O fim do bairro mais bonito da Faixaapostasapostas em cassinoscassinosGaza :apostas em cassinos

O bairroapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra antesapostasapostas em cassinoscassinos7apostasapostas em cassinoscassinosoutubro
  • Author, Alice Cuddy
  • Role, BBC News, Jerusalem

Por volta do meio-dia da sexta-feira, 20apostasapostas em cassinoscassinosoutubro, os moradoresapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra, sofisticado bairroapostasapostas em cassinoscassinosGaza, estavam entre a poeira e escombros do que, dias antes, eram as suas casas.

Sextas-feiras costumavam ser dias especiais: no islamismo, o dia da oração marca o começo do fimapostasapostas em cassinoscassinossemana e, no bairroapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra, significava falafel e hummus, café e chá, todos servidosapostas em cassinosespaçosos apartamentos ou vilas perto do Mar Mediterrâneo. Os moradores sabiam que tinham mais sorte do que a maioria da populaçãoapostasapostas em cassinoscassinosGaza.

No entanto, durante a noite, bombas israelenses destruíram 25 blocosapostasapostas em cassinoscassinosapartamentos, laresapostasapostas em cassinoscassinosmuitas centenasapostasapostas em cassinoscassinospessoas. Israel vinha bombardeando Gaza há diasapostas em cassinosresposta aos ataques do Hamasapostasapostas em cassinoscassinos7apostasapostas em cassinoscassinosoutubro, mas al-Zahra não havia sido atingida até então.

Alguns dos que viviam lá, entre médicos, advogados, pesquisadores acadêmicos, designersapostasapostas em cassinoscassinosmoda e empreendedores, tentaram ficar e sobreviverapostas em cassinosmeio às ruínas, mas a maioria recolheu o pouco do que restou a se dispersou ao longo da Faixaapostasapostas em cassinoscassinosGaza.

Hana Hussen, que cresceuapostas em cassinosal-Zahra, acompanhou horrorizada as notícias a centenasapostasapostas em cassinoscassinosquilômetrosapostasapostas em cassinoscassinosdistância, na Turquia, para onde ela se mudou dois anos atrás. Em um telefonema apressado naquela dia, ela ligou para a família na tentativaapostasapostas em cassinoscassinosentender se eles estavamapostas em cassinossegurança.

Ela disse que os amava.

E a ligação caiu.

Triste, uma moradora caminha entre os escombros do bairroapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra depois do bombardeio

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Al-Zahra ficou assim depois dos ataquesapostasapostas em cassinoscassinosIsraelapostas em cassinos19apostasapostas em cassinoscassinosoutubro

‘Obrigado por perguntar. Ainda estamos vivos’

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Os moradores dos blocos destruídos vinham se protegendo das bombasapostas em cassinosuma universidade próxima graças aos esforços do dentista local Mahmoud Shaheen, que liderou uma evacuaçãoapostas em cassinosmassaapostasapostas em cassinoscassinosseus vizinhos. A BBC contou, na semana passada, a história sobre como ele recebeu uma ligaçãoapostasapostas em cassinoscassinosum agente da inteligência israelense avisando que os blocos seriam bombardeados.

Em resposta à BBC sobre a decisãoapostasapostas em cassinoscassinosatingir o bairroapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra, as Forçasapostasapostas em cassinoscassinosDefesaapostasapostas em cassinoscassinosIsrael (IDF, na siglaapostas em cassinosinglês) disseram que "não é possível esclarecer perguntas sobre operações específicas".

O Hamas estava atacando Israelapostasapostas em cassinoscassinosdiferentes partesapostasapostas em cassinoscassinosGaza "e se infiltrou na infraestrutura civil", acrescentou o IDF. Não foram divulgados nomesapostasapostas em cassinoscassinosintegrantes do Hamas mortos nos ataquesapostas em cassinosal-Zahra, e acredita-se que ninguém do grupo tenha sido atingido nesse bombardeio.

