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5 razões por que é tão difícil acabar com guerra na Síria:gratis esportedasorte com
O país está dividido desde 2018,gratis esportedasorte comconsequência da guerra civil. Uma área está sob o controle do regime autoritáriogratis esportedasorte comAssad, enquanto outras regiões ficam no poder das forças curdas e insurgentes islâmicos.
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Mas por que esta guerra – que parecia esquecida – continua? A seguir, estão cinco motivos.
1. Interesses estrangeiros
A Síria passou a ser, nos últimos anos, um tabuleirogratis esportedasorte comxadrez, onde as potências globais apoiam as facções que possam favorecer seus interesses estratégicos.
Uma toneladagratis esportedasorte comcocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
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As diversas facções armadasgratis esportedasorte comdisputa contam com o apoio da Turquia, Arábia Saudita e Estados Unidos. E Assad conseguiu manter seu regime, graças ao apoio indispensável da Rússia e do Irã.
O aprofundamento do conflito trouxe a participaçãogratis esportedasorte comorganizações jihadistas, como o grupo Estado Islâmico e a al-Qaeda. Isso agravou a preocupação global com a situação do país.
Ávidos para conseguir a própria autonomia e apoiados pelos Estados Unidos, os curdos da Síria também fazemgratis esportedasorte comparte, aumentando a complexidade do conflito. E a Turquia apoiou forças rebeldes para proteger suas fronteiras.
Em 2020, a Rússia e a Turquia promoveram um cessar-fogogratis esportedasorte comIdlib, no noroeste do país. Com isso, foi criado um corredorgratis esportedasorte comsegurança para realizar patrulhas conjuntas. Mas continuam ocorrendo combates esporádicos.
Apesar da redução da violência, o governo sírio nunca recuperou totalmente o controle daquela região. E, agora, os rebeldes decidiram enfrentar um governo debilitado, cujos aliados estão concentradosgratis esportedasorte comoutros locais.
"O regimegratis esportedasorte comAssad dependeu,gratis esportedasorte comgrande parte e por muitos anos, do apoio estrangeiro", explica o especialistagratis esportedasorte comCiências Políticas Simon Frankel Pratt, da Universidadegratis esportedasorte comMelbourne, na Austrália.
"A implosão do Hezbollah, causada pela feroz ofensiva contra Israel e pelo crescente esgotamento dos recursos russos, devido à guerra na Ucrânia, deixaram o regime totalmente isolado, criando o momento propício para que o HTS montassegratis esportedasorte comofensiva surpresa e começasse a recuperar o território", explica ele.
Para Pratt, "a chama da guerra está novamente acesa, devido a uma combinaçãogratis esportedasorte comfatoresgratis esportedasorte cominstabilidade doméstica e à erosão ou colapso do apoio estrangeiro que sustentava Assad."
2. Colapso econômico e crise humanitária
Os anosgratis esportedasorte comguerra arruinaram a economia da Síria. Grande parte da infraestrutura do país foi destruída e milharesgratis esportedasorte compessoas passaram a vivergratis esportedasorte comcondições assustadoras.
O conflito gerou uma crise humanitária sem solução aparente.
Mais da metade dos 22 milhõesgratis esportedasorte comhabitantes que moravam na Síria antes do início da guerra foram deslocados, segundo as estimativas das Nações Unidas.
Dos 6,8 milhõesgratis esportedasorte comdeslocados internos, maisgratis esportedasorte comdois milhões vivemgratis esportedasorte comacampamentos oficiais, com acesso muito limitado a serviços básicos.
Outros seis milhõesgratis esportedasorte compessoas abandonaram o país, principalmente com destino ao Líbano, Jordânia e Turquia. Os três países, somados, abrigam 5,3 milhõesgratis esportedasorte comrefugiados.
"A situação é muito fluida e incerta", segundo Emmanuel Isch, da ONG World Vision Syria. "Existem combatesgratis esportedasorte comcursogratis esportedasorte comdiferentes lugares, que vêm causando um número cada vez maiorgratis esportedasorte comdeslocados internos."
"Eles partem para diversos lugares e nossa preocupação é que já existem dois milhõesgratis esportedasorte compessoas no noroeste da Síria, vivendogratis esportedasorte comcamposgratis esportedasorte comrefugiados", explica Isch. "Alguns dos deslocados chegam aos campos com a esperançagratis esportedasorte comconseguir ajuda, mas não há recursos para receber mais refugiados internos."
Maisgratis esportedasorte com15,3 milhõesgratis esportedasorte comsírios precisavamgratis esportedasorte comajuda humanitáriagratis esportedasorte com2023 – um número recorde – e 12 milhões viviamgratis esportedasorte comcondiçõesgratis esportedasorte comgrave insegurança alimentar.
Além disso, o terremotogratis esportedasorte com2023 na regiãogratis esportedasorte comGaziantep, na vizinha Turquia, deixou 5,9 mil mortos e 8,8 milhõesgratis esportedasorte comferidos na Síria, agravando ainda mais as condiçõesgratis esportedasorte comvida no país.
Os interesses econômicos, gerados pelo controlegratis esportedasorte comcampos petrolíferos e rotas comerciais, continuaram alimentando as tensões. E acrescente-se a isso a crise humanitária, que contribui para o descontentamento e as lutas internas na Síria.
3. Governo autoritário
A violência e a repressão comandadas pelo regimegratis esportedasorte comBashar al-Assad para se manter no poder aumentaram a dissidência e prolongaram o conflito.
