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O que a autópsiavideo aula pokerum boto revelou sobre poluição marinha:video aula poker
Acrescente-se o fluxovideo aula pokeresgoto e os resíduos industriais e agrícolas e teremos um ambiente marinho mais movimentado, barulhento e poluído. Que riscos ocultos tudo isso traz para a vida marinha?
Como voluntária para cuidarvideo aula pokerencalhesvideo aula pokeranimais marinhos para o Devon Wildlife Trust, no sudoeste da Inglaterra, recebo frequentes pedidos para tirar fotos e medidasvideo aula pokermamíferos marinhos encalhados no litoral da minha região.
Às vezes, existem ferimentos visíveis, marcasvideo aula pokerdentes, talvezvideo aula pokerataquesvideo aula pokergolfinhos-nariz-de-garrafa, longos cortes retos na pele causados por linhasvideo aula pokerpesca ou, às vezes, um corte limpo na cauda por captura acidental. Mas, na maioria dos casos, é difícil identificar a real causa da morte.
Uma equipe especializadavideo aula pokercientistas encarregou-se da missãovideo aula pokerdescobrir mais sobre os impactos causados pelos seres humanos sobre as populaçõesvideo aula pokerbotos, baleias e golfinhos no Reino Unido.
E, para aprender mais sobre avideo aula pokerpesquisa, visitei Rob Deaville, cientista que estuda encalhesvideo aula pokeranimais no Programavideo aula pokerPesquisa sobre Encalhesvideo aula pokerCetáceos do Reino Unido. Todos os anos, Deaville disseca cercavideo aula poker150 botos, baleias e golfinhos encalhados para descobrir a possível causa das suas mortes.
"Em alguns casos, pode ser muito evidente, como captura acidental, choques com navios, focas-cinzentas predadoras, ataquesvideo aula pokergolfinhos-nariz-de-garrafa. Estas causasvideo aula pokermorte são bastante óbvias", explica ele.
"Mas, mesmovideo aula pokeralto nível, a poluição não é necessariamente a causa da mortevideo aula pokerum animal, é mais questãovideo aula pokerassociação", segundo Deaville. "Você olha por um buracovideo aula pokerfechadura para um aspecto, no que eu chamovideo aula pokerdesfecho terminal, e então tenta olhar para trás para ver quais foram as experiências daquele animal ao longo da vida."
"Alta poluição sonora ou caça limitada, mudanças climáticas, poluição química - tudo isso causa impactos e é difícil separá-lasvideo aula pokerqualquer pressão individual isolada", ele conta.
Observar Deaville abrir um boto foi uma aulavideo aula pokerbiologia fascinante. Mas, mais do que isso, foi possível destacar como aquelas criaturas podem refletir seu ambiente marinho e como elas vivem naquele ambiente.
Dos vermes parasitas abrigados nos pulmões, intestinos e fígado até os delicados ossosvideo aula pokerpeixe encontradosvideo aula pokerum dos seus três estômagos, todas as indicações são valiosas.
Mas Deaville conta que o mais importante é a amostra daquela camadavideo aula pokergordura que fica logo abaixo da pele. Ele a corta desde a base da barbatana dorsal. A gordura tem cercavideo aula poker2,5 cmvideo aula pokerespessura e servevideo aula pokerregistrovideo aula pokersubstâncias.
Deaville irá enviar a amostra para especialistasvideo aula pokertoxicologia, que analisarão os poluentes. Essa análise ajuda a formar um quadrovideo aula pokeralguns dos impactos menos visíveis que podem afetar a vida marinha e possivelmente contribuir para a morte dos animais.
Comecei a pesquisar como as formas menos visíveisvideo aula pokerpoluiçãovideo aula pokerorigem humana, tanto química quanto acústica, podem afetar os sentidos e a sobrevivência dos botos, golfinhos e baleias. E descobri que há muitas coisas acontecendo sob as ondas.
