Nova epidemiagrupo roleta bet7kheroína 'migra' à população branca egrupo roleta bet7kclasse média dos EUA:grupo roleta bet7k
Segundo o CDC, as mortes por heroína mais do que triplicaram desde 2010.
<link type="page"><caption> Leia também: Crise política derruba Brasil paragrupo roleta bet7kpior posiçãogrupo roleta bet7krankinggrupo roleta bet7kqualidade democrática</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2016/01/160120_ranking_democracia_brasil_fd" platform="highweb"/></link>
Perfil
Além dos números alarmantes, o que vem chamando a atenção é o perfil das vítimas.
"A duas últimas grandes epidemiasgrupo roleta bet7kdrogas nos Estados Unidos,grupo roleta bet7kcocaína e crack nos anos 1980/1990 egrupo roleta bet7kheroína nos anos 1960/1970, afetaram desproporcionalmente negros e latinos que viviamgrupo roleta bet7kcomunidadesgrupo roleta bet7kbaixa renda, especialmente nas grandes cidades", disse à BBC Brasil o médico especialistagrupo roleta bet7kabusogrupo roleta bet7kdrogas Andrew Kolodny, da Universidade Brandeis, no Estadogrupo roleta bet7kMassachusetts.
"A atual epidemia é o oposto. Atinge principalmente pessoas brancas que moramgrupo roleta bet7kbairros residenciaisgrupo roleta bet7kclasse média, cidades pequenas ou zonas rurais", destaca Kolodny, que é diretor médico da Phoenix House, organização dedicada ao tratamentogrupo roleta bet7kdependênciagrupo roleta bet7kdrogas.
Calcula-se que 90% dos americanos que experimentaram heroína pela primeira vez na última década sejam brancos.
"As taxasgrupo roleta bet7kdependência e mortes por heroína são muito mais altas entre a população branca", ressalta Kolodny.
Origem
Uma das explicações para essa diferençagrupo roleta bet7kperfil pode estar relacionada à origem da epidemia, ligada ao aumento no númerogrupo roleta bet7kanalgésicos opiáceos receitados pelos médicos americanos a partir da décadagrupo roleta bet7k1990.
"Pacientes brancos têm mais probabilidadegrupo roleta bet7kreceber uma receitagrupo roleta bet7kopiáceo. Há indicaçõesgrupo roleta bet7kque médicos são mais cautelosos ao receitar essas drogas para pacientes negros", salienta Kolodny.
Segundo o CDC, o número e analgésicos opiáceos receitados nos Estados Unidos quadruplicou desde 1999.
"O que deu início a essa epidemia foi a aprovação pela FDA (Food and Drug Administration, agência do governo responsável pelo controlegrupo roleta bet7kmedicamentos)grupo roleta bet7kremédios muito poderosos contra a dor nos anos 1990", disse à BBC Brasil o doutorgrupo roleta bet7kpsicologia Adam Brooks, do Treatment Research Institute, institutogrupo roleta bet7kpesquisa sobre abusogrupo roleta bet7kdrogas, na Pensilvânia.
Cautela
Kolodny observa que essas drogas eram vistas inicialmente como alternativa para tratar apenas pacientes terminais, com doenças como câncer.
"Na época, os médicos eram muito cautelosos ao receitar", afirma Kolodny.
<link type="page"><caption> Leia também: Quem são as 62 pessoas cuja riqueza equivale àgrupo roleta bet7kmetade do mundo</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2016/01/160121_62_mais_ricos_forbes_rp" platform="highweb"/></link>
No entanto, várias campanhas começaram a ser lançadas, com o apoiogrupo roleta bet7kespecialistas médicos, hospitais e órgãos reguladores, dizendo que os médicos não deveriam permitir que seus pacientes sofressem dor desnecessariamente.
"Uma organização médica nacionalmente reconhecida lançou um relatório dizendo que a dor não estava sendo tratada adequadamente, que essas drogas podiam ser usadasgrupo roleta bet7kmaneira segura e havia pouca evidênciagrupo roleta bet7kque levassem a abuso", disse à BBC Brasil o especialistagrupo roleta bet7kabusogrupo roleta bet7kdrogas Theodore Cicero, professorgrupo roleta bet7kpsiquiatria da Universidade Washington,grupo roleta bet7kSaint Louis.
Preço
Com o tempo, esses analgésicos opiáceos passaram a ser receitados cada vez mais para problemas crônicos, como dor na coluna ou dorgrupo roleta bet7kcabeça, e muitos pacientes acabaram viciados.
"Muitos pacientes chegam a um pontogrupo roleta bet7kque o médico reconhece que têm dependência e paragrupo roleta bet7kreceitar. E eles acabam considerando usar heroína, que custa muito mais barato do que um comprimido no mercado negro", diz Brooks.
Segundo o CDC, "o aumento da oferta, a queda nos preços e a pureza da heroína nos Estados Unidos" estão entre os principais motivos para o crescente uso da droga e aumentogrupo roleta bet7koverdoses.
