Qual era a estratégia do presidente da Coreia do Sul ao decretar lei marcial:blaze web

É uma democracia estável e próspera — ainda assim Yoon alegou que estava declarando lei marcial para salvar o paísblaze webforças obscuras. Ele classificou a Assembleia Nacional controlada pela oposição como um "covilblaze webcriminosos" que estava "tentando paralisar" o governo.

Horas depois, ele foi forçado a recuar enquanto manifestantes e legisladores furiosos se reuniam do ladoblaze webfora da Assembleia Nacional. Os parlamentares entraram e rejeitaram a ordem.

Sua declaração chocante foi, na verdade, uma tentativablaze webobter o tipoblaze webcontrole sobre o poder que lhe escapou desde que ganhou a Presidênciablaze web2022 pela menor margem na história da Coreia do Sul.

Menosblaze webum mês após assumir o cargo, a primeira controvérsia atingiublaze webadministração. No finalblaze web2022, ele foi criticado pela respostablaze webseu governo à terrível tragédia que levou à morteblaze web159 jovens durante um eventoblaze webHalloweenblaze webSeul.

Posteriormente, o governo foi abalado por pedidos para uma investigação sobre a primeira-dama, depois que ela foi pega aceitando uma bolsa Dior como presente — um escândalo que ainda paira nas manchetes.

Em abril deste ano, seu partido foi derrotado nas eleições parlamentares, deixando-oblaze webuma posiçãoblaze webimpotência. E ainda nesta semana, Yoon estava travado uma batalha política com os legisladores da oposição sobre o orçamento do país.

Mesmo antesblaze webdizer aos sul-coreanos que estava suspendendo seus direitos,blaze webtaxablaze webaprovação estava abaixoblaze web20%.

No discurso proferido por Yoon na noiteblaze webterça há algumas que ajudam a entender qual poderia serblaze webestratégia.

O que ficou imediatamente evidente é que ele estava frustrado com o Parlamento controlado pela oposição. Emblaze webdeclaração, ele afirmou que o Legislativo era um "monstro que destrói o sistema democrático liberal".

A referência a uma ameaça da Coreia do Norte e "forças anti-Estado" sugere que ele também esperava obter apoio dos conservadoresblaze webdireita na Coreia do Sul, que costumam rotular políticos liberaisblaze web"comunistas".

Mas o presidente interpretou mal seu país eblaze webpolítica.

Sua declaração foi um lembrete assustadorblaze webum período que muitos na Coreia do Sul tentam esquecer. Na televisão, apresentadoresblaze webnotícias foram vistos tremendo.

Em 1980, quando ativistas pró-democracia, muitos deles estudantes, foram às ruas da cidadeblaze webGwangju para protestar contra a lei marcial, o exército respondeu com violência e cercablaze web200 pessoas foram mortas.

Enquanto a lei marcial durou três anos -blaze web1979 a 1981 — o regime militar havia começado décadas antes, e continuou até 1987.

E naqueles anos a Coreia do Sul foi inundada pela sensaçãoblaze webdesconfiança, com ativistas antigoverno apelidadosblaze webespiões comunistas e sendo presos ou mortos.

No entanto, duranteblaze webcampanha eleitoral, Yoon elogiou o general autoritário Chun Doo-hwan e disse que ele havia administrado bem os assuntos do governo — exceto porblaze webrepressão aos ativistas pró-democracia.

Mais tarde, ele foi forçado a se desculpar e disse que "certamente não defendeu ou elogiou o governoblaze webChun".

Mas suas declarações fornecem alguns insights da visão do presidente sobre o que constitui poder.

Rumoresblaze webque Yoon estava considerando impor a lei marcial circulam há meses nos círculos políticos sul-coreanos. Em setembro, líderes da oposição e membros do seu partido declararam que essa era uma possibilidade. Mas a maioria descartou essa opção, dizendo ser muito extrema.

Mas Yoon pode muito bem ter sido motivado por algo mais: o medoblaze webum processo.

Park Geun-hye, a primeira líder mulher do país, foi presa após ser considerada culpadablaze webabusoblaze webpoder e corrupção. Seu antecessor, Lee Myung-bak, foi investigado por alegaçõesblaze webque estava envolvidoblaze webmanipulaçãoblaze webpreçosblaze webações. Ele foi condenado a 17 anosblaze webprisão por corrupção e subornoblaze web2020.

Outro ex-presidente, Roh Moo-hyun, tirou a própria vidablaze web2009 enquanto estava sob investigação por supostamente receber milhõesblaze websubornos.

Na Coreia do Sul, os processos quase se tornaram uma ferramenta política — uma ameaça usada pela oposição. Isso pode explicarblaze webparte por que o presidente Yoon tomou uma ação tão drástica.

Quaisquer que sejam seus motivos, a carreirablaze webYoon lutará para se recuperarblaze webtudo o que aconteceu nas últimas horas.

O presidente enfrenta pedidosblaze webrenúncia e alguns meiosblaze webcomunicação locais reportaram que membrosblaze webseu próprio Partido do Poder Popular estavam discutindo expulsá-lo da liga.

A Coreia do Sul é uma democracia estável — mas é barulhenta. E se recusou a aceitar outra ordem autoritária.

O presidente Yoon agora enfrentará o julgamentoblaze webum Parlamento eblaze webum povo que rejeitou o desafio mais sério à democracia do país desde a décadablaze web1980.