Supersentidos
"Para as baleias e os golfinhos, ouvir é tão importante quanto ver para os seres humanos, pois eles vivemvideo aula pokerum mundovideo aula pokerágua e som", afirma Danny Groves, gerentevideo aula pokercomunicações da organização sem fins lucrativos Whale and Dolphin Conservation. Ele acrescenta que os impactos dos distúrbiosvideo aula pokerorigem humana sobre os cetáceos são "imensos".
"A poluição sonora ameaça as populaçõesvideo aula pokerbaleias e golfinhos, interrompendo seu comportamento normal, afastando-os das regiões importantes paravideo aula pokersobrevivência [para reproduzir-se, socializar e alimentar-se], chegando a feri-los ou até causar avideo aula pokermorte", afirma ele.
Impactos naturais, como raios e terremotos, também causam grandes ruídos súbitos, mas tendem a ser mais intermitentes.
Os cetáceos com dentes - um grupo que inclui desde os narvais e as jubartes até os botos e golfinhos - caçam usando a ecolocalização ou biossonar. Eles ouvem faixasvideo aula pokeraltas frequências. Já as baleiasvideo aula pokerbarbas ouvemvideo aula pokerfrequências mais baixas e, por isso, podem ser mais afetadas pelos ruídos da navegação.
E existem mais questões sobre o som além dos ruídos. A professora Joy Reidenberg, que estuda a anatomia das baleias na Faculdade Monte Sinai,video aula pokerNova York, nos Estados Unidos, explica que o som age como ondavideo aula pokerpressão.
"Em qualquer lugar do corpo onde há espaços que contêm ar, eles podem comprimir-se e expandir-se enquanto a baleia mergulha e vem à superfície. Mas, se os tecidos não conseguirem se deformar adequadamente, eles irão se romper", explica ela.
Sondagens sísmicas, usadas para identificar depósitosvideo aula pokerpetróleo e gás no leito marinho, são explosões sonoras altas e incrivelmente incômodas.
"Tenho certezavideo aula pokerque a baleia sentiria aquilo como uma ondavideo aula pokerpressão que se move através do seu corpo e também como um som que ela pode ouvir", afirma Reidenberg.
"Por isso, existe um aspecto táctil na audição que muitas vezes menosprezamos."
Não se sabe o quanto dessa pressão é sentida pela pele.
A quimiorrecepção, que engloba o olfato e o paladar, também pode desempenhar papel importante. Reidenberg explica que as baleiasvideo aula pokerbarbas possivelmente podem cheirar, enquanto algumas baleias têm receptoresvideo aula pokersabor na língua, mas ainda não está claro exatamente o que elas detectam.
"Elas tendem a engolir presas inteiras,video aula pokerforma que talvez sintam o sabor da água para detectar quando se aproximam da caça ou verificar a salinidade, o que pode ajudá-las a navegar", afirma ela.
"É até possível que os narvais possam sentir a salinidade pelos poros sensíveis navideo aula pokerpresa - o que pode ser um sentido muito importante."
A visão dos cetáceos é "muito melhor do que esperávamos", segundo Reidenberg, embora algumas espécies dependam mais dela do que outras.
Os golfinhos dos rios Ganges e Indo são funcionalmente cegos, pois seu habitat turvo não exige que eles enxerguem. Já as orcas pulam para fora d'água para espionar enquanto caçam focas evideo aula pokervisão é relativamente boa.
Oceano industrializado
Pesquisas indicam que todos esses sentidos estão sendo prejudicados pela atividade humana. Para as baleias, botos e golfinhos, a poluição química e acústica afeta o funcionamento dos seus corposvideo aula pokerdiversas formas.
Alguns efeitos são agudos e imediatos, enquanto outros são mais crônicos evideo aula pokerlongo prazo. Alémvideo aula pokerprejudicar os sentidos evideo aula pokercapacidadevideo aula pokercomunicar-se, a poluição marinha pode reduzirvideo aula pokerfertilidade e enfraquecer seus sistemas imunológicos.
