A fotógrafa que registra a agoniaesporte bets apostaperder a mãe aos poucos para a demência:esporte bets aposta

"Eu estava tentando processar a dor e a perda, pois ela estava se tornando cada vez menos ela mesma", explica Helen.

"Ela está aqui, mas não está, e é ela mesma, mas não é."

As imagens capturam o declínio cognitivoesporte bets apostasua mãeesporte bets apostapequenos detalhes do cotidianoesporte bets apostacasa. Como o sabão com marcaesporte bets apostadentes,esporte bets apostaquando a mãe tentou comer a barra, perdendo a capacidadeesporte bets apostaentender o que é comestível.

Ou o copo quebradoesporte bets apostauma poçaesporte bets apostalíquido após ela derrubá-lo no chão.

Outras imagens mostram Susan sendo alimentada pela neta, com uma colher, ou ela deitada na cama após já ter esquecido como se vestir.

'Era minha melhor amiga'

Helen eesporte bets apostamãe sempre foram muito unidas.

"Ela era minha melhor amiga, eu contava tudo a ela", diz Helen.

“Ela era divertida, engraçada, gentil, atenciosa, muito empática, muito compassiva. Foi a única pessoa que realmente me entendeu e me protegeu", acrescenta.

Em 2010, Susan sofreu uma hemorragia cerebral. E nos anos seguintes começou a esquecer os nomes das pessoas e algumas palavras.

Ao receber o diagnósticoesporte bets apostademênciaesporte bets aposta2015, a progressão da doença parecia inicialmente lenta.

Helen lembra-se com carinhoesporte bets apostauma viagem que fez pela Europa com a mãeesporte bets aposta2018.

"Na época ela estava esquecida, mas ainda era muito divertida, realmente uma grande companhia", diz ela.

"Ela adorou essa viagem. Todos os dias tomávamos um Aperol spritz ao entardecer", acrescenta.

Quando a epidemiaesporte bets apostacovid-19 chegou ao Reino Unidoesporte bets aposta2020, Helen foi forçada a passar menos tempo com a mãe e começou a notá-la cada vez mais distanteesporte bets apostaquem havia sido.

Ela já não reconhecia lugares, às vezes se perdia ao sairesporte bets apostacasa e era trazidaesporte bets apostavolta por policiais.

A casa da infânciaesporte bets apostaSusan – na aldeiaesporte bets apostaLangland, penínsulaesporte bets apostaGower,esporte bets apostaGales – era um lugar ao qual Helen levava a mãe com frequência. E as memórias do lugar foram algumas das últimas a desaparecer.

"Eu a levei láesporte bets apostafevereiroesporte bets aposta2020 e ela olhou ao redor e não se lembrou; isso para mim foi algo gigante", conta Helen.

Pequenos momentosesporte bets apostafelicidade

Durante a pandemia, os cuidadoresesporte bets apostaSusan deixaramesporte bets apostaatendê-la e,esporte bets apostasetembroesporte bets aposta2021, Helen decidiu se mudar e cuidar ela mesma da mãe.

"É muito difícilesporte bets apostatodos os sentidos: mental, emocional e fisicamente", diz Helen.

Susan passou por um períodoesporte bets apostaagressividade e violência.

Ela odiava a hora do banho. Ela cravava as unhas, dobrava seus dedos para trás, batia, esbofeteava e lutava com você”, disse Helen.

"No começo ela era realmente maníaca – subindo, descendo, subindo, descendo, subindo, descendo, andando, movendo móveis, arrastando mesas, arrastando móveis por horas todas as noites."

Ela também brigava por tudo que você fazia com ela, quebrando coisas.

“Ela perambulava por aí se a porta fosse deixada aberta, então era necessário trancá-la”, lembra.

Susan não consegue mais manter uma conversa, não usa talheres e tem incontinência.

Mas há pequenos momentosesporte bets apostafelicidade.

"Ela adorava dançar. Você colocava Elvis e ela ficava dançando e dançando na sala – hoje ela ainda bate o pé", diz Helen.

O que Susan pensaria dessas imagens tão pessoais?

"Nós falamos sobre isso, minha mãe e eu, que eu ia documentaresporte bets apostadoença, documentar nosso relacionamento, sempre foi um plano. Ela disse que era importante", diz Helen.

"Documenteiesporte bets apostaforma intermitente desde que eu estava na faculdade. Ela sempre permitiu e sempre me apoiou muito na minha carreira."

Presa no limbo

Quando Helen era estudante, ela fez um projeto sobre o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) da mãe, que até posou nua emesporte bets apostabanheira para uma fotografia.

"Nós temos essa relação: ela confiaesporte bets apostamim e eu confio nela", explica Helen.

Os últimos anos têm sido muito difíceis para Helen, que tem feito malabarismos para cuidar da mãe e trabalhar.

Ela mantémesporte bets apostacasaesporte bets apostaLondres, mas parece um mundo distante.

"Eu costumava dançar swing quatro vezes por semana, mas agora é difícil manter amizades. Não me sinto parte da minha vidaesporte bets apostaLondres", diz Helen.

"Parece que não tenho um propósito. Estou presa no limbo enquanto os outros seguemesporte bets apostafrente com suas vidas."

A demência provou ser algo muito diferente do que Helen imaginava antesesporte bets apostase tornar a cuidadora da mãe.

"Eu não sabia realmente o quão ruim era a demência ou como era o final", conta.

“Nos filmes você tem uma velhinha doce sentadaesporte bets apostauma casa. Ela esquece seu nome, mas no último minuto ela lembraesporte bets apostacomo dançar com você eesporte bets apostasua música preferida".

"Mas não é assim", lamenta."Toda a personalidade muda, sem falaresporte bets apostatoda a deterioração física, a agressividade e todas as coisas diferentes que vêm junto."

Apesaresporte bets apostateresporte bets apostapausaresporte bets apostaprópria vida e da dor com que vive diariamente, Helen não tem arrependimentos.

"Eu faria tudoesporte bets apostanovo: ela fez isso por mim e eu quero devolver o amor que ela me deu", diz ela.