Fissura ou 'desbolsonarização': como CPMI do 8betesporte plataformajaneiro pode afetar relaçãobetesporte plataformamilitares com governo Lula:betesporte plataforma

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, No dia 8betesporte plataformajaneiro, milharesbetesporte plataformamilitantes bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes,betesporte plataformaBrasília

A principal suspeita que surgiu após a ação foi abetesporte plataformaque militares teriam sido coniventes com os militantes bolsonaristas que acamparambetesporte plataformafrente a quartéisbetesporte plataformatodo o Brasil logo após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleiçõesbetesporte plataforma2022 ebetesporte plataformaonde teriam partido caravanasbetesporte plataformadireção a Brasília no dia da invasão.

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E a iminênciabetesporte plataformaque militares sejam colocados nessa espéciebetesporte plataforma"banco dos réus"betesporte plataformauma CPMI surgebetesporte plataformameio ao já conhecido climabetesporte plataformadesconfiança entre a categoria e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

É nesse contexto que militares da reserva, políticos e especialistas ouvidos pela BBC News Brasil avaliam que, a dependerbetesporte plataformacomo a CPMI for conduzida, ela pode aumentar, ainda mais, a fissura entre os militares e o atual governo.

Segundo eles, essa fissura poderia aumentar caso a bancada governista da CPMI decida "emparedar" as Forças Armadas ao longo dos depoimentos.

Conivência e suspeitas

Crédito, Agência Senado

Legenda da foto, Especialistas avaliam que CPMI dos atosbetesporte plataforma8betesporte plataformajaneiro pode aumentar desconfiança entre militares e o governo Lula
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As suspeitasbetesporte plataformatorno do suposto papel das Forças Armadas oubetesporte plataformaalgunsbetesporte plataformaseus integrantes nos episódios que levaram aos atosbetesporte plataforma8betesporte plataformajaneiro começaram ainda no finalbetesporte plataforma2022, logo após a derrotabetesporte plataformaBolsonaro para Lula nas eleições presidenciais.

Nos dias que se seguiram, milharesbetesporte plataformapessoas passaram a acamparbetesporte plataformafrente a unidades militaresbetesporte plataformadiversos estados do Brasil. Um dos maiores acampamentos foi montadobetesporte plataformafrente ao Quartel-General do Exército,betesporte plataformaBrasília.

Os acampamentos reuniam militantes bolsonaristas insatisfeitos com o resultado das eleições que alegavam, sem evidência, que o pleito havia sido fraudado. Alguns pediam um golpe militar para impedir que Lula tomasse posse.

Apesar do apelobetesporte plataformalideranças do futuro novo governo para que os acampamentos fossem desmontados, as Forças Armadas não retiraram os manifestantes.

A situação se agravou ao longobetesporte plataformanovembro, especialmente depois que manifestantes atearam fogobetesporte plataformaônibus e automóveisbetesporte plataformafrente à sede da Polícia Federal após a prisãobetesporte plataformaum militante bolsonarista suspeitobetesporte plataformafazer ameaças a autoridades.

Os atos aconteceram no dia 12betesporte plataformanovembro, mesmo diabetesporte plataformaque Lula foi diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Apesar dos apelos, o Exército não retirou os manifestantes. Na época, os comandantes do Exército, Aeronáutica e Marinha divulgaram uma nota oficial e defenderam o que classificaram como "livre manifestação do pensamento; à liberdadebetesporte plataformareunião, pacificamente; e à liberdadebetesporte plataformalocomoção no território nacional".

Em dezembro, a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu um homem suspeitobetesporte plataformapreparar um atentado a bomba no Aeroporto Internacionalbetesporte plataformaBrasília. Ele admitiu que obteve o artefato no acampamentobetesporte plataformafrente ao Quartel General do Exército.

Os acampamentos só foram desmontados após a invasão das sedes dos Três Poderes.

Outro focobetesporte plataformadesconfiança sobre o papel exercido pelos militares no episódio surgiram logo após a invasão.

O Exército abriu duas sindicâncias (investigações internas) para apurar omissão ou participaçãobetesporte plataformamilitares da ativa nos atosbetesporte plataforma8betesporte plataformajaneiro. Elas foram abertas a pedido do comandante da instituição, o general Tomás Paiva.

O Ministério Público Militar (MPM) encaminhou três inquéritos policial-militares ao Supremo Tribunal Federal (STF) relatando as supostas condutasbetesporte plataformaintegrantes das Forças Armadas no episódio.

