos internacionais na Unesp, também cita preocuapção especial com a açãovaidebet bônus"lobos solitários", a exemplo do atentado recentevaidebet bônusOrlando (EUA).
"Apesar da chancevaidebet bônusataques perpetrados por grupos, acredito que há mais preocupação com a açãovaidebet bônuspessoas isoladas e independentes", avalia.
Consultada pela BBC Brasil, a Abin (Agência Brasileiravaidebet bônusInteligência) não se manifestou, masvaidebet bônusabril, o diretorvaidebet bônuscontraterrorismo da agência, Luiz Alberto Salaberry, disse à imprensa que o riscovaidebet bônusataques no Brasil é "alto" e que há um crescente númerovaidebet bônuspessoas residindo no país que teriam feito juramento ao EI.
Já Andrei Rodrigues, chefe da Sesge, diz que apesar da "imprevisibilidade desse tipovaidebet bônusação", o Brasil "está fazendo tudo que pode". Ele cita o Centrovaidebet bônusCooperação Policial Internacional, que entrarávaidebet bônusfuncionamentovaidebet bônusagosto, e um escritório antiterrorismo com cooperaçãovaidebet bônusEUA, Argentina, Reino Unido, e outros países.
Rodrigues também cita 15 cursosvaidebet bônuscooperação com a Embaixada dos EUA que treinaram 400 policiais brasileiros.
2 - Crise financeira e policiais sem receber
A segurança pública está sendo duramente afetada pela crise financeira do Estado do Rio, que amarga deficit orçamentáriovaidebet bônusR$ 19 bilhõesvaidebet bônus2016.
Segundo o presidente da Coligação dos Policiais Civis do Estado do RJ (Colpol), Fábio Neira, faltam recursos para manter delegaciasvaidebet bônusfuncionamento e há policiais "fazendo vaquinha" para pagar pela alimentaçãovaidebet bônuspresos. Ele também explicou à BBC Brasil que os policiais civis estão com metade do saláriovaidebet bônusjunho atrasada e não recebem as horas extras, o que na prática diminui o númerovaidebet bônusagentes nas ruas.
No início da semana, os policiais civis fizeram paralisação parcial e protestaram no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão). Rodou o mundo a fotovaidebet bônusum cartazvaidebet bônusinglês, com os dizeres "Bem-vindos ao inferno. A polícia e os bombeiros não recebem salário e quem vier ao Riovaidebet bônusJaneiro não estará seguro".
Criticados por empresários do setor do turismo, os policiais que organizaram o protesto responderamvaidebet bônusnota. "Irresponsável é enganar o turista com uma segurança ilusória, prestada por instituiçõesvaidebet bônuscolapso e com o poder públicovaidebet bônuscalamidade, insolvente e à beira da falência. No meio do caos instalado, uma Olimpíada realizada a qualquer custo e à revelia do bem-estar da população", diz a Colpol.
Em nota, o secretário estadualvaidebet bônussegurança, José Mariano Beltrame, disse que o governo "aguarda a liberação dos recursos federais para honrar seus compromissos e dar aos policiais a serenidade necessária para proteger a população". O documento admite ainda que "com a faltavaidebet bônuspagamento do RAS a população deixouvaidebet bônuscontar com mais policiais nas ruas".
Já Roberto Alzir, subsecretário extraordináriovaidebet bônusGrandes Eventos, disse à BBC Brasil que "o acúmulovaidebet bônusexperiência oriundo dos eventos anteriores, bem como a articulaçãovaidebet bônusforças dos três níveisvaidebet bônusgoverno e comitê organizador dos Jogos, nos permite afirmar que nunca estivemos tão bem preparados".
3 - Retrocessos nas Unidadesvaidebet bônusPolícia Pacificadora
O programa das UPPs, pilar importante da estratégiavaidebet bônussegurança que o Estado implementouvaidebet bônus2008, também vem registrando retrocessos nos últimos meses.
Para a professora Silvia Ramos, que coordena o Centrovaidebet bônusEstudosvaidebet bônusSegurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes (CESeC), a situação atualvaidebet bônusintensos tiroteiosvaidebet bônuscomunidades como Alemão e Rocinha, e a voltavaidebet bônusgrupos armados e confrontos a favelas da Zona Sul do Rio, como Chapeú Mangueira e Babilônia (no bairro do Leme), mostram que o projeto está "abaladovaidebet bônusforma estrutural".
