Premiê do Haiti renunciasortudoslotsmeio a colapso da lei no país:sortudoslots

No discursosortudoslotsvídeosortudoslotsque anunciousortudoslotsrenúncia, ele fez um apelo aos haitianos para permanecerem calmos.

“O governo que lidero vai renunciar imediatamente após a instalaçãosortudoslotsum conselho [de transição]”, ele disse.

“Quero agradecer ao povo haitiano pela oportunidade que me foi concedida. Peço a todos os haitianos que permaneçam calmos e façam tudo o que puderem para que a paz e a estabilidade voltem o mais rápido possível."

Henry, que lidera o paíssortudoslotsforma supostamente interina desde julhosortudoslots2021, após o assassinato do ex-presidente Jovenel Moïse, adiou repetidamente a realizaçãosortudoslotseleições, alegando que a segurança deveria ser restaurada primeiro.

Muitos haitianos questionaram o fatosortudoslotsele governar o país durante tanto tempo sem um presidente eleito.

Nos últimos dias, gangues fortemente armadas controlaram as ruas da capital, Porto Príncipe, exigindo a renúncia do primeiro-ministro que chegou ao poder sem ser eleito.

O país decretou estadosortudoslotsemergência na capital e na região ao seu redor por um mês devido à violência — e também impôs um toquesortudoslotsrecolher à população.

Matthias Pierre, ex-ministro das Eleições no Haiti, deu a notícia da renúnciasortudoslotsHenry ao programa Newsday, da BBC, antes da mesma ser confirmada publicamente.

Ele descreveu a situação atual do país como “muito precária”.

“A força policial está enfraquecida, e maissortudoslots40 delegaciassortudoslotspolícia [estão] destruídas. O Exército é muito limitado e não está equipado; membrossortudoslotsgangues ocupam a maior parte do centrosortudoslots[Porto Príncipe] e algumas sedes do governo."

"Muitosortudoslotsbreve as pessoas vão ficar sem comida, medicamentos e... ajuda médica", acrescentou.

Pierre disse ainda que as gangues estão pressionando agora para fazer partesortudoslotsqualquer novo acordosortudoslotsdivisãosortudoslotspoder, acrescentando que tal arranjo político seria impossível sem o "apoio"sortudoslotsforças armadas internacionais.

Henry tinha viajado para o Quênia com o objetivosortudoslotsassinar um acordo para o enviosortudoslotsuma forçasortudoslotssegurança internacional para ajudar a combater a violência no Haiti, quando uma coligaçãosortudoslotsgangues atacou delegaciassortudoslotspolícia e invadiu dois dos maiores presídios do país.

O avião que transportava Henry foi impedidosortudoslotspousar após ataques contínuos no aeroporto internacional do Haiti.

A renúncia dele era esperada há vários dias. O bloco Caricomsortudoslotsnações caribenhas deixou clarasortudoslotsposiçãosortudoslotsque Henry era visto como um obstáculo à estabilidade do Haiti — e que teriasortudoslotsrenunciar para que a troca para um conselhosortudoslotstransição pudesse começar.

A Casa Branca inicialmente queria que Henry voltasse ao Haiti para supervisionar o processosortudoslotstransição, mas a gravidade da violência no país mudou a opiniãosortudoslotsWashington nos últimos dias.

Sem o apoio do DepartamentosortudoslotsEstado dos EUA e dos países vizinhos, ficou claro que Henry não tinha outra alternativa a não ser renunciar.

Ele manifestou o desejosortudoslotsretornar ao Haiti, mas a situação da segurança precisa melhorar antes para ele ser capazsortudoslotsfazer isso, informaram os EUA, que participaram das negociaçõessortudoslotsKingston na segunda-feira.

Um alto funcionário do governo americano contou que Henry tomou a decisãosortudoslotsrenunciar na última sexta-feira, mas esperou para fazer um anúncio oficial,sortudoslotsmodo que as negociações pudessem ocorrer.

O secretáriosortudoslotsEstado dos EUA, Antony Blinken, prometeu disponibilizar mais US$ 100 milhões para a forçasortudoslotssegurança, aprovada pela ONU, que deve ser liderada pelo Quênia no Haiti.

A promessa eleva a contribuição dos EUA para a forçasortudoslotssegurança para US$ 300 milhões, alémsortudoslotsUS$ 33 milhões que vão ser destinados à ajuda humanitária.

Após a reunião, o presidente do bloco Caricom e presidente da Guiana, Irfaan Ali, declarou:

"Reconhecemossortudoslotsrenúncia mediante o estabelecimentosortudoslotsum conselho presidencialsortudoslotstransição e a nomeaçãosortudoslotsum primeiro-ministro interino",

Ali disse ainda que o conselho presidencialsortudoslotstransição teria dois observadores e sete membros com direito a voto, incluindo representantessortudoslotsvárias coligações, do setor privado e da sociedade civil, e um líder religioso.

Segundo ele, o conselho foi incumbidosortudoslotsnomear “rapidamente” um primeiro-ministro interino.

A expectativa ésortudoslotsque o conselho abra caminho para as primeiras eleições no Haiti desde 2016.

Um panorama do Haiti

- O país caribenho faz fronteira com a República Dominicana e tem uma população estimadasortudoslots11,5 milhõessortudoslotshabitantes.

- Possui uma áreasortudoslots27.800 km2, que é ligeiramente menor que a Bélgica, e aproximadamente do mesmo tamanho do estado americanosortudoslotsMaryland.

- A instabilidade crônica, os regimes ditatoriais e os desastres naturais nas últimas décadas fizeram do Haiti o país mais pobre do continente americano.

- Em 2010, um terremoto matou maissortudoslots200 mil pessoas, causando grandes danos à infraestrutura e à economia do país.

- Em 2004, foi criada uma missãosortudoslotspaz da ONU para ajudar a estabilizar o Haiti, e a mesma só se retirousortudoslots2017.

- Em julhosortudoslots2021, o então presidente Jovenel Moïse foi assassinado por homens armados não identificados dentrosortudoslotssua residênciasortudoslotsPorto Príncipe. Em meio a um impasse político, o país continua sendo assolado por distúrbios e violênciasortudoslotsgangues.