O casal que viajabest 360 apostatrailer há três anos para conhecer os 74 parques nacionais do Brasil:best 360 aposta
"Conversando com o Jadiel, nosso guia, perguntamos o que acontecia então no dia a dia, sem muitas visitas turísticas. Ele contou que tinha gente tirando árvores para fazer carvão, caça, várias atividades ilegais acontecendo. Os parques não têm cercas, não tem guardas."
muitos na comunidade mencionaram que. ao reinstalar uma zona best 360 aposta guerra e eles foram
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Kasyna w Brazylii
Fim do Matérias recomendadas
Dennis lembra que voltaram para casa com inquietações, sentindo que precisavam conhecer e valorizar mais os patrimônios naturais do Brasil antes que fosse tarde.
Primeiro, a ideia do casal era continuar trabalhando na capital paulista – ele, como economista, atuando na área do mercado financeiro há duas décadas, e ela, psicóloga junguiana com seu consultório próprio – e visitar os parquesbest 360 apostatodas as férias anuais.
Uma toneladabest 360 apostacocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
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"Pesquisamos quantos parques tinha, mas não encontramos essa informação. Foi mais fácil achar númerosbest 360 apostaoutros países, como Estados Unidos e Canadá do que do Brasil. Nos perguntamos: por que será? Começamos a mapear um por um e ver se eles não eram perigosos, se não era uma coisa impossívelbest 360 apostachegar. E a gente viu que não, eles estavam lá para a gente visitar - e eram 74", diz Dennis.
"Ao longo das nossas férias durante a vida inteira, levaríamos maisbest 360 apostatrês décadas. Pensando na situaçãobest 360 apostadegradação contínua do meio ambiente, consideramos quebest 360 aposta35 anos poderíamos não ter mais parques."
O casal passou então a se preparar, durante três anos, para a expedição que fazem hoje - e que é possível acompanhar pelo Instagram, na conta chamadabest 360 aposta"Entre Parques BR", e pelo site, onde os interessados podem não só checar informações e impressões sobre a expedição, mas também usar filtros para encontrar parques conforme as características desejadas.
É possível filtrar por estado, características naturais (vales, nascentesbest 360 apostarios, montanhas, mangues, cavernas...); por infraestrutura disponível (pertobest 360 apostaaeroportos, com acessibilidade para cadeirantes, próximos a grandes centros...); por atividade (ciclismo, escalada, banhobest 360 apostacachoeira oubest 360 apostario…) e também entre os mais novos ou antigos, maiores ou menores.
No site, há também um ebook que mostra onde fica e por onde acessar, qual é o bioma protegido e destaquesbest 360 apostamotivos para visitar cada parque.
O documento apresenta, inclusive, estimativasbest 360 apostaquanto a visitação constantebest 360 apostaturistas poderia agregar caso as viagens a parques nacionais se tornassem tão comuns quanto são nos Estados Unidos, um dos países com tradiçãobest 360 apostapromover essas áreasbest 360 apostaconservação como destinobest 360 apostaférias e feriados.
A importância dos parques nacionais
No Brasil, os Parques Nacionais são a mais popular e antiga categoriabest 360 apostaUnidadebest 360 apostaConservação. Há outras, como estações ecológicas, reservas biológicas e monumentos naturais - ao todo, são maisbest 360 apostaduas mil unidadesbest 360 apostaconservação.
"Em relação aos parques, especificamente,best 360 apostaimportância está na proteçãobest 360 apostatoda a biodiversidade ali presente, assim como ecossistemas, paisagens e até monumentos culturais históricos que existem dentro dessas grandes áreas", explica Flávia Campassi, especialistabest 360 apostaConservação da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário.
"E é também importante para conservaçãobest 360 apostatodas as espécies que já foram descobertas e das que ainda não foram descobertas. Outra importância muito relevante dos parques nacionais é justamente proporcionar o contato com a natureza e o conhecimento sobre ecologia para a sociedade."
'Chamado'
Letícia e Dennis descrevem a expedição como a resposta a um "chamado", uma espéciebest 360 apostamissão que sentiram que tinham a obrigação – mas também o desejo –best 360 apostapegar para si.
Eles se tornaram mais do que turistas comuns. Com estudo, planejamento e bastante esforço, adquiriram conhecimentos técnicos para percorrer trilhas, como leiturabest 360 apostacarta topográfica e mapas, além do usobest 360 apostaequipamentosbest 360 apostaGPS e kitbest 360 apostaprimeiros socorros.
"Cada parque é um mundo. Não existe hoje uma identidade única ou coisas que a gente aplique para um que se repita para o outro. Além da natureza singularbest 360 apostacada um, a partebest 360 apostaacesso à informação a cada um deles, e tambémbest 360 apostaquestões como se já teve a regularização fundiária, se tem uma sede…", conta Letícia.
Por isso, o planejamento mudabest 360 apostaacordo com qual lugar vão visitar, tanto para questõesbest 360 apostadeslocamento quanto para os programas que pretendem fazer na médiabest 360 aposta15 dias que ficambest 360 apostacada parque – um tempo considerado suficiente por eles para que possam explorar os territórios sem pressa, descansando quando necessário, e aprendendo ao longo do caminho.
"Gostamos, por exemplo,best 360 apostafazer visitas tanto com guia quanto sozinhos. Eu acho que são experiências muito diferentes. A gente gostabest 360 apostater o nosso tempo livre,best 360 apostapoder vivenciar o parque, ficarbest 360 apostauma cachoeira o dia todo, e não só para tirar uma foto. Por outro lado, acompanhados, conseguimos aprender mais sobre a cultura local, vegetação e geologia, por exemplo", avalia a psicóloga.
