Como relação sexualbetmotion $20 grátisinsetos ajuda a prever tempestades:betmotion $20 grátis
"O que percebemos é que, ocorrendo um eventobetmotion $20 grátisbaixa pressão atmosférica, que normalmente antecede um temporal, os insetos interrompem o acasalamento e vão procurar abrigo. Isto acontece, geralmente, entre quatro a seis horas antes da chuva, fornecendo uma certa previsibilidade", explicou o professor.
A descoberta desta capacidade nos insetos ebetmotion $20 grátisalteraçãobetmotion $20 grátiscomportamento começou após o professor Bento ebetmotion $20 grátisequipe notarem que,betmotion $20 grátisdiasbetmotion $20 grátischuva, os insetos não acasalavam, mesmo com todas as condições controladasbetmotion $20 grátistemperatura e umidadebetmotion $20 grátislaboratório.
"Como a força exercida pela pressão atmosférica é a mesma, independentementebetmotion $20 grátisse estar num ambiente externo ou internobetmotion $20 grátisum laboratório (oubetmotion $20 grátisuma casa), decidimos comprovar nossa hipótese, a partir do comportamento sexual dos insetos", conta.
No estudo, os cientistas analisaram três espécies distintasbetmotion $20 grátisinsetos comumente encontrados no Brasil: o besouro, popularmente conhecido como 'brasileiro' ou 'patriota', por ter cor verde e pintas amarelas (Diabrotica speciosa); o pulgão da batata (Macrosiphum euphorbiae) e a lagarta da pastagem (Pseudaletia unipuncta).
Com auxíliobetmotion $20 grátisuma câmara barométrica – equipamento que pode controlar ou alterar a pressão atmosférica –, os pesquisadores conseguiram comprovar que, sob quedabetmotion $20 grátispressão atmosférica, as três espéciesbetmotion $20 grátisinsetos reduzirambetmotion $20 grátisatividade sexual e acasalaram menos quebetmotion $20 grátiscondições normaisbetmotion $20 grátispressão.
"Diferentementebetmotion $20 grátisnós, seres humanos, que temos um relógio que nos mostra as horas ao longo do dia, nos permitindo ‘marcar horários’, a maioria dos insetos se guiam pelo amanhecer e entardecer (crepúsculo). Sendo assim, muitos deles acasalam nestes períodos, como um encontro pré-determinado, independente da época do ano. Porém, o que percebemosbetmotion $20 grátisnosso estudo é que, com a queda da pressão e a previsibilidade da chuva, eles evitavam estes encontros para acasalar e procuravam abrigo."
Isso acontece porque os insetos possuem um instintobetmotion $20 grátissobrevivência muito apurado na natureza.
"O simples impactobetmotion $20 grátisuma gotabetmotion $20 grátischuva pode parecer pouco para nós seres humanos, mas para estes organismos diminutos, como os insetos, pode ser fatal."
Agora, os cientistas tentam descobrir quais estruturas no corpo dos insetos os tornam capazesbetmotion $20 grátisperceberem a mudança da pressão atmosférica, horas antesbetmotion $20 grátisum temporal.
"A gente já comprovou que os insetos conseguem antever tempestades e ventanias por uma questãobetmotion $20 grátissobrevivência. São seres vivos que evoluíram por milhõesbetmotion $20 grátisanos, o que os torna amplamente adaptados na Terra. Agora queremos descobrir um pouco mais com eles, e desvendar suas estruturas aprimorando nossos métodosbetmotion $20 grátisprevisão do tempo", apontou Bento.
Formigas aceleram o transportebetmotion $20 grátisfolhas
Outra pesquisa do grupo feita na Escolabetmotion $20 grátisAgricultura Luizbetmotion $20 grátisQueiroz, da USPbetmotion $20 grátisPiracicaba, demonstrou que formigas cortadeiras, também chamadasbetmotion $20 grátissaúvas (Atta sexdens) passam a executar tarefas rotineirasbetmotion $20 grátiscorte e transporte das folhasbetmotion $20 grátisforma mais rápida horas antesbetmotion $20 grátisum temporal.