Israel afirma queapostasapostas em cassinoscassinosestratégia visa a erradicar o Hamas, que é acusadoapostasapostas em cassinoscassinosoperar no coraçãoapostasapostas em cassinoscassinoscomunidades civis — e que vem tomando providências para reduzir mortesapostasapostas em cassinoscassinosinocentes, como o telefonema, mencionado acima, feito a Mahmoud o instruindo a evacuar o bairro.

O agente que telefonou para o dentista também disse: "Nós vemos coisas que vocês não veem".

Os vizinhosapostasapostas em cassinoscassinosMahmoud podem ter escapado vivos, mas nem todos sobreviveram ao que estava por vir.

Depoisapostasapostas em cassinoscassinosataquesapostas em cassinos20apostasapostas em cassinoscassinosoutubro, um homem observa o que restou do bairroapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Desolado, um homem palestino observa a destruiçãoapostasapostas em cassinoscassinostorres do bairro após os ataquesapostasapostas em cassinoscassinosIsrael

A BBC passou duas semanas conversando com diversas famílias da região, tanto moradoresapostasapostas em cassinoscassinoslonga data quanto os mais jovens e ambiciosos recém-chegados.

Eles nos contaram sobre como salvaram o que puderamapostasapostas em cassinoscassinossuas casas, assistiramapostasapostas em cassinoscassinosperto aos seus lares explodindo e como se dispersaram ao longoapostasapostas em cassinoscassinosGaza rumo a um destino incerto. De abrigos improvisados a refúgios temporários ao longoapostasapostas em cassinoscassinosGaza, moradores queriam contar as histórias da vida e morte do bairro que amavam.

Nossa comunicação foi feita por meioapostasapostas em cassinoscassinosligações que caíam — às vezes com bombas estourando ao fundo — e mensagens esporádicas via WhatsApp. Conversas era interrompidas para correrapostas em cassinosbuscaapostasapostas em cassinoscassinosabrigo. Em alguns casos, perdemos contato por dias.

Após um blecauteapostasapostas em cassinoscassinoscomunicações durante ataques intensosapostasapostas em cassinoscassinosIsraelapostas em cassinosGaza, um moradorapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra conseguiu escrever uma mensagem curta: "Obrigado por perguntar. Nós ainda estamos vivos".

Nossas conversas mostram que nem todos que saíramapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra sobreviveram. Entre aqueles confirmados mortos estão um jovem fisiculturistaapostasapostas em cassinoscassinosuma academia local cujas últimas palavras para um amigo, segundo postsapostas em cassinosredes sociais, foram: "Está tudo acabado".

O Ministério da Saúde controlado pelo Hamas afirmou que maisapostasapostas em cassinoscassinos10 mil palestinos foram mortosapostas em cassinosGaza desde o começo da guerra, sendo que maisapostasapostas em cassinoscassinosum terço eram crianças.

A históriaapostasapostas em cassinoscassinosNashwa: documentando os mortos e desabrigados

Nashwa Rezeq, que viveuapostas em cassinosal-Zahra por 18 anos, agora tenta reconstruir a vida

Crédito, Nashwa Rezeq

Legenda da foto, Nashwa Rezeq com seu filhoapostas em cassinostempos mais tranquilos

A Faixaapostasapostas em cassinoscassinosGaza é densamente povoada, tem altos níveisapostasapostas em cassinoscassinospobreza e forte controle da entrada e saídaapostasapostas em cassinoscassinospessoas. Al-Zahra, no entanto, era um bairro com grandes casas e espaços ao ar livre bem iluminados, bosques com amendoeiras e figueiras, áreas esportivas e parques.

Al-Zahra foi fundada nos anos 1990 pelo ex-presidente da Autoridade Palestina Yasser Arafat (1929-2004) como um lugar paraapostasapostas em cassinoscassinosequipe e também apoiadores. Moradores dizem ainda ter fortes conexões com a Autoridade Palestina, que hoje está baseada na Cisjordânia ocupada e é um rival direto do Hamas.

