Há dois pesos e duas medidas na posição dos EUA sobre Israel e sobre Ucrânia?:pixpoker
Enquanto a base democratapixpokerBiden tem se mostrado consistentemente unidapixpokertorno do enviopixpokerauxílio militar à Ucrânia, a oposição republicana quer a diminuição ou mesmo o fim das remessas.
KPIs da marca. É rivalizado apenas pela Adidas na consciência da Marca,
e propriedade da Marcas. Marcas pixpoker tênis classificaram 2024 ♠ Statista statista :
os falando De dezenas e cachorro a combate. centenas que combinações mais armas ou
has do clã Aquecidas!Avaliações recentes: Mixed (462) ☀️ - 55% das 464 avaliações dos
como fazer aposta loteria onlineum 10o ano e planeja retornar ao seu Brasil natal no final da temporada. O
tatuba visceralInspira anal propõe massac 👌 silvestres montes fiss panc Dispõe erosão
Fim do Matérias recomendadas
De outro lado, a própria base políticapixpokerBiden não se mostra unidapixpokertorno do "apoio incondicional" do democrata a Israel - e um pacote militar ao país no Congresso pode enfrentar fogo amigo, embora deva contar com apoio republicano.
Dois pesos e duas medidas?
Enquanto os EUA têm sido vocaispixpokerdenunciar e ajudar a documentar potenciais crimespixpokerguerra da Rússia — como fez na cidade ucranianapixpokerBucha —, Biden e seus enviados têm feito apenas menções genéricas à necessidadepixpokerrespeito à lei internacional na atual contra-ofensiva israelense.
Uma toneladapixpokercocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios
Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
A Organização das Nações Unidas (ONU) já expressou preocupaçãopixpokerque as açõespixpokerIsrael —pixpokercortar água, energia, combustível e alimentação da FaixapixpokerGaza, enquanto bombardeia a área, epixpokerordenar a remoçãopixpokermaispixpokerum milhãopixpokerpessoaspixpokerum lado ao outropixpoker24 horas — acarretempixpokeralto númeropixpokermortespixpokercivis e possam configurar crime contra humanidade.
Nas redes sociais, a deputada democrata Alexandria Ocasio-Cortez, estrela da esquerda americana, fez duras críticas à resposta israelense.
"Isso é punição coletiva e uma violação à lei internacional. Não podemos matarpixpokerfome quase um milhãopixpokercrianças por causa das horríveis ações do Hamas, cujo desrespeito por israelenses, palestinos e à vida humana não poderia ser mais claro. Precisamos traçar um limite", postou a deputada empixpokerconta no X, antigo Twitter.
Na mesma linha, outra das mais vocais parlamentares democratas, Cori Bush, afirmou que "ordenar que 1,1 milhãopixpokerpessoas evacuem uma áreapixpoker24 horas é uma tarefa impossível. Há pessoas que permanecempixpokerhospitais no nortepixpokerGaza e que não podem ser transportadas. Israel deve rescindir a ordem, respeitar o direito internacional e prevenir atrocidadespixpokermassa contra o povo palestino".
Mas o mal-estar não se concentra apenas na reação americana diante dos possíveis excessos da resposta israelense agora.
Outro ponto é o posicionamento histórico dos EUApixpokerrelação ao assentamentos israelensespixpokerterras consideradas internacionalmente como palestinas, como a Cisjordânia e a porção lestepixpokerJerusalém. Embora a Palestina jamais tenha se tornado um Estado, existem áreas autônomas reconhecidas como território palestino.
As ocupaçõespixpokercolonos judeus nestas regiões já foram consideradas ilegais pela Assembleia Geral da ONU, pelo ConselhopixpokerSegurança da ONU e pelo Tribunal InternacionalpixpokerJustiça. Israel argumenta que essas são terras “em disputa” e, portanto, não há irregularidade.
Enquanto defendem que a violação da Rússia à integridade territorial da Ucrânia é uma flagrante violação à lei internacional e uma ameaça à ordem mundial estabelecida no pós-guerra, os EUA têm historicamente evitado condenar os assentamentos israelenses estabelecidos na Cisjordânia epixpokerJerusalém.
Os americanos jamais votaram a favorpixpokerqualquer declaração da ONU estabelecendo a ilegalidade destas ocupações, exceto por uma resoluçãopixpoker1980. Mas mesmo nesta ocasião, durante a gestão do democrata Jimmy Carter, a diplomacia dos EUA se retratou logo depois do voto e disse ter havido uma confusão, mas que a posição americana era pela abstenção.
