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Depois do 'não pode', a choradeira: especialista dá dicas para lidar com frustração e birra infantis:esporte virtual bet365
Entre as milharesesporte virtual bet365curtidas e compartilhamentos do caso, houve muitas críticas à atitude da mãe, inclusive sugerindo palmadas para dar um "corretivo" na criança, e outras tantas à resposta da colecionadora, considerada "egoísta" por parte das pessoas.
Mas será que há formas diferentes - e mais eficazes -esporte virtual bet365lidar com essas questões rotineiras envolvendo desejos infantis?
A BBC Brasil conversou a respeito com a escritora Elisama Santos, consultoraesporte virtual bet365educação não violenta, método que prega comunicação empática nas relações pessoais e profissionais, e autora do livro Tudo Eu! Confissõesesporte virtual bet365uma Mãe Sincera.
"De um lado temos uma mãe que quer evitar a qualquer custo a frustração do filho", diz Santos. "(De outro), ainda há muitos pais que batem nas crianças. Quando você bate, é porque acabouesporte virtual bet365capacidadeesporte virtual bet365diálogo, e o resultado é que hoje temos uma geração que não sabe conversar."
Santos é advogadaesporte virtual bet365formação, mas se interessou por comunicação não violenta depois do nascimento dos filhos, hoje com 5 e 2 anosesporte virtual bet365idade. Acabou se especializandoesporte virtual bet365educação parental, que virou temaesporte virtual bet365livros e palestras.
Para quem acredita que a comunicação não violenta pode deixar a criança despreparada para lidar com uma sociedade geralmente pouco compreensiva, Santos defende que o efeito é o oposto.
"Ensinar meu filho a ter empatia com os demais não significa aceitar tudo passivamente", diz. "Pelo contrário, é entender que os incômodos fazem parte da vida e saber lidar com eles. Se ele apenas aprender a responder violência com mais violência, ele não mudará nada no mundo."
A seguir, ela dá ideias sobre como agiresporte virtual bet365momentos bem comuns no dia a diaesporte virtual bet365pais e crianças pequenas - sem se desesperar, mantendo o diálogo aberto e sem precisar recorrer a ameaças ou palmadas:
Quando é preciso dizer não...
"Temos uma nova levaesporte virtual bet365pais que decidiram que não vão usar a violência, mas também não sabem como ajudar a criança a lidar com suas frustrações. E daí, assumem um papel oposto ao que deveriam,esporte virtual bet365achar que têm que poupar o filhoesporte virtual bet365todas as frustrações", diz Santos.
"É normal uma criança chorar porque quer um brinquedo. Ela tem vontades, desde comer chocolate antes do almoço a não ir para a escola. Entender a vontade é não julgar se esta deveria ou não existir, que é o que a maioria das pessoas faz. Convencer a criança a não querer mais aquilo geralmente não dá certo."
A recomendação da consultora é, ao dizer não, explicar o motivo sem invalidar o pontoesporte virtual bet365vista da criança.
"É dizer 'eu sei que o brinquedinho é legal, e entendo você ter vontadeesporte virtual bet365brincar com ele', entendendo a frustração que vai vir com o meu 'não'."
...E lidar com a frustração
"Com meus filhos, eu os acolho (durante os momentosesporte virtual bet365frustração) e nomeio seus sentimentos - 'você está triste, você está frustrado' - para que eles os conheçam. A gente acha normal explicar o que é uma mesa e uma cadeira, mas não um sentimento", diz Santos.
"Sem conselhos, sem julgamentos, eu os escuto ativamente enquanto dizem 'mas mamãe, eu queria muito brincar com aquele brinquedo'. Minha recomendação, depois disso, é dizer que a tristeza dói, mas que agora a gente vai dar a volta por cima. E daí eu uso a imaginação. No caso do bonequinho, eu diria para meu filho desenhar o boneco que ele quisesse ou imaginar uma história com o boneco."
Quando as crianças choramesporte virtual bet365público
Santos é da opiniãoesporte virtual bet365que pais que tenhamesporte virtual bet365lidar com crisesesporte virtual bet365choro do filho deveriam aprender a ignorar a opinião alheia.
"É triste que olhemos para quem ainda não sabe lidar com seus sentimentos desse modo ruim. A primeira coisa que costumamos falar nessas circunstâncias é 'não chore'. Daí crescemos aprendendo que o choro por fome é válido e que o choro por medo, tristeza ou colo é 'manha' - um descontrole, algo que não deveria existir. Mas com isso as crianças se tornam analfabetas emocionais, sem ferramentas para lidar comesporte virtual bet365raiva,esporte virtual bet365angústia."
"Minha sugestão é que os pais foquemesporte virtual bet365lidar com o choro do seu filho, e não com o incômodo que ele traga aos outros. Se eu for me preocupar com quem está ao redor, me perco e começo a ficar nervosa."
Quando as crianças querem tudo na lojaesporte virtual bet365brinquedos
A tentação das lojasesporte virtual bet365brinquedos costuma ser irresistível para muitas crianças. Para resistir aos pedidos dos pequenos, Santos sugere que os pais os anotem - apenas isso.
"Quando meu filho pede um presente, eu anoto: ele quer um capacete assim e assado. 'Quando vou te dar? Não sei, filho, agora não tenho dinheiro, mas está aqui, anotado'. A maioria das vezes a criança só quer saber que você validou o desejo dela, assim como nós queremos várias coisas que muitas vezes não podemos ter. Isso torna o processo mais leve e fácilesporte virtual bet365lidar", explica ela.
"Claro que tem as vezesesporte virtual bet365que as crianças querem as coisas 'para ontem', e nesses casos eu sugiro usar a imaginação: 'não podemos comprar o brinquedo, mas podemos desenhar e imaginar'. Mas,esporte virtual bet365geral, as listinhas funcionam bem aquiesporte virtual bet365casa."
Quando você está com pressa, mas a criança não
"Se você tem pressa para sairesporte virtual bet365casa, sugiro tentar ser divertido com a criança, ou ela provavelmente vai não colaborar", afirma Santos.
"Coloque três paresesporte virtual bet365sapato no chão e deixe ela escolher qual quer usar; diga que ela é capitãesporte virtual bet365uma nave espacial e tem que completar diversas missões, que incluem se arrumar para sair."
Mas e se não tiver jeito - a criança não quer entrar no carro? Daí você não precisa negociar com a criança, mas pode retomar mais tarde a conversa.
"Nesses casos eu digo ao meu filho 'sinto muito, a gente vai conversar sobre por que você está chateado, mas no momento a mamãe precisa sair."
Quando a ida ao supermercado se torna um estresse
Santos diz que uma das perguntas que mais ouveesporte virtual bet365pais e mães é: como tornar as idas ao supermercado e ao shopping mais tranquilas?
"São lugares com excessoesporte virtual bet365informação, que causam estresse às crianças porque elas não sabemesporte virtual bet365que focaresporte virtual bet365atenção", diz a consultora. "Uma ideia é dar uma tarefa à criança: 'pegue três maçãs' para as maiorzinhas; organizar as compras no carrinho para as mais novas."
Se o estresse já estáesporte virtual bet365curso porque a criança quer levar o doce, Santos sugere dar um abraço, ouviresporte virtual bet365reclamação, dar nome ao seu sentimento e explicar: "Você queria muito o doce, eu entendo, é muito gostoso. Mas não temos dinheiro (ou não comemos esse doceesporte virtual bet365diasesporte virtual bet365semana). Vamos pensaresporte virtual bet365alguma brincadeira legal."
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