A ex-testemunhaurodzinowy freebetJeová que virou voz do funk transgênero:urodzinowy freebet
Ela chegou a fazer alguns raps, mas foi no funk que encontrou a melhor formaurodzinowy freebetse expressar.
"Eu vivi na periferia com minha mãe, e lá a música comunica - música como o funk, o samba,urodzinowy freebetpreto e preta,urodzinowy freebetlinguagem direta, que movimenta o corpo. Também ali tive contato com as músicas TLGB, músicasurodzinowy freebetbicha, que estão nas baladas. E percebi que esse tipourodzinowy freebetmúsica me movimentava mas estava somente relacionada ao universo machista. E por acreditar que a música também é um espaço a ser ocupado e contaminado, por que não eu fazer algo que eu quisesse ouvir? Foi aí que eu decidi começar meu trabalho com as minhas histórias."
A explosão do gênero na música
Assim como Linn, outros artistas como Liniker, As Bahias e a Cozinha Mineira, Jaloo e Johnny Hooker também vêm abordando as questõesurodzinowy freebetgênero - nem sempre por discursos explícitos nas letras, mas pela exposiçãourodzinowy freebetmídia e por se colocarem como são - trans, não binários, travestis - ao público.
Linn atribui essa explosãourodzinowy freebetartistas que tratamurodzinowy freebetalguma forma da questãourodzinowy freebetgênero às redes criadas pela internet e reconhece que "há interesseurodzinowy freebetque isso se torne um produtourodzinowy freebetalguma forma".
"Estamos num momentourodzinowy freebettomada dos meiosurodzinowy freebetprodução, a internet facilitou as coisas. A diferença é que hoje nós conseguimos ser vistas: consigo ver que tem trans lá no Nordeste fazendo coisas maravilhosasurodzinowy freebetque eu não iria saber antes. Eu mesma, bicha da favela, consigo ser vista e conhecida pelo meu trabalho. Além disso, acho que há um interesse mercadológico nisso tudo."
'Terroristaurodzinowy freebetgênero'
Ativista, MC Linn colaborou com a formação da ONG ATRAVESSA (Associaçãourodzinowy freebetTravestisurodzinowy freebetSanto André) e se considera "bicha, trans, preta e periférica. Nem ator, nem atriz, atroz. Performer e terroristaurodzinowy freebetgênero".
Questionada pela reportagem sobre a necessidadeurodzinowy freebetser uma "terrorista" nesse sentido, ela responde com outra pergunta: "Será que não fomos por tempo demais inofensivas? Não está na horaurodzinowy freebeta gente passar a dar medo, a assustar? E também a se assustar, se pôrurodzinowy freebetrisco? Por isso me coloco nessa posição: eu quero duvidar da imagem consolidada há tanto tempo no espelho. Eu quebro esse espelho para que possa me reinventar. É preciso ter muita coragem para sair como eu saio na rua, porque as pessoas não matam só com faca ou com balas. O discurso também mata. Os olhares pelas ruas também nos matam e nos oprimem, e é preciso que todos os dias eu mesma me encoraje para poder ser".
E trabalho dela, alémurodzinowy freebetautoral tem também um viés políticourodzinowy freebet"empoderamento".
"Tudo que a gente faz é politica. A roupa que eu escolho para sair na rua é política, a escolhaurodzinowy freebetsair maquiada ou não também. Cada palavra que eu digo numa musica ou numa conversa informal é política, tem efeitos e diz respeito a uma atitude, a um posicionamento."
MC Linn aposta no efeito que a obra dela pode ter - para si mesma, para outras trans e para o mercado da música no Brasil.
"Apesar da facilidade maiorurodzinowy freebetproduzir, não é fácil entrarurodzinowy freebetalguns espaços. Para algumas pessoas como eu, às vezes não é fácil nem sairurodzinowy freebetcasa, é um atourodzinowy freebetcoragem tomar o próprio corpo. Então eu espero que minha música consiga ser ouvida e com isso, outras pessoas possam ter a coragemurodzinowy freebetser,urodzinowy freebetexistir, e a gente possa estabelecer esses vínculos para sobreviver", diz.
"Eu não sou a rainha do empoderamento, uma diva, nada disso. Eu sou só uma bichinha da favela, mais uma, como qualquer outra - e qualquer outra também pode produzir."