Como Brasil e China pretendem fechar negócios sem usar dólar americano:galera.bet bonus

“É uma opçãogalera.bet bonuscompensação do yuan para uma moeda local, existem 25 assim no mundo, e corta custosgalera.bet bonustransação porque não passa pelo dólar”, afirmou a secretáriagalera.bet bonusassuntos internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito.

Nos últimos 13 anos, a China é a maior parceira comercial do Brasil -galera.bet bonus2022, o volumegalera.bet bonustransações entre os dois países atingiu o recordegalera.bet bonusUS$150 bilhões. Na balança comercial, o Brasil tem superávitgalera.bet bonusUS$ 29 bilhões, embora as vendas para a China sejam esmagadoramentegalera.bet bonuscommodities, enquanto o país asiático exporta ao Brasil produtosgalera.bet bonusmaior valor agregado. Os chineses querem diminuir essa distância e este foi um dos motivos para apresentarem a demanda ao Brasil, que vinha sendo negociadagalera.bet bonusetapas nos últimos meses.

“O Brasil firmou acordo para pagamentogalera.bet bonusyuan, o que facilita muito o nosso comércio. Vamos trabalhar ainda mais no setorgalera.bet bonusalimentos e minérios, vamos buscar possibilidadegalera.bet bonusexportaçãogalera.bet bonusmercadoriasgalera.bet bonusalto valor agregado da China ao Brasil e do Brasil para a China”, afirmou Guo Tingting, vice-ministragalera.bet bonuscomércio da República Popular da China durante o Fórumgalera.bet bonusNegócios Brasil China, realizadogalera.bet bonusChaoyang, bairro nobre da capital chinesa.

No evento, que reuniu maisgalera.bet bonus500 empresários, Tingting citou a mineradora Vale e o frigorífico JBS como “empresas brasileiras excelentes” que atuam na China.

O anúncio foi recebido com pouca empolgação por empresários brasileiros. “Ao menos é melhor que a moeda comum com a Argentina”, dissegalera.bet bonustomgalera.bet bonuspiada um executivo do agronegócio brasileirogalera.bet bonusPequim. Segundo ele, não há ainda estimativas sobre possíveis ganhos ou perdas para os negócios brasileiros com a novidade.

Segundo Rosito, o mecanismo adotado no Brasil é semelhante ao já instaurado pelos chineses tanto no Chile como na Argentina, ambos países que compõem a Iniciativa Cinturão e Rota (BRI, na siglagalera.bet bonusinglês), um programagalera.bet bonusempréstimos e financiamentosgalera.bet bonusinfraestruturagalera.bet bonusPequim que tem por prioridade garantir “negócios sem impedimentos” entre a China e seus parceiros.

A China tem insistido pela adesão do Brasil ao BRI, um acordo que divide opiniões no governo brasileiro, já que seria mais um agrado político à China do que uma oportunidade grandegalera.bet bonusexpansãogalera.bet bonusnegócios - o Brasil já é o maior destinogalera.bet bonusinvestimentos chineses no mundo hoje.

A entrada do Brasil no BRI é vista com preocupação pelos Estados Unidos, com quem o governo Lula tem tentado estreitar os laços também. Tanto a China quanto a Rússia tentam implantar mecanismosgalera.bet bonusnegócios que excluam o dólar como formagalera.bet bonuspagamento, para reduzir a influência econômica e política americana pelo mundo e driblar eventuais sanções a Washington

“O Brasil não faz política com seu comércio exterior”, afirmou o embaixador do Brasil na China, Marcos Galvão, no evento.

Originalmente, o fórum desta quarta-feira (29/3) contaria com a presença do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Ele acabou cancelando a viagem à China - que incluía um jantar com o presidente chinês, Xi Jinping -galera.bet bonusúltima hora, após ser diagnosticado com uma pneumonia causada por bactérias e pelo vírus da gripe A.

