O que aconteceu com os refugiados que viraram símbolo da crise?:roleta da bet
roleta da bet Entre várias das imagens mais impactantes do ano estão fotos ou vídeos mostrando o dramaroleta da betrefugiados e imigrantes arriscando a vidaroleta da betjornadas pela Europa.
Mas o que aconteceu com essas pessoa quando as câmeras foram embora?
A repórter Katie Razzall, da BBC, seguiu os rastrosroleta da bettrês delas.
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Laith Majid: fotografadoroleta da bet15roleta da betagostoroleta da bet2015
"Queria voltar a ver essa foto", diz o iraquiano Laith Majid. A imagem foi tirada quando Laith chegou comroleta da betfamília à ilha gregaroleta da betKos e se converteuroleta da betum símbolo da agonia que muitos refugiados enfrentam no trajeto rumo à Europa.
Quando ele vê a imagem, começa a chorar. "Me lembra a angústia e o sofrimento que passei com minha mulher e filhos, quando estivemos a pontoroleta da betmorrer.
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Quando ele descreve o que ocorreu no bote inflávelroleta da betque estava, há quatro meses, fica fácil entender as lágrimas.
"A gente sentia o cheiro da morte inevitável. Foi indescritível. Foi assustador. As pessoas começaram a morrer, começamos a nos afogar, estávamos frágeis. Pensamos que morreríamos com nossos filhos."
A dor, o alívio e o terror profundo aparecemroleta da betseu rosto na fotografia. Sua mulher, Neda, diz que ele é reconhecido nas ruas da cidade alemãroleta da betque a família vive atualmente.
"Em todo lugar que vamos, as pessoas dizem 'Lembramosroleta da betvocês, estava na foto. Esperamos que esteja seguro e feliz'."
A atenção surpreendeu Laith: "Nunca havia acreditado que uma foto pudesse atrair toda essa compaixão dos alemães e amigosroleta da bettodo o mundo. Fico feliz por ter feito amigos no mundo todo mas também profundamente triste ao ver esta fotografia".
Os Majid têm quatro filhos. O menor, dizem eles, ainda está traumatizado pelo que passaram na travessia e a violência que viveramroleta da betseu país.
Quando a foto foi divulgada, a mídia informou que a família vinha da Síria, porque outras pessoas no barco vinham do país. Mas, na verdade, eles são muçulmanos sunitas do Iraque. Laith era mecânico e Neda, professora. Eles tiveram que deixar Bagdá após serem ameaçados por membrosroleta da betuma gangue.
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Eles contam que pagaram o equivalente a US$ 3.615 (cercaroleta da betR$ 14 mil) para fugir do país.
"Aqui na Alemanha me sinto seguro e as pessoas me tratam muito bem", diz Laith.
Eles moramroleta da betum antigo quartel do exército com centenasroleta da betoutros refugiados e imigrantes. Cada família tem um quarto.
Mas seus documentos ainda não foram analisados. A família se preocupa muito com a possibilidaderoleta da betque o refúgio seja negado e que tenham que voltar ao Iraque, onde, segundo Neda, serão assassinados.
"Não temos alternativa. Se a Alemanha disser 'não', temos que voltar para casa".
Ossama Abdul Mohsen: filmadoroleta da bet8roleta da betsetembroroleta da bet2015
"Esqueci esse incidente e olho para o futuro da minha família e do meu filho, principalmente porque, no início, estava muito irritado", diz Ossama Abdul Mohsen.
O técnicoroleta da betfutebol sírio tinha nos braçosroleta da betfilho Zaid e fugia da polícia na fronteira da Hungria quando uma cinegrafista colocou o péroleta da betseu caminho, fazendo com que tropeçasse e caísse no chão.
Pareceu uma ação deliberada da mulher, que depois se desculpou dizendo que agiuroleta da betlegítima defesa. A imagem, gravada por um jornalista alemão, se tornou viral.
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Naquela época, Ossama disse que nunca perdoaria a mulher, mas agora diz que mudouroleta da betideia. A cinegrafista perdeu seu emprego e ele recebeu a ofertaroleta da bettrabalhoroleta da betum cluberoleta da betfutebol espanhol com um apartamento incluído.
O Real Madrid chegou a convidar Ossama e seu filho para uma partida, e Zaid entrouroleta da betcampo com Cristiano Ronaldo.
"Foi como um sonho que virou realidade", diz. "Meu filho perguntou: 'É possível conhecer Ronaldoroleta da betcarne e osso?' Depois do jogo, Ronaldo deu uma camiseta a ele e Zaid não quis receber o autógrafo dos outros jogadores antesroleta da betpegar oroleta da betRonaldo."
Masroleta da betmulher os outros dois filhos ainda estão na Turquia. Ossama espera que as autoridades espanholas ofereçam refúgio a eles também.
Para ele, o que mais surpreende na Europa é a liberdade. "Liberdaderoleta da betpensamento, liberdaderoleta da betexpressão total. Se um homem livre é uma sensação muito boa. Também me surpreendeu a acolhida calorosa na Espanha. Todos querem oferecer ajuda e conselhos. Isso fez muito diferença para mim".
Mohammad Zatareyh: filmadoroleta da bet4roleta da betsetembroroleta da bet2015
Em setembro, Mohammad Zatareyh e outros milhares foram encurralados na estaçãoroleta da bettrensroleta da betKeleti,roleta da betBudapeste, depois que a Hungria endureceu o controle nas fronteiras e do fluxoroleta da betimigrantes no país.
"Depoisroleta da betsofrer quatro dias ali, pensei que teria que começar a caminhar", disse.
O jovem sírioroleta da bet26 anos convenceu cercaroleta da betmil pessoas a sair da estação e caminhar com ele os 180 kmroleta da betdistância até a Áustria.
"Disse a eles: Não tenham medo. Podemos caminhar hoje por 8 horas e o segundo dia outras 8 horas, e podemos parar sempre que nos sentirmos cansados."
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Ele convidou três cinegrafistas a se juntar ao grupo. "Achei que a polícia o e governo não poderiam fazer nada contra a gente se estivéssemos na TV".
Imagens da caminhada desse gruporoleta da betmilharesroleta da betpessoas pelas estradas húngaras correram o mundo e acabaram,roleta da betcerta forma, definindo a crise. Eventualmente os húngaros cederam e enviaram ônibus para transportar as pessoas até a fronteira para que eles seguissem a viagem até o norte.
Mohammad agora mora na Alemanha e espera os documentos que precisa para trabalhar e começarroleta da betnova vida.
Apesarroleta da betparte da população estar começando a mudarroleta da betatitude e opinião sobre a chegadaroleta da betimigrantes, ele não acha que a Alemanha mudarároleta da betpolítica. "Eles precisamroleta da betgente para trabalhar. Eu quero construir um futuro aqui, trabalhar, ter uma casa, me casar... Acho que é um bom lugar para construir meu futuro e este é um bom país".
Ele diz que sempre sonhouroleta da betviajar para a Alemanha. "Quando era criança, queria vir aqui porque era viciadoroleta da betcarros e gostava muito dos da BMW e Mercedes. Queria vir e visitar fábricas."
Mohammad pensa no papel que teve na marcha. "Me sinto orgulhoso", diz. "Talvez algum dia mostrarei esta fotografia a meus filhos. Vou mostrar a ele o que o pai deles fez e acho que eles vão ficar orgulhososroleta da betmim."