O bairro está ao norte do rio Wadi Gaza — ponto ao sul do qual Israel ordenou que a população se dirigisse,apostas em cassinos13apostasapostas em cassinoscassinosoutubro. Os dias seguintes foramapostasapostas em cassinoscassinosbombardeios, uma respostaapostasapostas em cassinoscassinosIsrael às centenasapostasapostas em cassinoscassinoshomens armados que invadiram a fronteira para assassinar maisapostasapostas em cassinoscassinos1,4 mil pessoas, a maioriaapostasapostas em cassinoscassinoscivis, incluindo muitas crianças, além da capturaapostasapostas em cassinoscassinosmaisapostasapostas em cassinoscassinos200 reféns. A brutalidade dos ataquesapostas em cassinosbairros do Sulapostasapostas em cassinoscassinosIsrael e o massacreapostasapostas em cassinoscassinosjovens que participavamapostasapostas em cassinoscassinosum festivalapostasapostas em cassinoscassinosmúsica traumatizaram o país.

Mapaapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra, o bairro mais nobreapostasapostas em cassinoscassinosGaza

Todas as pessoas com as quais conversamos insistiramapostas em cassinosdizer que, até onde sabiam, esse bairro era o mais distante possível do Hamas eapostasapostas em cassinoscassinossuas operaçõesapostas em cassinosGaza, governada pelo grupo desde 2007. "Não existiam militares aqui", nos disse um morador. "Eu não acredito sequer que apoiadores do Hamas viviam aqui", acrescentou.

Para Nashwa Rezeq, que viveuapostas em cassinosal-Zahra durante 18 anos, "era o melhor bairroapostasapostas em cassinoscassinostodos".

Muito envolvidaapostas em cassinosassociaçõesapostasapostas em cassinoscassinosbairro eapostas em cassinosum conselhoapostasapostas em cassinoscassinosjovens local, Nashwa também foi uma das organizadorasapostasapostas em cassinoscassinosuma comunidade no Facebook por maisapostasapostas em cassinoscassinosuma década. Se você perguntá-la sobre algum moradorapostas em cassinosparticular, ela provavelmente vai conhecê-lo e talvez ter seu contato telefônico.

A página no Facebook tinha aproximadamente 10 mil seguidores. Na véspera da guerra, os posts eram sobre torneiosapostasapostas em cassinoscassinosbilhar, um café local ou mensagensapostasapostas em cassinoscassinosparabéns a um estudante recém-formado.

Agora o mesmo grupo serve como veículo para compartilhar atualizações sobre a destruição do bairro e contar os mortos. O grupo nunca tinha ocupado tanto o tempoapostasapostas em cassinoscassinosNashwa.

Uma vista das plantasapostasapostas em cassinoscassinosNashwa com Gaza ao fundo. Ela sente muita faltaapostasapostas em cassinoscassinosseu pequeno jardim

Crédito, Nashwa Rezeq

Legenda da foto, Nashwa sente muita falta das plantas que cultivava com afeto na janela do apartamento

Um post recente lamenta a morte dos integrantesapostasapostas em cassinoscassinosuma família donaapostasapostas em cassinoscassinosum restaurante italiano bombardeado. Quando a guerra foi declarada, Nashwa foi para o Sul com seu marido e quatro filhos, atitude que a família sempre tinha quando as tensões aumentavam. Antes, entregouapostasapostas em cassinoscassinoschave a uma vizinha, pedindo que cuidasseapostasapostas em cassinoscassinossuas amadas plantas enquanto ela estava fora.

Dois dias depois dos primeiros bombardeios, seu prédio — o mais altoapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra — foi destruído ao amanhecer.

"Uma pessoa me ligou e disse que 'andou ao lado daapostasapostas em cassinoscassinostorre e estava tudo no chão'," lembra.

Vista geral do bairroapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra
Legenda da foto, A vidaapostasapostas em cassinoscassinosNashwa eapostasapostas em cassinoscassinossua família nunca será a mesma no bairroapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra

Ela descreve seu apartamento no quinto andar como "muito grande e espaçoso". Ele foi comprado pela família e reformado ao longoapostasapostas em cassinoscassinosuma década — recentemente, haviam adquirido um novo aparelhoapostasapostas em cassinoscassinosar-condicionado, uma televisão e móveis.

"Muita gente diz que é só dinheiro, mas, para mim, minha casa era minha alma".