Thomas Goetz, especialistavideo aula pokerbioacústica da Universidade St. Andrews, na Escócia, estuda como os animais marinhos são afetados pelos ruídos humanos e como o som pode ser usado para evitar que os animais sejam prejudicados. Ele explica que o contexto é a chave.
"Para realmente entender os efeitosvideo aula pokerum poluente, você precisa entendervideo aula pokerfato a fisiologia do animal, dos sistemas sensoriaisvideo aula pokercada espécie", segundo Goetz. Cada poluente no habitatvideo aula pokerum cetáceo pode ter efeitos diferentes.
"Infelizmente, não podemos deixarvideo aula pokerobservar detalhadamente e aceitarvideo aula pokercomplexidade... porque talvez eles tenham evoluído órgãos sensoriais muito diferentes e suas percepçõesvideo aula pokermundo sejam distintas", afirma Goetz.
A poluição sonora pode prejudicar os sonsvideo aula pokercomunicação e ecolocalização, mudar o comportamento dos animais e elevar os níveisvideo aula pokerestresse.
Para as baleias-francas-do-atlântico-norte, o ruídovideo aula pokerbaixa frequência dos grandes navios pode resultarvideo aula pokeraumento das substâncias relacionadas ao estresse, que causam supressão do crescimento, redução da fertilidade e mau funcionamento do sistema imunológico. Esse estresse crônico está causando impactos fisiológicos.
Ruídos impulsivos súbitos e agudos no ambiente marinho podem gerar hemorragia e trauma dos ouvidos, enquanto a exposição mais crônica a um zumbido constantevideo aula pokerbaixo nívelvideo aula pokeruma rotavideo aula pokernavegação próxima talvez possa alterar seus padrõesvideo aula pokercomportamento e dificultar a comunicação ou a alimentação.
Os golfinhos e baleiasvideo aula pokeráguas profundas também podem sofrer doençavideo aula pokerdescompressão, ou mal dos mergulhadores, quando sobem à superfície muito rapidamente. E, com o passar do tempo, surgem rasgos ou lesões no tecido interno devido à formaçãovideo aula pokerbolhasvideo aula pokernitrogênio, mas é difícil concluir se elas se devem a causas naturais ou a ruídosvideo aula pokerorigem humana.
"Diferentes espécies são mais sensíveis ao som do que outras", afirma Deaville, movendo-sevideo aula pokerdireção ao bico da baleia-bicuda-de-cuvier na mesa àvideo aula pokerfrente.
"Esta é a espécievideo aula pokercetáceo que mergulha mais fundo. Ela retém a respiração por cercavideo aula pokertrês horas, mergulha até 3 mil metrosvideo aula pokeralguns casos e realmente se mantém no limite do fisiologicamente possível", explica ele.
"Talvez por isso ela seja mais sensível aos distúrbios decorrentes dos ruídos. A maioria dos encalhesvideo aula pokermassa causados por sonaresvideo aula pokernavegaçãovideo aula pokerfrequências intermediárias envolve baleias-bicudas, especialmente as baleias-bicudas-de-cuvier", afirma Deaville. "Por isso, suspeito que, se elas mergulharem o mais profundamente possível, podem sofrer maior riscovideo aula pokervir à superfície rápido demais e enfrentar condições que podem ser problemáticas."
A cientista Maria Morrel, da Universidadevideo aula pokerMedicina Veterináriavideo aula pokerHanover, na Alemanha, estuda os ouvidos e ossos dos ouvidosvideo aula pokerbaleias com dentes que encalharam, como baleias-piloto. Ela está desenvolvendo um protocolo para avaliar a perdavideo aula pokeraudição das baleias.
