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Como tripulação conseguiu evacuar 379 pessoasbwinone 8aviãobwinone 8chamas no Japão:bwinone 8
A evacuação do avião da Japan Airlines surpreendeu o mundo e recebeu elogiosbwinone 8muitos.
Isso se deveu à tripulaçãobwinone 8voo colocarbwinone 8prática aquilo que aprendeu num treinamento rigoroso e aos passageiros "bem comportados" que obedeceram aos protocolosbwinone 8segurança, segundo apurou a BBC com fontes do setor.
"Não vejo um único passageirobwinone 8terra,bwinone 8nenhum dos vídeos que vi, que tenha a bagagembwinone 8mão consigo… Se as pessoas tentassem levar a bagagembwinone 8cabine, isso seria muito perigoso porque atrasaria a evacuação", diz o professor Ed Galea, diretor do Grupobwinone 8Engenhariabwinone 8Segurança contra Incêndios da Universidadebwinone 8Greenwich, na Inglaterra.
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A posição da aeronave — um Airbus A350 — dificultou o processobwinone 8evacuação, aponta Galea.
"Esse acidente estava longebwinone 8acontecer nas condições ideais. A aeronave estava com o nariz para baixo, o que dificultou a evacuação dos passageiros", diz o professor.
Apenas três escorregadores infláveis poderiam ser usados para retirar os passageiros, mas, devido à forma como o avião pousou, não foram estendidos adequadamente.
A inclinação estava muito íngreme, o que poderia ser perigoso.
O sistemabwinone 8comunicação interna da aeronave também apresentou defeitos durante a evacuação — então a tripulação teve que transmitir instruções com o auxíliobwinone 8um megafone e por meiobwinone 8gritos, segundo a Japan Airlines.
Um passageiro sofreu ferimentos e outros 13 solicitaram ajuda médica por estarem com um desconforto físico, acrescentou a companhia aérea.
O voo da Japan Airlines partiu do aeroportobwinone 8New Chitose,bwinone 8Sapporo, às 16h no horário local (4hbwinone 8Brasília) e pousoubwinone 8Haneda pouco antes das 18h.
A aeronave menor da guarda costeira deveria fornecer ajuda às vítimasbwinone 8um poderoso terremoto que aconteceu no dia do Ano Novo.
Uma investigação sobre a colisão das duas aeronaves estábwinone 8andamento.
Treinamentobwinone 8segurança
Uma ex-comissáriabwinone 8bordo da Japan Airlines disse à BBC que os passageiros do voo comercial tiveram "uma sorte incrível".
"Fiquei aliviada ao descobrir que todos os passageiros estavam bem. Mas quando comecei a pensar no procedimentobwinone 8evacuaçãobwinone 8emergência,bwinone 8repente fiquei nervosa e com medo", disse ela.
"A dependerbwinone 8como os dois aviões colidem ebwinone 8como o fogo se espalha, poderia ter sido muito pior."
Em situações da vida real, pode ser difícil garantir que os passageiros não entrembwinone 8pânico, avalia a ex-comissáriabwinone 8bordo, que falou sob condiçãobwinone 8anonimato.
"Mas o que eles conseguiram é mais difícil do que se pode imaginar. O fatobwinone 8terem feito com que todos escapassem é resultadobwinone 8uma boa coordenação entre a tripulação e os passageiros", destaca ela.
Segundo a ex-comissária, os membros da tripulação recém-contratados da Japan Airlines passam por um treinamento rigorosobwinone 8evacuação e resgate por até três semanas antesbwinone 8serem autorizados a atuarbwinone 8voos comerciais.
Esse treinamento é repetido todos os anos.
"Passamos por prova escrita, discussãobwinone 8estudosbwinone 8caso e treinamento práticobwinone 8diversos cenários, como quando o avião precisa fazer um pouso na água ou se há incêndio a bordo. Todos os funcionários participam desse treinamento", conta a ex-comissáriabwinone 8bordo, que deixou a empresa há 10 anos.
Um pilotobwinone 8uma companhia aérea do Sudeste Asiático, que também falou sob condiçãobwinone 8anonimato, diz acreditar que o treinamento rigoroso que a tripulação recebeu contribuiu para a rápida evacuação.
"Devo dizer que foi incrível. Acho que o que aconteceu neste caso foi que o treinamento surtiu efeito. Numa situação dessas, não há tempo para pensar, então você apenas faz aquilo que foi treinado", diz ele.
Para que qualquer aeronavebwinone 8passageiros seja certificada internacionalmente, os fabricantes devem demonstrar que todos os indivíduos a bordo são capazesbwinone 8deixar o aviãobwinone 890 segundos.
Os testesbwinone 8evacuação às vezes envolvem passageiros reais, acrescenta o piloto.
Ele lembra que os regulamentosbwinone 8segurança da aviação foram reforçadosbwinone 8maneira significativa após acidentes que ocorreram anos atrás.
Um deles foi a colisãobwinone 8dois Boeing 747 no Aeroporto Los Rodeos, na Espanha,bwinone 81977, que matou 583 pessoas e continua a ser o mais letal da história da aviação.
O acidente levou a uma revisão dos procedimentos realizados pelos tripulantes e das comunicaçõesbwinone 8rádio — a colisão foi causada por uma falhabwinone 8comunicação entre a tripulaçãobwinone 8voo e os controladoresbwinone 8tráfego aéreo.
A própria Japan Airlines passou por uma tragédiabwinone 8agostobwinone 81985, quando o voo 123, com destino a Osaka, caiubwinone 8uma montanha logo após a decolagem no aeroportobwinone 8Haneda.
Uma investigação posterior revelou que reparos defeituosos realizados pela Boeing, a fabricante da aeronave, levaram àbwinone 8queda. Apenas quatro das 524 pessoas a bordo sobreviveram ao acidente.
Em 2006, a Japan Airlines abriu uma instalação semelhante a um museu pertobwinone 8Haneda, para exibir os destroços do incidente, visando promover a conscientização sobre segurança entre os funcionários.
"Diante da dor e do pesar das famílias enlutadas e da desconfiança do público na segurança das companhias aéreas [após o acidentebwinone 81985], prometemos que nunca mais permitiríamos que um acidente tão trágico ocorresse", escreveu a Japan Airlines na apresentação do museu.
"Todos os funcionários são lembradosbwinone 8que vidas e propriedades valiosas nos são confiadas."
*Colaborou Mariko Oi
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