'Única forma da Venezuela controlar Essequibo seria com ação militar, mas não é capaz disso', diz ex-embaixador da Venezuela na Guiana:

Nicolás Maduro

Crédito, EPA

As relações entre a Venezuela e a Guiana atingiram seu pior momentodécadas.

A antiga controvérsia entre os dois países pelo território chamado Essequibo – que a Venezuela afirma ter sido erroneamente tomado por uma sentença arbitral emitida1899 e, na verdade, representa dois terços do território da Guiana – provocou uma profunda crise entre os dois vizinhos.

Em 1966, as partes se comprometeram a buscar uma solução prática e satisfatória para a controvérsia, por meio do chamado AcordoGenebra.

Mas, como o mecanismo amigável não permitiu que se chegasse a uma solução, maisum quartoséculo depois, a Guiana solicitou que o caso fosse levado para a Corte InternacionalJustiça (CIJ), que emitirá uma decisão sobre a disputa.

Paralelamente, a Guiana começou a outorgar concessõesexploraçãopetróleoáguas não delimitadas, sobre as quais a Venezuela acredita ter direito.

Pule Matérias recomendadas e continue lendo
Matérias recomendadas
de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

{k0}

  • Um prato é um prato típico da culinária brasileira, feito com pequenas pores carne moída normalmente bife ou porco que são esperadas {k0} hum palitos e grilhatas....
  • Escanteio asiático, por fora lado e um prato típico da culinária oriental feito com pequenas peloes carne moída geralmente bife ou porco que são esperadas {k0} hum palitosde madeira y grilhatas.
  • A principal diferença entre o essencial e a garantia é um elemento fundamental. O segredo está pronto com carne moída, temperos especiarias esperao asiático É preparado Com Carne Moida ou leguminosas por especificações;
  • O que é o escanteio brasileiro? geralmente do qual se faz um esforço asiático.

{k0}

Ingrediente Escanteio Escanteio Asiático
Carne moída Sim sim. Sim sim.
Cebola Sim sim. Sim sim.
Alho Sim sim. Sim sim.
Pimenta Sim sim. Sim sim.
Arroz Não, não. Sim sim.

Modo preparação do escanteio, o modo dos passos asisáticos:

Escanteio
  1. Misturar uma carne moída com cebola picada, alho Picado e pimenta;
  2. Coloque as porções carne {k0} palitos da madeira;
  3. Grelhe os palitos no forno até filarem dourados;
  4. Servaquinhos.
Escanteio Asiático
  1. Misturar uma carne moída com cebola picada, alho Picado e pimenta;
  2. Adicione leguminosas picados, como brócolis brócolis abobrinha coube-flor;
  3. Coloque as porções carne {k0} palitos da madeira;
  4. Grelhe os palitos no forno até filarem dourados;
  5. Servaquinhos.

Conclusão:

Em resumo, o escanteio é um exercício asiático são práticos deliciosoes and únicoSíndico com suas práticas físicas caractérística. Enquanto a essenio está mais simples do que tradicional O ensino prático da educação para os seres humanos

A escola entre eles depende das preferências pesosais da ocupação. Mas uma coisa é certa: ambos são opes deliciosase merescem ser dégustadas!

a assinatura mais decepcionante na temporada nesta Série B

juvent., paul-pobga/juvenus

bets99 apostas online

de interagir dentro do mundo imaginário e jogar. Muitos videogames são definidos em

{k0} ambientes da fantasia ou ficção científica, 💸 Entre os game mais antigos com

Fim do Matérias recomendadas

No último dia 3dezembro, o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro realizou um referendo sobre Essequibo. E, após o anúncio dos resultados favoráveis, vem promovendo uma lei que permita a anexação do território à Venezuela.

Este anúncio causou preocupação na Guiana. O presidente do país, Irfaan Ali, declarou que suas forçasdefesa se encontramalerta total ecomunicação com o Comando Sul dos Estados Unidos.

Pule Novo podcast investigativo: A Raposa e continue lendo
Novo podcast investigativo: A Raposa

Uma toneladacocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês

Episódios

Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa

Maduro também acusou a petrolífera norte-americana ExxonMobil, principal produtorapetróleo na Guiana,financiar políticos da oposição venezuelana.

De fato, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, ordenou a detenção14 pessoas (incluindo diversos políticos opositores) acusadastraição à pátria por uma suposta "tramafinanciamento e conspiração relacionada à ExxonMobil contra a Venezuela".

A empresa norte-americana afirmou que a acusação é ridícula e sem fundamento. E diversos analistas defendem que as açõesMadurorelação a Essequibo são parteuma tentativaenfraquecer a oposição venezuelana antes das eleições presidenciais do país, previstas para 2024.