O líder chinês Xi Jinping chegou a enviar uma carta ao brasileiro desejandogalera.bet bonus“rápida recuperação” e assegurando “compreensão” pela desistência, mas não mencionou uma possível nova data para o compromisso. Já o Brasil disse à diplomacia chinesa que espera ver o encontro remarcado o mais rápido possível - talvez ainda na primeira quinzenagalera.bet bonusabril.

Atraso no fechamento dos negócios

A ausênciagalera.bet bonusLula resultou no adiamento do anúnciogalera.bet bonusao menos dois grandes negócios entre brasileiros e chineses. O primeiro seria a compra pela fabricante chinesagalera.bet bonuscarros elétricos BYD da fábrica da Ford,galera.bet bonusCamaçari (BA).

O segundo seria a compragalera.bet bonuscercagalera.bet bonus20 aviões comerciais E-195-E2, da Embraer - um negócio estimadogalera.bet bonusmaisgalera.bet bonusUS$1 bilhão. Segundo Francisco Gomes Neto, CEO da Embraer, o contrato está “bem adiantado”, mas depende ainda do último impulso, que viria, segundo ele, com o encontro entre Xi e Lula.

A Embraer estuda ainda estabelecer uma cooperação com a China para converter aviões comerciaisgalera.bet bonuscargueiros. Gomes Neto disse ainda que as negociações receberam novo impulso com um “canal mais aberto” estabelecido pelo governo Lula,galera.bet bonusoposição à gestão anterior,galera.bet bonusJair Bolsonaro, que acumulou desgastes públicos com a China.

Durante o evento, Jorge Viana, o presidente da Apex Brasil, ensaiou um pedidogalera.bet bonusdesculpas a Pequim: “Nos últimos 4 anos, o governo e o povo chinês não vêm sendo tratados como deveriam pelo nosso país”.

Diplomatas brasileiros afirmam que os insultos disparados por bolsonaristas contra a China são mencionados com preocupação por chineses, que tentam se blindargalera.bet bonusfuturos ruídos na relação diplomática entre os dois países. Nada parecido havia acontecidogalera.bet bonusquase 50 anosgalera.bet bonusque China e Brasil são parceiros.

Se agradou aos chineses, a participaçãogalera.bet bonusViana na agenda gerou ruídos depois que o presidente da Apex rememorougalera.bet bonuspalestra no país que o Brasil desmatou 84 milhõesgalera.bet bonushectaresgalera.bet bonusfloresta amazônica nos últimos 50 anos e que o país precisava “parargalera.bet bonusdizer fora do Brasil que o país não tem problema ambiental”.

A fala foi encarada como uma crítica direta ao agro - especialmente à pecuária - que vem sendo apontada nos últimos anos como um dos vetores do desmatamento no bioma.

Na plateia da palestragalera.bet bonusViana estavam representantesgalera.bet bonusfrigoríficos como a JBS. O atual governo tem a questão ambiental como prioritária e antecipa a possibilidadegalera.bet bonusque os chineses passem a cobrar com mais assertividade uma produçãogalera.bet bonuscommodities sustentável do Brasil. Por enquanto, apenas a Europa impõe controles mais duros à produção oriundagalera.bet bonusárea desmatada.

A declaraçãogalera.bet bonusViana foi rebatida pela ex-ministra do Meio Ambientegalera.bet bonusBolsonaro e hoje senadora Tereza Cristina via Twitter: “Que Apex é essa que acusa o agrogalera.bet bonusdesmatar a Amazônia diantegalera.bet bonusnossos maiores clientes, Na China? Querem derrubargalera.bet bonusuma vez só a imagem do país, o saldo comercial e o PIB?”

Em tréplica nesta quarta, Viana afirmou quegalera.bet bonusnenhum momento estava criticando o Agronegócio e quegalera.bet bonusfala era uma referência ao governogalera.bet bonusBolsonaro que, segundo ele, “estimulava o desmatamento no país”.

-Texto originalmente publicadogalera.bet bonushttp://vesser.net/articles/c0wqqne0zk2o