O que pode acontecer com organismolink do estrela bethomem que vai viver 100 dias debaixo d’água:link do estrela bet

É interessante observar que a empreitadalink do estrela betDituri é muito diferentelink do estrela betviverlink do estrela betum submarino. Os submarinos são vedados quando submergem e mantidos sob a pressão a nível do mar. Isso significa que não há uma diferença significativalink do estrela betpressão, mesmo quando o submarino se encontra a centenaslink do estrela betmetroslink do estrela betprofundidade.

Mas o habitat subaquáticolink do estrela betDituri não tem escotilhas sólidas, tampouco uma antecâmara, entre o oceano e o espaço seco onde ele vive, como os submarinos.

Imagine um copo d’água viradolink do estrela betcabeça para baixo e colocado dentrolink do estrela betuma pia cheialink do estrela betágua. Ainda haverá um bolsãolink do estrela betar no topo, que é o espaçolink do estrela betque Dituri vive, com uma poçalink do estrela betágua no chãolink do estrela betum cômodo, proveniente do oceano lá fora.

Isso significa que o ar no interior do seu alojamento é comprimido pelo peso do oceano, aumentando a pressão do ar àlink do estrela betvolta. A uma profundidadelink do estrela betnove metros, a pressão do ar dentro desse habitat é cercalink do estrela betduas vezes maior do que a que ele está acostumado a suportarlink do estrela betterra firme.

Sob pressão

Poucas pesquisas investigaram os efeitos da exposiçãolink do estrela betlongo prazo à pressão hiperbárica sobre o corpo humano.

Como todo mergulhador profissional sabe, a pressão hiperbárica pode representar uma ameaça bastante real. Nossos corpos foram adaptados por geraçõeslink do estrela betevolução para as condições ao nível do mar, onde os dois principais gases envolvidos na respiração (o oxigênio e o dióxidolink do estrela betcarbono) são os únicos que circulam livremente entre os nossos pulmões e o sangue.

Mas, à medida que a pressão aumenta, o nitrogênio do ar é forçado a atravessar as delicadas paredes dos nossos pulmões e entra no sangue. Isso pode causar uma sérielink do estrela betefeitos prejudiciais.

Em profundidadeslink do estrela bet10 a 30 metros, o aumento da pressão pode provocar uma leve euforia e humor positivo. A maislink do estrela bet30 metros, pode gerar um comportamento similar à embriaguez — daí o nome "narcose".

Os cientistas não compreendem totalmente por que isso acontece, mas a causa pode estar relacionada a alterações na formalink do estrela betsinalização dos neurotransmissores entre os neurônios no cérebro.

Felizmente, este não será um risco para Dituri, uma vez que ele se encontra a uma profundidadelink do estrela betapenas 10 metros.

Alterações na saúde

Mas Dituri pode esperar outras mudanças físicas enquanto morar no alojamento subaquático.

Embora o habitatlink do estrela betDituri tenha janelas grandes, ele será exposto apenas à metade da luz solar que atinge a Terra. Isso pode causar problemas no seu ritmo circadiano — o "relógio" interno que controla várias funções do corpo, incluindo nosso ciclolink do estrela betsono e vigília —, que depende da luz do dia. E pode resultarlink do estrela betdistúrbios no sono.

Outro desafio para Dituri será conseguir vitamina Dlink do estrela betquantidade suficiente. Para fabricar esta vitamina, a pele precisa estar exposta aos raios ultravioleta, normalmente provenientes do Sol. É provável, portanto, que Dituri não produza vitamina D suficiente enquanto estiver vivendolink do estrela betseu ambiente subaquático.

A vitamina D desempenha papéis importantes na manutenção da densidade óssea, função muscular e imunidade.

Uma pesquisa com pessoas que moraramlink do estrela betum habitat subaquático, administrado pela Nasa, como um voo espacial análogo, mostrou que elas apresentavam função imunológica reduzida após apenas 14 diaslink do estrela betpermanência.

Dituri vai precisar obter vitamina D a partirlink do estrela betoutras fontes — como alimentos ricos no nutriente, suplementos ou lâmpadas ultravioleta — para minimizar a redução dalink do estrela betfunção imunológica.

Embora ele esteja vivendo sozinho, astronautas que viveramlink do estrela betambientes similares relataram a ocorrêncialink do estrela betinfecções latentes. São vírus que muitoslink do estrela betnós carregamos e que nosso sistema imunológico normalmente mantém sob controle. Isso também pode fazer com que Dituri fique doente se alink do estrela betfunção imunológica oscilar.

Alémlink do estrela betuma quantidade mínimalink do estrela betcaminhadalink do estrela betum habitat muito pequeno, o único exercício que Dituri poderá fazer é nadar. Como nadar não exige sustentaçãolink do estrela betpeso, é provável que haja perdalink do estrela betmassa óssea e muscular, que podem ser similares às sofridas pelos astronautas durante longas missões na Estação Espacial Internacional (mas não tão extremas).

Acrescentar alguns exercícioslink do estrela betresistência, como agachamentos e afundos, pode ajudar Dituri a compensar as perdaslink do estrela betmassa óssea e muscular.

Efeitoslink do estrela betlongo prazo

Embora o habitat subaquáticolink do estrela betDituri seja diferente dos submarinos, o períodolink do estrela bettempo que ele vai passar ali dentro não é diferente do suportado por muitas tripulações submarinas.

Sabemos por meiolink do estrela betpesquisas com tripulanteslink do estrela betsubmarinos que mesmo poucos meses abaixo da superfície podem ter efeitoslink do estrela betlongo prazo, apesar das medidas para evitar que isso aconteça.

Mesmo depoislink do estrela betdois meses abaixo do nível do mar, por exemplo, tripulanteslink do estrela betsubmarinos ainda apresentavam distúrbios nos padrõeslink do estrela betsono e problemas com os níveislink do estrela betcertos hormônios relacionados ao sono. Eles também sofreram perdalink do estrela betmassa óssea e muscular.

Tudo isso reforça a importâncialink do estrela betque Dituri consiga praticar exercícios e obter vitamina Dlink do estrela betquantidade suficiente.

É claro que resta saber qual será o efeitolink do estrela betlongo prazo da pressão hiperbárica sobre Dituri. Os estudos que temos sobre os efeitos da pressão hiperbárica analisaram apenas a exposição a curto prazo, que pode ter apresentado efeitos positivos na cicatrizaçãolink do estrela betferidas.

Este será um feito fisiologicamente e, possivelmente, psicologicamente desafiador. E, embora Dituri seja apenas uma pessoa, os dados do seu experimento ainda serão úteis para este campolink do estrela betestudos.

* Bradley Elliott é professorlink do estrela betfisiologia da Universidadelink do estrela betWestminster,link do estrela betLondres, no Reino Unido.

Este artigo foi publicado originalmente no sitelink do estrela betnotícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão original em inglês.