Um relatório da ONU, publicadogratis esportedasorte com2021, documentou violações generalizadas dos direitos humanos por parte do governo. Elas incluem ataques químicos, bombardeios aéreosgratis esportedasorte comzonas povoadas e severas restrições à ajuda humanitária.
"O autoritarismo bate no coração desta guerra", afirma Julien Barnes-Dacey, diretor do programagratis esportedasorte comOriente Médio e Norte da África do Conselho Europeugratis esportedasorte comRelações Exteriores. "O regime se negou reiteradamente a compartilhar o poder ou firmar compromissos."
A ONU calcula que 306.887 civis foram mortos como resultado dos combates até 2022 e outros milhares morreramgratis esportedasorte comfome, doenças ou faltagratis esportedasorte comatenção sanitária.
Burcu Ozcelik, especialistagratis esportedasorte compolíticagratis esportedasorte comsegurança no Oriente Médio do Royal United Services Institute – um centrogratis esportedasorte comanálisegratis esportedasorte comsegurança e defesa do Reino Unido –, acredita que "o regime está compulsivamente concentrado nagratis esportedasorte comsobrevivência, nãogratis esportedasorte comboa governança".
4. Sociedade dividida
"Embora as divisões políticas sejam parte fundamental do conflito, não se pode negar que as tensões sectárias latentes também desempenharam papel fundamental por algum tempo", explica Barnes-Dacey.
No leste do país, as regiõesgratis esportedasorte commaioria curda permaneceram majoritariamente fora do controle do Estado sírio desde os primeiros anos da guerra.
Os restos do grupo Estado Islâmico persistem no vasto deserto da Síria,gratis esportedasorte comclara ameaça à segurança da população – especialmente durante a temporadagratis esportedasorte comcolheita da trufa, quando os moradores se lançamgratis esportedasorte combusca da iguaria.
Idlib passou a ser um reduto dos grupos militantes que foram confinados na região, durante a fase mais intensa da guerra. O mais importante destes grupos é o HTS – que, na verdade, mantém o controle sobre Idlib.
A situação se complicou ainda mais devido às lutas travadas entre os próprios grupos insurgentes.
Alguns deles, incluindo as forças curdas apoiadas pela Turquia, enfrentaram as Forças Democráticas da Síria, uma aliança formada principalmente por combatentes curdos das Unidadesgratis esportedasorte comProteção do Povo (YPG, na siglagratis esportedasorte comcurdo). A Turquia considera as YPG uma organização terrorista.
Pouco depois que o HTS lançougratis esportedasorte comofensiva, o Exército Livre da Síria declarou ter tomado possegratis esportedasorte comaldeias e terras nos arredores da cidade. O grupo conta com o apoio da Turquia e faz parte da aliançagratis esportedasorte comgrupos armados que conquistou grande parte da cidadegratis esportedasorte comAleppo.
Esta região não estavagratis esportedasorte compoder do governo, mas das Forças Democráticas da Síria. Este fato ilustra o complicado e fragmentado conflito que assola o país.
5. Fracasso da diplomacia
Todos os esforços para encontrar uma solução negociada fracassaram, incluindo as conversações promovidas pela ONU.
Isso se deveu às divergênciasgratis esportedasorte comprioridades entre as principais partes envolvidas. Elas colocaram seus objetivos estratégicos acima da vontadegratis esportedasorte comatingir um acordo. Com isso, segundo os especialistas, sobrou pouco espaço para que se chegasse a uma paz duradoura.
"A dinâmica subjacente segue inalterada", segundo Julien Barnes-Dacey. "O regimegratis esportedasorte comAssad não quer ceder o poder nem firmar compromissos, enquanto as facções rebeldes continuam combatendo o governo para derrubá-lo e garantirgratis esportedasorte composição no país."
Simon Frankel Pratt destaca que "outros países da região estão bastante nervosos porque não está claro qual poderia ser a solução".
"Quando estão nervosos, os países tendem a agirgratis esportedasorte comforma conservadora", explica ele. "Poderíamos, por exemplo, ver acordos temporários entre o Irã e os Estados do Golfo Pérsico, para manter uma situação estável, e uma política exterior conservadora por parte dos Estados Unidos e da Europa, para evitar uma escalada ainda maior do conflito."
Alguns especialistas destacam a imprevisibilidade representada pela vitória eleitoralgratis esportedasorte comDonald Trump nos Estados Unidos.
Um exemplo é a Turquia. Informações indicam que o país apoiou a recente ofensiva rebelde para fortalecergratis esportedasorte composição antes da possegratis esportedasorte comTrump como o novo presidente americano. A intenção é buscar uma negociação favorável junto aos Estados Unidos e à Rússia.
Mas Barnes-Dacey relembra que a política do segundo mandatogratis esportedasorte comDonald Trump em relação ao Oriente Médio continua sendo uma incógnita.
"Existe um setor no entornogratis esportedasorte comTrump que deseja uma política agressiva pró-Israel e contrária ao Irã no Oriente Médio", diz ele, "e outro que defende o isolamento e que os Estados Unidos se retirem da região."
"Não está claro se Trump irá buscar maior envolvimento dos Estados Unidos, tendogratis esportedasorte commente o Irã, ou se irá acelerar a retirada norte-americana, deixando que os participantes regionais resolvam seus conflitosgratis esportedasorte comforma independente", conclui ele.
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