As novas acusaçõesaposta mais de 0 5exploração sexual contra ex-CEO da Abercrombie & Fitch:aposta mais de 0 5

Ele diz que a proposta veio atravésaposta mais de 0 5um siteaposta mais de 0 5modelos, feita por um homem que afirmava trabalhar como olheiroaposta mais de 0 5talentos e assistente executivoaposta mais de 0 5Jeffries – então chefe da varejistaaposta mais de 0 5bilhõesaposta mais de 0 5dólares voltada para adolescentes.

aposta mais de 0 5 Aviso: esta reportagem contém relatosaposta mais de 0 5violência sexual.

Na suíte, ele afirma que os assistentesaposta mais de 0 5Jeffries começaram a interpretar papéis, incentivando-o a atuar como um recepcionista sem camisa, uma marca registrada das lojas A&F na época.

Luke lembra que o olheiro disse: "Agora tenho dois convidados muito importantes, e eles serão os clientes que você precisa impressionar e entreter, porque vão comprar muitas roupasaposta mais de 0 5você."

Naquele momento, ele diz que Jeffries e seu companheiro, Matthew Smith, saíramaposta mais de 0 5um canto do quarto.

Eles começaram a tocá-lo imediatamente, e Jeffries o beijou à força, ele diz.

"Eu estava tentando evitar a situação ao máximo, mas Michael foi muito agressivo." Ele afirma que o chefe da Abercrombie então fez sexo oral nele.

“Eu tentei dizer não repetidamente. E então eu fui meio que convencido a fazer algo. Mas eu estava constantemente dizendo não e queria ir embora.”

Luke (nome fictício) é um dos oito homens que falaram com a BBC no último ano desde que revelamos as alegaçõesaposta mais de 0 5exploração sexualaposta mais de 0 5eventos organizados por Jeffries e Smith. O FBI iniciou uma investigação após a reportagem da BBC, e agora 20 homens disseram que participaram ou ajudaram a organizar esses eventos.

Além da alegaçãoaposta mais de 0 5Luke, as novas testemunhas revelam detalhes adicionais sobre a escala dos eventos, que ocorreramaposta mais de 0 5pelo menos 2009 até 2015, enquanto Jeffries era diretor executivo.

A BBC anteriormente descobriu que havia uma operação sofisticada envolvendo um intermediário encarregadoaposta mais de 0 5encontrar homens para esses eventos, mas os novos depoimentos detalham métodosaposta mais de 0 5recrutamento adicionais.

Os homens também levantam novas questões sobre o papel dos assistentesaposta mais de 0 5Jeffries – um grupo seletoaposta mais de 0 5jovensaposta mais de 0 5uniformes da A&F que viajava pelo mundo com ele e supervisionava esses eventos sexuais.

De acordo com vários homens, os assistentesaposta mais de 0 5Jeffries injetaram alguns participantes no pênis com o que foi dito ser Viagra líquido.

Chris, nome fictício, contou à BBC que se sentiu "à beira da morte" após uma dessas injeções ter causado uma reação extrema durante um eventoaposta mais de 0 5uma das casasaposta mais de 0 5Jeffriesaposta mais de 0 5Nova York. Sentindo-se "quente, tonto" eaposta mais de 0 5choque, ele disse que ninguém chamou uma ambulância.

Ainda desorientado, ele afirmou que Jeffries e Smith, que estavam esperandoaposta mais de 0 5outra sala, tentaram ter relações sexuais com ele.

O ex-modelo Keith Milkie, 31, diz que um dos assistentesaposta mais de 0 5Jeffries também "se gabou"aposta mais de 0 5ter feito um trabalho para Abercrombie & Fitch quando trabalhava nesses eventos sexuais. Ele afirma que esse assistente estava nomeadoaposta mais de 0 5um itinerárioaposta mais de 0 5evento e a BBC descobriu que ele também tinha um e-mail da empresa da A&F.

