Grupo prepara ação no STF por abortobetsson apostas gratiscasosbetsson apostas gratismicrocefalia :betsson apostas gratis

Debora Diniz afirma que interrupçãobetsson apostas gratisgestações seria partebetsson apostas gratisuma ação maior focada 'na garantiabetsson apostas gratisdireitos das mulheres'

Crédito, Cicero Bezerra

Legenda da foto, Debora Diniz afirma que interrupçãobetsson apostas gratisgestações seria partebetsson apostas gratisuma ação maior focada 'na garantiabetsson apostas gratisdireitos das mulheres'

"Por outro lado, na anencefalia os bebês não nascem vivos e assim escapávamosbetsson apostas gratisum debate moral. Hoje, sabemos que a microcefalia típica é um mal incurável, irreversível, mas o bebê sobrevive (na maioria dos casos)", afirma. "Portanto trata-se do aborto propriamente dito e isso enfrenta resistência."

Em entrevista exclusiva à BBC Brasil e ao programa Newsnight, da BBC, Diniz diz que a interrupçãobetsson apostas gratisgestações é só um dos pontosbetsson apostas gratisuma ação maior, focada na "garantiabetsson apostas gratisdireitos das mulheres, principalmente na saúde".

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Na argumentação que apresentará ao STF, o Estado é apresentado como "responsável pela epidemiabetsson apostas gratiszika", por não ter erradicado o mosquito. Nesse caso, constitucionalmente, as mulheres não poderiam ser "penalizadas pelas consequênciasbetsson apostas gratispolíticas públicas falhas", entre elas a microcefalia. Portanto, "deveriam ter direito à escolha do aborto legal", entre outras iniciativas.

Atualmente, a legislação brasileira só permite o abortobetsson apostas gratiscasosbetsson apostas gratisestupro, riscobetsson apostas gratisvida da mulher e quando o feto é anencéfalo. Segundo pesquisa Datafolha divulgadabetsson apostas gratisdezembro do ano passado, 67% dos brasileiros são favoráveis à manutenção da lei. Outros 16% acreditam que o aborto deve ser permitidobetsson apostas gratisoutros casos e 11% acreditam que a prática deveria deixarbetsson apostas gratisser crimebetsson apostas gratisqualquer ocasião.

Argumentos

Supremo Tribunal Federal (Thinkstock)

Crédito, Thinkstock

Legenda da foto, Em 2012, Supremo autorizou abortobetsson apostas gratisfetos anencéfalos

Os principais eixos do documento que está sendo preparado, segundo a BBC Brasil apurou, cobram açõesbetsson apostas gratisvigilância sanitária para erradicar definitivamente o mosquito, políticas públicasbetsson apostas gratisdireitos sexuais e reprodutivos para mulheres (contraceptivos, pré-natal frequente e aborto) e ações que garantam a inclusão socialbetsson apostas gratiscrianças com deficiência ou má-formação por conta da doença.

A microcefalia impede o crescimento normal do crânio durante a gravidez e há 3.448 casos suspeitos sob investigação pelo Ministério da Saúde no Brasil. A doença vem sendo associada ao zika vírus, que já se espalha por maisbetsson apostas gratis20 países nas Américas.

"Nós vivemos uma situaçãobetsson apostas gratisepidemia e não podemos ter um ministro que diz 'nós perdemos a guerra contra o mosquito' (em referência a declaração do ministro da Saúde, Marcelo Castro). Não, a guerra tem que ser ganha. Essa responsabilidade não é da mulher. Isso é negligência do Estado e gera uma responsabilidade do Estado", afirma Diniz, também professora na Faculdadebetsson apostas gratisDireito da Universidadebetsson apostas gratisBrasília.

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O documento que está sendo preparado deve argumentar que a ilegalidade do aborto e a faltabetsson apostas gratispolíticasbetsson apostas gratiserradicação do Aedes ferem a Constituição Federalbetsson apostas gratisdois pontos: direito à saúde e direito à seguridade social.

A argumentação deve ainda destacar a vulnerabilidade específicabetsson apostas gratismulheres pobres – já que a epidemia ainda se concentrabetsson apostas gratisáreas carentes do país, especialmente no Nordeste.

"É preciso garantir a todas as mulheres, e não só às que têm acesso a serviçosbetsson apostas gratissaúde ou podem pagar um aborto ilegal", diz Debora. "Autorizar o aborto não é levar as mulheres a fazê-lo. Quem tem dinheiro e quer já faz. Justamente quem tem mais necessidade não pode ser privado do direitobetsson apostas gratisescolher sobre a própria vida", afirma.

Anencefalia

Em 2004, o grupobetsson apostas gratisDiniz ingressou no STF como uma arguiçãobetsson apostas gratisdescumprimentobetsson apostas gratispreceito fundamental para discutir no Supremo o que via como violações à Constituição pela não autorização do abortobetsson apostas gratiscasobetsson apostas gratisfetos anencéfalos.

Oito anos depois, a corte determinou que nem mulheres, nem profissionais que realizam abortos nessa condição podem ser punidos. Essa foi a primeira vez na históriabetsson apostas gratisque o STF tomou decisão sobre saúde e direitos reprodutivos.