Agora no Sulapostasapostas em cassinoscassinosGaza, ela diz queapostasapostas em cassinoscassinosfamília ainda estáapostas em cassinosperigo. "Três dias atrás, eles bombardearam uma casa perto da gente. A fumaça da bomba nos sufocou".

Seus filhos continuam perguntando por que não puderam trazer o novo ar-condicionado e a TV com eles quando saíramapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra. Eles também mantêm questionamentos sobre quando poderão voltar para casa e recuperar seus brinquedos.

Para Nashwa, as plantas são os itens que mais fazem falta: "Eu amava todas elas".

Ahmed Hammad na praia perto da antiga casa

Crédito, Ahmed Hammad

Legenda da foto, O professor universitário Ahmed Hammad chegou a permanecerapostas em cassinosal-Zahra após os ataques

O professor universitário Ahmed Hammad, que viveuapostas em cassinosum prédio pertoapostasapostas em cassinoscassinosNashwa, era outro integrante dessa comunidade. Ele foi um dos que escolheram permanecer no bairro após os ataques. Com cercaapostasapostas em cassinoscassinos50 anos, ele dá aulasapostasapostas em cassinoscassinosmídia e comunicaçãoapostas em cassinosuma universidade ao norte do bairro, quer enviar seus artigosapostasapostas em cassinoscassinospesquisa à BBC e fala com orgulhoapostasapostas em cassinoscassinosseus seis filhos, com idades entre oito e 27 anos.

"Um deles é dentista, outro trabalha com TI. Tenho um que estudou literaturaapostas em cassinosinglês na universidade, e os outros três ainda estão na escola", nos contou.

Quando falamos por telefone no último mês, Ahmed e família estavamapostas em cassinosum abrigo naapostasapostas em cassinoscassinoscasaapostas em cassinosal-Zahra, agora sem portas e janelas. Como não é mais possível ir para o trabalho ou escola, eles gastam o tempo procurando lenha para queimar e assim cozinhar. Com muito medoapostasapostas em cassinoscassinosfugirapostas em cassinosdireção ao Sul e ser alvoapostasapostas em cassinoscassinosmais bombas, decidiu ficar.

No entanto, na noiteapostasapostas em cassinoscassinos27apostasapostas em cassinoscassinosoutubro, Israel intensificou os bombardeios aéreos a expandiu suas operações terrestres — e nós perdemos contato com Ahmed. Dias depois, ele nos procurou para dizer que a família saiu do bairro após uma "noite muito, muito difícil " e uma manhã ainda pior.

E descreveu como se esquivouapostasapostas em cassinoscassinos"bombardeios contínuos"apostas em cassinosseu caminho rumo ao Sul da Faixaapostasapostas em cassinoscassinosGaza.

"Cada vez que uma bomba caía, nós deitávamos no chão".

Os empreendedoresapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra

Hana Hussen e seu irmão Yahya

Crédito, Hana Hussen

Legenda da foto, Hana Hussen e seu irmão Yahya, que ela descreve como "alma gêmea"

De volta à Turquia, Hana não largava seu telefone esperando por atualizações sobreapostasapostas em cassinoscassinosfamília. Enquanto aguardava, ela nos contou histórias do que chamouapostasapostas em cassinoscassinos"o mais maravilhoso e caloroso lugar no mundo". Moradoresapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra costumavam se reunir na praia e enchiam a rua principal que ligava o bairro ao Mar Mediterrâneo, do amanhecer ao pôr do sol. Às sextas-feiras, Hana e seus amigos iam à rua para contar piadas e histórias sobre a semana, recorda-se.

Em uma sinalização do quanto a guerra mudou a vida lá, Hana conta que começou a receber mensagens "assustadoras" daqueles mesmos amigos — um perguntando se ela poderia cuidar dos seus filhos caso morresse, outros pedindo ajuda sobre "opções alternativas para produtosapostasapostas em cassinoscassinoshigiene feminina". Um outro desejava apenas ter água potável para beber.

