Por que cada vez mais casais escolhem ter filho único, apesarcasa de apostas 1 realpressão e estigmas:casa de apostas 1 real

Vicky Allan, com o marido e o filho do casal

Crédito, Arquivo pessoal/Vicky Allan

Legenda da foto, Entre considerações sociais e econômicas, cada vez mais pais abandonam a ideiacasa de apostas 1 realter maiscasa de apostas 1 realum filho

Não era só que Dalton, que moracasa de apostas 1 realOntário, no Canadá, e seu marido não queriam arriscar o bem-estar dela – ecasa de apostas 1 realsua família – ao passar por tudocasa de apostas 1 realnovo. Acontece também que eles sabiam que não havia nadacasa de apostas 1 real"errado"casa de apostas 1 realnão "dar um irmão" à filha.

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"Sou filha única e muito feliz", diz Dalton. "Sou muito próxima dos meus pais."

Então,casa de apostas 1 real2022, Dalton sentiu um abalo emcasa de apostas 1 realconvicção. Ela e o marido mudaram-se paracasa de apostas 1 real"casa definitiva". Amigos próximos tiveram um recém-nascido, que lembrou a eles da filha.

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Ela sentiu que se tivesse DPP ou APP novamente, teria mais ferramentas para lidar com isso. E os algoritmos das redes sociais continuaram a promover conteúdos que mostravam famílias grandes e bonitas.

"Isso realmente nos fez pensar: 'Sim, poderíamos fazer issocasa de apostas 1 realnovo'", diz ela.

Não surpreende que Dalton tenha começado a questionar a decisão.

Embora,casa de apostas 1 realmuitos países, filhos únicos estejam se tornando a norma, a pressão para ter mais do que um permanece.

Os estereótipos sobre os filhos únicos serem mimados ou solitários persistem, apesar da frequente desconstrução. Os pais dizem que se sentem pressionados a ter mais filhos por membros da família e até estranhos.

Nas redes sociais, mães postam momentos adoráveiscasa de apostas 1 realsuas ninhadas com legendas como: "Este é o seu sinal, dê a eles o irmão mais novo" e "Nunca conheci uma mãe que se arrependessecasa de apostas 1 realter mais um".

Mesmo que a decisãocasa de apostas 1 realter "um e pronto" tenha se tornado mais comum, esse ruídocasa de apostas 1 realfundo significa que os pais que fazem essa escolha muitas vezes têm que convencer outras pessoas – e até a si mesmos –casa de apostas 1 realque fizeram a coisa certa.

Jen Dalton, seu esposo e filha

Crédito, Arquivo pessoal/Jen Dalton

Legenda da foto, Jen Dalton,casa de apostas 1 real31 anos, considerou ter um segundo filho – mas acabou decidindo que seria melhor não

Mais comum, mas ainda julgado

Particularmente depois da revolução contraceptivacasa de apostas 1 realmeados do século 20, que deu a muitas mulheres algum controle real sobre a fertilidade, a escolhacasa de apostas 1 realquantos filhos ter tem sido pessoal. Mas também há tendências sociais e culturais claras.

Em muitos países, essas tendências estão mudando rumo a menos crianças.

O Brasil registrou queda na taxacasa de apostas 1 realfecundidade, para 1,6 filho por mulher, o menor índice já registrado, segundo o Fundocasa de apostas 1 realPopulação das Nações Unidas (UNFPA, na siglacasa de apostas 1 realinglês).

Na União Europeia, a maior parcela das famílias com crianças – 49% – é daquelas com apenas um filho. No Canadá, as famílias com filhos únicos também constituem o maior grupo, passandocasa de apostas 1 real37%casa de apostas 1 real2001 para 45%casa de apostas 1 real2021.

E olhando para as mães perto do fim da idade fértil – sem dúvida uma melhor maneiracasa de apostas 1 realmedir a popularidade dos filhos únicos, uma vez que os dados do Censo fornecem apenas uma imagem instantânea –, 18% das mulheres dos EUAcasa de apostas 1 real2015 tinham apenas um filho, contra 10%casa de apostas 1 real1976.

