'Meu irmão morreu por um sonho': a tragédia que matou maisesportivabets60 imigrantes após barco ficar à deriva:esportivabets
Ba é um estudante da pequena cidade pesqueiraesportivabetsFass Boye, a meio caminho da costa entre a capital, Dakar, e a cidade históricaesportivabetsSt. Louis.
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Trêsesportivabetsseus irmãos e umesportivabetsseus primos estavam no barcoesportivabetsmadeira que partiu para a Europaesportivabets10esportivabetsjulhoesportivabetsFass Boye. Havia 101 pessoas a bordo.
"Eles queriam ir para a Espanha. Eles disseram que queriam ir embora e eu não podia dizer a eles que não, porque eles já haviam se decidido."
Ele pensou que todos haviam morrido, até receber uma ligaçãoesportivabetsCabo Verde na quarta-feira após o resgate.
Seus familiares estavam entre as 38 pessoas, incluindo crianças, que foram salvas. As imagens mostravam os migrantes sendo ajudados a desembarcar, algunsesportivabetsmacas, na ilha do Sal. Estima-se que maisesportivabets60 outras pessoas tenham se perdido no mar.
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O arquipélago fica a cercaesportivabets600 km da costa da África Ocidental e, na rotaesportivabetsmigração para as Ilhas Canárias, é um território espanhol visto por muitos como uma rota para a Europa.
Ba diz que ainda não conhece os detalhes da viagemesportivabetscinco semanasesportivabetsseus parentes porque eles estavam muito desorientados. "Eles não tiveram forças para explicar o que aconteceu, apenas disseram: 'Estamos vivos'. Eles estavam muito fracos."
Mas conforme a conversa continuou, ele descobriu que nem todos haviam sobrevivido.
“Um dos meus irmãos, o Ibrahima, usou um dos telefones do médico para me ligaresportivabetsCabo Verde. Ele me disse que nosso outro irmão, Cheikhouna, havia se perdido no mar. Fiquei chocado. Éramos muito próximos, ele era um verdadeiro lutador. Ele era casado e tinha dois filhos”, conta.
“No diaesportivabetsque ele partiu, ele segurou minhas mãos e disse: 'Irmão, tenho que ir'.
"Ele era meu irmão, ele era meu amigo."
Depois que a notícia da tragédia se espalhouesportivabetsFass Boye,esportivabetsonde vinha a maioria das pessoas a bordo do barco, a raiva explodiu na quarta-feira.
Alguns atearam fogo na casa do prefeito, revoltados com as autoridades sobre a faltaesportivabetsoportunidades para os jovens.
Essa frustração é algo com o qual Ba está muito familiarizado - ele tentou pelo menos duas vezes deixar o Senegal.
"Não havia nada para mim aqui. Então decidi que precisava tentar me mudar para a Europa via Marrocos", disse ele, falando sobreesportivabetsprimeira tentativa durante seu terceiro ano na universidade.
As coisas não deram certo e ele foi forçado a voltar para casa depoisesportivabetspassar nove meses no trajeto.
Mas ele estava determinado a realizar seu sonhoesportivabetsse mudar para a Europa - e tentou novamente, desta vez apenas algumas semanas atrás, no finalesportivabetsjunho, com Cheikhouna.
Mas a tentativa falhou.
"Esta última viagem foi a segunda tentativaesportivabetsCheikhounaesportivabetschegar à Europaesportivabetsbarco.
Três dias depois que voltamos, ele partiu novamente", disse Ba.
"Ele estava determinado a sair porque tinha família e não há nada para nós aqui no Senegal. Somos pescadores, trabalhamos o dia todo e não ganhamos dinheiro. Ele só queria alimentar a família e ter uma vida melhor."
Ba sabe que é arriscado tentar chegar à Europaesportivabetsoutro barco, mas tudo se resume às finanças. "Não tenho dinheiro para pegar um avião. É melhor pagar U$ 480 (cercaesportivabets2.400) para ir à Espanha do que gastar milhões tentando chegar láesportivabetsavião”, diz.
Ele afirma não ter medoesportivabetsse afogar. "Outros fizeram esta viagem e se afogaram, mas isso não me desanima. É um risco que estou disposto a correr. Mesmo que houvesse um barco pronto para partir hoje, eu aceitaria."