'Não temos tecido suficiente para embrulhar os corpos': o hospital à beira do colapsobetbooGaza:betboo

Aviso: esta reportagem contém informações e imagens que alguns leitores podem considerar perturbadoras.

Um hospital na região central da FaixabetbooGaza está à beira do colapso diante do aumento no númerobetboovítimas causado pelos bombardeios dos últimos dias.

Segundo informações do repórter Adnan El-Bursh, do serviçobetbooárabe da BBC, há corpos embrulhadosbetbootecidos brancos no pátio externo do Hospital dos MártiresbetbooAl Aqsa,betbooDeir Al Balah, e funcionários correm para dar contabetbootantos pacientes.

“Estamos aqui desde a madrugada e os corpos encheram completamente o pátio do hospital. Isso além dos corpos que estão nos refrigerados - que estão lotados-, dentro e fora do edifício do hospital”, diz um funcionário.

"Não temos tecido suficiente para os corpos porque os números são enormes. Todos os corpos estão chegandobetboopartes, soltos ebetboopedaços. Não podemos identificá-los porque os corpos foram desfigurados e esmagados."

Imagens feitas no local mostram um fluxo grandebetbooveículos que chega ao hospital, carregando pessoas feridas. Algumas são capazesbetboocaminhar até o hospital, enquanto outras são carregadas.

“Francamente, a situação é catastrófica, é insuportável”, afirma o funcionário do hospital à BBC.

"Apesarbetbootudo o que testemunhamos antes, são cenas que nunca vimos."

Deir Al Balah está localizada na região central da FaixabetbooGaza, cercabetboo19 quilômetros ao sul da cidadebetbooGaza.

Fotos tiradas no hospital Al Aqsa mostram ainda corposbetboopelo menos 11 crianças – incluindo dois bebês. As imagens sãobetbooum fotógrafo que trabalha para a agênciabetboonotícias AFP. A BBC decidiu não publicar as fotos.

Uma das imagens mostra crianças mortas deitadas uma ao lado da outra sobre um lençol, algumas com ferimentos visíveis na cabeça. Outra mostra uma criança nos braçosbetbooum homem – ambos estão mortos e o homem tem uma lesão facial evidente.

Não está claro quando ou onde as pessoas nas fotos morreram.

Deir Al Balah foi atingida por ataques israelenses na semana passada. A cidade está fora da zonabetbooevacuação do nortebetbooGaza,betbooonde Israel pediu aos civis para saírem e fugirem para o sul.

Daniel Hagari, porta-voz das ForçasbetbooDefesabetbooIsrael (IDF, na siglabetbooinglês, alertou que Israel pretendia intensificar os ataques à FaixabetbooGaza a partir da tardebetboosábado (21/10).

Hagari disse que os ataques aéreos ajudariam a reduzir os riscos para as forças israelenses, que estão concentradas ao redor da fronteira.

Ele disse aos civis palestinosbetbooGaza para continuarem se deslocando para o sulbetbooGaza parabetbooprópria segurança, especialmente aqueles que vivem na CidadebetbooGaza.

O Hamas afirma que maisbetboo30 casas foram destruídas horas depois do aumento dos bombardeios.

Segundo o ministério da saúde administrado pelo grupo palestino, 266 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas, incluindo 117 crianças. Isto elevaria o número totalbetboomortos para 4.651 desde que Israel iniciou abetbooofensiva na FaixabetbooGaza.

Os militares israelenses afirmam que os ataques aéreos noturnos mataram "dezenasbetbooterroristas", incluindo um importante comandante do Hamas.

O grupo é oficialmente designado como organização terrorista pelo Reino Unido, EUA e outros países.

Os bombardeios israelenses seguem os ataques mortais do Hamas contra postos militares e kibutzes pertobetbooGazabetboo7betboooutubro, quando maisbetboo1.400 pessoas foram mortas e 200 reféns foram capturados.

Combustível para água e energia elétrica

Caminhões carregando doaçõesbetboomedicamentos, alimentos e outros suprimentos básicos são esperadosbetbooGaza neste domingo.

Imagens capturadas na passagembetbooRafah, na fronteira com o Egito, mostram membros e voluntários da organização humanitária Crescente Vermelho reunidos ao lado dos caminhõesbetboodireção à Gaza.

Há ainda a expectativabetbooque caminhõesbetboocombustível possam cruzar a fronteira, mas ainda não está claro se eles serão autorizados a entrar.

O combustível é necessáriobetbooGaza para dessalinizaçãobetbooágua e para abastecer geradoresbetbooenergia elétrica nos hospitais, segundo a ONU.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha alertou na semana passada que os hospitaisbetbooGaza corriam o riscobetboose transformarembetboonecrotérios sem eletricidade.

Israel cortou a eletricidade, a maior parte da água e interrompeu o fornecimentobetbooalimentos e medicamentos a Gaza após o ataque do Hamas no dia 7betboooutubro.

O país afirmou que os serviços seriam restaurados quando grupo libertasse os maisbetboo200 reféns que mantémbetbooGaza.

Mas ontem, Israel permitiu que 20 caminhões transportando ajuda humanitária atravessassem a passagembetbooRafah após diasbetboonegociações.