Assim, uma droga que no passado era vista como exclusivagrupo roleta bet7kjunkies ou veteranos retornando da Guerra do Vietnã e restrita a grandes cidades acabou se infiltrandogrupo roleta bet7kcomunidadesgrupo roleta bet7ktodo o país.
Eleições
O alcance da epidemia faz com que ela cada vez mais seja reconhecida como um problemagrupo roleta bet7ksaúde pública e acabou provocando mudanças no tom da campanha presidencial.
Diantegrupo roleta bet7kpesquisas que indicam que quatrogrupo roleta bet7kcada 10 americanos conhecem alguém dependentegrupo roleta bet7kopiáceos, pré-candidatos democratas e republicanos têm se esforçado para demonstrar empatia com essa fatia do eleitorado.
O ex-governador da Flórida Jeb Bush já falou sobre a dependênciagrupo roleta bet7ksua filha, Noelle. "Nunca imaginei ver minha linda filha na cadeia", disse Bush. "Ela passou pelo inferno, assim comogrupo roleta bet7kmãe e eu."
Nesta quarta-feira, o senador texano Ted Cruz lembrou a mortegrupo roleta bet7ksua meia-irmã por overdosegrupo roleta bet7kcomprimidos. "Ela passou anos entrando e saindo da prisão. Ela era uma pessoa bonita e encantadora que tomou uma sériegrupo roleta bet7kdecisões erradas."
No fim do ano passado,grupo roleta bet7kum vídeo que viralizou na internet, o governadorgrupo roleta bet7kNova Jersey, Chris Christie, falou sobre a mortegrupo roleta bet7kum colegagrupo roleta bet7kfaculdade devido a overdosegrupo roleta bet7kopiáceos. "Pode acontecer com qualquer um. E por isso temos que começar a tratar as pessoas nesse país, e não prendê-las", disse.
Mudançagrupo roleta bet7katitude
Ao contráriogrupo roleta bet7kdefender prisão para os usuários, comogrupo roleta bet7kem epidemias anteriores, políticosgrupo roleta bet7kambos os partidos e o governo agora concordam que a dependência é uma doença e que a melhor solução é oferecer tratamento e prevenção.
"Quando o problemagrupo roleta bet7kdependência era mais grave entre pobres e minorias, acho que era mais fácil para políticos e governantes criminalizar os viciados", observa Kolodny.
"Agora temos uma epidemia que afeta as famíliasgrupo roleta bet7kpoliciais, advogados, juízes, políticos, então eles começam a ver a dependênciagrupo roleta bet7kmaneira diferente. E isso está ajudando a mudar as atitudesgrupo roleta bet7krelação ao vício", diz.
<link type="page"><caption> Leia também: Por que as religiõesgrupo roleta bet7kmatriz africana são o principal alvogrupo roleta bet7kintolerância no Brasil?</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2016/01/160120_intolerancia_religioes_africanas_jp_rm" platform="highweb"/></link>
Alguns críticos reclamam que muitos políticos não defendem a mesma compaixão para viciadosgrupo roleta bet7kcocaína ou crack, que afetam mais negros e pobres.
Mas, apesar disso, a mudançagrupo roleta bet7ktomgrupo roleta bet7krelação à heroína é bem recebida por especialistas.
"Tenho esperançagrupo roleta bet7kque essa mudançagrupo roleta bet7kfoco traga mudanças na maneira como os recursos são gastos", ressalta Brooks.
Soluções
O presidente Barack Obama, que já foi criticado por especialistas como Kolodny por ignorar a epidemia, também mudougrupo roleta bet7ktom nos últimos meses.
Em outubro, Obama falou publicamente sobre o problemagrupo roleta bet7kviagem ao Estado da Virgínia Ocidental, onde apresentou propostagrupo roleta bet7kaumentargrupo roleta bet7kUS$ 133 milhões os gastos no combate à dependência e ampliar o acesso a tratamento e prevenção.
Na semana passada, a Casa Branca anunciou uma iniciativa para combater o problemagrupo roleta bet7káreas rurais, envolvendo vários departamentos do governo, com coordenação do ministrogrupo roleta bet7kAgricultura, Tom Vilsack.
Especialistas concordam que prevenção e tratamento são as melhores maneirasgrupo roleta bet7kcombater a epidemia.
"Para prevenir novos casos, é preciso fazer com que médicos receitemgrupo roleta bet7kmaneira mais cautelosa", diz Kolodny.
Cicero sugere um grande esforço educacional, como o vistogrupo roleta bet7krelação ao fumo.
"É preciso que haja o reconhecimentogrupo roleta bet7kque esse é um problemagrupo roleta bet7knível nacional", diz Cicero.
Para Brooks, é importante lembrar que essa é uma doençagrupo roleta bet7klongo prazo.
"Temos que ter o cuidadogrupo roleta bet7knão gerar uma expectativa na populaçãogrupo roleta bet7kque esse problema pode ser resolvido da noite para o dia", diz.