Embora os assistentes pessoaisaposta mais de 0 5Jeffries frequentemente estivessem vestidos com uniformes da A&F, esta é a primeira alegaçãoaposta mais de 0 5que um membro da equipe da A&F estava envolvido na organização dos eventos sexuaisaposta mais de 0 5Jeffries. Quando a BBC questionou a empresa sobre isso, ela se recusou a comentar, dizendo que não faz declarações sobre questões legais.

Jeffries, 80, Smith, 61, e a A&F - que também possui a marca Hollister - enfrentam um processo civil alegando que a varejista financiou uma operaçãoaposta mais de 0 5tráfico sexual ao longo das duas décadasaposta mais de 0 5que esteve no comando.

Smith e Jeffries não responderam a solicitaçõesaposta mais de 0 5comentário. No entanto, os advogados deles disseram anteriormente que negam as alegaçõesaposta mais de 0 5má conduta, acrescentando: "O tribunal é onde lidaremos com este assunto."

Uma listaaposta mais de 0 5participantes

Um ex-participante, Diego Guillen, que afirma ter sido entrevistado pelo FBI, contou à BBC que recebia $500 (R$2.780) todos os sábados para fazer ligações para homens esperadosaposta mais de 0 5eventos sexuaisaposta mais de 0 52011. Ele estimou que fez cercaaposta mais de 0 580 chamadas ao longoaposta mais de 0 5sete meses.

Guillen, 42, diz que também havia uma listaaposta mais de 0 5participantes. Outras fontes disseram que esse "bancoaposta mais de 0 5dados" poderia ter até 60 homens diferentes a qualquer momento, revelando uma visão geral da escala dos recrutados.

Ele afirma que inicialmente participouaposta mais de 0 5eventos sexuais nas antigas casasaposta mais de 0 5Jeffriesaposta mais de 0 5Nova York após ser recrutado na rua pelo intermediário do casal, James Jacobson.

Guillen, agora advogado e corretoraposta mais de 0 5imóveis que administraaposta mais de 0 5própria empresa, diz que nunca havia tido relações sexuais por dinheiro antes, mas na época estava desempregado e sem-teto, dormindo no escritórioaposta mais de 0 5um amigo.

Apesar das suas circunstâncias na época, ele afirma que não se sentiu explorado.

Depois que o FBI apareceu naaposta mais de 0 5porta, Guillen diz que entrouaposta mais de 0 5contato com o advogadoaposta mais de 0 5Jeffries, que enviou um investigador particular para entrevistá-lo para ajudar a construir a defesa legal deles.

Guillen afirma que os outros homens presentes nos eventos que ele frequentou estavam "sem obrigação, sem pressão" e "recebiam bastante bem".

"Michael e Matthew são homens gaysaposta mais de 0 5alto perfil e gostavamaposta mais de 0 5ter relações sexuais com homens jovens e bonitos. E sendo mais velhos, sabiam que a verdadeira maneiraaposta mais de 0 5conseguir isso era ser generoso," diz ele. "Mas com total consentimento e garantindo que os [homens] quisessem e gostassem. E é isso."

'Uma vergonha imensa'

Diferentementeaposta mais de 0 5outros homens recrutados pelo intermediário, Luke diz que seu contato inicial foi com um assistente que trabalhava para o escritório da famíliaaposta mais de 0 5Jeffries – uma empresa privada administrada por Smith, que gerenciava a fortuna e as propriedades do então CEO.

Luke afirma que esse assistente o entrevistou por Skype, dizendo-lhe para esperar estar sem camisa para a sessãoaposta mais de 0 5fotos no hotelaposta mais de 0 5Madrid, mas não havia sinais óbviosaposta mais de 0 5alerta. Esse homem então organizouaposta mais de 0 5viagem e acomodação, diz ele.

"Não parecia nada fora do comum para mim, porque mesmo quando trabalhavaaposta mais de 0 5uma loja da Abercrombie quando era mais jovem, havia caras que ficavam do ladoaposta mais de 0 5fora sem camisa. Isso era como uma marca registrada," diz Luke.