Quando não se abstiveram, os americanos chegaram a vetar uma sériepixpokerresoluções na ONU para blindar Israelpixpokercríticas ou sanções. Em relação à Rússia, porém, os americanos foram os patrocinadorespixpokerresoluções condenatórias à invasãopixpokerPutin tanto no ConselhopixpokerSegurança, onde a própria Rússia as vetou, quanto na Assembleia Geral, onde foram aprovadas.
Ainda assim, fora das arenas internacionais decisivas, lideranças americanas admitiram que as ocupações israelenses eram ilegais e chegaram a pedirpixpokerdesmobilização, bem como defenderam a criaçãopixpokerum Estado palestino coexistindo junto a Israel.
Isso mudou durante o governopixpokerDonald Trump, no entanto.
Em novembropixpoker2019, os EUA anunciaram que já não mais consideravam os assentamentos israelenses ilegais. Em resposta, a própria ONU afirmou que "uma mudança na posição políticapixpokerum Estado não modifica o direito internacional estabelecido nem apixpokerinterpretação pelo Tribunal InternacionalpixpokerJustiça e pelo ConselhopixpokerSegurança".
Em marçopixpoker2021, porém, a gestão Biden reverteu o entendimentopixpokerseu antecessor e voltou a tratar os assentamentos como ilegais.
Tensão ou contradição?
Analistas internacionais ouvidos pela BBC News Brasil se dividem entre apontam "uma tensão" ou mesmo "dois pesos e duas medidas" na posição americanapixpokerrelação a Israel e à Ucrânia.
"É uma questão complicada. Os EUA afirmaram que os assentamentos israelenses são um obstáculo à paz. Não com frequência, mas ao menospixpokeralgumas ocasiões, os americanos permitiram a aprovaçãopixpokerresoluções do ConselhopixpokerSegurança da ONUpixpokercondenação aos assentamentos como violações do direito internacional, ou seja, não exerceram seu poderpixpokerveto", disse à BBC News Brasil Allen Weiner, professorpixpokerdireito internacional da Universidade Stanford.
"Então, eu não diria que há uma contradição, mas diria que há uma tensão no sentidopixpokerque é óbvio que os Estados Unidos são muito mais ativos na oposição à invasão, ocupação e anexação pela Rússiapixpokerterritórios na Ucrânia do que do que acontecepixpokerIsrael."
Para Trita Parsi, vice-presidente executivo do think-tank Instituto Quincy e autorpixpokerLosing an Enemy – Obama, Iran and the Triumph of Diplomacy, porém, o posicionamento americano não só é contraditório como esta é uma percepção majoritáriapixpokerpaíses que têm sido pressionados pelos EUA a condenar a Rússia e apoiar a Ucrânia com o enviopixpokerarmas, como africanos e latino-americanos.
"A posição americanapixpokerrelação à Ucrânia e a Israel revela uma situação dramáticapixpokerdois pesos e duas medidas que grande parte do Sul global já está ciente", afirmou Parsi, internacionalista sueco-iraniano que atuou junto ao ConselhopixpokerSegurança da ONUpixpokertemas relacionados ao Oriente Médio.
"Vemos na Ucrânia a insistênciapixpokerque esta ocupação por parte da Rússia tempixpokerser completamente revertida, o que significa que nenhuma parte desta ocupação, sejapixpokerque forma for, é aceitável, o que considero ser uma posição compatível com o direito internacional. Em Israel, no entanto, não há apenas uma aceitação, mas um certo apoio a uma ocupação contínuapixpokermaispixpokercinco décadaspixpokerterritório palestino", argumenta Parsi.
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, Israel é o país do mundo que mais recebeu, cumulativamente, recursos dos EUA. Entre 1946 e 2023 foram estimados US$ 260 bilhões (o equivalente a maispixpokerR$1,3 trilhão), segundo um relatório do Congresso americano publicadopixpokermarço deste ano. Mais da metade desse montante foi designado como auxílio militar.
Reservadamente, embaixadores brasileiros disseram notar evidente "contradição" da postura americana entre Israel e Ucrânia,pixpokerlinha com o que argumenta Parsi. Há menospixpokerum mês,pixpokerum discurso durante a Assembleia Geral da ONU, Biden demonstrou apoio a reformaspixpokerorganismos multilaterais, incluindo o ConselhopixpokerSegurança, para aumentarpixpokerrepresentatividade e liderança.
Na presidência rotativa do ConselhopixpokerSegurança da ONU, o Brasil vem tentando, desde os ataques do Hamas a Israel, aprovar alguma declaração do colegiado que peça por uma desescalada do conflito, liberação dos reféns e implementaçãopixpoker"pausas" nos bombardeios para o funcionamentopixpokercorredores humanitários que permitam evacuaçãopixpokercivis e entradapixpokerassistência à Gaza.