Depoisvideo aula pokerestabilizadovideo aula pokerformalina para preservar a amostra, Morrel analisa o ouvido com um microscópio eletrônicovideo aula pokervarredura e observou que a perda das minúsculas células peludas e cicatrizes na membrana dentro do ouvido interno podem indicar perda da função auditiva. Mas ainda não se sabe exatamente como ocorreu a perdavideo aula pokeraudição, nem o que a causou.
Segundo Reidenberg, os pulsosvideo aula pokersonares militares agem como bombas sonoras e certas frequências podem causar a doença da descompressão. Mas ela acrescenta que a marinha norte-americana faz o melhor possível para proteger a vida marinha.
"O sonar passa por boa regulamentação, mas,video aula pokertemposvideo aula pokerguerra, essas regulamentações são suspensas", afirma ela. "A marinha concentra esforços extraordinários para marcar, rastrear e monitorar as baleias, a fimvideo aula pokerprotegê-las dos exercícios com sonares."
Já as operações militares na Europa vêm sendo relacionadas à mortevideo aula pokermassavideo aula pokercetáceos.
Quando 85 toninhas-comuns encalharam ao longovideo aula poker100 km do litoral dinamarquês no intervalovideo aula pokerum mêsvideo aula pokerabrilvideo aula poker2005, determinou-se inicialmente que a captura acidental seria a causa da maior parte dos encalhes, devido às marcasvideo aula pokerredes na pele e à perdavideo aula pokerbarbatanas da cauda dos animais. Os pescadores locais confirmaram que a captura acidental das toninhas foi muito maior que a habitual nas redes instaladas por eles para pescar peixes-lapa.
Mas investigações posteriores revelaram que havia navios militares na região naquela semana, a caminhovideo aula pokerum enorme exercício naval.
O pesquisadorvideo aula pokermamíferos marinhos Andrew Wright, da Universidadevideo aula pokerAarhus, na Dinamarca, concluiu que, embora não seja possível confirmar o usovideo aula pokersonar, ele certamente não pode ser descartado como fator que contribuiu para o aumento das taxasvideo aula pokercaptura acidental.
Para ele, o sonar talvez resultassevideo aula pokeraumento da quantidadevideo aula pokercetáceos afastados pelo ruídovideo aula pokerdireção às redes, ou o distúrbio pode ter reduzidovideo aula pokercapacidadevideo aula pokerdetectar o equipamentovideo aula pokerpesca fixo.
Como diz Deaville, "tudo isso se acumulavideo aula pokercombinação". O que evidencia ainda mais o problema - é impossível desassociar todos os efeitos.
A mineraçãovideo aula pokeralto-mar
Pesquisas recentes indicam que a mineraçãovideo aula pokeráguas profundas também pode causar severas perturbações.
Os pesquisadores estimam que o ruídovideo aula pokerapenas uma mina no leito marinho pode viajar por cercavideo aula poker500 km através da d'água,video aula pokercondiçõesvideo aula pokertempo favoráveis. E,video aula pokerlugares onde diversas minas podem estarvideo aula pokeroperação, o efeito cumulativo da poluição sonora pode ser muito maior.
Como as companhiasvideo aula pokermineração submarina ainda não divulgaram seus dados sobre a poluição sonora, o estudo empregou níveisvideo aula pokerruídovideo aula pokersetores já avaliados, como os navios da indústriavideo aula pokerpetróleo e gás e dragas costeiras, para formar estimativas "conservadoras". Mas especialistas afirmam que o equipamento realvideo aula pokermineração no leito submarino é muito maior e mais poderoso do que esses modelos.
Segundo afirma uma das autoras do estudo, a professoravideo aula pokeracústica subaquática Christine Erbe, da Universidade Curtin, na Austrália, "estimar o ruídovideo aula pokerequipamentos e instalações futuras é um desafio, mas não precisamos esperar que as primeiras minas estejamvideo aula pokeroperação para descobrir o ruído que elas fazem. Identificando o nívelvideo aula pokerruído na fasevideo aula pokerprojetovideo aula pokerengenharia, podemos nos preparar melhor para saber qual pode ser o seu impacto sobre a vida marinha."