Também houve questionamentos sobre como o Gabinete Segurança Institucional (GSI), vinculado à Presidência da República, não se planejou para impedir as invasões, apesar dos alertas feitos por órgãosbetesporte plataformasegurança.

Além disso, imagens do circuito internobetesporte plataformaTV do Palácio do Planalto mostraram militares do Gabinetebetesporte plataformaSegurança Institucional (GSI) servindo água para os manifestantes que invadiram o prédio e agindobetesporte plataformaforma aparentemente cordialbetesporte plataformarelação a eles.

As imagens foram centrais para que a CPMI fosse instalada pois também mostraram o então ministro do GSI, o general Gonçalves Dias, circulando pelo prédio sem prender nenhum dos invasores. Dias é considerado, no entanto, um antigo aliadobetesporte plataformaLula.

Em seu depoimento à Polícia Federal, Dias alegou que não prendeu ninguém na ocasião porque tentava gerenciar a crise causada pela invasão. Interlocutores do governo, porém, alegam que apesarbetesporte plataformaestar oficialmente sob o comandobetesporte plataformaDias, boa parte dos cargos do GSI eram ocupados por militares nomeados na gestãobetesporte plataformaBolsonaro.

Acirramento e desconfiança

Crédito, Agência Senado

Legenda da foto, O general Eduardo Pazuello foi alvo da CPI da Pandemia,betesporte plataforma2021

Para o general da reserva do Exército Luiz Eduardo Rocha Paiva, a CPMI dos atosbetesporte plataforma8betesporte plataformajaneiro tem "potencial" para aumentar a desconfiança entre militares e o governo Lula.

Ele afirma que essa desconfiançabetesporte plataformarelação ao governo do PT, contudo, já existe e atribui ela à suposta diferençabetesporte plataformavalores entre os militares e o partido o presidente Lula.

"Tanto ideologicamente como na questãobetesporte plataformacrenças e valores, patriotismo, nacionalismo, liberdade e justiça, existe uma divergência dessas características entre o governo e o militar brasileiro", disse Rocha Paiva, que é autor do prefácio do livro Verdade Sufocada, escrito pelo coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, condenado por tortura cometida durante o regime militar.

Rocha Paiva diz que essa desconfiança pode aumentar a depender da forma como a CPMI for conduzida.

"Se prevalecer ali o radicalismo, o revanchismo e a ideologiabetesporte plataformaum lado só, seja radicalbetesporte plataformaesquerda oubetesporte plataformadireita, pode causar uma fissura não só entre as Forças Armadas e o governo, mas uma fissura política no país", disse.

A pesquisadora Adriana Marques, professora da Universidade Federal do Riobetesporte plataformaJaneiro (UFRJ), também avalia que o impacto da CPMI nas relações entre o governo e os militares pode variar.

"Isso pode pode ter zero impacto e pode ter um impacto grande sim, a dependerbetesporte plataformadizer do sentimento que foi mobilizado ali", afirma.

Ela admite, no entanto, que a possibilidadebetesporte plataformaque militaresbetesporte plataformaalta patente sejam interrogados sob os holofotesbetesporte plataformauma CPMI deverá causar desconforto na caserna.

"Se forem militares do ativa, certamente vai gerar uma situação desconfortável. Podemos lembrar, por exemplo, que durante a CPI da Pandemia, havia a expectativabetesporte plataformaque o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que era general, não fosse fardado prestar depoimento justamente porque isso causaria uma situação incômoda aos militares", diz a professora. Pazuello, ao final, não foi fardado ao seu depoimento.

O professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e doutorbetesporte plataformaCiência Política Augusto Teixeira também avalia que a CPMI pode aumentar a desconfiança entre governo e militares. Ele pontua que um dos elementos que pode levar a isso seria a imprevisibilidade da dinâmicabetesporte plataformauma comissão como essa.

"Existe, sim, um riscobetesporte plataformaque a CPMI dos atosbetesporte plataforma8betesporte plataformajaneiro possam aumentar essa desconfiança. Uma CPMI é algo incontrolável na perspectivabetesporte plataformaque a gente sabe como começa, mas não sabe como acaba. Ademais, você tem um colegiadobetesporte plataformaatores muito heterogêneos que apesarbetesporte plataformaseguirem orientações partidárias, eles também têm suas próprias especificidades", disse o professor.

Teixeira aponta ainda um outro elemento que pode acirrar os ânimos.