O fatocasa de apostas 1 realas mulheres terem filhos mais tarde é uma questão significativa.

Mas há também um elementocasa de apostas 1 realescolha envolvido, diz a jornalista investigativa Lauren Sandler, autoracasa de apostas 1 realPrimeiro e único: Por que ter um filho único, ou ser um, é ainda melhor do que você imagina (Ed. Leya, 2014).

"Há muitas pessoas que dirão que ninguém quer ter apenas um filho – que [o aumento do númerocasa de apostas 1 realfamílias com filhos únicos] se deve apenas ao adiamento da maternidade", diz ela.

"Bem, essa também é uma maneiracasa de apostas 1 realfazer essa escolha, certo? Você está dizendo: 'Há todas essas outras coisas que são realmente importantes para mim, vou priorizá-las, e espero que com sorte eu chegue lá'. Em vezcasa de apostas 1 real'Essas coisas não importam e o que vem primeiro é a minha maternidade'."

O senso comum sobre o número idealcasa de apostas 1 realfilhos também está mudando.

Durante milênios, a preferência por ter maiscasa de apostas 1 realum filho fez sentido. Há apenas dois séculos, maiscasa de apostas 1 realquatrocasa de apostas 1 realcada 10 crianças morriam antescasa de apostas 1 realcompletar cinco anos.

Ter vários filhos também ajudava as famílias nas muitas tarefas necessárias para sobreviver. E, claro, na ausênciacasa de apostas 1 realmétodos contraceptivos confiáveis e com as mulheres casando muito mais cedo, ter apenas um filho não era apenas indesejável. Muitas vezes, não era viável.

Hoje, porém,casa de apostas 1 realmuitas culturas (embora nãocasa de apostas 1 realtodas), o quadro é bastante diferente.

Portugal, onde 59% das famílias com filhos têm apenas um, é um bom exemplo. Enquanto a idade das mãescasa de apostas 1 realprimeira viagem aumentoucasa de apostas 1 real26,6 para 29,9 anos entre 2001 e 2019, quase umacasa de apostas 1 realcada cinco mulheres também afirma hoje que um filho é o tamanho idealcasa de apostas 1 realfamília.

Antes da décadacasa de apostas 1 real1970, nos EUA, entretanto, apenas 1% dos entrevistados achavam que ter apenas um filho era o melhor. Embora ainda seja uma fração do total, essa proporção triplicou.

É claro que ainda existe uma grande discrepância entre o que as pessoas dizem ser o ideal e quantos filhos realmente têm – mas parte disso tem a ver com a forma como estes dados foram colhidos.

Tanto para os númeroscasa de apostas 1 realPortugal como dos EUA, por exemplo, os entrevistados eram muito novos (tinham apenas 15 anoscasa de apostas 1 realidadecasa de apostas 1 realPortugal e 18 anos nos EUA), e não necessariamente eram pais.

Como Dalton, muitas pessoas mudamcasa de apostas 1 realideia quando ficam mais velhas ou iniciam suas próprias famílias. Para os dados dos EUA, os entrevistados também estavam respondendo o que achavam que seria o idealcasa de apostas 1 realgeral, não necessariamente qual seria o tamanho ideal para eles, pessoalmente.

No entanto, o estigma contra casais que escolhem conscientemente ter apenas um filho persiste.

Quando Lauren Sandler se tornou mãecasa de apostas 1 real2008, diz ela: "Eu me vi com essa criança por quem eu era louca". Mas ela também amava outros elementoscasa de apostas 1 realsua vida, comocasa de apostas 1 realcarreira.

Bem conscientecasa de apostas 1 realquestões como a "penalidade da maternidade", ter um filho parecia ser a melhor formacasa de apostas 1 realter "tudo" – ou o mais próximo possível disso.

"Fiquei muito entusiasmada com o que significaria ser capazcasa de apostas 1 realamar e criar essa criançacasa de apostas 1 realuma dinâmicacasa de apostas 1 realque eu também fosse fiel a mim mesma", diz ela.

