Redes sociais prometem 'comunidade global', mas resultado é polarização e não união, diz historiador:workable novibet
workable novibet O historiador britânico Niall Ferguson comparou o impacto da mensagemworkable novibetMartinho Lutero, há 500 anos, com o prometido hoje pelo que chamouworkable novibet'sacerdotes do Vale do Silício'. Em ambos os casos, os resultados imediatos não foram tão bons quanto as intenções.
"Na maior parte da históriaworkable novibetque temos conhecimento, instituições hierárquicas, como os Estados, dominaram as (chamadas) redes sociais", disse.
"Houve duas erasworkable novibetque novas tecnologias empoderaram redes (sociais) e enfraqueceram hierarquias. A primeira vez foi 500 anos atrás, quando Martinho Lutero lançouworkable novibetcampanha pela reforma da Igreja Católica. A segunda é o momento atual", argumentou.
"Se não fosse pela imprensa escrita, Lutero teria sido só mais um herege 'torrado na fogueira'. Mas a imprensa, uma espécieworkable novibetinternet antiga, permitiu queworkable novibetmensagem viralizasse pela Europa."
"Lutero era um utópico. Acreditava que a reforma traria um 'sacerdócioworkable novibetfiéis'. Em vez disso, a Europa mergulhouworkable novibetconflitos. Da mesma forma, os sacerdotes do Vale do Silício nos prometeram uma comunidade global. Mas, agora, assim como antes, redes recém-empoderadas levaram à polarização, e não à união. Viraram, também como antes, um meioworkable novibettransmissãoworkable novibetnotícias falsas e visões extremistas", concluiu.
As redes sociais não deram poder às pessoas, pelo contrário, se aproveitam delas, afirma o historiador, defendendo que não devemos deixar às empresasworkable novibettecnologia o poderworkable novibetdecidir por nós qual conteúdo bloquear.
"Os sacerdotes do Vale do Silício nos prometeram uma comunidade global, mas as redes sociais levaram à polarização,workable novibetvezworkable novibetà união", afirmou Ferguson no quadro opinativo Viewsnight, do programa da BBC Newsnight. "As redes não nos empoderam - nos usam. Para o Vale do Silício, somos perdedores."
Em referência à pressãoworkable novibetgovernos e agentes regulatórios para que as redes sociais expliquem seu papel na difusãoworkable novibetnotícias falsas durante a eleição americana e para que ajam para bloquear conteúdo extremista, Ferguson opina que devemos reivindicar para nós, usuários, esse poderworkable novibetvetar conteúdo.
"Hoje, agentes regulatórios exigem que o Vale do Silício retire o discursoworkable novibetódio das plataformas. Mas atenção quanto a dar às empresasworkable novibettecnologia ainda mais poder. Se é censura o que você quer, não a deixe cargo do Facebook", declarou o historiador.
"Pessoalmente, defendo a liberdadeworkable novibetexpressão sob o riscoworkable novibetme sentir ofendido pelo que os outros dizem, (mas) decidindo eu mesmo o que bloquearworkable novibetvezworkable novibetdeixar isso para 'Cidadão Zuck'."
Reforma protestante
Ferguson, hoje na Universidade Stanford (EUA), foi professorworkable novibetHarvard e é autorworkable novibet14 livros, entre eles A Ascensão do Dinheiro, sobre o mercado financeiro, e A Grande Degeneração, com críticas à sociedade ocidental.
Em manifestações prévias, Ferguson - tido como ideologicamente mais alinhado à direita - já havia mencionado seu ceticismo com as revoluções tecnológicas originadas no Vale do Silício.
"Ofereço-lhes uma lição simplesworkable novibethistória: informaçãoworkable novibetmaior volume e velocidade não é algo bom por si só. Conhecimento nem sempre é a cura. E efeitosworkable novibetrede nem sempre são positivos", argumentouworkable novibetartigoworkable novibet2012, chamado Não acredite na onda tecno-utópica.
"Houve grande progresso tecnológico nos anos 1930. Mas isso não pôs fim à Grande Depressão. Foi necessária uma guerra mundial (para isso). Será que algo tão horrível poderia acontecer nos nossos tempos? Não descarte essa possibilidade. Lembremo-nos da sequênciaworkable novibeteventos: depressão econômica, criseworkable novibetdemocracia, caminho à guerra."