Depoisapostasapostas em cassinoscassinosmuitos diasapostasapostas em cassinoscassinosespera, Hana finalmente conseguiu contato comapostasapostas em cassinoscassinosfamília, incluindo seu irmão Yahya, que ela descreve comoapostasapostas em cassinoscassinosalma gêmea. Yahya estava entre a nova geraçãoapostasapostas em cassinoscassinosempreendedoresapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra. O designerapostasapostas em cassinoscassinosmodaapostasapostas em cassinoscassinos30 anos prefere falar sobreapostasapostas em cassinoscassinosvida antes da guerraapostas em cassinosvez daapostasapostas em cassinoscassinosatual acomodação lotada ao sul do bairro, por onde ele caminhou comapostasapostas em cassinoscassinosfamília por muitas horas depoisapostasapostas em cassinoscassinoster a casa destruída.

Ele recorda-se do som dos passarinhos enquanto olhava para o bairro a partir do terraço do prédio onde a família morava.

Vista da praia frequentada por moradoresapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra
Legenda da foto, Em al-Zahra, a vida giravaapostas em cassinostorno da praia

Era comum que moradores postassem vídeos dos terraçosapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra. Algumas imagens mostram cores espetaculares do cair do sol.

"Todas essas coisas nos deixavam felizes", diz Yahya por WhatsApp.

Ao listar algumasapostasapostas em cassinoscassinossuas preferências no bairro, Yahya escreveapostas em cassinosuma sérieapostasapostas em cassinoscassinosmensagens: "As luzes da noite. O mar. É uma cidade elegante e pacífica".

Agora, ele às vezes termina as conversas via WhatsAppapostasapostas em cassinoscassinosforma abrupta. "Preciso ir agora porque as bombas deles estão pertoapostasapostas em cassinoscassinosmim", escreveuapostas em cassinosuma mensagem.

Yahya saiuapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra com duas bolsas carregando um iPad, documentos, um casaco, garrafa d'água, seu passaporte, chocolate e um kitapostasapostas em cassinoscassinosprimeiros socorros. Ele precisou deixar para trás suas criações meticulosamente produzidas — tecidos, vestidos e saias.

"E máquinasapostasapostas em cassinoscassinoscostura. E muitas memórias maravilhosas," diz ele.

Mohamed nos escombros do seu antigo apartamento
Legenda da foto, Mohamed do ladoapostasapostas em cassinoscassinosfora do que antes eraapostasapostas em cassinoscassinoscasa

Os primos Ali,apostasapostas em cassinoscassinos28 anos, e Mohamed,apostasapostas em cassinoscassinos25, também são jovens empreendedores na cidade e tinham trabalhos com rotinas bem corridasapostas em cassinosal-Zahra como confeiteiro e donoapostasapostas em cassinoscassinoscafé, respectivamente. Ambos viviam no conjuntoapostasapostas em cassinoscassinosprédios destruídos entre os dias 19 e 20apostasapostas em cassinoscassinosoutubro.

Os dois haviam investido muito dinheiro para construir uma vida lá. Ali casou-se no início do ano e gastou US$ 6 milapostas em cassinosmóveis que estavam sendo mantidos na casa da família, onde ele eapostasapostas em cassinoscassinosesposa grávida estavam morando.

Aapostasapostas em cassinoscassinosfamília se mudou para lá vinda da Cidadeapostasapostas em cassinoscassinosGaza durante a guerraapostasapostas em cassinoscassinos2014 entre Hamas e Israel pensando que era "o lugar mais seguro" para se estar.

No mês passado, eles prepararam mochilas com dois conjuntosapostasapostas em cassinoscassinosroupas, prontas para uma eventual fuga. "Uma para a minha mãe, outra para meu irmão e uma para a minha mulher," diz ele.

Em 19apostasapostas em cassinoscassinosoutubro, a família pegou as mochilas e deixou todos os outros bens para trás. Quando as bombas atingiram seu prédio, Ali diz que todas as perdas foramapostas em cassinosdobro — os móveis novos do casal foram destruídos, assim como os bens dos seus pais". Duas geladeiras, duas máquinasapostasapostas em cassinoscassinoslavar e dois sofás.

Mohamed conta que seu pai havia recentemente realizado o último pagamento pela casa da família, e todos precisaram abandonar o local naquela noite. "Ele terminouapostasapostas em cassinoscassinospagar aquele apartamento e agora tudo se foi", afirma.

