'Brasil para principiantes', o tiro da Fifa que saiu pela culatra:esportes de precisão
- Author, Eleanor Warnick
- Role, Estudante da Universidadeesportes de precisãoOxford
esportes de precisão Aproveitando minha estadia aqui no Brasil, tentei seguir os ensinamentos da malfadada <link type="page"><caption> cartilha </caption><url href="http://www1.folha.uol.com.br/esporte/folhanacopa/2014/03/1428795-revista-da-fifa-diz-que-povo-brasileiro-deixa-tudo-para-o-ultimo-minuto.shtml" platform="highweb"/></link><italic>Brasil para principiantes</italic> que a Fifa publicou sobre o país e seus habitantes para orientar os turistas estrangeiros que virão para a Copa do Mundo.
Achei os conselhos constrangedores e vou explicar por quê.
Segundo a Fifa, no Brasil "um sim não significa sempre sim... se alguém disser sim, eu te ligoesportes de precisãovolta, não espere que o telefone vá tocar nos próximos cinco minutos".
O que é isso? Eles estão sugerindo que apenas no Brasil essas pequenas mentiras são contadas? Eu admito, como britânica, que também sou culpada desse crime.
Outra balela da cartilha Fifa: "O tempo é flexível para o brasileiro... o normal é contar com um atraso".
Dizer que todos no Brasil estão sempre atrasados, e que nada começa na hora marcada, não é verdade, é uma generalização falsa e pode até fazer com que os turistas estrangeiros percam os jogos que vieram assistir. Certamente seria melhor informar aos turistas sobre os engarrafamentos para que evitem atrasos,esportes de precisãovezesportes de precisãofingir que no Brasil o tempo não existe.
Sobre o jeito afetuoso do brasileiro a Fifa diz que "contato corporal é prática comum... os brasileiros falam com as mãos e não hesitamesportes de precisãotocar as pessoas com quem estão conversando."
Cumprimentar as pessoas com beijo é uma prática muito comumesportes de precisãomuitos países europeus, como Espanha e França. Brasileiros não falam com as mãos, eles falam com a boca comoesportes de precisãoqualquer outro país. Os italianos gesticulam muito mais para se expressar. Eu aconselharia o autor do artigo da Fifa a aprender português.
E a Fifa prossegue..."Filas não foram feitas para serem respeitadas. Esperar pacientementeesportes de precisãouma fila não está no sangue dos brasileiros, que preferem cultivar o caos".
O Brasil é um país burocrático. Sugerir que as pessoas não fazem fila no Brasil é tão ridículo quanto sugerir que ingleses não bebem chá. Talvez, para aqueles com o credenciamento da Fifa, ficaresportes de precisãofila não seja necessário, mas todas as outras pessoas, principalmente aquelas que queiram assistir aos jogosesportes de precisãofutebol, conhecer o Cristo, e entrar nas melhores casas noturnas, terão que fazer fila.
Depoisesportes de precisãoinsultar diversos aspectos do comportamento do brasileiro, a cartilha decide falar sobre gastronomia: "Não deixeesportes de precisãoexperimentar um açaí. Os frutos da Amazônia fazem maravilhas: previnem rugas e têm o mesmo efeitoesportes de precisãouma bebida energética, podendo ajudar até o mais cansado dos jogadores".
Eu imagino que um insulto equivalente no meu país seria: "o inglês é bobo e sempre reclama do tempo, mas fish and chips é uma delícia".
A cartilha recomenda açaí como se fosse a principal opçãoesportes de precisãobebida durante a Copa.
Mas entre um açaí e um chope bem gelado, não tenho dúvida do que as pessoas escolherão beber para assistir aos jogos.
Se as dicas para turistas estrangeiros distribuídas pela Fifa eram para ser uma brincadeira, o tiro saiu pela culatra.
E você? Poderia fazer melhor e oferecer dicas úteis aos turistas que vêm para a Copa do Mundo?