O que defendem os negacionistas do Holocausto, no centrobetway 250polêmica envolvendo Mark Zuckerberg:betway 250

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Legenda da foto, Os negacionistas afirmam que as mortesbetway 250judeus sob o domínio nazista foram resultado da guerra e nãobetway 250uma perseguição sistemática e assassinatobetway 250massa organizado pelo Estado

betway 250 "O Holocausto betway 250 , a tentativa da Alemanha betway 250 nazistabetway 250exterminar judeus europeus durante a Segunda Guerra Mundial betway 250 , nunca aconteceu."

É o que pensam os "negacionistas do Holocausto", que rejeitam a ideiabetway 250que a Alemanha nazista sistematicamente aniquilou judeus durante a Segunda Guerra, como explicou à BBC a historiadora Deborah Lipstadt, da Emory University, dos Estados Unidos.

"Eles afirmam que os nazistas não assassinaram seis milhõesbetway 250judeus, que a noçãobetway 250que havia câmarasbetway 250gás para matarbetway 250massa é um mito, e que qualquer mortebetway 250judeus ocorrida sob o domínio nazista foi resultado da guerra e nãobetway 250uma perseguição sistemática e assassinatobetway 250massa organizado pelo Estado", disse Lipstadt.

"Alguns até afirmam que Hitler era o melhor amigo que os judeus tinham na Alemanha e que ele trabalhou ativamente para protegê-los", diz a especialista.

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Legenda da foto, Pesquisadores acreditam que entre 5 milhões e 6 milhõesbetway 250judeus morreram na Europa durante a Segunda Guerra Mundial.

O tema da negação do Holocausto ressurgiu esta semana após o presidente e cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, defendeu o direitobetway 250"negacionistas do Holocausto"betway 250fazerem parte da rede social.

Como judeu, ele disse ver esse pensamento como "profundamente ofensivo", mas rejeitou a ideiabetway 250excluir os perfisbetway 250quem o difunde.

"Eu acho que há coisas sobre as quais as pessoas se equivocam. Não acho que estejam intencionalmente interpretando os fatosbetway 250forma errada", disse ele ao sitebetway 250tecnologia Recode, na quarta-feira.

Mas o que dizem os negacionistas do Holocausto? Lipstadt apresenta seus 4 principais postulados.

Legenda do vídeo, O emocionante retornobetway 250sobrevivente do Holocausto a campobetway 250concentraçãobetway 250onde foi libertada ao fim da 2ª Guerra

betway 250 1. Auschwitz não era um campobetway 250extermínio

Lipstadt, autora do best-seller A Negação do Holocausto, diz que os "negacionistas" veem Auschwitz, o complexobetway 250camposbetway 250concentração e extermínio no sul da Polônia tido como símbolo do Holocausto, como meros camposbetway 250prisioneiros.

As notórias câmarasbetway 250gás, fartamente documentadas após a guerra, teriam sido, na verdade, "câmarasbetway 250desinfecção" ou necrotérios, ou apenas "abrigos antiaéreos".

"Esse argumento ('abrigos antiaéreos') ignora o fatobetway 250que eram pequenos demais para abrigar os prisioneiros do campo", explica Lipstadt.

Alguns negacionistas afirmam que os milharesbetway 250judeus mortosbetway 250Auschwitz falecerambetway 250consequênciabetway 250uma "epidemiabetway 250tifo".

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Legenda da foto, Aqueles que negam o Holocausto afirmam que os edifícios identificados como "câmarasbetway 250gás"betway 250extermíniobetway 250massa não tinham essa função

2. A documentação foi fabricada

O extermíniobetway 250judeus teria sido um "mito fabricado".

Os argumentos sãobetway 250que as provas documentais teriam sido falsificadas no final da Segunda Guerra Mundial por pessoas que trabalham para a comunidade judaica mundial, diz Lipstadt.

Também alegam que "milhares dessas falsificações foram plantadasbetway 250arquivosbetway 250toda a Europa".

Mencionam a ausência do que seria uma prova concreta "convincente": uma ordembetway 250Hitler, por escrito, autorizando a aniquilação dos judeus.

