Entenda por que há tanta confusão sobre os números da zika:blaze 1 apostas
Na quarta-feira, o ministério emitiu comunicado que deixou perguntasblaze 1 apostasaberto sobre microcefalia.
O boletim diz que foram notificados 4.180 casos suspeitosblaze 1 apostasmicrocefalia registrados até 23blaze 1 apostasjaneiro, um aumentoblaze 1 apostas7%blaze 1 apostasrelação à semana anterior.
Até o momento, 462 casos foram descartados e 270 confirmados - um número bem maior que os 150 casos que o Brasil registravablaze 1 apostas2014.
- <link type="page"><caption> Leia também: OMS vê avanço ‘explosivo’ do zika vírus</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2016/01/160128_zika_oms_fn" platform="highweb"/></link>
O mesmo relatório diz que, do totalblaze 1 apostascasos suspeitos, já foram confirmados que seis estão ligados ao zika.
Segundo o Ministério da Saúde, todos os bebês que tiverem confirmaçãoblaze 1 apostasmicrocefalia infecciosa serão testados para saber se há relação com o zika.
Já entre os casos descartados até o momento estão aqueles que apresentaram exames normais, os que a medição do perímetro encefálico não correspondia ao que é considerado microcefalia e os que têm microcefalia devido a causas não infecciosas.
Consumoblaze 1 apostasdrogas pela mãe e radiação, por exemplo, podem provocar microcefalia no feto.
- <link type="page"><caption> Leia também: O povoado italiano que celebra o primeiro nascimentoblaze 1 apostas28 anos</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2016/01/160129_ostana_primeiro_nascimento_fn" platform="highweb"/></link>
Além disso, até o númeroblaze 1 apostasbebês nascidos com microcefalia nos anos anteriores, que serve para comparação, pode estar subestimado, devido à subnotificação.
As autoridades sanitárias e os especialistas destacam que é difícil estabelecer a magnitude da doença.
Em primeiro lugar, o ministério explica que cercablaze 1 apostasoitoblaze 1 apostascada dez infectados não têm sintomas.
Desta forma, a maioria das pessoas que contrai zika melhora sem que seus casos sejam registradosblaze 1 apostasmédicos.
Além disso, falta um exame que possa detectar com eficácia quantas pessoas foram infectadas.
O principal teste que o Brasil usa para zika éblaze 1 apostasbiologia molecular, que só funciona nos cinco ou seis primeiros diasblaze 1 apostasinfecção, na fase aguda da doença, quando o vírus ainda circula no sangue.
- <link type="page"><caption> Leia também: Pontoblaze 1 apostasVista: Brasília? Itaipu? Não. SUS é a maior obra da história do Brasil</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2016/01/160128_ponto_de_vista_sus_pai_lb" platform="highweb"/></link>
O governo anunciou que, nas próximas semanas, distribuirá 500 mil destes testes. Isso ampliará a capacidade dos laboratórios, que passarãoblaze 1 apostasmil para 20 mil diagnósticos mensais.
Mas depois dos primeiros seis dias, o organismo começa a produzir anticorpos que dificultam a detecção por esse método, que também diagnostica dengue e chikungunya.
Isso significa que, dos 20%blaze 1 apostasinfectados com zika que têm sintomas da doença, nem todos darão positivo no teste: se os pacientes demorarem para ir ao médico, o resultado será negativo.
Uma forma mais eficienteblaze 1 apostasconfirmar casosblaze 1 apostaszika seria por um exame sorológico que identificasse especificamente anticorposblaze 1 apostaszika, que permanecem mais tempo no sangue.
Mas esse teste ainda está sendo desenvolvidoblaze 1 apostaslaboratórios para que possa ser aplicadoblaze 1 apostasescala comercial, o que o Ministério da Saúde espera que ocorra logo.
"Pretendemos começar os testesblaze 1 apostasfevereiro", disse ablaze 1 apostasassessoriablaze 1 apostasimprensa.
Mais microcefalia?
Sobre a microcefalia, o ministério explica que essa anomalia pode ser causada por outros agentes infecciosos que não o zika, como a sífilis, rubéola e toxoplasmose.
O governo diz que o númeroblaze 1 apostascasosblaze 1 apostasmicrocefalia relacionados ao zika pode ser muito maior do que os seis confirmados oficialmente.
"Uma doença não exclui a outra na questão da microcefalia: a gestante pode ter tido sífilis e zika durante a gestação", disse a assessoria do órgão.
O vínculo entre zika e microcefalia ainda é motivoblaze 1 apostasinvestigação, ainda que especialistas acreditem que há provas que apontem diretamente para isso, incluindo um estudo do Instituto Carlos Chagas (Fiocruz Paraná) e da PUC-PR que confirmou que o vírus da zika consegue atravessar a placenta durante a gestação.
Mas um estudo do ECLAMC (Estudo Colaborativoblaze 1 apostasMalformações Congênitas) publicado na revista Nature traz a hipóteseblaze 1 apostasque o aumentoblaze 1 apostascasos suspeitosblaze 1 apostasmicrocefalia seja uma consequência do alerta causado pelo zika no Brasil, sem que uma variação tão grandeblaze 1 apostasfato tenha ocorrido.
O informeblaze 1 apostasJorge Lopez-Camelo e Ieda Maria Orioli afirma que talvez o número haja crescido porque houve uma busca mais ativablaze 1 apostascasos no Nordeste, onde antes eles eram subestimados, assim como uma melhora dos meiosblaze 1 apostasnotificaçãoblaze 1 apostassuspeitas.
'Guerra'
Apesar disso, outros especialistas estão convencidosblaze 1 apostasque o aumentoblaze 1 apostascasos possíveisblaze 1 apostasmicrocefaliablaze 1 apostasum ano para o outro pode ser explicado pelo zika.
Além da faltablaze 1 apostasexames eficientes para detectar melhor os infectados e descobrir, por exemplo, a porcentagemblaze 1 apostasmulheres grávidas que transmitem o zika para o feto, alguns assinalam que parte do problema é a resposta do governo à crise
"É inaceitável que o vírus esteja circulando no Brasil há nove meses, pelo menos, ou mais tempo, provavelmente, e não tenhamos um teste para saber a dimensão real do problema", disse o infectologista Artur Timerman.
"Até setembro ou outubro houve negligência sobre a importância do zika no Brasil e por isso a pesquisa básica atrasou seis meses."
Presidente da Sociedade Brasileirablaze 1 apostasDengue e Arbovirose, Timerman sustenta que "a saúde é a área que sofreu o maior impacto da grande crise econômica e política no Brasil".
A polêmica foi alimentada pelo próprio ministro da Saúde, Marcelo Castro, alçado ao postoblaze 1 apostasoutubro durante uma negociação da presidente Dilma Rousseff para dar mais espaço ao PMDB e tentar evitar o processoblaze 1 apostasimpeachment.
"Há cercablaze 1 apostas30 anos o mosquito vem transmitindo doenças para nossa população e desde então nós o combatemos, mas estamos perdendo a guerra contra Aedes aegypti", disse.
Nesta sexta-feira, Dilma acabou dando declaração semelhante. "Enquanto o mosquito se reproduzir, todos nós estamos perdendo a luta contra o mosquito", disse.
- Com informações da BBC Brasilblaze 1 apostasSão Paulo e Londres