Visita responsável é formabest 360 apostavalorização
Dennis e Letícia descrevem que gostariam que os parques nacionais se tornassem destinos-desejo e que fossem a primeira opção nos planosbest 360 apostaférias, feriados, viagens com família, amigos ou sozinhos.
"A gente está aqui pelos parques, né? Por nós,best 360 apostauma parte, mas mais pelos parques, porque acreditamos que sem conhecê-los é impossível valorizá-los. E sem valorização não tem conservação", argumenta Dennis.
O casal relata que,best 360 apostalocais onde há mais turistas, há, também, mais infraestrutura e fiscalização. Por isso, incentivam a visitação nos posts que fazem nas redes sociais, mas às vezes recebem críticas e dúvidasbest 360 apostaseguidores que imaginam que o turismo possa prejudicar as áreasbest 360 apostaconservação.
A especialistabest 360 apostaconservação Flávia Campassi aponta que a atividade turística é, sim, benéfica, mas deve sempre ser feitabest 360 apostaforma responsável e harmoniosa com o meio ambiente.
Por um lado, o turismo mais intenso provoca algumas alterações no ambiente, mas que podem ser controladas se essas atividades são ordenadas adequadamente. Todos os parques têm um planobest 360 apostamanejo, por exemplo, que é um documento que já traz todos os estudos e as definiçõesbest 360 apostaquais áreas os visitantes podem visitar e quais tiposbest 360 apostaatividadesbest 360 apostauso público que é o turismo dentro dessas áreas.
Ela concorda que a visitação pode também inibir casobest 360 apostadepredação, caça ilegal e outros crimes.
"Na Mata Atlântica, por exemplo, temos extraçãobest 360 apostapalmito juçara [ameaçadobest 360 apostaextinção]best 360 apostaforma ilegal, alémbest 360 apostapessoas vandalizando cavernas, modificando pinturas rupestres, e por aí vai. Alémbest 360 apostafaltar a regularização fundiáriabest 360 apostaalguns locais, a fiscalização e o monitoramento dessas áreas muitas vezes é precária. As equipes geralmente são enxutas e têm que fazer a gestãobest 360 apostaáreas enormes. Mas a presençabest 360 apostagrupos valorizando essas áreas pode acabar inibindo algumas dessas infrações", aponta a especialista.
Casa-móvelbest 360 aposta4m2 e sensaçãobest 360 apostasegurança
A moradia do casal é um trailerbest 360 aposta4m2. "Antes ele tinha 11m2, mas estávamos achando grande demais – e não é piada", dizem.
"A gente tem uma caminhonete que é 4x4, que a gente consegue efetivamente chegar aonde precisa,best 360 apostaterrenos muito acidentados, mas a gente carrega o mini trailer, que chega bem próximo dos parques", conta Letícia.
O casal raramente ficabest 360 apostahotéis ou pousadas. "Só quando realmente precisamos por questõesbest 360 apostalogística. Tanto por uma questão financeira mesmo, quanto por uma questão interna. É ruim passar muito tempo sem ter uma base, uma referênciabest 360 apostalar."
Nos 53 mil quilômetros rodadosbest 360 apostacarro (e foram maisbest 360 apostadois mil quilômetros percorridos a pé ou remados), Dennis e Letícia avaliam que nunca se sentiram ameaçados morando no pequeno trailer.
"Imaginamos que algumas situações poderiam nos deixar inseguros no trailer, mas essa é uma parte surpreendentemente tranquila – nos sentimos melhor quanto menor é a cidade. Às vezes paramosbest 360 apostapostosbest 360 apostagasolina para dormir entre os caminhoneiros, que têm uma comunidade, e também é ótimo", afirma Letícia.
A maior insegurança que enfrentam são as estradas. "Por isso evitamos dirigir à noite, tem muita imprudência e vários buracos nas vias. Dirigimos devagar, com cautela, e semprebest 360 apostadia quando estamos carregando o trailer."
Letícia é a responsável pelo volante, e Dennis cuida da alimentação dos dois, que são vegetarianos.
Dividir tarefas e manter a individualidade, respeitando um ao outrobest 360 apostaseus ritmos diferentes nas trilhas e outras atividades, são maneiras que Dennis e Letícia contam ter encontrado para continuar vivendo um relacionamento saudável dividindo todas as horas do diabest 360 apostaum espaço tão pequeno quanto o mini trailer – embora seus quintais sejam imensos.
"Não é um desafio para nós. Encontramos o nosso ritmo e é por isso que a expedição funciona. Também não focamos tantobest 360 apostanós dois ao documentar o projeto: o que queremos é emprestar o nosso olhar para que os parques sejam os protagonistas", diz Letícia.
O casal não tem planos sobre o que fazer quando a expedição acabar.
"Evitamos ficar pensando no fim para que isso não altere a maneira como estamos vivenciando o agora", completa ela.
"Meu desejo secreto é que quando eles tiverem atingido a metabest 360 apostavisitar os 74 parques nacionais brasileiros, outros sejam criados e eles precisem então prolongar então essa grande expedição", brinca Flávia Campassi, imaginando que outras áreas no espaço nacional poderiam entrar para essa categoriabest 360 apostaconservação.
"O mais bacana é que eles estão se propondo a algo inédito e que com certeza vai atrair outros ou outras pessoas, com experiência ou não, inspirando-as para explorar todos esses parques."