"Da mesma forma que os outros insetos, as saúvas conseguem pressentir a chegadabetmotion $20 grátisuma chuva e aceleram seu trabalho, com o objetivobetmotion $20 grátiscoletar e armazenar a maior quantidade possívelbetmotion $20 grátisalimentos para o ninho", explicou Bento, que também liderou o projeto.
O estudo realizado por meiobetmotion $20 grátisuma câmara barométrica foi divididobetmotion $20 grátisetapas: na primeira, como formabetmotion $20 grátissimular a chegadabetmotion $20 grátisuma chuva, os cientistas introduziram as formigas cortadeirasbetmotion $20 grátisum ambientebetmotion $20 grátisbaixa pressão atmosférica; e, nas demais etapas, simularam condiçõesbetmotion $20 grátisestabilidade ebetmotion $20 grátisalta pressão, que representam pouco riscobetmotion $20 grátischuva e temporais.
Os resultados mostraram quebetmotion $20 grátisuma condiçãobetmotion $20 grátisbaixa pressão – indicativobetmotion $20 grátischuva -, as formigas deixaram seus ninhos 2,8 vezes mais rápido que quando a pressão foi constante.
Também ficou comprovado que entre 1,5 e 2 vezes mais folhas foram cortadas e trazidas para o ninho pelas formigas durante a queda da pressão atmosférica.
"O esforço do grupo para transportar e trazer uma quantidade maiorbetmotion $20 grátisalimentobetmotion $20 grátismenos tempo, diantebetmotion $20 grátisuma iminente tempestade comparado às condições normais, demonstrou a alta capacidadebetmotion $20 grátistomadabetmotion $20 grátisdecisão individual dos insetos diantebetmotion $20 grátisum indíciobetmotion $20 grátisrisco", concluiu.
Animais preveem terremotos?
Alémbetmotion $20 grátistempestades, pesquisadores tentam comprovar cientificamente há anos se animais conseguem prever terremotos. E, caso sim,betmotion $20 grátisqual forma.
Foibetmotion $20 grátisbusca dessas respostas que o professor Jean Pierre Raulin, coordenador do Centrobetmotion $20 grátisRádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie (CRAAM) participoubetmotion $20 grátisum estudo que explicou o que levou aves e mamíferos do Parque Nacional Yanachaga Chemillen, no Peru, a deixar a região dias antes do terremoto Contamana,betmotion $20 grátis7,0 grausbetmotion $20 grátismagnitude na escala Richter, atingir os Andes peruanos,betmotion $20 grátis2011.
Na literatura mundial, a referência mais antiga registrada sobre comportamentos incomuns dos animais antesbetmotion $20 grátisum desastre natural databetmotion $20 grátis373 a.C., quando o historiador grego Tucídides relatou que ratos, cães, cobras e doninhas abandonaram a cidadebetmotion $20 grátisHélice, na Grécia, dias antesbetmotion $20 grátisum terremoto catastrófico.
Junto da pesquisadora inglesa Rachel Grant e Friedemann Freund, da agência espacial Nasa (Estados Unidos), Jean Pierre encontrou uma explicação: o gás que saibetmotion $20 grátisbaixo e vem para a superfície a partir da movimentaçãobetmotion $20 grátisplacas tectônicas faz aumentar a produçãobetmotion $20 grátisíons positivos na atmosfera, que, perceptível aos animais, provoca um aumento dos níveisbetmotion $20 grátisserotonina nos bichos, deixando-os agitados.
"Foi por isso que eles abandonaram a região antes do terremoto."
Para chegar à conclusão, cada pesquisador estudoubetmotion $20 grátisuma forma o comportamento dos animais antes do terremoto.
A partirbetmotion $20 grátiscâmeras instaladas no parque, que eram acionadasbetmotion $20 grátisforma automática no momento que o animal passava nabetmotion $20 grátisfrente, sem que eles visualizassem, os pesquisadores atestaram que,betmotion $20 grátisum dia comum, os animais eram avistados,betmotion $20 grátismédia,betmotion $20 grátis5 até 15 vezes no dia.
