Melhor surfista do Brasil descreve luta por patrocínio: 'Não sou modelinho, sou profissional':figueirense x vitoria palpite
"Os cachorrinhosfigueirense x vitoria palpiteduas ninhadas – umafigueirense x vitoria palpite6 e outrafigueirense x vitoria palpite7 (cães) – ajudaram muito nas viagens. Fui campeã na Nova Zelândia graças aos filhotes, que pagaram essa viagem e outra para Pantin, na Espanha, onde fui campeãfigueirense x vitoria palpitenovo."
Para efeitofigueirense x vitoria palpitecomparação, passagensfigueirense x vitoria palpiteida e volta para a Nova Zelândia, onde são realizados alguns dos principais torneios do esporte, não saem por menosfigueirense x vitoria palpiteR$ 5 mil.
Prancha improvisada
À BBC, no caminho entrefigueirense x vitoria palpitecasa,figueirense x vitoria palpiteItabuna (BA), e a praia onde treina diariamente,figueirense x vitoria palpiteItacaré, Lima se emociona ao lembrar da infância e mostra que apelar para o improviso para atingir objetivos não é novidade emfigueirense x vitoria palpitevida.
"Minha primeira prancha foi um pedaçofigueirense x vitoria palpitemadeira. Inventei uma formafigueirense x vitoria palpitefazer um buraco nela e colocar uma quilha", diz. "Comecei a gostar e pôr parafina, como se fosse uma pranchafigueirense x vitoria palpiteverdade mesmo, já que não tínhamos dinheiro para comprar uma."
Já o primeiro equipamentofigueirense x vitoria palpiteverdade chegou quando completou 15 anos – a prancha foi presentefigueirense x vitoria palpiteum dos irmãos. "A partir daquele momento a minha vida mudou", conta, enquanto se alonga para entrar no mar.
O que ainda não mudou é a relação difícil com parte da família. "É difícil para mim falar do problema da minha mãe com álcool", diz. "Quando ela saía para beber cerveja, costumava me levar junto, porque eu era a mais nova. Isso me machuca porque eu ficava com fome, pedia para irmos para casa, mas ela não queria."
"Hoje o que eu queria muito é que minha família fosse mais próxima", diz. "Minha mãe nunca me telefonoufigueirense x vitoria palpite13 anos, desde que eu saífigueirense x vitoria palpitecasa. Sou sempre eu ligando e isso me deixa triste."
A atleta, pela primeira vez, chora. "É tão bom ver os fãs loucos pelo esporte, pela minha história, pelo meu surfe. Quando um vem e pede uma foto, pergunta como estão as coisas, pede para conversar, eu gosto muito, muito, muito", afirma.
"Sei que muita gente gostafigueirense x vitoria palpitemim, mas... É um orgulho bobo, mas às vezes eu gostariafigueirense x vitoria palpitereceber mais atenção da minha família do quefigueirense x vitoria palpitemeus fãs. Eu seria bem mais feliz."
Com as vitórias no esporte e a chegada dos primeiros patrocinadores, Lima conseguiu tirar a família da cabanafigueirense x vitoria palpitepraia e comprar uma "casafigueirense x vitoria palpiteverdade" para a mãe.
"O surfe acabou me dando a oportunidadefigueirense x vitoria palpiteajudar minha família também", diz. "(Quando pequena) eu imaginava, nossa, como deve ser bom morar numa casafigueirense x vitoria palpiteverdade e ter vizinhos", lembra. "Eu pensava nisso o tempo todo. Ficava olhando para as estrelas e pensando: como será que é viver fora da praia? Viver no centro da cidade? Deve ser completamente diferente."
Se a surfista reclamafigueirense x vitoria palpitealgo? A resposta é não.
"A dificuldade sempre está do meu lado e é bom até. Acho que isto é bom para a pessoa passar por cima. Acho que é bom para fortalecer a pessoa. Pensofigueirense x vitoria palpiteantigamente, no que eu não tinha e no que eu tenho hoje. E isso dá mais valor, mais vontadefigueirense x vitoria palpitequerer crescer cada vez mais dentro do esporte."
"Acho que estou bem", diz. "E quero mais."