No Ártico, os narvais - animaisvideo aula pokeráguas profundas com um dente longo e protuberante, parecendo o chifrevideo aula pokerum unicórnio - vivem relativamente longe da atividade humana. Mas, à medida que o gelo derrete, mais rotasvideo aula pokernavegação estão se abrindo através da região e a exploraçãovideo aula pokerpetróleo e gás também está crescendo.
Cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram recentemente que, quando os narvais da Groenlândia foram expostos a pistolasvideo aula pokerar sísmico (instrumentosvideo aula pokerpesquisavideo aula pokerpetróleo e gás que produzem explosões sonorasvideo aula pokeralta intensidade), eles imediatamente começam a mergulhar para baixo com rapidez, a partir da superfície.
Normalmente, eles deslizam para baixo, para conservar energia. Mas esta táticavideo aula pokerfuga rápida afeta a quantidadevideo aula pokersangue e oxigêniovideo aula pokercirculação no seu corpo. Ela também os afastavideo aula pokeroutras ações, como alimentar-se, segundo dados coletados utilizando etiquetasvideo aula pokermonitoramento.
Todos esses poluentes invisíveis precisam ser levadosvideo aula pokerconsideração. Hanna Nuutila, pesquisadoravideo aula pokerecologia marinha da Universidadevideo aula pokerSwansea, no Paísvideo aula pokerGales, afirma que é fundamental apreciar o efeito cumulativovideo aula pokerdiferentes fatoresvideo aula pokerestresse e processosvideo aula pokerinterferência.
"A interferência é física, como as estruturas na água (incluindo todas as construções costeiras evideo aula pokeralto-mar, desde plataformasvideo aula pokerpetróleo e gás até pilaresvideo aula pokerparques eólicos, portos, marinas e estruturasvideo aula pokerenergia renovável), mas também móvel, como no casovideo aula pokernavios, balsas, petroleiros e cruzeirosvideo aula pokerluxo", afirma ela. Nuutila acrescenta que todas as fontes renováveis marinhas estão passando por escrutínio muito mais detalhado,video aula pokertermosvideo aula pokerimpactos à vida selvagem, do que as indústrias do petróleo, gás e energia nuclear.
Nuutila destaca a necessidadevideo aula pokercriar zonasvideo aula pokersegurança demarcadas, livres da influência humana. A organização Marine Mammal Protected Areas Task Force conduz uma iniciativa global para criar exatamente isso, designando Áreas Importantes para os Mamíferos Marinhos.
Nadarvideo aula pokeruma 'sopa tóxica'
Substâncias tóxicas sintéticas talvez sejam uma das formas mais traiçoeirasvideo aula pokerpoluição oceânica.
Os principais responsáveis são os poluentes orgânicos persistentes (POPs), que não se decompõem facilmente e são lipofílicos, ou seja, eles adoram gordura. Eles acabam na gorduravideo aula pokerbotos, golfinhos e baleias.
Um contaminante particularmente tóxico que nos foi herdado - ele continua causando problemas décadas depois davideo aula pokerproibição - é uma classevideo aula poker209 substâncias industriais conhecidas como bifenilas policloradas (PCBs, na siglavideo aula pokeringlês).
Inventadas nos anos 1920, as PCBs foram usadas na refrigeraçãovideo aula pokermáquinas, produtos elétricos, retardantesvideo aula pokerchama, tintas e vedantesvideo aula pokerconstruções. Elas foram proibidasvideo aula pokertodo o mundo há maisvideo aula poker40 anos, mas ainda permanecemvideo aula pokeraterros,video aula pokeronde acabam saindo para invadir o ambiente marinho.