"E ainda assim, todo esse ruído cultural continuava se infiltrando. Eu era abordada por pessoas no metrô e no supermercado dizendo coisas como: 'Quando você vai ter outro?' E eu dizia, muito claramente, 'Não estou planejando fazer isso'. Ecasa de apostas 1 realrepente era como se eu fosse uma agressora – tipo, ligue para o Conselho Tutelar. Eu pensava, tipo, que cálculo é esse? Por que o mundo está dizendo que, se você fizer essa escolha, você será uma péssima mãe e uma péssima mulher?"

Não são apenas os pais que enfrentam julgamentos. Filho únicos têm sido estigmatizadas como "estranhos" – ou, como disse o pesquisador responsável por um estudocasa de apostas 1 real1896, "peculiares e excepcionais" – durante maiscasa de apostas 1 realum século.

Parte desse estigma persistiu até a décadacasa de apostas 1 real2000, mesmo na cultura pop.

Sandler faz referência à popular sériecasa de apostas 1 realTV Glee, lembrando que, apesar dos esforços do programa para quebrar estereótipos, um dos personagens que não é desconstruído é o filho único "mimado e irritante".

"Recebi muitos comentários do tipo: 'Ele vai ter síndrome do filho único. Ele não conseguirá compartilhar. Ele será mimado", diz Victoria Fahey, 25 anos,casa de apostas 1 realCalgary, no Canadá.

"Conheço muitas pessoas que têm irmãos mimados, rudes e arrogantes. Dizer isso só por ser filho único, não pelas circunstâncias – isso é loucura."

Na verdade, não há nenhuma evidênciacasa de apostas 1 realque os filhos únicos sejam menos bem ajustados ou menos bem-sucedidos do que aqueles que têm irmãos.

Vicky Allan, com o marido e o filho do casal

Crédito, Arquivo pessoal/Vicky Allan

Legenda da foto, Vicky Allan, 33, cita razões climáticas e ambientais pelas quais ela e seu parceiro terão apenas um filho

Uma decisão intencional

Estas pressões sociais significam que, muitas vezes, os paiscasa de apostas 1 realfilhos únicos por escolha são "muito conscientes"casa de apostas 1 realsua decisão, diz Dalton.

Os motivos vão desde restrições financeiras até a sensaçãocasa de apostas 1 realque a família já está completa.

Mas o que muitas famílias do tipo "um por escolha" têmcasa de apostas 1 realcomum é que sentem,casa de apostas 1 realcontraste com o que a sociedade muitas vezes lhes diz, que ser "um e pronto" não é apenas o melhor para elas. É o melhor para seus filhos também.

Embora muitas pessoas vejam um irmão como um "presente" para um filho, os paiscasa de apostas 1 realfilho único apontam que não há garantiacasa de apostas 1 realque os filhos se darão bem.

Para alguns, foram as próprias experiênciascasa de apostas 1 realcrescercasa de apostas 1 realfamílias maiores que fizeram eles considerar ter apenas um.

Fahey era a mais novacasa de apostas 1 realcinco. "A rivalidade entre irmãos era intensa, para dizer o mínimo. Isso realmente me desanimou", diz ela.

Ela vê a introduçãocasa de apostas 1 realum novo membro da família como um "lançarcasa de apostas 1 realdados" com a dinâmica familiar. E, como muitos outros paiscasa de apostas 1 realfilhos únicos, ela quer ter certezacasa de apostas 1 realque ela e o marido podem dar ao filho tudo o que puderem.

Os paiscasa de apostas 1 realfilhos únicos também temem que mais filhos dividamcasa de apostas 1 realatenção.

"Vejo mãescasa de apostas 1 realdois ou mais filhos sendo puxadascasa de apostas 1 realdiferentes direções, especialmente à medida que as crianças crescem”, diz Cristina Zaldivar, 44,casa de apostas 1 realMiami, Flórida.