"Porém, no intervalobetmotion $20 grátis30 dias que antecedeu o terremoto notamos que o númerobetmotion $20 grátisavistamentosbetmotion $20 grátisanimal caiu progressivamente até atingir zero, no dia do evento sísmico", contou Jean.
Ao mesmo tempo, monitoramento da propagação das ondasbetmotion $20 grátisrádiobetmotion $20 grátisbaixa frequência, nos dias que antecederam o terremoto, constatou que as mesmas partículas atômicas liberadas pelo gás (da movimentação das placas tectônicas) provocou alterações nas ondasbetmotion $20 grátisrádio da atmosfera da região.
"Unindo os dados, chegamos à conclusão que isso pode sim ter influenciado o comportamento animalbetmotion $20 grátisfugir da região antes do terremoto acontecer."
Como funciona a previsão humana do tempo
Desde antesbetmotion $20 grátisCristo, observar o tempo é crucial para a humanidade.
No passado, era através da observação dos céus que as pessoas previam se choveria ou não. O objetivo era evitar perdas no cultivobetmotion $20 grátisplantações que dependiam dos ciclosbetmotion $20 grátischuvas.
Até a Bíblia,betmotion $20 grátisMateus, capítulo 16, versículos 2 e 3, cita a formabetmotion $20 grátisque se previa o tempo na épocabetmotion $20 grátisJesus. “Haverá bom tempo, porque o céu está rubro. E, pela manhã, haverá tempestade, porque o céu estábetmotion $20 grátisum vermelho sombrio.”
Contudo, foi a partir do desenvolvimento da ciência que o ser humano passou a usar equipamentos para decifrar quando choveria.
Foi a partir do século 16, por exemplo, com o desenvolvimento do termômetro (temperatura) e do barômetro (pressão do ar), que o tempo passou a ser previsto pelo homem por meio da tecnologia.
Depois, além do termômetro e do barômetro, profissionais passaram a utilizar uma infinidadebetmotion $20 grátisnovas tecnologias para prever se vai chover ou não.
É assim que, atualmente, meteorologistas preveem o tempo por meiobetmotion $20 grátisdados atmosféricos, fornecidos por estações meteorológicas; imagensbetmotion $20 grátissatélite; e radares meteorológicos instaladosbetmotion $20 grátisdiversas partes do mundo.
Os estudos que permitem a identificaçãobetmotion $20 grátismudanças bruscas no tempo se baseiambetmotion $20 grátisdadosbetmotion $20 grátisprecipitação, ventos, umidade relativa do ar e a própria pressão atmosférica - que animais conseguem captar sem o usobetmotion $20 grátisequipamentos tecnológicos.
No Brasil, somente o Instituto Nacionalbetmotion $20 grátisMeteorologia (Inmet) administra 750 estações meteorológicas.
Em regra, as estações automáticas captam os dados e enviam para uma central meteorológica, onde, por meiobetmotion $20 grátissupercomputadores, meteorologistas realizam simulações com apoiobetmotion $20 grátisimagensbetmotion $20 grátissatélite sobre a previsão do tempo das próximas horas.
Essas observações, realizadasbetmotion $20 grátismaneira sistemática, uniforme, ebetmotion $20 grátishoras estabelecidas, permitem que o ser humano fique sabendo se vai chover ou nãobetmotion $20 grátisdeterminada localidade.
Animais podem ajudar a prever desastres naturais
Com a enorme dificuldade encontrada para prever terremotos, surge o questionamento: será que seres humanos poderão prever tempestades e terremotos com maior antecedência, a partir da observação dos animais?
O professor da Universidadebetmotion $20 grátisSão Paulo (USP), José Maurício Simões Bento; e Jean Pierre Raulin, da Universidade Presbiteriana Mackenzie dizem que sim, mas defendem antes a necessidadebetmotion $20 grátismaiores investimentosbetmotion $20 grátispesquisas sobre o tema no mundo.
"As pesquisas são somente mais um indíciobetmotion $20 grátiscomo os animais não precisam do ser humano para sobreviver na natureza, masbetmotion $20 grátiscomo nós precisamos deles", defendeu Bento.