Para Lipstadt, a alegaçãobetway 250que toda a documentação do Holocausto foi feita por falsificadores é "incrivelmente improvável".

"Isso não explica por que esses supostos falsificadores, incrivelmente talentosos, não conseguiram produzir a única folhabetway 250papel que os negacionistas exigem como 'prova'betway 250que o genocídio ocorreu", isto é, a ordem que teria partido do próprio Hitler.

3. Muitos judeus não morreram, apenas foram embora

Outro argumento comumbetway 250negacionistas é a explicação que dão para o desaparecimentobetway 250judeusbetway 250países como a Alemanha: eles simplesmente foram embora.

Segundo Lipstadt, a alegação ébetway 250que "perdeu-se o rastro deles quando foram para lugares como a União Soviética ou os Estados Unidos".

"Eles afirmam que nesses países já havia tantos judeus que ninguém notou a presençabetway 250mais alguns milhões", explica a pesquisadora.

Um dos defensores dessa teoria, o professor americano Arthur Butz, diz que muitos judeus que teriam sido mortos na Segunda Guerra na verdade sobreviveram mas não voltaram a contatar suas famílias porque teriam montado "novas famílias"betway 250outros lugares.

Segundo Butz, estes teriam encontrado outras parceiras ou parceiros, estabeleceram melhores relacionamentos, começaram a vida nova e não atualizaram seus registros oficiais.

Lipstadt considera esta argumentação "improvável".

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Legenda da foto, Os negacionistas afirmam que muitos dos judeus dados como mortos foram, na verdade, embora para outros países

4. As confissões não são válidas

Otto Ohlendorf, comandantebetway 250uma das unidades das Einsatzgruppen - um esquadrão da morte responsável por diversas execuçõesbetway 250massa na Alemanha nazista - testemunhou publicamente que entre junhobetway 2501941 e 1942 o grupo que comandava assassinou 90 mil pessoas.

Mas os negacionistas rejeitam as confissões e testemunhos feitos por ex-comandantes militares ou membros do governo nazista, alegando que estes teriam sido feitos sob tortura - e, por isso, deveriam ser ignoradas.

"Eles dizem que aqueles que confessavam sabiam que a admissão levaria a uma condenação à morte, por isso não teriam confessado se não tivessem sido forçados a isso", explica Lipstadt.

No entanto, a acadêmica ressalta que várias das confissões mais detalhadas foram escritas depois que os acusados pelos crimes já haviam sido condenados à morte.

Para negacionistas, entretanto, estas confissões pós-condenação refletem a "enxurradabetway 250propaganda" a que foram submetidas essas "vítimas do engano".

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Legenda da foto, Oskar Groening, conhecido como "contadorbetway 250Auschwitz", foi um dos muitos oficiais nazistas que relataram como funcionavam os camposbetway 250concentração

O que disse Zuckerberg?

As declarações polêmicasbetway 250Mark Zuckerberg foram dadasbetway 250entrevista ao site da tecnologia Recode,betway 250resposta a perguntas sobre o que o Facebook está fazendo para combater notícias e sites falsos, como o InfoWars, que promovem teorias da conspiração.

Quando perguntado sobrebetway 250política relacionada a notícias falsas no Facebook, Zuckerberg citou como exemplo as pessoas que negam o Holocausto.

"Sou judeu e há um grupobetway 250pessoas que negam que o Holocausto tenha acontecido", disse ele à repórter Kara Swisher.

"Acho isso profundamente ofensivo. Mas, no fim das contas, não acho que nossa plataforma deva excluir (esses usuários), porque creio que existem coisas sobre as quais as pessoas se equivocam. Não acho que estejam intencionalmente interpretando os fatosbetway 250forma errada", disse Zuckerberg.

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Legenda da foto, Depoisbetway 250críticas por seus comentários sobre os negacionistas do Holocausto, Mark Zuckerberg disse que não os defende

Por causa da repercussãobetway 250seu comentário, Zuckerberg enviou, depois, uma declaração à revista esclarecendo seu posicionamento.

"Pessoalmente acho a negação do Holocausto profundamente ofensiva e não pretendia defender as pessoas que o negam", frisou.