Riscotransmissão sexualzika faz Grã-Bretanha recomendar camisinha para homens que foram ao Brasil:
O temoruma possível transmissão sexual do zika vírus levou autoridadessaúde da Grã-Bretanha a recomendar que casais adiem planosgravidez e usem proteçãorelações sexuais por até seis meses se o homem tiver ido a uma área com transmissãozika, como o Brasil.
O Public Health England (Saúde Pública Inglaterra) recomendou que homens que estiveramlocais com registros da doença usem camisinha por 28 dias separceira estiver grávida ou tentando engravidar.
Já o homem que teve sintomaszika ou o vírus confirmadoexames laboratoriais deve evitar sexo sem proteção por seis meses.
A recomendação vale para o Brasil e para outros 24 países ou territórios.
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A principal formatransmissão do zika vírus, que foi associado a casosmicrocefalia (má-formação cerebral), é pela picada do mosquito Aedes Aegypti.
No entanto, o vírus já foi isolado no sêmen humano e há dois casospossível transmissão sexual citados pela literatura científica. Segundo especialistas, a transmissão sexual do vírus da zika ainda não foi comprovada cientificamente, mas também não pode ser descartada.
O próprio órgão britânico destaca que "acredita-se que o riscotransmissão sexual do zika seja muito baixo".
O Public Health England diz que a medida é uma precaução e que pode ser revisada à medidaque mais informações se tornarem disponíveis.
Já no Brasil, o site do Ministério da Saúde não faz recomendação para usocamisinha por causa do zika vírus devido ao riscotransmissão sexual. A posição oficial é que quem deseja engravidar deve discutir os riscos com seus médicos.
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O site da pasta afirma também que "outras possíveis formastransmissão do vírus Zika precisam ser avaliadas com mais profundidade, com baseestudos científicos", mas que "não há evidênciastransmissão do vírus Zika por meio do leito materno, assim como por urina, saliva e sêmen."
Mulheres
Jornais britânicos deram destaque à recomendaçãosuas edições deste sábado. Em chamadacapa, o Telegraph afirma que "casais britânicos foram aconselhados a paratentar ter um bebê por até seis meses se um dos parceiros tiver voltadoum dos 23 países afetados pelo zika vírus".
Já o tabloide Daily Mirror estampou na manchete: "Não engravidem".
De acordo com as autoridadessaúde britânicas, seis casoszika já foram notificadosbritânicos (um deles, no entanto, não têm relação com o surto atual). O Aedes Aegypti, porém, não circula no país, e todos os casos sãopessoas que viajaram para áreasrisco - nenhuma para o Brasil.
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O órgão já havia aconselhado mulheres grávidas a evitar viajar para áreastransmissão da doença e turistas a tomar medidas para evitar a picada do mosquitopaíses como o Brasil, como o usorepelente.
De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde do Brasil, foram notificados desde outubro 4.180 casos suspeitosmicrocefalia. Deste, 270 foram confirmados como microcefalia e outros 3.448 ainda estão sendo investigados. Dos confirmados, 6 têm relação com o zika vírus, e os outros ainda estão sendo investigados.