Como a vida moderna está mudando o esqueleto humano:como apostar na loteria on line

Infelizmente, a cabra se envolveucomo apostar na loteria on lineum acidente e morreu quando tinha um ano. Mas havia algo surpreendente escondidocomo apostar na loteria on lineseu esqueleto.

Durante séculos, os cientistas acreditaram que nossos ossos cresciamcomo apostar na loteria on linemaneira previsível,como apostar na loteria on lineacordo com as instruções genéticas herdadascomo apostar na loteria on linenossos pais.

Mas quando um especialistacomo apostar na loteria on lineanatomia holandês investigou o esqueleto dessa cabra, descobriu que seus ossos haviam começado a se adaptar Os ossos do quadril e das patas eram mais grossos do que o esperado – e estavam anormalmente angulados, para permitir uma postura mais ereta. Da mesma forma, os ossos do tornozelo estavam esticados.

Em outras palavras, a estrutura óssea da cabra começou a se parecer muito com a dos animais que saltam.

Hoje se sabe que nossos esqueletos são surpreendentemente maleáveis.

Embora os esqueletoscomo apostar na loteria on lineexposição nos museus possam dar a impressão contrária, os ossos sob a nossa pele estão muito vivos – são rosados pelo fluxo sanguíneo, e estãocomo apostar na loteria on lineprocessocomo apostar na loteria on linedestruição e reconstrução constante.

Portanto, embora o esqueletocomo apostar na loteria on linecada indivíduo se desenvolvacomo apostar na loteria on lineacordo com as instruções genéticascomo apostar na loteria on lineseu DNA, ele pode se adaptarcomo apostar na loteria on lineacordo com as pressões que cada pessoa enfrenta na vida.

Esta constatação levou a uma disciplina conhecida como "osteobiografia" – literalmente, "biografia dos ossos" – que permite analisar um esqueleto para descobrir como o dono vivia. E se baseia no fatocomo apostar na loteria on lineque certas atividades, como andar sobre duas pernas, deixam uma marca, como ossos do quadril mais resistentes.

E estudos recentes parecem não deixar dúvidacomo apostar na loteria on lineque a vida moderna está tendo um impactocomo apostar na loteria on linenossos ossos. Há vários exemplos – como a apariçãocomo apostar na loteria on lineuma protuberância na base do crâniocomo apostar na loteria on linealgumas pessoas, a percepçãocomo apostar na loteria on lineque nossas mandíbulas estão ficando menores e a constataçãocomo apostar na loteria on lineque os cotoveloscomo apostar na loteria on linejovens alemães estão mais estreitos do que nunca.

Um bom exemplocomo apostar na loteria on lineosteobiografia é o mistério dos “homens fortes”como apostar na loteria on lineGuam e das Ilhas Marianas. Tudo começou com a descobertacomo apostar na loteria on lineum esqueleto masculino na ilhacomo apostar na loteria on lineTinian, a 2.560 km a leste das Filipinas, no Oceano Pacífico,como apostar na loteria on line1924.

Os restos mortais, datados do século 17 ou 18, eram gigantescos. E sugeriam que se tratavacomo apostar na loteria on lineum homem extraordinariamente forte e alto.

A descoberta alimentava as lendas locais sobre antigos governantescomo apostar na loteria on lineproporções enormes, capazescomo apostar na loteria on linefeitos heroicos. Não foi à toa que os arqueólogos chamaram o esqueletocomo apostar na loteria on lineTaotao Tagga – "homemcomo apostar na loteria on lineTagga" –como apostar na loteria on linereferência ao famoso líder mitológico da ilha, Taga, que era conhecido porcomo apostar na loteria on lineforça sobre-humana.

À medida que outras sepulturas foram descobertas, ficou claro que o homemcomo apostar na loteria on lineTagga não era uma exceção. Tinian e as ilhas vizinhas haviam abrigado,como apostar na loteria on linefato, uma populaçãocomo apostar na loteria on linehomens extraordinariamente fortes. Mascomo apostar na loteria on lineonde vinha essa força?