"O processobetesporte plataformacoletabetesporte plataformaprovas e novas evidências que surgem podem apontar para problemas relacionados a como as Forças Armadas, institucionalmente, lidaram com os momentos prévios aos atentadosbetesporte plataforma8betesporte plataformajaneiro, tal como a existênciabetesporte plataformadiversos acampamentos diantebetesporte plataformaquartéis", disse o professor.

Adriana Marques avalia que esse potencialbetesporte plataformaconflito poderá se materializar se,betesporte plataformaalguma forma, a bancada governista tentar,betesporte plataformaalguma forma, responsabilizar as Forças Armadas como instituição pelos atosbetesporte plataforma8betesporte plataformajaneiro.

"Se o processobetesporte plataformaresponsabilização for individual, não acho que haverá grandes problemas. Mas se tentarem responsabilizar as Forças Armadas como um todo, acho que isso vai criar sérias resistências entre os militares", afirmou.

Rocha Paiva diz que, ainda que tentem, não haveria riscobetesporte plataforma"emparedar" os militares que prestem depoimento. Ele defende que os militares não têm responsabilidade sobre o que aconteceu no dia 8betesporte plataformajaneiro.

"No diabetesporte plataformaque o militar for chamado a comparecer, acho que quem vai ficar mais preocupado com o que ele vai dizer são os interlocutores que quiserem usar a CPMI para emparedar as Forças Armadas. Como não existe flanco aberto no que elas fizeram nesse período que levou ao 8betesporte plataformajaneiro, não há condiçõesbetesporte plataformaemparedar as Forças Armadas", disse o general.

Conciliação e descolamento

Apesarbetesporte plataformareconhecerem que há potencial para que a CPMI aumente a distância entre militares e o governo Lula, os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil acreditam que o ânimo dentro do governo petista ébetesporte plataformaevitar um confronto direto com as Forças Armadas.

Os sinais teriam sido dados desde o início da formação do governo, com a nomeação, por exemplo, do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

O político seria conhecido por ter um perfil conciliador e ter bom trânsito entre os militares.

Além disso, o movimento mais recente teria sido obetesporte plataformamanter um militar, no caso o general Marcos Antônio Amaro dos Santos, no comando do GSI,betesporte plataformasubstituição a Gonçalves Dias.

A nomeação ocorreu apesar das pressões internas para que o governo promovesse uma total desmilitarização do GSI, especialmente após os atosbetesporte plataforma8betesporte plataformajaneiro.

Adriana Marques diz que, embora considere necessário debater o papel que as Forças Armadas tiveram nos atosbetesporte plataforma8betesporte plataformajaneiro, ela acredita que o governo não vai se empenhar nisso durante a CPMI.

"Esse não tem sido o caminho do governo. A natureza do Lula é conciliar. Então, ainda que eu ache que seja necessário discutir a participação dos militares nesses atos, acho que isso não vai acontecer", disse.

O professor Augusto Teixeira também concorda que o governo deverá adotar um tom mais moderado durante a CPMI.

"O governo realiza um trabalho forte no sentidobetesporte plataformadistensionar as relações com as Forças Armadas e não aumentar essa desconfiança. É por isto que o trato dos parlamentares da bancada governista na CPMI será, obviamente, muito sensível", disse.

A estratégiabetesporte plataformaevitar o confronto se materializa nas declaraçõesbetesporte plataformaparlamentares da base governista.

"Nós não vamos investigar as Forças Armadas enquanto instituição. Não é uma CPMI sobre o Exército, a Marinha ou a Aeronáutica. Se eventualmente houver militares envolvidos nos atos, são eles que serão investigados, não o conjunto", disse à BBC News Brasil o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP).

Augusto Teixeira disse que a estratégia que o governo deverá adotar para evitar um confronto aberto com as Forças Armadas é focar no que chamoubetesporte plataforma"desbolsonarização" da instituição.

"Acho que o governo vai tomar cuidado para que não haja tensionamento. A orientação daqueles parlamentares palacianos ou envolvidos na base do governo vai se dirigir na questão do bolsonarismo ou da bolsonarização das Forças Armadas e na atuação política dos militares, mas enquanto indivíduos e não como instituição", disse.

Adriana Marques avalia que se essa for,betesporte plataformafato, a estratégia a ser adotada pelo governo, os militares não deverão se opor.

"Se isso acontecer, acho que vamos ver uma situaçãobetesporte plataformaque os militares vão preferir perder alguns aneis a se expor enquanto instituição", afirmou.