"Mesmo na noite dos pais na escola, as mães têm que escolher as apresentações do professorcasa de apostas 1 realqual filho assistir. Não quero nunca ter que escolher."

Por terem mais paciência e energia às quais recorrer, muitas famíliascasa de apostas 1 realfilhos únicos também dizem que sentem que podem ser pais mais focados.

Na Polônia, Gosia Klimowicz,casa de apostas 1 real39 anos, cresceu como a mais velhacasa de apostas 1 realtrês filhos. Ela diz que é crucial para ela poder criarcasa de apostas 1 realfamíliacasa de apostas 1 realmaneira diferente.

"É muito importante para mim ter um ambiente calmo e acolhedor", diz ela.

"E para poder controlar a mim mesma e às minhas emoções, e ter certezacasa de apostas 1 realnão vou perder a cabeça", afirma, destacando aspectos que ela sente que seus pais sobrecarregados não conseguiram controlar.

E, claro, há os aspectos financeiros.

Criar filhos hojecasa de apostas 1 realdia é caro: um estudo mostrou que criar dois filhos nos EUA custa,casa de apostas 1 realmédia, US$ 310,6 mil (R$ 1,5 milhão), sem incluir as mensalidades da faculdade. No Reino Unido, estima-se que um filho custe quase 160 mil libras (R$ 970 mil) para um casal.

Na Austrália, custa quase 160 mil dólares australianos (R$ 510 mil) ou, segundo outra estimativa, quase 550 mil dólares australianos (R$ 1,7 milhão). Lutando para pagar essas contas, muitas famílias estão ficando cada vez mais para trás.

Na verdade,casa de apostas 1 realcomparação com as gerações anteriores, diz Sandler, os millenials (grupocasa de apostas 1 realpessoas nascidas nos anos 1980 e 1990) estão crescendo forçados a ser mais intransigentescasa de apostas 1 realrelação aos desafios da vida.

"Não decidimos tornar o ensino superior acessível, nem mudar nosso sistema tributário para que haja novamente uma classe média, nem impor um limite aos custos inflacionados da habitação, nem fazer qualquer uma das coisas que tornem possível uma vida viável", diz ela.

"Como diabos faço para trazer uma criança para esse cenário? E como diabos faço para trazer duas crianças para esse cenário?"

Isso também foi levadocasa de apostas 1 realconsideração no cálculocasa de apostas 1 realFahey.

"Se meu filho quer jogar futebol, hóquei e estudar música, quero poder dar a ele todas essas coisas, e não dizer: 'Ah, não, seu irmão quer jogar hóquei, então você só pode escolher futebol'", diz Fahey. "Quero que ele tenha todas as oportunidadescasa de apostas 1 realse tornar quem ele deseja, sem nenhum obstáculo."

Alguns paiscasa de apostas 1 realfilhos únicos também citamcasa de apostas 1 realpreocupação sobre o tipocasa de apostas 1 realfuturo que seus filhos herdarão.

"O planeta está morrendo e não parece haver um esforço tão grande quanto necessário para salvá-lo", diz Fahey.

"Para as gerações futuras, estamos deixando que eles resolvam o problema. Acho que é realmente assustador. Pode haver uma luta por recursos – não quero que meu filho se preocupe com onde vai conseguir água."

Dado que cada nova pessoa é mais um consumidor e mais um produtorcasa de apostas 1 realemissõescasa de apostas 1 realcarbono, pararcasa de apostas 1 realum filho parece ser a escolha responsável e mais altruísta, diz Vicky Allan, 33 anos, residentecasa de apostas 1 realBerlim.

"Há muito tempo ouvi que uma das melhores coisas que se pode fazer pelo meio ambiente é ter um filho a menos, e isso sempre ficou na minha cabeça", diz ela.

"Trazer outro ser humano para o planeta não é uma decisão que deva ser tomada levianamente."