Neste contexto, a BBC News Mundo – o serviçoespanhol da BBC – conversou com Sadio Garavini di Turno. Ele foi embaixador da Venezuela na capital da Guiana, Georgetown, entre 1980 e 1984.

Garavini se dedicou ao estudo do conflito territorial sobre Essequibo durante décadas, não só como diplomata, mas também como acadêmico.

O ex-embaixador é doutorCiência Política, professor universitário e autordiversas publicações sobre a política externa da Venezuela e da Guiana. Confira a entrevista abaixo.

Soldado

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, As milícias bolivarianas defenderam os locaisvotação durante o referendo sobre Essequibo realizado na Venezuela.

BBC News Mundo: O governoNicolás Maduro anunciou que irá criar um Estado venezuelanoEssequibo e conceder concessõespetróleo no território controlado pela Guiana. Como se explica isso?

Sadio Garavini di Turno: Isso é ridículonível internacional porque, obviamente, o que isso significa?

Maduro nomeou um general como encarregado pela defesa da Guiana Essequiba, mas com sedeTumeremo, que é uma cidade venezuelana no sul do EstadoBolívar. Ele decidiu que a PDVSA [PetróleosVenezuela S. A.] irá contar com uma filial para investir na Guiana Essequiba.

Bem, a pergunta é: como irá fazer? Isso evidentemente implicaria uma açãoforça.

Em relação à PDVSA, a empresa não tem dinheiro sequer para investir na "Venezuela atual" e gostariaver se ela tem fundos para fazê-loáguas marítimas e submarinas na costaEssequibo.

BBC: Por que a Venezuela assume agora esta atitude?

Garavini: Tudo isso é uma manobrapolítica interna frente a um temacaráter internacional, para tentar mostrar que está fazendo algorelação à reivindicaçãoEssequibo depois do referendo – que foi outra manobrapolítica interna para tentar fazer cair no esquecimento o sucesso da oposição nas eleições primárias.

Em termos internacionais, a única formaexercer a soberania sobre a Guiana Essequiba da formaque estão dizendo, que irão fazer um novo mapa da Venezuela incluindo Essequibo, antes uma região reivindicada, bem, deveria ser uma ação militar para exercer a soberania sobre o território.

BBC: É possível essa ação militar?

Garavini: Acredito que as Forças Armadas venezuelanas não têm capacidadefazê-lo, devido ao desastreque se encontram. Além disso, não existem estradas e, por isso, elas deveriam seguir através da floresta, desembarcar por mar ou enviar paraquedistas, o que implicatotal incapacidade.

Na verdade, do pontovista internacional, o que estão fazendo é algo irresponsável, pois nos prejudica muito na Corte InternacionalJustiça, onde o assunto estáandamento.

O que o governo deveria fazer seria preparar-se para defender os direitos da Venezuela na Corte InternacionalJustiça.

Mapa

BBC: Qual é a importânciaEssequibo para a Venezuela?

Garavini: Para a Venezuela, é fundamental defender a saída ao Atlântico, a projeção dazona econômica exclusiva eplataforma continental, não apenas a gerada pela reivindicaçãoEssequibo, mas a do Delta Amacuro [Estado venezuelano localizado no extremo nordeste do país,frente ao Oceano Atlântico e ao ladoEssequibo].

A Guiana demarcou arbitrariamente uma linha que supostamente assinala a fronteira com a Venezuela e que não é aceitável, porque cerceia a nossa projeção na zona econômica exclusiva e a plataforma continental do Estado Delta Amacuro. É isso é inaceitável.

Em termosEssequibo propriamente dito, é preciso recordar que ele representa dois terços do território que a Guiana considera seu, controla e administra desde a sentença arbitral1899.

O AcordoGenebra falauma solução prática e satisfatória para ambos.

Se precisássemos chegar a um acordo com base nele, é óbvio que um acordo satisfatório para a Guiana nunca contemplaria a entregadois terços do seu território. É preciso entender isso com uma boa leitura do AcordoGenebra.

O que se pode conseguir com o AcordoGenebra é uma compensação territorial sensata que, certamente, é muito difícildefinircomum acordo entre as duas partes. Portanto, muito provavelmente, será necessária a intervençãoum terceiro.

Por isso, destaco as áreas marítimas e submarinasuma região ricapetróleo e nem tanto o territóriosi, pois, segundo o AcordoGenebra, obviamente apenas uma parte dele poderia retornar à Venezuela.

BBC: Como essa delimitação marítima feita pela Guiana prejudica a Venezuela?

Garavini: Ela cerceia centenasmilharesquilômetros quadradosáreas marítimas e submarinas, ricaspetróleo, gás e pesca, além da própria saída para o Atlântico. Se essa linha for aceita, deveríamos pedir permissão para sair ao Atlântico, o que é evidentemente inaceitável.