Por acaso, os restos mortais destes homens costumavam ser encontrados ao lado da resposta. No casocomo apostar na loteria on lineTagga, ele havia sido enterrado entre 12 imponentes pilares esculpidoscomo apostar na loteria on linepedra, que originalmente teriam sustentadocomo apostar na loteria on linecasa.

Um exame mais detalhado do seu esqueleto e dos outros revelou características ósseas semelhantes à da população do arquipélagocomo apostar na loteria on lineTonga, no Pacífico Sul, onde as pessoas fazem muitos trabalhos braçais e construçõescomo apostar na loteria on linepedra.

A maior casa na ilha tinha pilarescomo apostar na loteria on line5 metroscomo apostar na loteria on linealtura, e cada um pesava quase 13 toneladas – aproximadamente o mesmo que dois elefantes africanos adultos.

Não se tratava entãocomo apostar na loteria on lineuma misteriosa etniacomo apostar na loteria on linegigantes musculosos. Aqueles homens desenvolveram seus imponentes corpos trabalhando duro.

Se usarem no futuro uma técnica similar para analisar como as pessoas viviamcomo apostar na loteria on line2020, os cientistas também vão encontrar mudançascomo apostar na loteria on linenossos esqueletos que refletem nossos estiloscomo apostar na loteria on linevida.

"Sou clínico-geral há 20 anos e, apenas na última década, observei que cada vez mais pacientes têm esse aumento no crânio", diz David Shahar, pesquisador da Universidadecomo apostar na loteria on lineSunshine Coast, na Austrália.

O nódulo ósseocomo apostar na loteria on linequestão, também conhecido como "protuberância occipital externa", é encontrado na parte inferior do crânio, logo acima do pescoço. Se você tiver um, é provável que consiga senti-lo com os dedos – ou, se for careca, pode até ser visível.

Até recentemente, esse tipocomo apostar na loteria on lineprotuberância era extremamente raro. Em 1885, quando o nódulo ósseo foi investigado pela primeira vez, o renomado cientista francês Paul Broca achou tão esquisito que sequer tinha um termo científico para tal.

Mas Shahar decidiu investigar. Com a ajudacomo apostar na loteria on lineum colega, ele analisou maiscomo apostar na loteria on linemil radiografiascomo apostar na loteria on linecrânioscomo apostar na loteria on lineindivíduos entre 18 e 86 anos – mediu eventuais protuberâncias e observou a posturacomo apostar na loteria on linecada um deles.

O que os cientistas descobriram foi impressionante. A protuberância era muito mais comum do que eles imaginavam – principalmente entre os mais jovens. A pesquisa mostrou que umacomo apostar na loteria on linecada quatro pessoas entre 18 e 30 anos tinha o nódulo ósseo.

Shahar acredita que a presença cada vez maior desta protuberância se deve à tecnologia, particularmente à nossa obsessão por smartphones e tablets.

como apostar na loteria on line ‘Pescoço tecnológico’

Quando nos debruçamos sobre esses dispositivos, erguemos o pescoço e inclinamos a cabeça para frente. E isso é problemático, uma vez que a nossa cabeça pesacomo apostar na loteria on linemédia cercacomo apostar na loteria on line4,5 kg – quase o mesmo que uma melancia grande.

Quando estamos sentados com a postura ereta, a cabeça estácomo apostar na loteria on lineequilíbrio sobre a parte superior da nossa coluna vertebral. Mas, à medida que nos inclinamos para usar o celular, nosso pescoço precisa fazer um esforço maior. Os médicos chamam a dor associada a esse esforçocomo apostar na loteria on line"text neck" (também conhecida como síndrome do pescoçocomo apostar na loteria on linetexto ou do pescoço tecnológico).

Shahar diz acreditar que os nódulos se formam porque a postura curvada gera uma pressão extra no local onde os músculos do pescoço se ligam ao crânio. E o corpo reage criando uma nova camadacomo apostar na loteria on lineosso, que ajuda o crânio a lidar com esta pressão extra e a distribuir o peso.