Victoria Fahey, o parceiro, bebê e cachorro

Crédito, Arquivo pessoal/Victoria Fahey

Legenda da foto, Victoria Fahey, 25, é a mais novacasa de apostas 1 realcinco filhos e diz que rivalidade entre irmãos foi 'intensa' nacasa de apostas 1 realinfância

O fator felicidade

Parte do contentamentocasa de apostas 1 realmuitos paiscasa de apostas 1 realfilho único é o impacto quecasa de apostas 1 realdecisão temcasa de apostas 1 realoutras partescasa de apostas 1 realsuas vidas, como carreira, lazer e interesses pessoais.

"Há a questãocasa de apostas 1 realcomo você deseja que seja a vida adulta", diz Sandler.

"Tipo, o que é preciso para ir ao cinema? O que é preciso para sair para jantar? O que é preciso para ter amizades adultas onde você realmente consegue ter uma conversa sem interrupções?"

E, é claro, também é potencialmente mais fácil manter a saúde. A gravidez, o parto e o período pós-parto apresentam riscos, inclusive para os pais.

Especialmente para as mulheres com maiscasa de apostas 1 real35 anos, aquelas que dão à luz um segundo filho ou filho temporão correm um risco aumentadocasa de apostas 1 realcomplicações na gravidez, como eclâmpsia, hipertensão gestacional e parto prematuro.

Para as mulherescasa de apostas 1 realparticular, as carreiras também são afetadas quanto mais filhos elas têm.

Na Europa, cada criança está associada a uma queda média nos salárioscasa de apostas 1 real3,6% – embora isto varie desde nenhuma desvantagem salarial nos países nórdicos até uma quedacasa de apostas 1 real6% por criança na Alemanha e nos Países Baixos.

Nos EUA, um estudo mostrou que, mesmo levandocasa de apostas 1 realconta as diferenças na educação ou na experiência, as disparidades salariais entre as mãescasa de apostas 1 realum ou dois filhos e as mulheres sem filhos são aproximadamente as mesmas, cercacasa de apostas 1 real13%. Mas a queda vai a 17,5% com três filhos.

Também existem consideraçõescasa de apostas 1 reallongo prazo. Dalton costuma ouvir que, mesmo que seja difícil criar vários filhos, você colherá os benefícioscasa de apostas 1 realuma "mesa cheia" quando eles forem adultos.

"É indelicado colocar esse peso sobre os filhos", diz ela, acrescentando que não quer quecasa de apostas 1 realfilha se sinta culpada por esse tipocasa de apostas 1 realexpectativa.

E não há garantias, ela ressalta: "Você pode ter mais um e seus filhos podem se odiar. Ou você pode ter outro filho com deficiência e que pode precisarcasa de apostas 1 realcuidados além dos 18 anos."

Ter apenas um filho também torna mais fácil ser um parceiro melhor, acredita Laura Bennett,casa de apostas 1 real33 anos, e moradora da Cornualha, na Inglaterra.

Nacasa de apostas 1 realsituação atual, diz, ela consegue reservar um tempo para si mesma, indo a festivais ou saindo nos finscasa de apostas 1 realsemana com os amigos.

Como resultado, ela não sente ressentimento quando seu parceiro vai surfar ou sai para tomar uma cerveja. Ela não tem certezacasa de apostas 1 realcomo eles alcançariam esse equilíbrio com mais um filho.

Tudo isto pode ser parte da razão por que uma pesquisa mostra que, embora ter um filho esteja associado a um ganhocasa de apostas 1 realfelicidade, ter um segundo filho está associado a uma queda na felicidade das mães. O estudo não encontrou nenhum efeitocasa de apostas 1 realum segundo filho sobre os homens.

Outras pesquisas mostraram que, embora os pais sejam mais felizes no período que antecede e no primeiro ano após terem o primeiro filho, há retornos decrescentes: o aumento da felicidade para o segundo filho é metade do primeiro, e no terceiro, não há ganhocasa de apostas 1 realfelicidade algum.

"Globalmente, a felicidade diminui com o númerocasa de apostas 1 realfilhos que os pais têm”, mostrou uma análise feitacasa de apostas 1 real86 países.