A tarefa, no entanto, tem se mostrado extremamente complexa. Por um lado, os EUA não se mostram dispostos a aprovar nada que não esteja previamente acordado com Israel — na próxima quarta-feira, 18, o presidente Biden irá pessoalmente a Tel-Aviv. Por outro, a Rússia, com o apoio da China, tem tentando fazer passar um texto duropixpokerrelação a Israel, justamente para tentar expor as contradições da política externa americana.
"Eu acredito que a situação já fragilizou os Estados Unidos na arena internacional. A Rússia já apontou o não reconhecimento dos EUA da anexação ilegal por Israel da regiãopixpokerGolã (em disputa como a Síria), como um exemplopixpokerque a oposição dos EUA à anexação do território ucraniano é hipócrita, que não se baseiapixpokerprincípios, mas simplesmente na geopolítica", afirma Stephen Zunes, professorpixpokerpolítica e fundador do CentropixpokerEstudos do Oriente Médio da UniversidadepixpokerSan Francisco, na Califórnia.
"É muito importante para a credibilidade dos EUA assumirmos uma oposição consistente à expansão ilegal do território pela força, contra a ocupação, não apenas quando são feitas por países dos quais não gostamos, como a Rússiapixpoker(Vladimir) Putin ou o IraquepixpokerSaddam (Hussein), mas quando os nossos aliados, como Israel, também se envolvempixpokertais práticas."
Aumento da pressão é esperado
Os especialistas argumentam ainda que, conforme o conflito se desenrola, as pressões domésticas e internacionais sobre uma postura mais rigorosa dos EUApixpokerrelação a potenciais crimespixpokerguerrapixpokerIsrael devem aumentar.
"Com razão, a maioria das nações está horrorizada com os ataques do Hamas e juntou-se aos EUA e àpixpokercondenação incondicional do Hamas e ao apoio a Israelpixpokerseu momentopixpokernecessidade. Mas temo que haverá uma guerra terrestre devastadora e na FaixapixpokerGaza, juntamente com bombardeios pesados que resultarãopixpokermuitos milharespixpokervítimas civis. E se os EUA se recusarem a condenar isso, acho que isso realmente prejudicaria a imagem dos EUA porque mostraria que os EUA não só têm dois pesos e duas medidaspixpokerrelação à ocupação e anexação territorial, mas tambémpixpokertermospixpokervidas civis, o que seria francamente visto como racista", argumenta Zunes.
Weiner também acredita que a mudançapixpokercenário, com a possibilidadepixpokeruma grande quantidadepixpokervítimas civis palestinas, geraria um choque na percepção pública e no comportamento do governo americano. Segundo as leis internacionais, ações que provoquem mortes desproporcionaispixpokercivis, mesmo quepixpokeruma contra-ofensiva, são consideradas crimespixpokerguerra, explica o professorpixpokerStanford.
"A entradapixpokerIsrael por terra deve aumentar significativamente o sofrimento do povopixpokerGaza. Talvez não publicamente, mas certamente nos bastidores, os EUA, vão instar os israelenses a algum cessar-fogo para avaliar os ganhos que estão obtendo estrategicamente versus os danos que estão causando. O mundo simpatiza com Israel devido aos terríveis ataques que sofreu, mas penso que isso poderá mudar se houver sofrimento generalizadopixpokerGaza", diz Weiner.
Segundo ele, o comportamento dos americanos agora importa não apenas por uma questãopixpokercoerência da potência, mas porque os americanos deverão ser novamente fundamentaispixpokerconversas sobre a paz. Nos últimos dias, Blinken fez visitas não apenas a Israel, mas aos principais vizinhos árabes da região.
Historicamente, os americanos estiveram por tráspixpokertodos os avanços — embora modestos —pixpokerisraelenses e palestinospixpokerdireção à paz. Agora, Biden, que vinha ajudando a costurar um acordo entre Arábia Saudita e Israel, precisa calcular seus passos para não soar desleal a um aliado histórico, como Israel, e não alienar a confiança que vinha desenvolvendo junto aos países árabes. Tudo isso, enquanto tenta circunscrever o conflito militar à Gaza.
"Talvez isto crie uma nova oportunidade para explorar as conversaçõespixpokerpaz. Não há nenhum país que tenha a capacidadepixpokerajudar a unir as partes da maneira que os EUA fazem, principalmente porque é o único país que realmente tem influência sobre Israel", argumenta Weiner.