Planosaposta mais de 0 5viagem vazados mostram que Jeffries estava agendado para estaraposta mais de 0 5Madrid várias vezesaposta mais de 0 52011 antes da aberturaaposta mais de 0 5uma verdadeira loja da A&F.

Na noite anterior ao evento, Luke diz que recebeu €3.500 (R$21.595)aposta mais de 0 5dinheiro, que ele acreditava ser "dinheiro para despesas gerais" para os três dias que passariaaposta mais de 0 5Madrid. Mas ele afirma que o assistente foi "vago" sobre o plano.

Ele diz que na suíte do hotel, Jeffries e Smith começaram a ter relações sexuais com dois homens um pouco mais velhos – um que ele achava estar na casa dos 30 anos e o outro na casa dos 40 – presentes no mesmo evento.

Luke diz que Jeffries então começou a beijá-lo. Logo depois, ele afirma que Jeffries fez sexo oral nele e Smith tentou fazer o mesmo. Ele diz que tentou fazer "algum tipoaposta mais de 0 5sexo oral"aposta mais de 0 5Jeffries, mas "não conseguiu".

"Estou sendo demitido porque não fiz o que esse cara queria," Luke lembra ter pensado, acreditando que estava prestes a perderaposta mais de 0 5chanceaposta mais de 0 5um trabalhoaposta mais de 0 5modelagem.

"Eu poderia simplesmente ter saído correndo daquela sala, mas nem sei como teria saído."

Luke diz que se sentiu incapazaposta mais de 0 5sair, pois os assistentesaposta mais de 0 5Jeffries – que ele percebia como segurança – estavam "vigiando as saídas".

De volta aos EUA, ele diz que se sentiu incapazaposta mais de 0 5relatar o que aconteceu por causa do acordoaposta mais de 0 5confidencialidade que assinou antes do evento.

"Há uma vergonha imensa associada à ideiaaposta mais de 0 5que você não é um homem masculino se foi molestado ou aproveitado por outro homem," diz Luke, que se identifica como heterossexual.

"Minha vida inteira eu lutei contra a ideiaaposta mais de 0 5que as pessoas pensam que sou gay e fui intimidado no colégio porque tenho uma voz suave. A última coisa que eu ia fazer era dizer algo que fosse emasculante, como, fui molestado e estuprado oralmente por um cara."

Luke diz que o que aconteceuaposta mais de 0 5Madrid foi "combustívelaposta mais de 0 5foguete" para um vícioaposta mais de 0 5drogas que ele desenvolveu mais tarde. Em 2016, ele foi preso por tráficoaposta mais de 0 5drogas e cumpriu seis mesesaposta mais de 0 5um campoaposta mais de 0 5reabilitação. Agora, ele administra seu próprio negócio e ajuda pessoas com vícios.

'Era como um mundoaposta mais de 0 5fantasia'

Keith Milkie diz que participouaposta mais de 0 5vários eventos organizados por Jeffries e Smith entre 2012 e 2014. Ele afirma que entendeu que esses eventos seriam sexuais, mas que nada do que Jacobson disse poderia "prepará-lo para o que aconteceria" a seguir.

Na época com cercaaposta mais de 0 520 anos, Milkie diz que estava lutando para pagar seu aluguel depoisaposta mais de 0 5ser convidado para se mudar para Nova York por um agente, que administrava uma casa cheiaaposta mais de 0 5modelos aspirantes. Ele afirma que um colegaaposta mais de 0 5casa logo apresentou a ideiaaposta mais de 0 5ser acompanhante, e um contato mais tarde o apresentou a Jacobson.

Milkie, que na época se identificava como heterossexual, diz que achou alguns dos eventos "desconfortáveis" e "dolorosos". Em uma ocasião,aposta mais de 0 5Paris, ele diz que Jeffries o instruiu a ter relações sexuais com outro homem, algo que ele "não queria nem gostava".