Mas isso tem relação secundária com a questãoEssequibo. Tem relação porque a Guiana traçou essa linhaforma arbitrária a partirPunta Barima, que é o limite do territórioEssequibo. Mas isso deverá ser debatido no final.

É irresponsabilidade do governoMaduro desconhecer a Corte InternacionalJustiça. Agora, o governo está dizendo que a CIJ está a mando da Exxon.

Ali, na Corte InternacionalJustiça, é onde precisaremos resolver o problema da delimitaçãoáreas marítimas e submarinas, depois que for solucionada a questãoEssequibo.

BBC: Qual mecanismo ou estratégia a Venezuela deveria usar para fazer valer os direitos que afirma ter sobre Essequibo?

Garavini: Agora, já não há alternativa.

As pessoas não entendem que dois secretários-gerais das Nações Unidas e o último mediador decidiram levar o tema à Corte InternacionalJustiça.

Se não houver acordo entre as partes, o AcordoGenebra concede ao secretário-geral a capacidadedecidir qual mecanismosolução pacíficacontrovérsias deve ser aplicado. Por isso, não há por onde fugir, do pontovista do direito público internacional.

Precisamos nos defender na Corte InternacionalJustiça e o governo não está fazendotarefa, que consistepreparar nossas argumentações, para defender nossos direitos.

Temos argumentos para demonstrar que a sentença arbitral1899 foi injusta, como produtoum acordo político entre o presidente russo e os dois membros britânicos do tribunal. É isso que deveríamos fazer com os maiores especialistas nacionais e internacionais.

Mapa

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A Venezuela declarou que a Sentença Arbitral1899 sobre Essequibo, favorável ao Reino Unido, é 'nula e sem efeito'.

BBC: A comunidade internacional parece apoiar o status quo atual. A Guiana afirma que conta com o apoio da OEA, do Caricom (a Comunidade do Caribe), da Comunidade Britânica, dos EUA e do Reino Unido, entre outros. Por que não se ouvem outras vozes apoiando a Venezuela?

Garavini: A Guiana sempre contou com o apoio do Caricom e da Comunidade BritânicaNações. A sede do Caricom estáGeorgetown e a Guiana é membro da Commonwealth.

Mas o restante, a imensa maioria da comunidade internacional, não apoia a Guiana. Ela apoia que o problema seja solucionado pacificamente na Corte InternacionalJustiça, como já decidiram dois secretários-gerais da ONU, segundo o AcordoGenebra.

A campanhadesinformação do governoMaduro faz crer que o AcordoGenebra é uma coisa e a Corte InternacionalJustiça é outra. Mas estamos na Corte InternacionalJustiça devido ao AcordoGenebra.

BBC: Afirma-se que a estratégiaevitar a CIJ e tentar resolver a disputa com a Guianaforma bilateral é a que mais convém à Venezuela. Neste caso, não seria lógico que Maduro tentasse evitar ir à CIJ?

Garavini: Claro, mas devia ter feito isso muito antes.

O gravíssimo erro do governo venezuelano ocorreudezembro2013, quando a então chanceler da Guiana, Carolyn Rodrigues-Birkett, afirmou que, depois26 anosnegociações bilaterais assistidas pelo mediador e muitos anos mais desde o AcordoGenebra, havia chegado o momentoencerrar a delimitação do território,suas áreas marítimas e submarinas, e definiruma vez a controvérsia.

Por quê? Porque, entre 2010 e 2013, houve as grandes descobertasriquezas na Guiana, foram feitas as grandes concessões, houve a crise do Teknik Perdana – o famoso navioexploração sísmica petrolífera que foi detido pela marinha venezuelana – e a Guiana disse "basta". E foi falar com o secretário-geral da ONU para solicitar o encaminhamento à CIJ.

O gravíssimo erro da Venezuela foi insistir obstinadamente com o secretário-geral, dizendo que queríamos continuar com a negociação bilateral assistida por um mediador.

Como esse mecanismo não havia funcionado, se nos colocarmos no lugar do secretário-geral, entenderemos por que ele deu razão à Guiana e não à Venezuela.

O que a Venezuela deveria ter feito seria propor uma mediação, uma conciliação ou arbitragem, ou seja, recorrer a outros meiossolução pacíficacontrovérsias previstos na Carta da ONU e que não contemplam a CIJ, que é mais conveniente para a Guiana.

Quando existe uma mediação, as partes procuram uma solução justa e prática. Na CIJ, o tema é estritamente jurídico. Ali será definido se a sentença arbitral1899 é ou não válida. E demonstrar isso é muito caro e complicado.

É um tema que nós sempre quisemos evitar. Quando existe algo julgado, os juízes tendem a defender que o assunto foi encerrado.

Nós temos o argumentoque foi assinado o AcordoGenebra e, por isso, é preciso buscar uma solução prática, mas é o que nós deveríamos ter promovido.