Também depende da cultura. A parentalidade tem geralmente um efeito neutro ou negativo no bem-estar dos pais norte-americanos e canadenses, enquanto é o oposto para as famílias no noroeste da Europa – um possível resultadocasa de apostas 1 realcomo as políticas sociais nos países nórdicos ajudam os pais a equilibrar os fatorescasa de apostas 1 realestresse da vida familiar.

O impacto nos casais também não é algo imaginado. Uma análise descobriu que maiscasa de apostas 1 realseiscasa de apostas 1 realcada 10 homens e cincocasa de apostas 1 realcada 10 mulheres experimentaram uma mudança significativa na satisfação com o relacionamento após o primeiro filho, geralmente para pior.

Depois do segundo filho, a perdacasa de apostas 1 realsatisfação é ainda maior, principalmente entre os homens.

Gosia Klimowicz ecasa de apostas 1 realfamília

Crédito, Arquivo pessoal/Gosia Klimowicz

Legenda da foto, Gosia Klimowicz, 39, diz reconhecer que não se sente tão sobrecarregada como paiscasa de apostas 1 realvários filhos

Vivendo comcasa de apostas 1 realescolha

Não importa o quão cuidadosamente tenham tomado suas decisões, muitos paiscasa de apostas 1 realfilho único dizem que ainda sofrem pressão.

Melissa Urban, diretora-executiva do programacasa de apostas 1 realdieta Whole30, é mãecasa de apostas 1 realfilho único – e autoracasa de apostas 1 realum livro sobre limites. Ela viu muitos pais emcasa de apostas 1 realcomunidadecasa de apostas 1 realUtah, nos Estados Unidos, receberem comentários indesejados. Ela diz que incluiu roteiros no livro sobre como responder.

"Muitas pessoas acham a pergunta desconfortável, mas apenas insinuam que ela não é bem-vinda. Eles vão rir ou dizer: 'Sabe, simplesmente não estamos prontos para outro filho.' Mas isso não estabelece um limite e é provável que continuem perguntando", diz ela.

Em vez disso, ela sugere ter algumas frases prontas – como "por favor, não pergunte, não é algo que eu queira falar" – e praticá-las para que pareçam naturais.

À medida que os filhos únicos se tornam mais comuns, este tipocasa de apostas 1 realpergunta provavelmente se tornará mais raro. Mesmo assim, para muitas famílias, optar por um filho só continua a ser uma decisão difícil – uma decisão sobre a qual pensam muito e, por vezes, podem até ter dúvidas.

No casocasa de apostas 1 realDalton, foi ver imagens idealizadascasa de apostas 1 realirmãoscasa de apostas 1 realtodos os lugares que começou a fazer com que ela se questionasse.

Naquela época, ela estava satisfeita comcasa de apostas 1 realdecisão durante a maior parte da vida da filha. Em 2020, até iniciou uma comunidadecasa de apostas 1 realapoio aos pais que sentiam o mesmo, uma página do Instagram chamada @oneanddoneparenting.

Ela e o marido decidiram ter conversas regulares para descobrir se realmente queriam um segundo filho ou se estavam apenas internalizando mensagens externas.

No finalcasa de apostas 1 realcada dia, perguntavam um ao outro se gostariamcasa de apostas 1 realter outro filho junto com eles. Eles preferiam ter que deixar um filho na creche e depois outro na escola? Ou ir ao Museu da Ciência com uma criançacasa de apostas 1 realquatro anos e um recém-nascido? A resposta, todas as noites, era não.

Dalton também deu um tempo nas redes sociais.

"Na verdade, pensei que provavelmente ficaria fora por uns seis meses, porque achei que demoraria muito para tomar essa decisão [de ter ou não mais filhos]", diz ela.

Em vez disso,casa de apostas 1 realpoucos dias ela estava se perguntando: "O que diabos eu estava pensando?"

"Filha única feliz criando uma filha única", diz agoracasa de apostas 1 realdescrição no Instagram.