Instabilidade por crise política faz Brasil cairbetsul apprankingbetsul apppaíses mais pacíficos do mundo:betsul app

Brasil

Crédito, MIGUEL SCHINCARIOL/Getty

Legenda da foto, Manifestantebetsul appatobetsul appSão Paulobetsul app12betsul appmaio contra o governo Dilma Rousseff; instabilidade política contribui para reduzir paz no Brasil, aponta estudo

betsul app A instabilidade política fez o Brasil perder posições na listabetsul apppaíses mais pacíficos do mundo, aponta relatório do Instituto para Economia e Paz (IEP), um centro internacionalbetsul appestudos sobre desenvolvimento humano.

O país caiu duas posições no rankingbetsul apprelação ao ano passado e é apenas a 105º mais pacífica entre 163 nações avaliadas no chamado Índice Global da Paz (IGP). Ficou atrásbetsul apppaíses como Haiti (89º), Jordânia (96º) e Estados Unidos (103º).

"No Brasil, um aumentobetsul app15% na instabilidade política, associado a deteriorações nas taxasbetsul appencarceramento e policiamento, mostra uma tendência preocupante a apenas poucos meses do começo dos Jogos Olímpicos do Riobetsul appJaneiro", afirmou,betsul appnota, a organização responsável pelo estudo.

A Islândia ficoubetsul appprimeiro lugar no ranking, seguida por Dinamarca, Áustria, Nova Zelândia e Portugal. Os países menos pacíficos são Síria, Sudão do Sul, Iraque, Afeganistão e Somália.

O índice está na décima edição e avalia 23 indicadores, como número e duraçãobetsul appconflitos internos e externos, taxabetsul apphomicídios, possibilidadebetsul appmanifestações violentas e graubetsul appmilitarização.

Também classifica as naçõesbetsul appuma escalabetsul appum a cinco, onde o número 1 representa mais proximidade do estadobetsul apppaz, e o número 5, mais distanciamento. O índice do Brasil ficoubetsul app2,176 - a Islândia, primeiro lugar, registrou 1,192, e a Síria, país menos pacífico, 3,806.

No caso brasileiro, o instituto afirma que a instabilidade política foi desencadeada pelo escândalobetsul appcorrupção investigado pela Operação Lava Jato, mas pondera que tal cenário ainda não indica maior possibilidadebetsul appmanifestações violentas.

Um destaque negativo para o Brasil é o alto custobetsul appcontenção da violência, estimadobetsul appUS$ 338 bilhões, ou 14% do PIB - entre os 163 países do estudo, o país é o 32º que mais gasta nesse sentido.

América do Sul

Entre 11 países da América do Sul avaliados, o Brasil aparece como o 9º mais pacífico, à frente apenasbetsul appVenezuela e Colômbia. Chile, Uruguai e Argentina lideram o ranking regional.

Com níveis mais baixosbetsul appmilitarização e conflitos internacionais por causabetsul apprelações mais amigáveis entre nações vizinhas, a América do Sul melhorou levemente a performancebetsul apprelação a 2015, mas perdeu o postobetsul appquarta região mais pacífica do mundo para a América Central e Caribe.

Chile

Crédito, Esteban Felix/AP

Legenda da foto, Casal durante protesto por reforma educacionalbetsul appSantiago, no Chile; país lidera rankingbetsul apppaz na América do Sul

Segundo o IEP, as regiões mais violentas do mundo continuam sendo o Oriente Médio e o Norte da África, e a Europa é a mais pacífica - ainda assim, as mortesbetsul appconsequênciabetsul appações terroristas mais que dobraram no continente europeu nos últimos cinco anos.

Mundo

O planeta ficou levemente mais pacífico no último ano, mas a diferença entre nações pacíficas e violentas continua a aumentar. Enquanto muitos países passam por níveis recordesbetsul apppacificação, as 20 nações mais violentas gradativamente se tornam mais perigosas.

No total, 81 países melhoraram seus índicesbetsul apppaz, mas a deterioração verificadabetsul app79 países praticamente superou o impacto desses ganhos.

O cenário se agravou mais no Iêmen, Ucrânia, Turquia, Líbia e Barein. Panamá, Tailândia, Sri Lanka, África do Sul e Mauritânia avançaram maisbetsul apppacificação.

No cenário mais amplo, o mundo enfrenta um pico histórico do terrorismo, a maior alta por mortesbetsul appconfrontosbetsul app25 anos e um nívelbetsul apprefugiados e deslocados por conflitos nunca vistobetsul app60 anos, aponta o relatório.

Iêmen

Crédito, YAHYA ARHAB/EPA

Legenda da foto, Um homem expõe lenha para vendabetsul appSanaa, no Iêmen; país enfrenta crise humanitária pelo conflito entre forças governistas apoiadas pela Arábia Saudita e rebeldes Houthi.

Segundo o IEP, tais fenômenos estão interligados e têm origembetsul appum pequeno númerobetsul apppaíses, o que mostra como abalos à paz repercutem mundialmente.

"Enquanto os conflitos internos no Oriente Médio e na África se tornam mais duros, partesbetsul appfora estão se envolvendo mais e o potencial para guerras indiretas ou 'por procuração' entre nações está aumentando. Isso é evidente na Síria com o conflito entre o regimebetsul appBashar al-Assad e múltiplos atores não-estatais, agora se espalhando para países como o Iêmen. Há um conflito 'por procuração' mais amplo entre Arábia Saudita e Irã, e mais recentemente Estados Unidos e Rússia elevaram seus níveisbetsul appenvolvimento", disse,betsul appnota, o diretor-executivo do IPE, Steve Killelea.

E embora a atividade terrorista esteja altamente concentradabetsul appcinco países - Síria, Iraque, Nigéria, Afeganistão e Paquistão -, o alcance do terrorismo está aumentando, com apenas 23% das nações listadas no índice sem registrosbetsul appincidentes desse tipo.

O IEP identifica um aumento "dramático" no númerobetsul apprefugiados e deslocados por conflitos, que dobroubetsul app2007 a 2016 e hoje atinge 60 milhõesbetsul apppessoas, quase 1% da população mundial. Nove países possuem maisbetsul app10% da população deslocadabetsul appalguma forma - índice que atinge 20% na Somália e no Sudão do Sul e 60% na Síria.

O centrobetsul appestudos estima que o impacto econômico da violência no mundobetsul app2015 tenha sidobetsul appUS$ 13,6 trilhões, ou 13,3% do PIB mundial. O número representa uma quedabetsul app2%betsul apprelação ao ano anterior, mas ainda equivale a 11 vezes o montante do investimento direto global.