Durante outro evento, ele afirma que foi verbalmente agredido por Jeffries após dizer "não" a um ato sexual arriscado a bordo do Queen Mary 2, um transatlântico que navega da Inglaterra para Nova York. Ele diz que Jeffries estava bêbado e tentou inserir um "dedo sangrando" nele.

"Eu estava na cama, com um sorriso falso, chorando por dentro," diz ele. "Aqui estou eu, no meio do oceano, com essa pessoa quatro vezes mais velha do que eu, naquela posiçãoaposta mais de 0 5poder e influência, me menosprezando até a morte e literalmente me chamandoaposta mais de 0 5inútil… Simplesmente porque eu disse não a algo."

Ele diz que Jacobson lhe pagou cercaaposta mais de 0 5$24.000 (R$133.440)aposta mais de 0 5dinheiro pela viagemaposta mais de 0 5sete noites.

De acordo com seus itineráriosaposta mais de 0 5eventos, que foram enviados por Jacobson, outro desses eventos sexuais ocorreu apenas dias depoisaposta mais de 0 5ter sido anunciado publicamente que Jeffries estava deixando o cargoaposta mais de 0 5CEO da A&Faposta mais de 0 5dezembroaposta mais de 0 52014. Milkie acredita que essa última reunião marcou o fim desses eventos.

"A personificaçãoaposta mais de 0 5Mike Jeffries é Abercrombie. Ele tinha implantesaposta mais de 0 5cabelo, cirurgia plástica, usava as roupas, usava as sandálias. Quero dizer, isso demonstra poder. Ele projetouaposta mais de 0 5imagem para o país inteiro. Os lugares onde ele morava eram literalmente uma loja da Abercrombie. Era como um mundoaposta mais de 0 5fantasia," diz ele.

"Sem esse tipoaposta mais de 0 5poder, esse tipoaposta mais de 0 5medo e influência, imagino que seja muito mais difícil manter as pessoasaposta mais de 0 5silêncio, e é por isso que anos depois as pessoas estão falando sobre isso."

Depois que a investigação inicial da BBC foi publicada no ano passado, a A&F anunciou que estava abrindo uma investigação independente sobre as alegações levantadas. Quando perguntamos recentemente quando esse relatório será concluído - e se as conclusões seriam divulgadas - a empresa se recusou a responder.

Assim como Jeffries e Smith, a marca tem tentado derrubar a ação civil contra ela, argumentando que não tinha conhecimento da "suposta operaçãoaposta mais de 0 5tráfico sexual" liderada por seu ex-CEO - que é acusadaaposta mais de 0 5ter financiado.

No início deste ano, um tribunal dos EUA decidiu que a A&F deve cobrir o custo da defesa legalaposta mais de 0 5Mike Jeffries enquanto ele continua a combater as alegações civisaposta mais de 0 5tráfico sexual e estupro.

O juiz decidiu que as alegações estavam relacionadas ao seu papel corporativo depois que Jeffries processou a marca por se recusar a pagar suas despesas legais.

A marca afirmou que não comenta sobre questões legais. No entanto, emaposta mais de 0 5defesa apresentada ao tribunal, a A&F disse queaposta mais de 0 5atual equipeaposta mais de 0 5liderança estava "anteriormente alheia" às alegações até que a BBC a contatou, acrescentando que a empresa "abhora abuso sexual e condena a conduta alegada" por Jeffries e outros.

Jacobson - o intermediário - disse anteriormenteaposta mais de 0 5um comunicado atravésaposta mais de 0 5seu advogado que ficou ofendido com a sugestãoaposta mais de 0 5"qualquer comportamento coercitivo, enganoso ou forçadoaposta mais de 0 5minha parte" e que não tinha "nenhum conhecimentoaposta mais de 0 5tal conduta por parteaposta mais de 0 5outros".