Uma das maiores surpresas para Shahar foi o tamanho das protuberâncias. Os nódulos maiores mediam cercacomo apostar na loteria on line30 mm.

Evidentemente, a má postura não é uma invenção do século 21. Mas então por que nossos antepassados não desenvolveram protuberâncias no crânio ao se curvar para ler livros?

Uma possível explicação é que passamos muito mais tempo inclinados sobre nossos smartphones, do que uma pessoa passaria lendo.

Por exemplo,como apostar na loteria on line1973 os americanos liamcomo apostar na loteria on linemédia cercacomo apostar na loteria on lineduas horas por dia. Hoje, no entanto, passamos quase o dobro desse tempo no celular.

Curiosamente, os homens fortes das ilhas Mariana também tinham protuberâncias no crânio.

Acredita-se que seus nódulos ósseos tenham se desenvolvido por uma razão semelhante – para suportar o peso sobre os músculos do ombro e do pescoço. Esses homens teriam carregado muito peso, por meiocomo apostar na loteria on linebastões sobre os ombros.

Shahar acredita que as protuberâncias modernas nunca desaparecerão. E, na visão dele, vão ficar cada vez maiores.

Segundo ele, é raro que causem complicações por si só. Se houver algum problema, provavelmente será causado por outras maneiras como o corpo compensa nossa postura curvada.

Na Alemanha, cientistas fizeram outra descoberta surpreendente: nossos cotovelos estão encolhendo. Christiane Scheffler, antropóloga da Universidadecomo apostar na loteria on linePotsdam, estudava medidas corporaiscomo apostar na loteria on linecriançascomo apostar na loteria on lineidade escolar quando observou essa tendência.

Para medir exatamente o quanto seus esqueletos haviam mudado ao longo do tempo, Scheffler analisou quão forte (ou “ossudas”) as crianças eram entre 1999 e 2009. Para tal, calculou seu Índicecomo apostar na loteria on lineEstrutura, que é como a estatura se compara à largura dos cotovelos.

Em seguida, comparou os resultados com um estudo similar realizado 10 anos antes. A conclusão foi que os esqueletos das crianças estavam se tornando cada vez mais frágeis.

Scheffler pensou, a princípio, que a explicação poderia ser genética, mas é difícilcomo apostar na loteria on linever como o DNAcomo apostar na loteria on lineuma população pode mudar tantocomo apostar na loteria on lineapenas 10 anos.

A segunda hipótese era que as crianças poderiam estar sofrendocomo apostar na loteria on linemá nutrição, mas isso não é um problema na Alemanha.

A terceira explicação possível era que a juventudecomo apostar na loteria on linehoje é muito mais sedentária.

Para descobrir, Scheffler conduziu um novo estudo –como apostar na loteria on lineparceria com alguns colegas desta vez –como apostar na loteria on lineque analisou os hábitos diários das crianças, que também usaram um contadorcomo apostar na loteria on linepassos durante uma semana.

Os cientistas encontraram uma forte correlação entre a robustez dos esqueletos das crianças e o quanto caminhavam por dia.

É sabido que toda vez que usamos nossos músculos, ajudamos a aumentar a massa dos ossos que os sustentam.

"Se você usa os músculos repetidamente, isso gera mais tecido ósseo, que se traduzcomo apostar na loteria on lineossos mais densos e com maior circunferência", explica Scheffler.

Além disso, os cotovelos encolhidos das crianças parecem uma adaptação direta à vida moderna, já que não faz sentido cultivar ossos dos quais você não precisa.

Mas havia outra questão intrigante no resultado o estudo: caminhar era o único tipocomo apostar na loteria on lineexercício que parecia ter algum impacto.

Scheffler acredita que isso se deve ao fatocomo apostar na loteria on lineque mesmo as crianças mais atléticas dedicam muito pouco tempo à práticacomo apostar na loteria on lineexercícios físicos.

"Não ajuda quecomo apostar na loteria on linemãe te levecomo apostar na loteria on linecarro para praticar uma ou duas horascomo apostar na loteria on lineexercício por semana", diz ela.

