Por que nossas expressões faciais não refletem nossos sentimentos:melhores casas de apostas para futebol

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Legenda da foto, O que entendemos como uma expressão universalmelhores casas de apostas para futebolmedo não é universal

Uma teoria que vem ganhando força – e tem cada vez mais adeptos – émelhores casas de apostas para futebolque as expressões faciais não refletem nossos sentimentos.

Em vezmelhores casas de apostas para futebolleituras confiáveismelhores casas de apostas para futebolnossos estados emocionais, elas mostram, na verdade, nossas intenções e objetivos sociais.

O rosto age "como uma placamelhores casas de apostas para futeboltrânsito para controlar o tráfego", diz Alan Fridlund, professormelhores casas de apostas para futebolpsicologia da Universidade da Califórniamelhores casas de apostas para futebolSanta Bárbara, nos EUA, responsável pela elaboraçãomelhores casas de apostas para futebolum estudo recente com Crivelli, da universidade britânica De Montfort.

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Legenda da foto, "Nossos rostos são formasmelhores casas de apostas para futeboldirecionar a trajetóriamelhores casas de apostas para futeboluma interação social", argumentam especialistas

Nele, os especialistas defendem uma visão mais utilitária das expressões faciais. "Nossos rostos são formasmelhores casas de apostas para futeboldirecionar a trajetóriamelhores casas de apostas para futeboluma interação social", argumenta.

Isso não quer dizer que nós tentamos ativamente manipular os outros com nossas expressões faciais (emboramelhores casas de apostas para futebolvezmelhores casas de apostas para futebolquando possamos fazer isso). Sorrir e franzir as sobrancelhas podem ser reações instintivas.

Mas nossas expressões são menos um espelho do que está acontecendo dentromelhores casas de apostas para futebolnós do que um sinal que estamos enviando sobre o que queremos que aconteçamelhores casas de apostas para futebolseguida.

Sendo assim,melhores casas de apostas para futebolmelhor caramelhores casas de apostas para futebol"nojo", por exemplo, pode mostrar que você não está feliz com a forma como a conversa está se desenrolando – e que você busca uma alternativa àquela situação.

"É a única razão que faz sentido para a expressão facial ter evoluído", diz Bridget Waller, professoramelhores casas de apostas para futebolpsicologia evolutiva da Universidademelhores casas de apostas para futebolPortsmouth, na Inglaterra. Rostos, diz ela, estão sempre "dando algum tipomelhores casas de apostas para futebolinformação importante e útil tanto para o emissor quanto para o receptor".

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Legenda da foto, Ideiamelhores casas de apostas para futebolque as emoções são fundamentais, instintivas e estão expressasmelhores casas de apostas para futebolnossos rostos está profundamente arraigada na cultura ocidental

As expressões e o tempo

Embora possa parecer sensata, essa teoria existe há muito tempo.

A ideiamelhores casas de apostas para futebolque as emoções são fundamentais, instintivas e estão expressasmelhores casas de apostas para futebolnossos rostos está profundamente arraigada na cultura ocidental.

Os gregos antigos opuseram as "paixões" à razão; no século 17, o filósofo francês René Descartes expôs seis paixões básicas que poderiam interferir no pensamento racional. Em seguida, o artista Charles Le Brun conectou-as ao rosto, definindo "a configuração facial anatomicamente correta e adequadamente matizada para cada paixão cartesiana", escrevem Crivelli e Fridlund.

Nos anos 60 e 70, a pesquisa científica também começou a apoiar a ideiamelhores casas de apostas para futebolque algumas emoções básicas poderiam ser universalmente compreendidas por meiomelhores casas de apostas para futebolexpressões faciais.

Em diferentes países do mundo, o pesquisador Paul Ekman pediu aos participantes que combinassem fotosmelhores casas de apostas para futebolexpressões faciais com emoções ou cenários emocionais. A conclusão foimelhores casas de apostas para futebolque algumas expressões ─ e seus sentimentos correspondentes ─ eram reconhecidas por pessoasmelhores casas de apostas para futeboltodas as culturas. (Essas "emoções básicas" foram felicidade, surpresa, repulsa, medo, tristeza e raiva.)