"Nem os mais pessimistas previam que chegaríamos onde chegamos. Dizia-se que a UPP era 'maquiagem' para a Copa e a Olimpíada, masvaidebet bônusvitrinevaidebet bônussucesso a UPP se tornou a pedra, a situação que mais expõe a deterioração da segurança no Rio. Os traficantes perceberam a incapacidade quase totalvaidebet bônusresposta da segurança pública para ações mais ousadas e retomaram áreas", diz.
Apesar disso, a especialista acredita que durante a Olimpíada a presença das Forças Armadas nas áreasvaidebet bônusmaior volatilidade deverá inibir confrontos e que o Rio deve manter a tradiçãovaidebet bônusnão registrar grandes problemas durante grandes eventos.
"O problema vai ser depois. Há muita preocupação com a segurança do Rio após a Olimpíada. A UPP retirou os grupos armados, mas todos sabem que o policiamento ostensivo tem datavaidebet bônusvalidade", diz.
Para o consultor Hugo Tisaka, outro fator pode influir nos embatesvaidebet bônusfavelas. "A morte do traficante Jorge Rafaat, no Paraguai, deve levar a uma reorganização dos morros no Rio, o que pode gerar confronto", diz.
O próprio José Mariano Beltrame disse dias atrás que a morte do traficante que supostamente havia herdado o postovaidebet bônusFernandinho Beira-Marvaidebet bônuscontrole do tráfico entre Paraguai e Brasil deve piorar a criminalidade no Rio evaidebet bônusSão Paulo nos próximos meses.
4 - Favelas, assaltos e áreasvaidebet bônusmaior risco
Dois pontos nevrálgicos da violência no Rio causam temor especial: os complexosvaidebet bônusfavelas da Maré (localizado entre o Galeão e o centro da cidade) e do Chapadão (na região dos bairrosvaidebet bônusCosta Barros, Guadalupe e Pavuna, a menosvaidebet bônus1 kmvaidebet bônusDeodoro, um dos quatro núcleosvaidebet bônuscompetições da Olimpíada).
Citado com mais e mais frequência no noticiário, o Chapadão é tido como um dos locais mais perigosos do Rio neste momento. No sábado, a médica Gisele Palhares Gouvêa foi mortavaidebet bônustentativavaidebet bônusassalto na Linha Vermelha, na altura da Pavuna. Em novembro do ano passado, cinco jovens foram mortos numa chacinavaidebet bônusCosta Barros, e policiais militares são suspeitosvaidebet bônusterem disparado quase cem vezes contra o carro onde eles estavam.
Na Linha Amarela, no iníciovaidebet bônusmaio deste ano, a adolescente Ana Beatriz Frade foi mortavaidebet bônusoutro assalto quando ia buscar a mãe no Aeroporto do Galeão.
Já na Maré, Edson Diniz, um dos diretores da ONG Redes da Maré, que viveu 40 anos na comunidade, dissevaidebet bônusentrevista recente à BBC Brasil que a quebra da promessavaidebet bônusque o local receberia quatro UPPs antes da Olimpíada causou um vácuo na região, que foi ocupada pelas Forças Armadas às vésperas da Copa do Mundo e desocupada maisvaidebet bônusum ano depois. "Não temos UPP e não temos alternativa", disse.
Estima-se que pontos como Linha Amarela, Linha Vermelha e avenida Brasil recebam reforço militar e que as favelas da Maré e do Chapadão sejam candidatas à nova ocupação ou a cercos das Forças Armadas, que montariam um cinturão no entorno das comunidades - medida vista como polêmica pelos moradores.
Tais ocupações e cercos só podem ser realizados mediante solicitação do Governo do Estado e com autorização federal,vaidebet bônusprocesso que "ainda é objetovaidebet bônusnegociação", segundo o subsecretário Roberto Alzir.
Questionado pela BBC Brasil, o Comando Militar do Leste (CML) esclareceu que os planosvaidebet bônussegurança das Forças Armadas para os Jogos, com 38 mil militares (20 mil só no Estado do Riovaidebet bônusJaneiro), já estão "em andamento evaidebet bônusatual execução".
Já a atuaçãovaidebet bônuscomunidades e vias expressas seria algo à parte, e integraria "um pedido recente do governo do Estado, mas que oficialmente ainda não foi passado às Forças Armadas. Houve reuniões recentes entre os Ministérios da Justiça, da Defesa e a Presidência com comandantes militares, mas oficialmente ainda não há previsão nem definição".
Andrei Rodrigues, da Sesge, disse que até o momento "não tenho a notíciavaidebet bônusque haverá intervençãovaidebet bônusfavelas".
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