Rob Deaville explica por que as PCBs são tão preocupantes: "elas funcionamvideo aula pokerduas formas. Elas prejudicam o sistema imunológico,video aula pokerforma que [os animais] podem ter diversas doenças secundárias porque o [seu] sistema imunológico é basicamente abatido. E, mais traiçoeiramente, elas também prejudicam a reprodução,video aula pokerforma que as populações com alta exposição às PCBs sofrerão queda da quantidadevideo aula pokernascimentosvideo aula pokeranimais jovens."
"Uma populaçãovideo aula pokerbaleias pode não ter filhotes por muito tempo, mesmo sendo reprodutivamente ativa", afirma Deaville. "Isso será um sinal vermelho para nós e indicará possível exposição às PCBs."
Em 2016, uma orca chamada Lulu foi encontrada morta no litoral da ilhavideo aula pokerTiree, a mais ocidental das Hébridas Interiores, na Escócia, depoisvideo aula pokerse emaranharvideo aula pokeruma redevideo aula pokerpesca.
O exame post-mortem do corpo do animal encontrou níveis extremamente altosvideo aula pokerPCBs (100 vezes acima do limitevideo aula pokertoxicidade para PCBs na gorduravideo aula pokermamíferos marinhos). Os cientistas concluíram que ela era um dos animais mais contaminados do planeta,video aula pokertermosvideo aula pokerconcentraçãovideo aula pokerPCBs.
E, ao examinar os seus ovários, os cientistas do programa escocêsvideo aula pokerestudosvideo aula pokerencalhes marinhos não encontraram evidênciasvideo aula pokerque, algum dia, ela tivesse sido reprodutivamente ativa.
Ao longo da vidavideo aula pokerqualquer animal, a exposição a poluentes mudavideo aula pokerum lugar para outro e com o passar do tempo. A exposição também atinge diferentes espéciesvideo aula pokergraus variáveis.
As orcas costumam viver mais tempo do que os botos, por exemplo. Por isso, elas têm mais tempo para acumular poluentes químicos no seu corpo. As orcas também se alimentamvideo aula pokerum degrau mais alto da cadeia alimentar,video aula pokerforma que elas comem peixes maiores e outros mamíferos marinhos que também contêm contaminantes.
Deaville explica que os POPs são armazenados na gordura. Quando o estado nutricionalvideo aula pokerum animal se deteriora, seja sazonalmente ou por consequênciavideo aula pokerdoenças, esses contaminantes tóxicos são liberados para o sangue à medida que a camadavideo aula pokergordura diminui.
Substâncias tóxicas também são transmitidas para os filhotes através do leite. Por isso, a mãe pode inadvertidamente descarregarvideo aula pokerpoluição tóxica para o primeiro filhote, às vezes causandovideo aula pokermorte.
A toxicóloga Rosie Williams, que trabalha com Deaville, descobriuvideo aula pokerum estudovideo aula poker2021 que altos níveisvideo aula pokerPCBsvideo aula pokeramostrasvideo aula pokergorduravideo aula poker267 toninhas-comuns encalhadas foram associados à redução do tamanho dos testículosvideo aula pokeranimais machos. Esses poluentes têm impacto direto sobre a fertilidade e podem afetar o sucesso futuro na reprodução da espécie.
As PCBs também são conhecidas por suprimirem o sistema imunológico,video aula pokerforma que animais com níveis mais altosvideo aula pokercontaminantes também apresentam maior propensão a morrervideo aula pokerdoenças infecciosas.
É claro que os mamíferos marinhos não são expostos a uma única substânciavideo aula pokercada vez. Desde o seu início,video aula poker1990, o Programavideo aula pokerPesquisavideo aula pokerEncalhesvideo aula pokerCetáceos do Reino Unido realizou maisvideo aula poker4 mil necropsiasvideo aula pokerbotos, golfinhos e baleias e examinou uma ampla variedadevideo aula pokerpoluentes, desde o pesticida proibido DDT, amplamente conhecido, até resíduosvideo aula pokertintas anti-incrustantes e retardantesvideo aula pokerchama acrescentados a tecidos.
