Black Friday: como inteligência artificial está sendo usada para dar golpesricsilva apostaganhaconsumidores:ricsilva apostaganha

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Com o avanço da tecnologia, os golpes tornaram-se extremamente sofisticados ericsilva apostaganhagrande alcance

Ela então resolveu abrir o link pelo computador e a imagem aparecia da mesma forma.

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Foi então que Thais acessou o site oficial da empresa e viu o anúncio na página inicialricsilva apostaganhaque golpistas estariam usando o nome da instituição para roubar dinheiro.

“O valor não foi tão expressivo, foi menosricsilva apostaganhaR$ 50, mas mesmo assim fico indignada com essas pessoas que criam armadilhas para que a gente caia”, lamenta.

Embora a Black Friday esteja programada para ocorrer na próxima sexta-feira (29), muitas lojas já estão divulgando promoções com descontos expressivos e atraindo os consumidores.

No entanto, junto com essas ofertas tentadoras, criminosos aproveitam a oportunidade para aplicar golpes e fraudes, como o ocorrido com Thaís.

Segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, é nesta época do ano ericsilva apostaganhadatas comemorativas que os crimes cibernéticos ocorrem com maior frequência.

Deep fake e áudiosricsilva apostaganhafamosos

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Com o avanço da tecnologia, os golpes nesta data tornaram-se extremamente sofisticados ericsilva apostaganhagrande alcance. Um dos mais recentes é o uso do deep fake utilizando a imagemricsilva apostaganhauma celebridade para divulgar determinada promoção ou loja.

Criminosos utilizam alguma foto ou vídeo já veiculados por esse artista ou influencerricsilva apostaganhaalguma rede social, ou outro tiporicsilva apostaganhamídia, e usam programas específicos que fazem uma espéciericsilva apostaganha“colagem” sincronizando o corpo e o rosto.

Dessa forma, muitas vezes, é difícil perceber que determinado indivíduo foi gerado por inteligência artificial.

“Aquela pessoa famosa passa credibilidade por empatia do público e utilizar essa técnica faz com que a vítima acabe comprando algo que aquela celebridade desconhece totalmente a procedência”, alerta Marcelo Nagy, perito digital e professorricsilva apostaganhapós-graduação da Faculdadericsilva apostaganhaComputação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Embora a imagem seja bem realista, Fábio Diniz, presidente do Instituto Nacionalricsilva apostaganhaCombate ao Cibercrime (INCC), destaca que alguns golpistas ainda apresentam falhas ao gerar seres humanos com recursosricsilva apostaganhaIA.

“Há indivíduos com características irreais, como seis dedos ou pele perfeita. A voz também pode não acompanhar a velocidade com que ele abre a boca, entre outros”, diz.

Por isso, é importante que o usuário perceba cada detalhe ao se deparar com anúnciosricsilva apostaganhapessoas públicas que oferecem grandes descontos ou valores muito abaixo do mercado.

O especialista destaca ainda que discursos muito inflamados, que contenham mensagensricsilva apostaganhaódio ou intolerância, também devem servirricsilva apostaganhaalerta para suspeitar que aquela propaganda é falsa.

Outro recurso muito utilizado atualmente são os áudios criados com inteligência artificial. Criminosos têm reproduzido sons compatíveis ou idênticos com a vozricsilva apostaganhaartistas e familiares das vítimas para disseminar mensagens convincentes e que induzam o consumidor a comprar determinado produto.

“Um golpista pode pegar um vídeoricsilva apostaganhaum parente próximoricsilva apostaganhauma rede social para treinar a inteligência artificial a falar igual àquele seu parente, para posteriormente gerar esses áudios recomendando uma compraricsilva apostaganhaum site falso, por exemplo”, destaca Nagy.

A reportagem testou um desses recursos e foi possível criar perfeitamente uma mensagem pelo Whatsapp e reproduzindo determinado texto sobre a Black Friday.

Além disso, aindaricsilva apostaganhaacordo com os especialistas, já é possível iniciar uma conversaricsilva apostaganhatempo real com esses recursosricsilva apostaganhavoz, o que pode diminuir qualquer suspeita.

Sites falsos, phishing e sorteios

No último domingo (24), Júlia Kastrup,ricsilva apostaganha33 anos, decidiu comprar um vestidoricsilva apostaganhauma loja online já conhecida por ela. Ao receber o link da promoção, enviado pela mãe, o site direcionava para uma páginaricsilva apostaganhapromoções.

“Eu entrei no site e não estranhei muito, porque, apesarricsilva apostaganhaser diferente do site normal, eu achei que fosse um hotsite dedicado à campanharicsilva apostaganhaBlack Friday. Tinha muita coisa na promoção, com preços muito bons, e eu fui colocando no carrinho”, diz.

Crédito, Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Júlia Kastrup quase caiuricsilva apostaganhaum golpe ao tentar comprar um vestido

Quando já estava com compras que somavam R$ 500, viu o vestido que já queria há bastante tempo, mas resolveu logar no site para verificar se era o mesmo modelo que havia colocado como favorito antes.

“Comecei a desconfiar porque não havia o botão para fazer meu login no site. Daí, resolvi entrar na página normal, pra entender melhor, e atentei pra URL, que era completamente diferente, um domínio totalmente novo e que não tinha nada a ver com o domínio original”, diz.

Foi então que Júlia percebeu que poderia estar prestes a cairricsilva apostaganhaum golpe e perder seu dinheiro.

“Avisei a minha mãe, e conseguimos não cair. Mas confesso que foi por pouco, porque os preços realmente estavam muito bons: vestidos por R$ 45, top por R$ 20, bolsa por R$ 60”, conta.