Hoje, o legado das teoriasmelhores casas de apostas para futebolEkman está por toda parte: desde cartazes espalhados por escolas até no programa do governo americano usado para identificar potenciais terroristas.

Mas a teoria tem seus críticos. A antropóloga cultural americana Margaret Mead, que acreditava que nossas expressões eram comportamentos assimilados, era uma delas. Fridlund, que no iníciomelhores casas de apostas para futebolsua carreira escreveu dois artigosmelhores casas de apostas para futebolparceria com Ekman e depois se desiludiumelhores casas de apostas para futebolsuas ideias, também.

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Legenda da foto, Novas pesquisas estão colocandomelhores casas de apostas para futebolxeque dois dos principais pilares da teoria básica da emoção

Postos à prova

Novas pesquisas estão colocandomelhores casas de apostas para futebolxeque dois dos principais pilares da teoria básica da emoção.

O primeiro é a ideiamelhores casas de apostas para futebolque algumas emoções são universalmente compartilhadas e reconhecidas. O segundo, a crençamelhores casas de apostas para futebolque as expressões faciais são espelhos confiáveis dessas emoções.

"São dois pontos diferentes que realmente foram confundidos pelos estudiosos", diz Maria Gendron, do Departamentomelhores casas de apostas para futebolPsicologia da Universidademelhores casas de apostas para futebolYale.

Essa nova levamelhores casas de apostas para futebolestudos inclui o trabalho recentemelhores casas de apostas para futebolCrivelli. Ele passou meses mergulhadomelhores casas de apostas para futebolmeio aos trobriandeses da Papua Nova Guiné, assim como os mwanimelhores casas de apostas para futebolMoçambique. Com os dois grupos indígenas, descobriu que os participantes do estudo não atribuíam emoções aos rostos da mesma maneira do que os ocidentais.

Não era apenas o semblante do medo. Crivelli mostrou aos trobriandeses um rosto sorridente. Apenas uma pequena parcela o associou à felicidade. Cercamelhores casas de apostas para futebolmetade daqueles a quem o pesquisador pediu para descrever a fisionomiamelhores casas de apostas para futebolsuas próprias palavras o chamoumelhores casas de apostas para futebol"riso": uma palavra que lida com ação, não com sentimento.

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Legenda da foto, Se nossas expressões não refletem nossos sentimentos, há enormes consequências disso: inteligência artificial é uma delas

E vários descreveram o rosto sorridente como exibindo a "magia da atração", uma emoção exclusiva dos trobiandeses que Crivelli descreve como "um encantamento eufórico", ou uma sensaçãomelhores casas de apostas para futebolser positivamente impactado pela magia.

Gendron encontrou reações similares quando estudava outros grupos indígenas – o povo himba na Namíbia e os hadza na Tanzânia.

Ambos os grupos, quando solicitados a descrever uma expressão facialmelhores casas de apostas para futebolsuas próprias palavras, tenderam a não descrevê-la como "feliz" ou "triste". Em vez disso, focaram as ações das pessoas nas fotografias (descrevendo-as como rindo ou chorando) ou extrapolando as razões para as expressões ("Alguém morreu").

Em outras palavras, nem o pesquisador encontrou evidênciasmelhores casas de apostas para futebolque o que está por trásmelhores casas de apostas para futeboluma expressão facial – incluindo se uma expressão reflete uma emoção mais íntima – é inato ou universalmente compreendido.

Sentimentos ocultos

Para tornar tudo mais complicado, mesmo quando são interpretadas por outras pessoas como se retratassem um certo sentimento, nossas expressões faciais podem identificar uma emoção que não estamos realmente experimentando.

Em uma análisemelhores casas de apostas para futebolcercamelhores casas de apostas para futebol50 estudos realizadamelhores casas de apostas para futebol2017, os pesquisadores descobriram que apenas uma minoria dos rostos das pessoas refletia seus sentimentos reais. Segundo um dos coautores, Rainer Reisenzein, apenas uma exceção fugia à regra: divertimento, que quase sempre resultavamelhores casas de apostas para futebolsorrisos ou risos.