Hoje, gasta seus dias buscando água: "Não há tempo para descansar".

O barapostasapostas em cassinoscassinosMohamed com sinuca e gravuraapostas em cassinoshomenagem ao rapper americano Tupac
Legenda da foto, Como era o barapostasapostas em cassinoscassinosMohamed, com a imagem do rapper americano Tupac

Ele sente falta do café que mantinha no térreoapostasapostas em cassinoscassinosuma universidade, com uma mesaapostasapostas em cassinoscassinossinuca e uma gravura do rapper americano Tupac Shakur na parede. Também sente saudadesapostasapostas em cassinoscassinosir para a academia diariamente. Acimaapostasapostas em cassinoscassinostudo, lembra dos amigos. "Nós brincávamos, ficávamos rindo. Sentávamos juntos até a meia-noite".

O jornalista Abdullah al-Khatib afirma queapostasapostas em cassinoscassinosfamília estendida também perdeu quatro casas nos ataques.

Ele conta que seu filho continua perguntando quando ele poderá voltar para casa e brincar com seus amigos no parque. Mas ele talvez nunca mais possa voltar.

"Nossa casa é a rua agora. Tudo foi destruído," diz.

Os prédios destruídos no que já foi o bairro nobreapostasapostas em cassinoscassinosGaza

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Vista aérea da destruição do bairroapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra,apostas em cassinos20apostasapostas em cassinoscassinosoutubro

Mahmoud, o dentista que recebeu a ligação antecipando o bombardeio, agora é voluntárioapostas em cassinosum posto médico na região centralapostasapostas em cassinoscassinosGaza.

"Eu sinto os odores mais terríveis. Você não está se higienizando e há 130 pessoas contigo", relata.

Mahmoud também diz sentir-se com sorteapostasapostas em cassinoscassinoster dinheiro suficiente para os preços inflacionados dos tempos atuais. Um dos amigos mais próximos permaneceuapostas em cassinosuma vilaapostasapostas em cassinoscassinosal-Zahra, e o dentista recentemente enviou farinhaapostasapostas em cassinoscassinostrigo para que ele possa ao menos fazer pão.

No entanto, esses itens estão cada vez mais escassos.

"Hoje eu fui a todas as lojasapostas em cassinosbuscaapostasapostas em cassinoscassinoslentilhas... Não quero exagerar, eu entreiapostas em cassinosao menos 40 lugares procurando lentilhas e não achei", detalha o dentista. "Um lojista me disse: 'Não perca seu tempo'".

Mahmoud relata ter esperançaapostasapostas em cassinoscassinosum dia voltar a al-Zahra quando a guerra terminar. "Espero que Deus nos permita sobreviver para tentarmos arrumar as coisas".

Ponto turístico perto da praiaapostas em cassinosGaza
Legenda da foto, Moradores tiram foto com os dizeres "Eu amo Gaza"

As Forçasapostasapostas em cassinoscassinosDefesaapostasapostas em cassinoscassinosIsrael dizem que o Hamas continua a operar ao longo da Faixaapostasapostas em cassinoscassinosGaza. E acrescenta: "Como parte da missão da IDFapostasapostas em cassinoscassinosdesmantelar a organização terrorista Hamas, estamos mirando alvos militares na Faixaapostasapostas em cassinoscassinosGaza. Bombardeiosapostas em cassinosalvos militares estão sujeitos às normas relevantes da lei internacional, incluindo precauções viáveis para reduzir mortesapostasapostas em cassinoscassinoscivis".

A visita mais recenteapostasapostas em cassinoscassinosHana a al-Zahra foi há cinco meses. Ela não sabia que seria a última vezapostas em cassinosque veriaapostasapostas em cassinoscassinoscasa.

"Se eu soubesse, eu teria... me despedido das paredes do meu quarto, que eu amo, e que testemunharam momentosapostasapostas em cassinoscassinosfelicidade e tristeza da minha vida".

"Eu teria tirado muitos dos meus pertences que carregam memóriasapostasapostas em cassinoscassinosmomentos preciosos," completa.

"Eles nos deixaram sem nada. Absolutamente nada."