Drama contra o Chile expõe virtudes, defeitos e nervos à flor da pele:free cassino

Goleiro Júlio César (foto: AFP)

Crédito, AFP

Legenda da foto, Scolari terá que ajudar jogadores brasileiros a controlar pressão emocional

Depois veio a glória e o choro que mostra a pilha dessa seleção. A pressão por jogar a Copafree cassinocasa está tomando contafree cassinotodos. É nítido.

No jogo do Mineirão, que quase virou Mineirazo, todas as virtudes e defeitos da seleção brasileira ficaram expostos.

Vamos começar pelas virtudes. O time voltou a pressionar, como fez no ano passado e como precisa fazer, se quiser ganhar a Copa. A pressão não tem apenas a função tática, mas tem a funçãofree cassinoinflamar o torcedor. Torcidafree cassinofutebol não tem mistério, ela nunca vai carregar o time, ela precisa ser carregada. A recuperaçãofree cassinobola e a transição rápida com Neymar são as coisas que empolgam, trazem o torcedor e deixam o Brasil perto do gol.

Positivo o jogofree cassinoHulk, chamando para ele a responsabilidadefree cassinoromper a defesa rival com dribles, velocidade e força. Hulk foi, hoje, o que Neymar não foi. Positiva a presençafree cassinoFernandinho, dando mais consistência ao meiofree cassinocampo e até liberdadefree cassinomovimentação para Luiz Gustavo - que, junto com Thiago Silva, tem sido o destaque do time na Copa. Positiva a presençafree cassinoMarcelofree cassinojogadasfree cassinoataque. E positiva, como sempre, a defesa, bem postada e atenta.

Tudo isso funcionou até o Brasil fazer o gol.

Aí, parece que quis atrair o Chile para ganhar o contra ataque. Só que o efeito foi o Chile gostar do jogo, passar a atuar como se sente cômodo, com a possefree cassinobola e o domínio das ações. O golfree cassinoempate foi um presente, típicofree cassinotime jovem, que perde a concentraçãofree cassinoalguns momentos. Erro gravefree cassinoHulk, o melhorfree cassinocampo mesmo assim.

Depois do gol do Chile, o Brasil voltou a ter uma num cabeceiofree cassinoNeymar. Mas foi só. No intervalo, a torcida sumiu do Mineirão e foi comprar comes e bebes (nunca fiz issofree cassinoestádio, me parecefree cassinodifícil compreensão). Quando voltou, nem tinha visto que o Chile, desde o minuto 1, havia tomado conta do jogo.

O segundo tempo foi inteiro do Chile. Foi um banho, com poucas chances concretas criadas por causa do enorme trabalhofree cassinoLuiz Gustavo, Thiago Silva e David Luiz. A melhor foi afree cassinoAranguiz, com a defesa fundamentalfree cassinoJúlio César. O Chile só perdeu o domínio do jogo quando Vidal - o melhor deles, junto com Alexis Sanchez - cansou. E aí o time inteiro cansou, porque correu demais.

Ficaram expostos os errosfree cassinoDaniel Alves, a completa ausência do meiofree cassinocampo, o isolamentofree cassinoFred. Ficou exposto o Brasil que sofre quando seu melhor jogador não está bem ou é muito bem marcado.

Surgiram as chances com Jô e Hulk, mas não propriamente por criaçãofree cassinojogo, mais por estocadas isoladas dependentesfree cassinojogadas individuais. Ninguém convoca Jô impunemente. Jô simplesmente não é jogadorfree cassinoCopa do Mundo. Pode até fazer o gol do título, não importa. Se Fred não funciona, que se mude o sistema.

O golfree cassinoHulk, para mim, não deveria ter sido anulado. Infelizmente não consegui ver o replay do início do lance, que me havia parecido faltafree cassinoMarcelofree cassinoVargas. Mas, depois, não vejo com clareza o braçofree cassinoHulk. Se não tem clareza, não pode marcar. Em tempo, não foi absolutamente nada no lancefree cassinoque Hulk cai no primeiro tempo pedindo pênalti. E Webb se complicou ao economizar alguns cartões para os dois lados, mas no geral se saiu bemfree cassinoum jogo difícil disciplinarmente.

As reclamaçõesfree cassinoScolari sobre a arbitragem são tão válidas quanto as do Chile antes do jogo. Pura tática pensando no próximo duelo.

Na prorrogação, o Brasil tinha a vantagem física. Mas a melhor chance foi a bolafree cassinoPinilla no travessão. E aí vieram os pênaltis e Júlio César.

O time foi pior que o Chile na maior parte do tempo, mas terá um jogo que encaixa muito melhor contra a Colômbia, time mais inexperiente, que cuida menos da bola, gostafree cassinoatacar e deixa espaços. O Chile é mais parrudo que a Colômbia.

Meus colegas analistas estão mais preocupados com o futebol do Brasil, com a ausênciafree cassinomeiofree cassinocampo, do que com outras coisas. Eu, sinceramente, acho que a maior preocupação é o estado emocional desse grupofree cassinomeninos. Havia jogadores chorando ainda antes da cobrançafree cassinopênaltis. Durante. E, logicamente, depois. Nunca vi tamanha comoção entre profissionais ainda durante a competição. Foi uma descarga emocional sem precedentes.

Me parece que o medofree cassinoperder,free cassinonão ser o vilão histórico da Copa do Brasil, está afetando a capacidadefree cassinoraciocíniofree cassinoalguns. E isso nunca é boa coisa. Emoção e tensão são necessários, mas com limite e controle. O time passa a impressãofree cassinoestar à beirafree cassinoum ataquefree cassinonervos o tempo todo.

Essa é a maior missãofree cassinoScolari ao longo da semana.