A adulteraçãoricsilva apostaganhasites é muito comum nesta época do ano ouricsilva apostaganhadatasricsilva apostaganhagrande apelo comercial. Segundo os especialistas, mesmo sendo uma prática muito antiga, ainda há pessoas que caem nesse tiporicsilva apostaganhafraude.

Muitas vezes, criminosos conseguem desenvolver URLs (endereçoricsilva apostaganhaum site ou arquivo na internet) que são semelhantes aos originais. Por distração, o usuário não percebe e acaba comprandoricsilva apostaganhaum site que não é o original.

De acordo com dados exclusivos, feitos pela consultoriaricsilva apostaganhacibersegurança Redbelt Security, desde 4ricsilva apostaganhanovembro até esta terça-feira (26), foram criadas 4.500 novas páginas falsas, com o foco totalmente voltado para a Black Friday.

“Os golpistas colocam um número, ou uma letra ou um símbolo no final ou no meio da URL para confundir”, explica Grazielle Viana, especialistaricsilva apostaganhasegurança da informação e proteçãoricsilva apostaganhadados pela Associação Brasileiraricsilva apostaganhaNormas Técnicas (ABNT) e Institutoricsilva apostaganhaEducação Superiorricsilva apostaganhaBrasília (IESB).

“Se houver diferenças, eu recomendo que volte na página original e pesquise esse mesmo produto para saber se a promoção é válida ou não.Você só vai ter certeza na página original do vendedor”, acrescenta Viana.

Outro recurso muito comum utilizado por criminosos durante a semana da Black Friday são os phishings. A prática consistericsilva apostaganhase passar por empresas confiáveis para obter informações pessoaisricsilva apostaganhaforma fraudulenta. O contato pode ser feito por SMS, e-mail, sites, Whatsapp e outros canaisricsilva apostaganhacomunicação.

“Ele é usado tanto para oferecer promessas falsas quantoricsilva apostaganhatrocaricsilva apostaganhadados, muito usado também nos sorteios para enganar os consumidores. São bastante eficazes porque a pessoa é atraída por essa oferta e acaba compartilhando os dados sem perceber que foi enganada”, diz Viana.

Por fim, outro meio bastante utilizado são os sorteios. Com o desenvolvimento das redes sociais, é muito comum golpistas se passarem por lojas, hotéis, pousadas e restaurantes oferecendo grandes descontosricsilva apostaganhaprodutos,ricsilva apostaganhatrocaricsilva apostaganhasorteios ou “cupons da sorte”.

Em alguns casos, ao ganhar o “prêmio”, o consumidor precisa pagar alguma taxa para usufruir do serviço.

Como não cairricsilva apostaganhagolpes

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Especialistas recomendam que se preste atençãoricsilva apostaganhalinks recebidos por WhatsApp

Mesmo com o avanço dessas tecnologias, há maneirasricsilva apostaganhase precaver e não cair nesses tiposricsilva apostaganhafraudes.

  • Desconfiericsilva apostaganhaofertas muito atraentes: promoções com preços muito abaixo do mercado ou cupons milagrosos podem ser atrativos para enganar consumidores. Sempre cheque no site oficial da loja.
  • Atente-se ao endereço online do site (URL): verifique se ele corresponde ao domínio oficial da empresa. Pequenas alterações, como números ou símbolos extras, podem indicar sites falsos.
  • Evite clicarricsilva apostaganhalinks recebidos por mensagens: prefira acessar promoções digitando o endereço da loja diretamente no navegador. Links enviados por e-mail, SMS ou WhatsApp podem ser phishings.
  • Cheque a reputação do vendedor:ricsilva apostaganhacompras online, pesquise sobre a lojaricsilva apostaganhaplataformasricsilva apostaganhaavaliação e redes sociais antesricsilva apostaganhafinalizar a transação. As mais confiáveis e recomendadas pelos especialistas são Consumidor.gov e Reclame Aqui.
  • Use métodosricsilva apostaganhapagamento seguros: evite Pix para compras desconhecidas e dê preferência a cartões virtuaisricsilva apostaganhacrédito. O usoricsilva apostaganhacartões virtuais é uma prática cada vez mais recomendada para evitar fraudes financeiras. Diferentemente do cartão físico, o virtual é gerado exclusivamente para compras online, com um códigoricsilva apostaganhasegurança único e validade limitada, o que dificultaricsilva apostaganhareutilizaçãoricsilva apostaganhacasoricsilva apostaganhavazamentoricsilva apostaganhadados.
  • Além disso, ao evitar o pagamento por boletos, o consumidor reduz o riscoricsilva apostaganhacairricsilva apostaganhagolpes que simulam cobranças falsas. O boleto, muitas vezes, não oferece os mesmos mecanismosricsilva apostaganhacontestação que um cartãoricsilva apostaganhacrédito, tornando-o mais vulnerável a fraudes.

Não compartilhe dados pessoais com estranhos: para se protegerricsilva apostaganhagolpes, nunca compartilhe dados bancários ou informações pessoais por telefone, e-mail ou redes sociais.

Além disso, não acreditericsilva apostaganhafuncionários que ligam se passando por bancos ou instituições não autorizadas e que peçam aricsilva apostaganhasenha ou outro dado.

Não guarde senhas pessoais e importantes no celular. “O ideal é que só você ou alguémricsilva apostaganhaconfiança saibam essas senhas. Para isso, anotericsilva apostaganhaum papel e guardericsilva apostaganhacofrericsilva apostaganhaum local seguro”, ressalta Diniz.