"Um animal pode vivervideo aula pokeruma áreavideo aula pokerpesca intensiva, com alto nívelvideo aula pokercaptura acidental, com menos ofertavideo aula pokercaça, altamente contaminada, com muito ruído e tudo isso acontecendovideo aula pokerconjunto ao mesmo tempo - é assim que o animal passavideo aula pokervida", afirma Deaville. "O impacto é cumulativo. É algo complexo a ser enfrentado."
No caso dos botos encalhados e dissecadosvideo aula pokerlaboratório, a poluição química pode ter influenciado. Em alguns meses, os relatórios toxicológicos mostrarão mais sobre seu ônus químico específico. A questão, para Deaville e Williams, é observar mudançasvideo aula pokertendências que possam informar os políticos e alterar a formavideo aula pokergestão dos poluentes.
Os plásticos também estão no alto da lista - um estudovideo aula poker2019 da Universidadevideo aula pokerExeter, na Inglaterra, estudou 50 mamíferos marinhos encalhados no litoral do Reino Unido e encontrou microplásticosvideo aula pokertodos eles. Até o momento, os estudos sobre o impacto real dessas partículasvideo aula pokerplástico sobre a sobrevivência dos cetáceos permanecem inconclusivos.
Especialistas afirmam que,video aula pokervezvideo aula pokerlidar com uma ameaçavideo aula pokercada vez, os animais sofrem a pressão combinadavideo aula pokerdiversas formasvideo aula pokerpoluição no ambiente marinho.
Os mamíferos marinhos estão vivendovideo aula pokeruma "sopavideo aula pokerpoluição", segundo Deaville. Ele acrescenta que os efeitos são diferentes, dependendo da localização, profundidade, da estação ou do estágiovideo aula pokervida dos animais.
Grande parte dos danos e incômodos causados pela atividade humana é acidental e pode ser evitada, segundo o cineasta e escritor Tom Mustill, autorvideo aula pokerum novo livro chamado How to Speak Whale ("Como falar 'baleiês'",video aula pokertradução livre).
Ele afirma que, com projetos diferentes e examinando como algo poderá prejudicar outros animais - especialmente baleias e golfinhos, que fazem usovideo aula pokermétodos sofisticadosvideo aula pokercomunicação -, podemos reduzir drasticamente essas consequências negativas.
Estabelecer limitesvideo aula pokervelocidade dos navios, por exemplo, pode reduzir drasticamente as colisões. Na costa leste dos Estados Unidos, propostasvideo aula pokerintroduçãovideo aula poker"zonasvideo aula pokervelocidade dinâmica" poderiam ajudar a proteger as ameaçadas baleias-francas-do-atlântico-nortevideo aula pokerregiões onde esses mamíferos marinhos forem detectados.
Reduzir a velocidade dos navios faz com que os animais tenham mais tempo para adaptarvideo aula pokernavegação e reduzir o riscovideo aula pokerserem atingidos pelos navios.
"Essa ciência que descobre como são as vidas sensoriais desses animais, como eles percebem o mundo e como eles se comunicam nos permite compreender como podemos afetá-los e alterar o nosso impacto. Isso pode ser transformador", afirma Mustill.
Por mais angustiante que seja o exame post-mortemvideo aula pokerum boto, cada encalhe evidentemente fornece aos cientistas informações valiosas sobre o modovideo aula pokervida e a morte desses cetáceos e como nossas ações os prejudicam. A etapa seguinte é adaptar nossas estratégias e políticas,video aula pokerforma a reduzir a poluição e proteger melhor a vida marinha e a saúde dos oceanos.
- Este texto foi publicadovideo aula pokerhttp://vesser.net/vert-fut-63844058
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