Reisenzein hesitamelhores casas de apostas para futebolinterpretar o que essas descobertas significam. "Sou um desses cientistas antiquados que apenas pesquisam", brinca.

No entanto, ele diz acreditar que há boas razões evolucionárias para não revelarmos nossos estados internos a outras pessoas: "Isso nos colocariamelhores casas de apostas para futeboldesvantagem".

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Legenda da foto, Pessoas devem ler rostos "como uma placamelhores casas de apostas para futebolestrada", diz Fridlund

Se nossas expressões não refletem nossos sentimentos, há enormes consequências.

Uma é no campo da inteligência artificial (IA), especificamente a robótica.

"Um bom númeromelhores casas de apostas para futebolpessoas está treinandomelhores casas de apostas para futebolinteligência artificial e seus robôs sociais usando esses rostos clássicosmelhores casas de apostas para futebolsemblantes típicos", diz Fridlund.

Mas se alguém que franze a testamelhores casas de apostas para futebolum robô está sinalizando algo diferente do que simples infelicidade, a IA pode responder a eles incorretamente.

"Não há como prever como o robô deve reagir quando vê um rosto sorridente, um rosto mal-humorado ou um rosto zangado", observa. "Você tem que ter algum tipomelhores casas de apostas para futebolconhecimento do papel da pessoamelhores casas de apostas para futebolrelação a você e também a históriamelhores casas de apostas para futebolvocês juntos, antesmelhores casas de apostas para futebolsaber o que esse rosto significa."

Fridlund, que dá consultoria a empresas que desenvolvem esse tipomelhores casas de apostas para futeboltecnologia, diz acreditar que a IA extraídamelhores casas de apostas para futebolsituações contextualizadas será mais efetiva.

Para a maioriamelhores casas de apostas para futebolnós, porém, a nova pesquisa pode ter um efeito maior sobre como interpretamos as interações sociais.

Poderíamos nos comunicar melhor, por exemplo, se víssemos rostos não como reflexosmelhores casas de apostas para futebolemoções ocultas – mas sim como se ativamente quisessem falar conosco.

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Legenda da foto, "Quando você ri e como você rimelhores casas de apostas para futebolmeio a uma interação social é absolutamente crucial", diz Waller

As pessoas devem ler rostos "como uma placamelhores casas de apostas para futebolestrada", diz Fridlund. "É como uma agulhamelhores casas de apostas para futeboluma ferrovia: vamos seguirmelhores casas de apostas para futebolfrente ou vamos mudar a conversa?"

Sendo assim, o franzir do rostomelhores casas de apostas para futebolsua amiga pode não significar raiva; talvez ela só queira que você concorde com seu pontomelhores casas de apostas para futebolvista. O beicinho do seu filho não reflete necessariamente tristeza; ele pode apenas querer que você tenha empatia ou o protejamelhores casas de apostas para futeboluma situação desconfortável.

Dê uma gargalhada, exemplifica Waller: "quando você ri e como você rimelhores casas de apostas para futebolmeio a uma interação social é absolutamente crucial."

Uma risada inadequadamente cronometrada pode não revelarmelhores casas de apostas para futebolalegria interior com o que está acontecendo – mas pode mostrar que você não está prestando atenção à conversa, ou até sinalizar hostilidade.

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Legenda da foto, Beicinhomelhores casas de apostas para futebolseu filho não reflete necessariamente tristeza; ele pode apenas querer que você tenha empatia ou o protejamelhores casas de apostas para futeboluma situação desconfortável

Para Crivelli, nossos rostos podem até ser mais calculistas do que isso.

Ele nos compara a manipuladoresmelhores casas de apostas para futebolmarionetes. Nossas expressões seriam, emmelhores casas de apostas para futebolvisão, "fios ou cordas invisíveis que você está tentando usar para influenciar o outro".

E, claro, essa outra pessoa também está nos manipulando. Somos criaturas sociais, no fim das contas.