E, embora não tenha sido estudado, é provável que a mesma regra se aplique aos adultos: não basta simplesmente ir à academia duas vezes por semana sem também caminhar longas distâncias.

"Porque nossa evolução indica que podemos caminhar quase 30 km por dia."

A última surpresa escondidacomo apostar na loteria on linenossos ossos pode ter centenascomo apostar na loteria on lineanos, mas foi descoberta recentemente.

Em 2011, Noreen von Cramon-Taubadel, pesquisadora da Universidade Estadualcomo apostar na loteria on lineNova York, nos EUA, estava estudando crânios. Como antropóloga, ela queria saber se era possível deduzircomo apostar na loteria on lineonde um crânio vem apenas observando seu formato.

Para isso, ela mediu cuidadosamente crânios encontradoscomo apostar na loteria on linemuseuscomo apostar na loteria on linediferentes países para compará-los.

E descobriu que o formato da mandíbula não dependia tanto da genética, mas se a pessoa havia crescidocomo apostar na loteria on lineuma comunidade agrícola oucomo apostar na loteria on linecaçadores-coletores.

Cramon-Taubadel acredita que o segredo da diferença nas mandíbulas está no quanto mastigamos à medida que crescemos.

“Se você pensar na ortodontia, a razão pela qual o tratamento é feitocomo apostar na loteria on lineadolescentes, é porque seus ossos ainda estão crescendo", diz ela.

"Os ossos ainda são maleáveis nessa idade e respondem a diferentes pressões."

Nas sociedades agrícolas, a comida é mais macia e pode ser ingerida sem necessidadecomo apostar na loteria on linemastigar muito. E mastigar menos resultacomo apostar na loteria on linemúsculos mais fracos, o que significa que nossas mandíbulas não se desenvolvemcomo apostar na loteria on lineforma tão robusta.

É possível que a amamentação seja outro fator importante, uma vez quecomo apostar na loteria on lineduração varia muito – e determina quando as crianças começam a mastigar alimentos mais sólidos.

Cramon-Taubadel afirma que o impacto da mastigação na mandíbula é bastante sutil a olho nu. É mais provável que se apresente nos dentes.

"Especialmente nas populações pós-industriais, é muito mais provável que haja problemas dentários – como dentes tortos ou desalinhados por faltacomo apostar na loteria on lineespaço" acrescenta.

"As pesquisas mostram que adotar uma dieta um pouco mais dura biomecanicamente, principalmente no casocomo apostar na loteria on linecrianças, pode ser útil para neutralizar parte do desequilíbrio entre a maneira como nossos dentes crescem e se desenvolvem."

Mas esta história tem uma reviravolta inesperada.

A mudanças nas nossas mandíbulas e dentes parecem ter tido um efeito inesperado e positivo na maneira como falamos.

Um estudo recente mostrou que, à medida que as sociedades descobriram a agricultura no período neolítico, há cercacomo apostar na loteria on line12 mil anos, as mudanças na mandíbula podem ter permitido pronunciar novos sons, comocomo apostar na loteria on line"v" e "f".

Naquela época, os incisivos superiores (dentes superiores da frente) se encontravam exatamente sobre os inferiores,como apostar na loteria on linevezcomo apostar na loteria on linecobri-los como atualmente.

Para ter uma ideiacomo apostar na loteria on linecomo era a mandíbula no período neolítico, empurrecomo apostar na loteria on linemandíbula inferior para frente, até os dentes inferiores tocarem os superiores, e tente dizer “filé” ou "Veneza".

O que será que os arqueólogos do futuro vão encontrar quando examinarem nossos esqueletoscomo apostar na loteria on linedentrocomo apostar na loteria on linesuas naves espaciais?

Se não tomarmos cuidado, nossos ossos podem revelar uma alimentação pouco saudável, níveis impressionantescomo apostar na loteria on linesedentarismo e uma dependência mórbida da tecnologia.

Talvez seja melhor ser cremado.

como apostar na loteria on line Leia a versão original como apostar na loteria on line desta reportagem (em inglês) no site BBC Future como apostar na loteria on line .