O Oscar reflete a diversidade da população dos EUA?:bet z

Indicados nas categoriasbet zatuação; ausênciabet zdiversidade racial despertou críticas

Crédito, divulgacao

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Há muitas críticas sobre o fatobet znomes como Michael B. Jordan, do bem-sucedido blockbuster Creed – Nascido para Brilhar, Idris Elba, que interpreta um carismático líder militar no filme sobre crianças-soldados Beasts of No Nation, da Netflix, e Will Smith, que estrela o longa Um Homem Entre Gigantes, só para citar alguns exemplos, tenham sido ignorados pela Academia.

Esses críticos apontam a composição do grupobet zvotantes como uma possível razão para a faltabet zreconhecimento das interpretaçõesbet zatores e atrizes negros.

Dos 6 mil membros habilitados a votar, 94% são brancos.

A polêmica levou nomes importantes do showbiz – entre eles o cineasta Spike Lee e a atriz Jada Pinkett Smith (mulherbet zWill Smith) – a anunciarem um boicote à premiação deste domingo.

Além disso, uma campanha nas redes sociais reclama dessa faltabet zdiversidade nas nomeações usando a hashtag #OscarsStillSoWhite (“#OscarsAindaTãoBrancos”,bet ztradução literal), reconstruindo a #OscarsSoWhite (“OscarsTãoBrancos”) popularizada no ano passado.

Será, porém, que essa é uma crítica justa? No passar dos anos, quanto o Oscar tem refletido da diversidade racial americana? Trata-sebet zuma premiação racista? Ou será que apenas reflete a composição da indústria cinematográfica?

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Idris Elbabet z'Beasts of no Nation'; ator foi considerado 'ignorado' pela Academia

Crédito, Netflix

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A Universidade do Sul da Califórnia divulga anualmente um estudo que reflete a diversidade étnica ebet zgênero no cinema americano e no Oscar.

Para isso, o estudo analisa a proporçãobet zatores, diretores e outros profissionaisbet zdiferentes origens étnicas. Com a série históricabet z2006 a 2013, é possível ter um retratobet zquão Hollywood têm refletido, ao menos neste século, essa diversidade.

Os resultados talvez sejam surpreendentes.

Latinos e asiáticos sub-representados

Atores negros estão,bet zmédia, levemente sub-representados no cinema dos Estados Unidos.

Uma análise dos prêmios já concedidos pelo Oscar desde 2000 mostra que pouco maisbet z9% das indicações foram para eles, que hoje representam 12,6% da população americana, segundo o Census Bureau.

É certamente verdade que atores brancos estão super-representados quando o assunto são as indicações – o grupo que corresponde a 62% da população recebeu 88% das vagas nas disputas desde 2000, e 95%bet ztodo o século passado. Mas não necessariamente isso ocorre às custas dos colegasbet ztrabalho negros.

O fato é que a população latina é que é dramaticamente sub-representada na indústria cinematográfica.

Embora diretores como Alfonson Cuarón (vencedor por Gravidade) e Alejandro González Iñárritu (que levou o Oscar por O Regresso e também venceu com Birdman ou A Inesperada Virtude da Ignorância no ano passado) tenham sido premiados recentemente, latinos foram indicados a prêmiosbet zatuação apenas sete vezes – 2% do totalbet zvagas – desde 2000, embora esse grupo corresponda a 17% da população dos Estados Unidos, segundo os dados oficiais.

O dado não inclui atores espanhóis, como Javier Bardem (indicado três vezes) e Penelope Cruz (duas).

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Alejandro González Iñarritu ganhou novamente como diretor, mas latinos são sub-representados na festa

Crédito, Getty

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Nenhum ator latino ganha um Oscar desde 2000, quando Benicio del Toro levou uma estatueta (se desconsiderarmos a queniana Lupita Nyong’o, nascida no México, vencedorabet z2014 por 12 Anosbet zEscravidão).

Isso talvez ocorra porque apenas 5,8%bet ztodos as papéis com falas foram destinados a atores latinos, segundo o estudo da Universidade do Sul da Califórnia, que analisou 109 filmes lançados pelos maiores estúdiosbet z2014.

Americanosbet zorigem asiática têm um destino parecido. Segundo o Census Bureau, eles são 5% da população, mas mais da metade dos principais lançamentosbet zHollywood no ano passado não tem personagens com falas asiáticos ou americanos com essa origem, aponta o estudo da universidade.

A questão do gênero

Mas há ainda outro grupo que talvez esteja aindabet zmaior desvantagem que os latinos e os asiáticos.

E talvez isso seja ainda mais surpreendente, uma vez que não se tratabet zuma minoria que está nessa situação, mas sim a maioria.

Mulheres são hoje por voltabet z51% da população dos Estados Unidos, mas conseguiram apenas cercabet z30% dos papéis nos principais longas lançados por Hollywood, segundo o estudo da Universidade do Sul da Califórnia, que analisou os 600 filmes com melhor bilheteria entre os anosbet z2007 e 2013.

Mulheres também são preteridasbet zpapéis principais - mais uma distorçãobet zHollywood

Crédito, VALERIE MACON AFP

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