Como vai funcionar contrataçãomonaco vbetmédicos brasileiros por Portugal com casa e saláriomonaco vbetR$ 15 mil:monaco vbet

Portugal quer contratar médicos brasileiros com salário equivalente a R$ 15 mil por mês, alémmonaco vbetvale-refeição e moradia paga, para suprir a escassezmonaco vbetprofissionaismonaco vbetregiões onde há maior demanda por serviçosmonaco vbetsaúde.

Isso ocorremonaco vbetum contextomonaco vbetaumento do númeromonaco vbetimigrantes no país e aposentadoriamonaco vbetmédicos, o que vem colocando pressão sobre o sistemamonaco vbetsaúde público, o Serviço Nacionalmonaco vbetSaúde (SNS), similar ao SUS brasileiro.

Sómonaco vbetbrasileiros, o númeromonaco vbetimigrantesmonaco vbetsituação regular no país mais do que dobrou desde 2016 — são quase 300 mil (ou 30%monaco vbettodos os estrangeiros), segundo os dados oficiais mais recentes.

Os detalhes sobre como vai funcionar a contrataçãomonaco vbetmédicos estrangeiros ainda estão sendo acertados, uma vez que os modelosmonaco vbetcontratação relativos ao recrutamento ainda "estão sendo desenvolvidos", informou a Administração Central do Sistemamonaco vbetSaúde (ACSS), órgão vinculado ao Ministério da Saúde português,monaco vbetnota enviada à BBC News Brasil.

Sabe-se, porém, que as contratações serãomonaco vbet"natureza transitória" — três anos — "para facilitar o acesso regular das populações a cuidados médicos", enquanto médicosmonaco vbetfamília estão sendo formados, segundo a ACSS.

"Estão sendo testadas as condições que poderão vir a ser oferecidas e que constam da súmula criada pela ACSS e que está ainda a ser trabalhada", informou o órgão no comunicado.

"A remuneração oferecida tem como referência a prestaçãomonaco vbetserviços médicosmonaco vbetatendimentomonaco vbetCuidadosmonaco vbetSaúde Primários, para um horário semanalmonaco vbet40 horas."

Os médicos contratados vão trabalharmonaco vbetcentrosmonaco vbetsaúde nas regiõesmonaco vbetLisboa, Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.

O salário mensal émonaco vbet2.863 euros (R$ 15 mil brutos, ou cercamonaco vbetR$ 9 mil líquidos), alémmonaco vbetvale-refeição diáriomonaco vbetseis euros (R$ 32). A moradia também está incluída no pacotemonaco vbetbenefícios.

Os médicos contratados vão ter "um períodomonaco vbetintegração com apoiomonaco vbetum médico do serviço".

Mas devem obedecer aos seguintes requisitos: ter "o reconhecimentomonaco vbetqualificações estrangeiras"monaco vbetPortugal e, "preferencialmente, um mínimomonaco vbetcinco anosmonaco vbetexperiência como médico".

Interessados devem enviar canditatura ao e-mail: recrutamento.medicos@acss.min-saude.pt.

A revalidação do diploma, no entanto, segue sendo um dos maiores entraves a médicos estrangeiros que queiram atuarmonaco vbetPortugal e pode frustrar planosmonaco vbetbrasileiros que queiram emigrar.

Isso porque, para poderem exercer a profissão no país, esses profissionais precisam realizar várias provas numa das oito faculdadesmonaco vbetmedicina portuguesas, um processo considerado longo e complicado.

Diante disso, o governo português aprovou no iníciomonaco vbetjulho um regime excepcional para o reconhecimento automático dos diplomas. O objetivo é agilizar o recrutamentomonaco vbetestrangeiros para reforçar o SNS.

Críticas

Dirigentes sindicais ouvidos pela imprensa portuguesa criticaram a decisão do governomonaco vbetcontratar médicos estrangeiros.

Nos últimos meses, profissionaismonaco vbetsaúde do país vêm realizando greves cobrando melhores condiçõesmonaco vbettrabalho e salários.

"Vamos reivindicar moradias para os jovens especialistas na próxima reunião com os representantes do Ministério da Saúde", afirmou ao jornal Público Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM).

Ele destacou que os médicos portugueses não têm direito à moradia emonaco vbetLisboa, isso representa "mais 1 mil (R$ ) por mês".

"Infelizmente, o governo,monaco vbetvezmonaco vbetfazer amonaco vbetobrigação, que é atrair médicos portugueses para o SNS, pretende contratar profissionais estrangeiros que, naturalmente, serão médicos assistentes dos governantes e dos seus familiares e assessores", acrescentou.

Já a presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam), Joana Bordalo e Sá, descreveu as medidas como "uma faltamonaco vbetrespeito pelos profissionais formadosmonaco vbetPortugal".

"É com estranheza que vemos este tipomonaco vbetanúncio. Não há faltamonaco vbetmédicosmonaco vbetPortugal, há faltamonaco vbetmédicos no SNS. Temos cercamonaco vbet60 mil médicos inscritos na Ordem dos Médicos, mas só 31 mil estão no SNS. Isso só revela o desespero do Ministério da Saúde, que não consegue contratar para o SNS. Mas há soluções: o governo tem que investir nas condiçõesmonaco vbettrabalho e na melhoria dos salários dos médicos que se formammonaco vbetPortugal", disse ela ao Público.

O ministro da Saúdemonaco vbetPortugal, Manuel Pizarro, afirmou que, por enquanto, não há "nenhuma decisão sobre os contingentesmonaco vbetmédicos estrangeiros".

Ele adiantou, no entanto, que o número deve girar entre "200 a 300 profissionais" e que eles serão recrutadosmonaco vbet"vários países da América Latina".

Segundo ele, Portugal "não pode" buscar médicosmonaco vbetpaíses onde há falta desses profissionais. Por isso, o recrutamento, disse ele, deve ocorrermonaco vbet"Cuba, Colômbia e mais alguns da América Latina".

No passado, Portugal contratou médicosmonaco vbetpaíses como Uruguai, Cuba, Costa Rica e Colômbia.